sexta-feira, 15 de março de 2013

Elvis Presley – De Memphis para o mundo

Olá, galera!
Que delícia estar de férias! Escrever minha crônica no meio da tarde, debaixo do meu ar-condicionado, e com muita música nova que baixei no decorrer da semana! Adoro isso, meu! Desde que entrei em férias, já li um livro e já comecei outro! O que li foi “Barba Ensopada de Sangue”, de autoria de Daniel Galera, que havia ganhado no Natal, mas não tive tempo para lê-lo antes – a UnB não me permite ler meus livros pessoais em período letivo, só os das disciplinas que curso... E que livro bom! Adorei o suspense que cerca o protagonista – cujo nome, aliás, só se descobre lá pela tricentésima página, e só se você estiver realmente lendo com atenção, senão você passa reto por ele! Por sugestão do jornalista Zeca Camargo, que falou do livro em seu blog, pedi o livro de Natal para os meus pais, e pude, agora, sentir as emoções mistas e conflitantes que Zeca prenunciara. Galera sabe envolver seu leitor, e isso é ótimo, porque eu, particularmente, adoro me ver completamente seduzido e rendido por um livro com uma trama coesa e tensa. Recomendo pacas, caso haja alguém interessado!
Com as férias da UnB, também, terei mais tempo para me dedicar às minhas aulas de direção. Fui na autoescola, e marcaram meu reteste para 6 de abril. Longe? Sim, muito, mas terei mais tempo para me dedicar a melhorar minha condução e amainar meu nervosismo – fator fundamental para eu ter reprovado da primeira vez. Dessa vez, eu vou passar – não vejo a hora de tirar meu lindo carrinho de dentro da garagem! E, pra completar minha alegria, saíram as últimas notas do meu segundo semestre da UnB! Passei em todas as disciplinas! – com MM, a nota média, mas isso não importa... A única matéria que fui melhor foi justamente à que menos me dediquei, admito, e estou chegando à conclusão que nem sempre esforço é recompensado com reconhecimento – o que é triste e, na minha opinião, desmotiva o aluno a estudar e o induz a cair mais na balada... Vejo pelos meus colegas – a maioria do povo que estava toda semana no boteco está com as notas bem melhores que as minhas, que passo a semana toda preso aos meus livros, chegando até mesmo a me culpar quando estou tirando o fim de semana para relaxar e ter uma vida social. Foda...
Esta semana tive duas notícias excelentes com relação ao nosso meio musical: o lançamento do novo disco de David Bowie e do clipe de um artista que admiro muito, Caio Bosco. “The Next Day”, novo trabalho de Bowie depois de dez anos de reclusão, já era um sucesso de pré-vendas, como falei no meu penúltimo post, e já fiquei sabendo que a imprensa especializada aplaudiu de pé o disco. Bowie já lançou dois singles, com seus respectivos clipes, e podemos esperar muito mais – menos shows, pois Bowie já foi à imprensa avisar que não fará nem uma mísera turnê promocional... Pena, sim, mas cada artista sabe o que faz – ainda mais o mítico deus David Bowie. O outro lançamento aconteceu esta semana, e foi do videoclipe “Em Frente”, do cantor e compositor Caio Bosco, natural do Guarujá. Bosco – meu xará – vem crescendo na cena underground, e fez recentemente um show no SESC Vila Mariana, em São Paulo – de onde foram tiradas boa parte das imagens que compõem o recém-lançado clipe, produzido por Cesinha Neves, da Vision of Zoombie. O clipe ainda conta com a participação especial do surfista brasileiro Juca Lopes e da banda que acompanha Bosco no projeto Caio Bosco Cerebral. Ficou muito bom o clipe! Descobri o trabalho do meu xará em 2010, folheando um exemplar da “Rolling Stone Brasil”, no qual havia a indicação da música “Na2SO4+2H2O”, do EP “Diamante”, como uma novidade que valia a pena ser degustada musicalmente. A revista não errou – Caio Bosco tem um som convidativo e envolvente, que leva à mais profunda reflexão sobre a evolução da poesia nos últimos tempos. Suas letras, carregadas de referências filosóficas, são belíssimas e bem estruturadas. Virei fã e, desde então, já comprei o EP “Diamante”, seu álbum homônimo lançado no ano passado (2012) – autografado pelo artista – e, no momento, estou só esperando seu novo trabalho, o EP acústico “Fårö”, previsto para ser lançado em fevereiro, mas adiado indefinidamente por conta do videoclipe de “Em Frente”. Também recomendo pacas este cara! Deem uma conferida no canal de Caio Bosco no YouTube, e me digam se vale ou não a pena!
