O Deputado Federal, Rodrigo de
Castro esteve no último dia 07 de fevereiro em Senador Firmino para a
inauguração da arquibancada do Estádio Hermínio de Oliveira Fernandes, junto
com seu pai, Danilo de Castro e o Deputado Estadual Roberto Andrade. Ele nos
concedeu uma entrevista exclusiva, onde ele falou sobre impeachment, PEC 422 e
69, designados, ser oposição e a importância de participar de eventos como este
do último sábado.
- JUE: No dia
03 de fevereiro o senhor em seu discurso na Câmara dos Deputados, em Brasília,
pediu o impeachment da Presidenta Dilma. O senhor acha que já chegou a este
ponto?
- Rodrigo de Castro: Acho que nós estamos vivendo
uma crise sem precedentes no Brasil, uma crise ética muito grave com uma
roubalheira sem fim em todos os setores do governo, apenas numa parte da
Petrobrás, o gerente diz que o PT levou duzentos milhões de dólares, quase meio
bilhão de reais de propina, a gente imagina no resto da Petrobrás, imagina
Caixa Econômica, imagina BNDES... além de estar descumprindo todas as promessas
de campanha. Ela prometeu que não teríamos arrocho e está aí um tarifaço, um
aumento de impostos. Ela prometeu que não iria subir a energia; e a energia
subiu assustadoramente. A gasolina aumentou. A gente está vendo aí uma falta de
comando. Eu nem digo que a presidente tenha participado destes atos de
corrupção, mas a presidente mostra que não tem condições de cuidar da situação.
O brasileiro está vendo a situação se deteriorar a um ponto que é muito grave,
portanto, há sim todas as condições para nós discutirmos o impeachment da
presidente da república.
- JUE: Sobre
a PEC 422 (Projeto de Emenda Constitucional), que visa regularizar a situação
dos designados pela Lei 100 (que efetivou quase 100 mil servidores de Minas
Gerais – principalmente na área da educação). O que o senhor tem a dizer sobre
este projeto que visa “solucionar” o problema destes “efetivados” em Minas Gerais
e outros que se encontram na mesma situação no Brasil?
- Rodrigo de Castro: Eu entrei com a PEC 422, por
que considero que seria uma solução definitiva para todos os funcionários
efetivados da Lei 100 e também os casos similares que acontecem em todo o país.
Mas acontece que sempre nós avisamos da morosidade, da dificuldade de se
tramitar rapidamente. O Congresso Nacional, por si só ele é lento nas suas
decisões. Incentivamos os deputados estaduais, fui eu que passei o modelo para
eles, a eles entrarem com uma PEC semelhante, a 69, e teria muito mais
agilidade para ser votada e sendo aprovada, daria tempo até nós resolvermos a
situação no plano federal e, portanto, os efetivados terem conforto. Acontece
que a situação dos efetivados piorou, por que o PT não quis votar a favor da
PEC 69, por conta das circunstâncias políticas. Como agora há um prazo para os
efetivados, o prazo vence agora em abril, e a gente sabe que no Congresso é
praticamente impossível a gente votar lá uma PEC em três meses, mais do que nunca
a solução, mesmo eu agora fazendo um movimento lá no Congresso pela PEC 422,
mais do que nunca a solução é a votação da PEC 69 na Assembleia Legislativa de
Minas. O Governador Pimentel hoje tem liderança, tem a maioria dos membros, a
oposição com certeza votaria a favor e nós teríamos a aprovação dela em tempo
recorde. Depende da vontade do Governador Pimentel. Esperamos que ele se
sensibilize com a situação dos efetivados, que não é uma questão partidária, é
uma questão de justiça social com essas milhares de famílias de Minas Gerais.
- JUE: Todos
os designados devem fazer o concurso no próximo dia 08 de março. E aqueles que
não forem aprovados? O que vai acontecer com eles?
- Rodrigo de Castro: O que a gente está vendo aí
pela a justiça, a única saída é a aprovação destas duas PECs, especialmente,
num primeiro plano, da PEC da Assembleia, portanto, reforça mais ainda a
necessidade do Governador Pimentel, olhar por estes casos, são pais e mães de
famílias são muitas pessoas que estão há décadas no Estado e tem dificuldades.
Prestam um grande serviço para a população, mas ao mesmo tempo tem dificuldade
de passar no concurso. São muitas vezes pessoas novas, recém saídas da escola.
Então, o governador Pimentel tem que ter uma visão de justiça, que esta não é
uma causa partidária, não é uma causa política, é uma causa justa para estas
famílias de Minas Gerais.
- JUE: O PSDB
agora é oposição no país, no estado e em alguns municípios de Minas Gerais.
Como vai ser esta oposição?
- Rodrigo de Castro: O PSDB nasceu oposição, então
nós estamos, na verdade, voltando a nossa raiz. Pela situação dramática que
vive o país, de praticamente ingovernabilidade do governo do PT, do governo da
presidente Dilma, aumenta ainda mais a nossa responsabilidade de fazermos uma
oposição firme, uma oposição, onde apontamos os caminhos para o país, é
verdade, mas também apontando os erros e clamamos pelo apoio da população. Nós
temos tranqüilidade que estamos cumprindo o nosso dever e, cada vez mais, que
as pessoas se sensibilizam da situação desesperadora que vai entrando o Brasil,
graças à incompetência do governo da presidente Dilma e do Partido dos
Trabalhadores.
- JUE: Qual a
importância de participar de eventos como este em Senador Firmino, da
inauguração da arquibancada do Estádio Hermínio de Oliveira Fernandes?
- Rodrigo de Castro: De rever amigos e companheiros,
como Carlos Lourenço e de dar apoio a este grupo, além de mostrar que sempre
estamos trabalhando a favor de Senador Firmino, ainda mais num setor como o
esporte, o futebol, que é uma paixão nacional, enfim, mantermos este laço forte
com a região da zona da mata.