Fundador do WikiLeaks ameaça divulgar novos documentos sobre eleições presidenciais nos EUA

Julian Assange revelou cerca de 20 mil e-mails do Comitê Nacional Democrata, o que causou ‘grande impacto político’ no país nos últimos dias

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Por Redação Internacional
Atualização:

WASHINGTON - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, ameaçou nesta quarta-feira, 27, divulgar novos documentos sobre as eleições presidenciais nos Estados Unidos após a revelar 20 mil e-mails do Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês).

Em uma entrevista à emissora CNN, Assange constatou que a divulgação dos e-mails da direção democrata teve um "grande impacto político" nos Estados Unidos, e ainda ameaçou publicar "novos materiais".

Imagem de março mostra Assange falando da Embaixada do Equador em Londres em evento da ONU Foto: FABRICE COFFRINI / AFP

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Os e-mails em questão mostraram que líderes do Partido Democrata tentaram favorecer a ex-primeira-dama Hillary Clinton em relação ao senador Bernie Sanders durante o processo das eleições primárias, das quais a ex-secretária de Estado saiu vencedora.

A revelação dessas informações, pela qual os líderes democratas culpam a Rússia, ofuscou na segunda-feira o início da Convenção Nacional Democrata da Filadélfia, que levou à renúncia da presidente do DNC, Debbie Wasserman Schultz.

O presidente americano Barack Obama considerou como uma hipótese "possível" que a Rússia esteja por trás do roubo dos e-mails para interferir na campanha presidencial em favor do candidato republicano, Donald Trump.

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Na entrevista, Assange se negou a revelar sua fonte e acusou Hillary de usar a Rússia para "desviar a atenção" do conteúdo dos e-mails.

"Isso levanta uma questão muito séria sobre os instintos de Hillary Clinton e as pessoas ao seu redor, que se confrontam com um escândalo político, tentando culpar os russos e os chineses", afirmou Assange.

O jornal The New York Times, no entanto, publicou um artigo no qual acusa o fundador do WikiLeaks de calcular o momento preciso da divulgação dos documentos (justamente antes da convenção) para prejudicar ao máximo os interesses de Hillary.

A publicação recuperou uma entrevista que Assange concedeu para a emissora britânica ITV há seis semanas em que havia anunciado estar com os e-mails em seu poder. / EFE

Veja abaixo: Sanders diz que Hillary tem de ser presidente

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