Bem, vamos agora falar do que eu realmente vim falar hoje aqui? Pois bem, hoje o assunto é um artista, um performer, que encantou e encanta gerações de meninas e meninos, seja por suas músicas imortais e atemporais, seja por sua dança sensual, seja por seus filmes de verão, seja por seu visual infinitamente imitado por sua legião mundial de fãs, seja pelos mistérios que envolvem sua morte, seja por qualquer motivo – Elvis Presley é, ainda, o grande Rei do Rock mundial. A música dele que trarei hoje é “(You’re The) Devil in Disguise”, lançada em 1963 pelo artista. Muitos da nova geração devem conhecê-la por conta de seu uso em um filme da Disney, mas falemos disso mais tarde. O assunto agora é a obra, a vida e a morte (ou não) de Elvis Presley.
Nascido Elvis Aaron Presley, em 8 de janeiro de 1935, este norte-americano, provindo de Tupelo, Mississipi, se mudou para Memphis, Tennessee, aos 13 anos, e foi lá que começou sua carreira. Desde pequeno, Elvis impressionava as pessoas com seu modo peculiar de cantar e sua habilidade musical com o violão, que ganhou de presente do pai quando esperava um rifle ou uma bicicleta. Em 1953, Elvis iniciou sua carreira musical com dois singles que pagara à gravadora Sun Records para poder gravar. Sem sucesso, Presley arranjou um emprego como motorista de caminhão, mas continuou investindo na música – acabou lançando mais alguns singles que, porventura, chamaram a atenção e, em novembro de 1955, assinou com a RCA Victor (atualmente, RCA Records, afiliada da Sony Music Entertainment). A partir daí, não parou mais – sua voz era sensual e exótica, seus quadris rebolavam de um modo que derretia as adolescentes que o viam em seus shows ou em aparições na TV, e seu estilo se tornou quase uma ditadura da moda.
Então, em 1958, veio o choque: Elvis entrou para o Exército Norte-Americano. Servindo como soldado raso, Elvis viu muitos decretarem o fim de sua carreira, bem como a morte de sua mãe por conta de hepatite – fato este que o devastou emocionalmente, devido ao relacionamento próximo que ele tinha com ela. Depois de servir o Exército, Elvis voltou aos palcos e às telonas – à essa altura, ele já havia feito quatro filmes. Durante o período em que serviu ao Exército, Elvis conheceu Priscilla Beaulieu, de apenas 14 anos, e, depois de sete anos de namoro, eles se casaram em 1967, numa cerimônia simples no Aladdin Hotel, em Las Vegas. A partir daí, a carreira de Presley naufragou numa maré de azar – seus discos não vendiam mais, suas músicas não faziam mais sucesso, e ele era considerado uma piada.
Então, após o nascimento de Lisa Marie Presley, sua filha, em 1968, Elvis retomou sua carreira com um programa de televisão autodenominado, e voltou aos tempos áureos, com shows lotados e sua música fazendo sucesso. À época, Presley era totalmente contra as drogas e contra o álcool – sua família tinha vasto histórico de alcoólatras, e ele queria evitar tal destino. Aos poucos, enquanto sua carreira crescia e sua fama aumentava, seu casamento com Priscilla Presley se desintegrava. Depois de alguns escândalos sexuais e diversas traições públicas, Elvis e Priscilla se divorciaram em 1972. Meses depois, Elvis, que já morava em Graceland desde o casamento com Priscilla, levou sua nova namorada, Linda Thompson, para morar com ele, mas, segundo amigos, ele nunca se recuperou totalmente do divórcio.
