Centeno entre o défice e mensagens de texto

por João Fernando Ramos, Rui Sá

Para Nuno Vieira e Brito (CDS) a polémica em torno da relação Mário Centeno / António Domingues no caso CGD não pode ser encerrada quer na dimensão política, quer na dimensão ética. "são factos graves que necessitam de ser esclarecidos". Na resposta Manuel Pizarro (PS) fala num assunto que só não morreu ainda porque "o Diabo não veio".

O ministro das Finanças anunciou que o défice não vai ultrapassar os 2,1 por cento em 2016. Será o mais baixo da história da democracia portuguesa.

No Jornal 2 Manuel Pizarro afirma que com estes dados "a direita não tem argumentos políticos para atacar o governo e agarra-se a um assunto que já está esclarecido". O socialista vai mais longe e diz que com o episódio dos SMS's a direita se transformou "numa espécie de agência de coscuvilhice".

Nuno Vieira e Brito lembra que "ética política é mais do que tricas" e que no rescaldo da polémica Mário Centeno so é ainda ministro das finanças devido à situação frágil da economia nacional. O centrista lembra que o país não vive num cenário "cor-de-rosa", e que se o défice e o desemprego são bons resultados, "o crescimento que é inferior ao de 2015" e a dívida "que aumentou acima de todas as previsões do próprio governo (para mais de 130% do PIB)" são dados preocupantes.

Nuno Vieira e Brito lembra que o que está em causa neste momento é "o direito da minoria à informação", mais do que o conteúdo dos dos SMS's trocados entre o ministro e o ex-presidente da CGD.
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