Longe de ser uma crítica de um ateu, ou de algum defensor do movimento dos "sem igreja", o livro "A aparente graça da Igreja" é uma reflexão baseada na experiência obtida desde dentro. Não se pode negar o fato de que existe um sem número de pessoas que já passaram por uma igreja, seja ela católica ou evangélica. Não tenho a mínima ideia de qual é o número exato de cristãos praticantes no Brasil ou no mundo, mas sem sobra de dúvidas, se todos os que em algum momento frequentaram uma igreja tivessem permanecido, o número então seria bem mais expressivo. Por que tantas pessoas abandonaram a Fé? O que faz com que pessoas abandonem suas crenças depois de períodos longos de abnegação e serviço? Acredito que um motivo latente é a decepção com a Igreja. Dentre as razões que poderiam existir para tal decepção, em meu livro abordo apenas uma, que é a "aparente graça da Igreja". Herdei o cristianismo de meus pais, até que se tornasse minha própria religião. Desde então, não me lembro de um período que se falasse tanto a respeito da Graça em todo o mundo como nos dias hodiernos. O assunto está popularizado, inclusive, são conhecedores da graça aqueles que ainda não professam a fé, mas que creem ser uma coisa formidável crer em um Deus que nos ama mais além do nosso entendimento e compreensão. Não obstante, as feridas seguem acontecendo. Pessoas seguem afastando-se da igreja por não se sentirem aceitos. Outros, pessoas de bom senso, com senso crítico aguçado, não se comprometem com a igreja pela percepção de uma manipulação visando riqueza e bem-estar de líderes religiosos. Se Jesus é a Graça do Aba personificada, a igreja deveria ser a personificação de Jesus, mas estamos longe dessa realidade, por isso, a Graça da Igreja é só aparente e não real