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"Se a JBS delatar, será o fim da República", diz Eduardo Cunha

Ex-presidente da Câmara fez a previsão durante conversa com interlocutores na prisão da Lava Jato, nos arredores de Curitiba, onde cumpre pena de 15 anos e quatro meses por corrupção e lavagem de dinheiro

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Foto do author Fausto Macedo
Por Alexandre Hisayasu e Fausto Macedo
Atualização:

Eduardo Cunha fez exames no IML, após ser preso na Lava Jato. Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters

O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) se mostrou 'apreensivo' esta semana com a possibilidade de vazamento do teor das delações dos executivos do Grupo JBS. Em conversa com interlocutores, ele afirmou que "se a JBS delatar, será o fim da República".

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Segundo informações do jornal O Globo, a JBS pagou R$ 5 milhões pelo silêncio de Cunha - para que ele não faça delação premiada.

O jornal informou, com exclusividade, que Joesley Batista, da JBS, gravou conversa com o presidente Michel Temer na noite de 7 de março no Palácio do Jaburu.

Nessa reunião, que durou cerca de quarenta minutos, Temer teria incentivado o empresário a continuar pagando mesada milionária ao ex-presidente da Câmara - em troca do silêncio de Eduardo Cunha.

Condenado a 15 anos e quatro meses de prisão na Operação Lava Jato, o peemedebista está recolhido no Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba, desde outubro de 2016, por ordem do juiz federal Sérgio Moro.

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Cunha também comentou a interlocutores que as delações da empreiteira Odebrecht seriam 'pequenas causas' se comparadas ao teor das revelações dos controladores do Grupo JBS.

O ex-parlamentar não comentou se estaria envolvido em esquemas de corrupção com os novos delatores.

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