TITA E NIC a comédia, no Rio de Janeiro

Concepção

"A Sátira é a arma do povo, a mais alta espressão da dúvida, a maior ajuda da razão".

Dário fo

“Linguagem da alma e do coração, o riso diz mais que todos os poemas literários. Saber rir é arte. Não há galanteria mais refinada, charme mais perfeito de educação, doçura mais encantadora que este leve encrespar dos lábios, que fotografa todas as nuanças e matizes do espírito, e carimba, na alma da gente, as matrizes de uma afeição e de uma lembrança, que valem uma eternidade de bonança e felicidade”.

Pe. Antônio Vieira

A fundamentação mais precisa dessa temporada é assumir de vez nossa porção moleca e retirar do imaginário brasileiro qualquer sombra que ligue a molecagem ao seu aspecto pejorativo. É, pois, uma ação afirmativa de reconhecimento do bom humor como uma das características mais acentuadas do cearense. É uma contribuição à nossa identidade de povo brasileiro.

Através desse bom humor pretendemos refletir o imenso caldeirão da comicidade contemporânea por meio de uma sátira que prima por uma dramaturgia comprometida com a arte. Realizaremos por fim um grande tributo àqueles que se tornaram expoentes do humor, os marcos, os ícones, os estudos concernentes ao tema, às obras e a retrospectiva histórica que permeiam o humor brasileiro.

Conceito

"A arte não reproduz o que vemos. Ela nos faz ver"

Paul Klee

A Diversidade cultural de um povo é uma de suas maiores riquezas. O Ceará, próspero em manifestações culturais, vem contribuindo com o humor nacional trilhando sua identidade na movimentação cultural/popular. Ilustres comediantes e humoristas avançam arrancando risos Brasil afora e nossas fronteiras permanecem abertas a um horizonte de possibilidades de expressão e criação. Inserido nesse contexto e acreditando na criatividade e na tradição de nossos artistas, é que apresentamos a Temporada: TITA E NIC a comédia, no TEATRO DULCINA - RJ, do dia 08 a 30 de junho, de sexta a segunda, sempre as 19hs.

Fortaleceremos, contudo, a identidade e valores culturais éticos e, simultaneamente exercitaremos o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva do humor, buscando harmonia entre a economia criativa da cultura e a preservação de nossa arte teatral. O espetáculo

É início do século e as invenções pipocavam de cabo a rabo, eis que surge uma “inafundável” jangada: a Lamparina do Mucuripe. A euforia é total. Uma multidão embarca na jangada que ruma para um fatídico destino em águas fétidas. Eis que pinta o maior clima entre o humilde da 3ª classe: NIC e a melancólica e sufocada, aristocrata da 1ª classe, TITA. Por amor os dois só faltam se larcar. Por fim, a mocinha melosa e o galã canastrão, mesmo mortos, vivem felizes para sempre.

Seis atores se esmeram para interpretar os 2.500 personagens: figurantes anunciam o naufrágio fora do tempo, pânico adiantado, Tita, a melancólica, esnoba Nic, o pobre, que briga com o noivo rico que se conchava com a mãe vilã e interesseira que humilha o tripulante, que é o capitão, que é a domestica Zoraide, que é a emergente Ivete que morre no fim...