Quarta-feira, 01 de Maio de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,19
euro R$ 5,55
libra R$ 5,55

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,19
euro R$ 5,55
libra R$ 5,55

Justiça Segunda-feira, 15 de Agosto de 2016, 14:01 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Segunda-feira, 15 de Agosto de 2016, 14h:01 - A | A

COLABORADOR OU DELATOR

Em novo depoimento, Nadaf confessa roubo, chora e entrega Silval e Marcel de Cursi

JESSICA BACHEGA

Preso há 11 meses acusado de envolvimento em esquema de cobrança de propina para que empresas tivessem acesso a benefícios fiscais oferecidos pelo Estado,  o ex-secretário Pedro Nadaf iniciou o seu depoimento, na tarde desta segunda-feira (15), dizendo que se arrepende de tudo que fez.  

 

Durante o depoimento, Nadaf chorou pelo menos por três vezes. Também detalhou a participação de cada um dos principais acusados no esquema. Ele citou o ex-governador Silval Barbosa e o ex-secretário de Fazenda, Marcel Cursi. 

 

Alan Cosme/ HiperNotícias

Pedro Nadaf

 

"Minha família tem sofrido muito nesse tempo que estou preso.  Sozinho, refleti muito sobre o que fiz e me arrependo", disse Nadaf, ex-secretário da gestão Silval Barbosa (PMDB), também preso desde setembro do ano passado no Centro de Custódia da Capital (CCC).  

 

Segundo Nadaf, ele também prejudicou pessoas que não sabiam no que estavam envolvidas. "Foram envolvidas porque confiaram em mim", revelou.

 

Nadaf pediu desculpas ao juizo e ao povo mato-grossense e o prejuízo que causou ao Estado. "Vou assumir aqui tudo que fiz. Eu fiz parte de uma organização criminosa que delapidou Mato Grosso", disse no início do depoimento.

 

Seven - O Gaeco apurou suposto esquema que teve o intuito de autorizar o Intermat a comprar uma área rural de 727 hectares na região do Manso, que já pertenceria ao Estado e foi adquirida novamente de Filinto Corrêa, com preço superfaturado de R$ 4 milhões.

 

O valor pago pelo terreno, segundo o Gaeco, teria sido repartido entre os membros da alegada organização criminosa.

 

Desta primeira ação penal são réus: o ex-governador Silval Barbosa (PMDB); o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf; o ex-secretário adjunto de Administração, José de Jesus Nunes Cordeiro; o ex-presidente do Intermat, Afonso Dalberto; o ex-procurador do Estado, Francisco Lima, o "Chico Lima"; o ex-secretário adjunto de Mudanças Climáticas, Wilson Pinheiro Taques; o ex-secretário de Planejamento, Arnaldo Alves de Souza Neto; o  médico Filinto Corrêa da Costa; e os servidores da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Francisval Akerley da Costa e Cláudio Takayuki Shida.

 

Sodoma - As investigações, que levou para a cadeia em setembro do ano passado o ex-governador do Estado, Silval Barbosa (PSDB), e os ex-secretários Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, apontam que o suspeitos teriam montado um esquema criminoso de corrupção e lavagem de dinheiro, em 2013 e 2014, relacionado à concessão de incentivos fiscais, por meio do Prodeic (Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso).


Os pedidos de prisão foram feitos pela Delegacia Fazendária, após um levantamento em conjunto de dados feito pelo Cira (Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos).

 

O reinterrogatório de Pedro Nadaf foi pedido pela própria defesa.  

 

Atualizada às 14h19 - Em seu depoimento, Nadaf afirmou que o ex-assessor Silvio Correa era o braço direito do ex-governador Silval Barbosa.  "Ele tinha autorização para assinar licitações e era dele a responsabilidade de cuidar das finanças do governador.  Trabalhava como os olhos de Silval, direcionava pagamentos e retia pagamentos. Todos os secretários-adjuntos o obedeciam fielmente a Silvio", revelou.

 

Atualizada às 14h24 - Sobre a atuação do procurador aposentado Chico Lima, acusado de emitir parecer favorável às licitações de interesse da organização, Nadaf afirmou que "Chico era um procurador especial que agia dentro da Casa Civil para atender aos interesses da organização e que agia por conta própria também".

 

Atualizada às 14h50 -  Nadaf afirmou que sabia que estavam sendo investigados. "Uma pessoa próxima nos disse que estavámos sendo investigados.  Fui atrás de alguém para fazer uma varredura na minha sala. Isso foi em meados de agosto".  Ele acrescentou que Silval o procurou, nessa época, e disse que estavam sendo investigados e que tinha escuta e que eles seriam presos. Dias depois, o ex-secretário de Fazenda, Marcel Cursi, afirmou que precisava falar com Nadaf urgente.  Eles se encontram em uma praça do bairro Shangrila e Cursi contou que uma pessoa da Sefaz o contou que o mandado de prisão dos três (Cursi,  Silval e Nadaf) ja havia sido expedido.

 

Atualizada às 15h40 - De acordo com Nadaf,  o papel de Marcel de Cursi também preso por conta da investigação era de articular os procedimentos da organização.  "Ele era expert em finanças e orientava o governador sobre tudo o que a organização iria fazer. Ele produziu o projeto de Lei 10.207, que nos blindou de investigações . Nao seríamos descobertos".

 

Atualizada às 16h09Advogado de defesa do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Ulisses Rabaneda disse que não iria comentar sobre o depoimento de Nadaf por ser um direito dele em prestar depoimento de novo e até porque o acusado pode mentir. Ele avalia se pedirá um novo depoimento do ex-chefe do Executivo de  Mato Grosso.

 

Atualizada às 16h40 - Nadaf também confessa a participação na operação Seven. Ele disse que ficou com a maior parte do lucro. 

 

Atualizada às 17 h-  O acusado afirmou em seu depoimento que teme por sua segurança e de seua família, a partir de hoje. Ele ressaltou que jpa solicotou reforço na segurança e forneceu alguns nomes à polícia, pois foi infomando de que sua família está sendo ameaçada. "Soube que falaram que minha família pode ser assaltada ou algo assim. Então eu temo pela segurança deles depois do que eu disse aqui.

 

A defesa de Nadaf solicitou à juiza Selma Rosane, responsável pela ação que fosse revogada a prisão preventiva de seu cliente, visto que ele "não representa risco a segurança pública nem prejuizos às investigações". A magistrada negou o pedido, visto que o depoimento oferecido hoje foi referente a Operação Sodoma 1, e ele está preso devido a Sodoma 2 pela qual ainda não foi ouvido. "Dessa forma não me sinto confortável para deferir o pedido. O que posso fazer é adiantar o depoimento dele sobre a Sodoma 2, de forma que seja o primeiro a falar", declarou. O depoimento de Nadaf refetente a segunda parte da Operação foi marcado para o dia 27 deste mês. 

 

 Ao fim de seu depoimento, Nadaf pediu novamente desculpas pelo dano causado ao Estado e reafirmou a disponibilidade de seus bens para ressarcimento dos prejuizos causados aos cofres públicos.

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Sergio Cintra 16/08/2016

O canalha não vai devolver tudo que ROUBOU?

positivo
0
negativo
0

equeal 15/08/2016

Agora sim Pedro ! Um homem de verdade assume seus erros. Vc deu o primeiro passo para a reconciliação.

positivo
0
negativo
0

2 comentários

1 de 1

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros