Na primeira vez que compramos esse vinho, ainda não tínhamos o blog e nem guardávamos na memória muito sobre o que havíamos provado. O que recordávamos desse exemplar era, apenas, o fato dele ser doce e ser ótimo para servir como aperitivo. Depois de uma nova visita à vinícola, resolvemos levar mais um exemplar para descrevê-lo com mais detalhes!
Nós o resfriamos bem antes de bebê-lo e eis a nossa descrição técnica: trata-se de um vinho tinto licoroso (portanto, doce), aromático (sentimos notas de café, defumado, uva passa e ameixa seca em calda), pouco corpo, taninos sutis, final longo e com boa acidez. Percebemos um retrogosto com discreto amargor.
Na prática, é vinho de sabor presente e seu dulçor, apesar de intenso, é agradável, ainda mais se servido bem fresquinho! É um vinho que pode ser bebericado tranquilamente e aos poucos, sozinho, antes ou depois das refeições. Somado a essa percepção, na primeira vez que o compramos, ouvimos uma pessoa dizer que o usou como um ingrediente para marinar uma peça de carne vermelha e para fazer calda para doces!
E mais um exemplo da sua versatilidade, é a possibilidade de harmonizá-lo com sobremesas! Nós o servimos ao lado de dois doces-mousses, um de 3 chocolates e o outro de chocolate meio amargo: com o primeiro, a acidez do vinho ficou mais aparente, mas a combinação de sabores foi bem gostosa; com o segundo, o vinho ficou mais seco e houve uma intensidade de sabores no paladar que agradou bastante!
Foi impossível finalizar a garrafa no mesmo dia, então, no dia seguinte, enquanto preparávamos o almoço, servimos uma taça ao lado de lascas de Parmigiano-Reggiano, uma harmonização que evidenciou o sabor e as características desse vinho. No geral, uma combinação que também causou bastante satisfação!
É um bom exemplar nacional, diferente do que estamos habituados a beber no dia a dia e que rendeu harmonizações (e sensações) bem interessantes!