Finanças
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Por Vinícius Pinheiro, De São Paulo — Valor


Com apetite para emprestar, os bancos elevaram a projeção de crescimento para as concessões de financiamento imobiliário neste ano. O crescimento esperado do mercado passou de 15% para 17%, de acordo com a Abecip, associação que representa as instituições que atuam no segmento.

O desempenho deve ser puxado pelo crédito com recursos da caderneta de poupança, que deve aumentar 16% neste ano, para R$ 50 bilhões - ante uma estimativa anterior de um avanço de 10%. A projeção dos financiamentos com o funding do FGTS foi mantida em R$ 69 bilhões, alta de 19%.

A revisão na estimativa ocorre após os dados de junho, que mostraram uma evolução de 44,7% no crédito com recursos da poupança em relação ao mesmo período do ano passado.

arte26fin-101-abecip-c3.jpg — Foto: Legenda

Apesar da recuperação, o volume de financiamentos segue bem abaixo do pico atingido em 2014. Parte da explicação vem do lado da demanda por crédito, segundo Gilberto Duarte de Abreu Filho, presidente da Abecip. "O problema hoje é achar projetos de incorporadoras e consumidores com apetite para comprar", afirmou Abreu, em entrevista coletiva.

Os bancos contam hoje com farta liquidez para destinar ao crédito imobiliário. A estimativa da associação é que o excesso de recursos para o financiamento da casa própria possa superar os R$ 100 bilhões nos próximos dois anos. As instituições precisam aplicar 65% dos recursos captados nas cadernetas de poupança para o financiamento da casa própria.

A expectativa da Abecip é que o saldo da poupança encerre o ano em R$ 621 bilhões, alta de 10% em relação ao fim de 2017. No primeiro semestre, a caderneta registrou captação líquida de R$ 2,5 bilhões, ante uma saída de R$ 8,2 bilhões no mesmo período do ano passado.

Ao mesmo tempo em que o saldo da poupança cresce, os bancos tiveram o benefício da recente liberação de compulsórios e vêm recebendo recursos de amortizações de empréstimos concedidos em anos anteriores.

Esse cenário de oferta abundante e demanda ainda em ritmo lento se refletiu nas taxas de juros cobradas nos financiamentos, que hoje estão em patamares próximos aos do melhor momento do mercado imobiliário, em 2014, segundo o presidente da Abecip.

Com mais dinheiro disponível do que tomadores, os juros deveriam cair ainda mais. Isso só não aconteceu em razão da piora recente nos mercados, que elevou as taxas de longo prazo, uma das referências para o crédito, segundo Abreu. A taxa para cinco anos, que em março chegou à mínima de 8,9%, encerrou junho em 10,7%. "No cenário atual, os preços devem se manter, mas se os juros não subirem as taxas no crédito podem ceder ainda mais", afirmou.

Além do crédito, a retração da economia e da confiança do consumidor se refletiu no preço dos imóveis, que acumula uma queda de 25% desde 2014 em termos reais, ou seja, considerando a inflação do período, de acordo com a Abecip. Em termos nominais, houve uma redução de 2% no período.

Nos últimos 12 meses, houve uma recuperação nos preços, que subiram 0,2%. Ainda assim, permanecem abaixo da inflação acumulada no mesmo período. "O lado bom é que o preço dos imóveis ficou mais acessível para as pessoas, que em geral tiveram alguma correção dos salários nesse período", disse Abreu.

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