Elvis Presley começou a usar barbitúricos, e sofreu duas overdoses por conta do uso destes no ano de 1973. Mesmo com a saúde debilitada, decidiu não parar de fazer shows, e realizou duas grandes turnês neste período. Completamente dependente de narcóticos, Presley demitiu boa parte de seus guarda-costas da “Memphis Mafia”, grupo de proteção ao Rei do Rock, e afastou tanto família quanto amigos de si. Após romper com Thompson, Elvis namorou e noivou com Ginger Alden, mas foi ela que o encontrou desacordado no chão do banheiro, na fatídica tarde de 16 de agosto de 1977 – sua morte foi pronunciada às 15h30 do mesmo dia. Sofrendo de diversos males – glaucoma, pressão arterial alta, cólon dilatado, problemas hepáticos, et cetera – muitos deles causados e/ou piorados pelo abuso de drogas e de álcool, Elvis Presley deixou sua querida Graceland precocemente, aos 42 anos.
Sua mansão foi aberta à visitação pública em 1982 e, desde então, é alvo de turistas aficionados por Elvis. Quem cuida do patrimônio, do inventário e da administração de Graceland é sua ex-esposa, Priscilla Presley. Lisa Marie Presley, filha única do cantor e que chegou a casar com o Rei do Pop Michael Jackson, se tornou a única pessoa viva a constar no testamento de seu pai a partir de 1980. Sua mãe, Priscilla, assumiu os negócios e fez crescer a fortuna do cantor, entregando à filha, quando esta atingiu idade apropriada, uma fortuna de cerca de 100 milhões de dólares. Sempre envolvida em manter o legado de Elvis, Lisa Marie vendeu 85% dos direitos de imagem de seu pai para uma empresa privada, e ainda auxilia Priscilla na administração da diretoria de Graceland.
Bem, agora que contei bastante sobre a vida de Elvis Presley, está na hora de conhecer mais sobre a música de hoje, “(You’re The) Devil in Disguise”. Composta por Bill Giant, Bernie Baum e Florence Kay, a música, lançada em 1963, foi primeiro lugar nas paradas britânicas, alcançou a terceira posição na lista da Billboard, além de ter sido sucesso no Japão. O single foi certificado como Ouro pela RIAA por suas mais de meio milhão de cópias vendidas. O lado B do single era a canção “Please Don’t Drag That String Around”. “Devil in Disguise”, como também é conhecida, é amplamente conhecida do público por conta de seu uso no filme da Disney “Lilo e Stitch” – bem como muitas das músicas de Elvis, pois o filme se passa no Havaí, cenário de muitos dos filmes de Elvis -, principalmente na cena em que a pequena Lilo tenta reeducar o alienígena Stitch, ensinando-o como ser um cara boa-praça tal qual era Elvis Presley. A cena é memorável! Além disso, a empresa de automóveis já usou um trecho da música na propaganda de seu modelo Altima 2011, em que um menino bem travesso apronta todas com a miniatura do carro da propaganda, e ele continua intacto – valem as risadas com as maluquices que o “Kidzilla”, apronta!
Bem, o post fica por aqui – até porque já ficou bem extenso, eu sei! Espero que vocês tenham gostado e, também, que se divirtam com a música! Elvis Presley morreu, mas não morreu sua música – esta é, na verdade, o tal Elvis que dizem que não morreu! Visitem os links que indiquei aqui no post e, por favor, comentem aqui no post! Quem acompanha o blog sabe que eu adoro responder comentários, sejam eles elogios ou críticas!
Obrigado a todos, e até a próxima!
Caio César.

You look like an angel
Walk like an angel
Talk like an angel
But I got wise
You're the devil in disguise
Oh yes you are
The devil in disguise

You fooled me with your kisses
You cheated and you schemed
Heaven knows how you lied to me
You're not the way you seemed

You look like an angel
Walk like an angel
Talk like an angel
But I got wise

You're the devil in disguise
Oh yes you are
The devil in disguise

I thought that I was in heaven
But I was sure surprised
Heaven help me, I didn't see
The devil in your eyes

You look like an angel
Walk like an angel
Talk like an angel

But I got wise
You're the devil in disguise
Oh yes you are
The devil in disguise

You're the devil in disguise
Oh yes you are
The devil in disguise
Oh yes you are
The devil in disguise

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