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segunda-feira, fevereiro 09, 2015

Entrevista Exclusiva com o Deputado Federal Rodrigo de Castro

O Deputado Federal, Rodrigo de Castro esteve no último dia 07 de fevereiro em Senador Firmino para a inauguração da arquibancada do Estádio Hermínio de Oliveira Fernandes, junto com seu pai, Danilo de Castro e o Deputado Estadual Roberto Andrade. Ele nos concedeu uma entrevista exclusiva, onde ele falou sobre impeachment, PEC 422 e 69, designados, ser oposição e a importância de participar de eventos como este do último sábado.
- JUE: No dia 03 de fevereiro o senhor em seu discurso na Câmara dos Deputados, em Brasília, pediu o impeachment da Presidenta Dilma. O senhor acha que já chegou a este ponto?
- Rodrigo de Castro: Acho que nós estamos vivendo uma crise sem precedentes no Brasil, uma crise ética muito grave com uma roubalheira sem fim em todos os setores do governo, apenas numa parte da Petrobrás, o gerente diz que o PT levou duzentos milhões de dólares, quase meio bilhão de reais de propina, a gente imagina no resto da Petrobrás, imagina Caixa Econômica, imagina BNDES... além de estar descumprindo todas as promessas de campanha. Ela prometeu que não teríamos arrocho e está aí um tarifaço, um aumento de impostos. Ela prometeu que não iria subir a energia; e a energia subiu assustadoramente. A gasolina aumentou. A gente está vendo aí uma falta de comando. Eu nem digo que a presidente tenha participado destes atos de corrupção, mas a presidente mostra que não tem condições de cuidar da situação. O brasileiro está vendo a situação se deteriorar a um ponto que é muito grave, portanto, há sim todas as condições para nós discutirmos o impeachment da presidente da república.
- JUE: Sobre a PEC 422 (Projeto de Emenda Constitucional), que visa regularizar a situação dos designados pela Lei 100 (que efetivou quase 100 mil servidores de Minas Gerais – principalmente na área da educação). O que o senhor tem a dizer sobre este projeto que visa “solucionar” o problema destes “efetivados” em Minas Gerais e outros que se encontram na mesma situação no Brasil?
- Rodrigo de Castro: Eu entrei com a PEC 422, por que considero que seria uma solução definitiva para todos os funcionários efetivados da Lei 100 e também os casos similares que acontecem em todo o país. Mas acontece que sempre nós avisamos da morosidade, da dificuldade de se tramitar rapidamente. O Congresso Nacional, por si só ele é lento nas suas decisões. Incentivamos os deputados estaduais, fui eu que passei o modelo para eles, a eles entrarem com uma PEC semelhante, a 69, e teria muito mais agilidade para ser votada e sendo aprovada, daria tempo até nós resolvermos a situação no plano federal e, portanto, os efetivados terem conforto. Acontece que a situação dos efetivados piorou, por que o PT não quis votar a favor da PEC 69, por conta das circunstâncias políticas. Como agora há um prazo para os efetivados, o prazo vence agora em abril, e a gente sabe que no Congresso é praticamente impossível a gente votar lá uma PEC em três meses, mais do que nunca a solução, mesmo eu agora fazendo um movimento lá no Congresso pela PEC 422, mais do que nunca a solução é a votação da PEC 69 na Assembleia Legislativa de Minas. O Governador Pimentel hoje tem liderança, tem a maioria dos membros, a oposição com certeza votaria a favor e nós teríamos a aprovação dela em tempo recorde. Depende da vontade do Governador Pimentel. Esperamos que ele se sensibilize com a situação dos efetivados, que não é uma questão partidária, é uma questão de justiça social com essas milhares de famílias de Minas Gerais.
- JUE: Todos os designados devem fazer o concurso no próximo dia 08 de março. E aqueles que não forem aprovados? O que vai acontecer com eles?
- Rodrigo de Castro: O que a gente está vendo aí pela a justiça, a única saída é a aprovação destas duas PECs, especialmente, num primeiro plano, da PEC da Assembleia, portanto, reforça mais ainda a necessidade do Governador Pimentel, olhar por estes casos, são pais e mães de famílias são muitas pessoas que estão há décadas no Estado e tem dificuldades. Prestam um grande serviço para a população, mas ao mesmo tempo tem dificuldade de passar no concurso. São muitas vezes pessoas novas, recém saídas da escola. Então, o governador Pimentel tem que ter uma visão de justiça, que esta não é uma causa partidária, não é uma causa política, é uma causa justa para estas famílias de Minas Gerais.
- JUE: O PSDB agora é oposição no país, no estado e em alguns municípios de Minas Gerais. Como vai ser esta oposição?
- Rodrigo de Castro: O PSDB nasceu oposição, então nós estamos, na verdade, voltando a nossa raiz. Pela situação dramática que vive o país, de praticamente ingovernabilidade do governo do PT, do governo da presidente Dilma, aumenta ainda mais a nossa responsabilidade de fazermos uma oposição firme, uma oposição, onde apontamos os caminhos para o país, é verdade, mas também apontando os erros e clamamos pelo apoio da população. Nós temos tranqüilidade que estamos cumprindo o nosso dever e, cada vez mais, que as pessoas se sensibilizam da situação desesperadora que vai entrando o Brasil, graças à incompetência do governo da presidente Dilma e do Partido dos Trabalhadores.
- JUE: Qual a importância de participar de eventos como este em Senador Firmino, da inauguração da arquibancada do Estádio Hermínio de Oliveira Fernandes?
- Rodrigo de Castro: De rever amigos e companheiros, como Carlos Lourenço e de dar apoio a este grupo, além de mostrar que sempre estamos trabalhando a favor de Senador Firmino, ainda mais num setor como o esporte, o futebol, que é uma paixão nacional, enfim, mantermos este laço forte com a região da zona da mata.