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Bolsonaro: 'Não vou renunciar ao meu mandato, não vou dar dinheiro para imprensa'

O presidente disse que está sob ataque de veículos de imprensa, e atribuiu isso à diminuição de verbas do governo para publicidade

Por Gregory Prudenciano e Pedro Caramuru
Atualização:

Em meio à crise com o Congresso, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 27, que não vai renunciar ao mandato e que está sob ataque de veículos de imprensa, atribuindo isso à diminuição de verbas do governo para publicidade. "Não vou renunciar ao meu mandato, não vou dar dinheiro para imprensa", disse o presidente em sua transmissão ao vivo pelo Facebook semanal. "Eu acredito que estou fazendo um trabalho bom, na medida que eu posso. Parece que não posso mudar nada".

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Na última terça-feira, 25, o BR Político noticiou que Bolsonaro usou seu Whatsapp pessoal para compartilhar dois vídeos que o apresentam como uma espécie de mártir e convocam para protestos marcados para o dia 15 de março, em defesa do governo e contra o Congresso Nacional e o STF. O episódio gerou uma onda de reações negativas por parte de políticos, chefes de Poderes e da sociedade civil. Durante a live, Bolsonaro negou que tenha compartilhado vídeos em apoio às manifestações.

O presidente também afirmou que há projetos de lei de interesse do governo e que, segundo ele, estão parados nas casas legislativas. "Alguns dizem que não tenho articulação com o Congresso", afirmou. O presidente pediu ao Parlamento que coloque em votação Medidas Provisórias (MPs) em pauta para não caducarem. Ele citou a MP que criava a carteira digital de estudantes e a que dispensava empresas da obrigatoriedade de publicar balanços em jornais, que perderam a validade antes de serem votadas.

O presidente em transmissão nesta quinta-feira, 27. Foto: Reprodução Facebook

Ceará

O presidente também afirmou que não irá renovar as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para o Estado do Ceará, que sofre com o motim de policiais militares. "A gente espera que o governo resolva o problema da Polícia Militar do Ceará e bote um ponto final nessa questão", disse o presidente, ao pedir que o governador Camilo Santana (PT) negocie com a PM do Estado.

"No momento eu não tenho tranquilidade", argumentou Bolsonaro contra a prorrogação do prazo para além do prazo de oito dias vigentes, que expira amanhã. "Precisamos ter uma retaguarda jurídica", afirmou o presidente.

Ainda segundo Bolsonaro, "GLO não é para ficar eternamente atendendo um ou mais governadores. GLO é uma questão emergencial". O presidente também pediu apoio aos governadores "para que o Parlamento vote o excludente de ilicitude".

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