Por Anna Beatriz Lourenço e Guilherme Peixoto, Bom Dia Rio


Chuva alaga Rio de Janeiro e provoca a morte de uma criança de dois anos

Chuva alaga Rio de Janeiro e provoca a morte de uma criança de dois anos

Nesta terça-feira (7), em apenas quatro horas, choveu em todo o Rio de Janeiro 70% do esperado para todo o mês — mas, em alguns bairros, como na Zona Norte, o volume ultrapassou o previsto para este fevereiro. Por causa da tempestade, que se estendeu até o fim da noite, uma criança morreu soterrada, e ruas em diferentes bairros ficaram debaixo d'água. Nesta quarta (8), há previsão de chuva a qualquer hora.

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) registrou uma média de 130 mm de chuva na capital fluminense na tarde de terça — só em Vicente de Carvalho, a precipitação foi de 140 mm.

Em oito dias, o volume de chuva registrado na cidade já é maior do que a média do mês de fevereiro inteiro.

Desabamento na Chácara do Céu — Foto: Reprodução/TV Globo

Com isso, a cidade chegou ao Estágio de Alerta, o penúltimo de uma escala de cinco, tamanho o impacto causado pelo temporal. O prefeito Eduardo Paes (PSD) postou um vídeo em que pedia para que os cariocas evitassem se deslocar.

Ao longo da madrugada, o município recuou para o Estágio de Atenção, o terceiro da escala, e depois para o de Mobilidade, o segundo.

Aylla Sophia, de 2 anos, morreu soterrada na Chácara do Céu

Aylla Sophia, de 2 anos, morreu soterrada na Chácara do Céu

Nesta quarta, em entrevista ao Bom Dia Rio, Paes afirmou que a sirene da Chácara do Céu, no Alto da Boa Vista — onde uma menina de 2 anos morreu em um desabamento — soou.

“A maior parte das vezes que a sirene tocar, nada vai acontecer. Mas às vezes acontece”, alertou Paes.

“A sirene não toca por uma vontade. A gente toca combinando dados: o pluviômetro, a perspectiva de chuva, o radar. A partir daí a gente alerta as pessoas”, emendou o prefeito.

Ainda segundo Paes, a chuva foi tanta que o reservatório sob a Praça da Bandeira atingiu o nível máximo.

Até o fim da madrugada desta quarta, o Centro de Operações Rio tinha registrado as seguintes ocorrências:

  • 117 bolsões d'água;
  • 20 pontos de alagamento (mais extensos que bolsões);
  • 113 sirenes de comunidades acionadas;
  • 4 quedas de árvore.

No Méier, uma cratera foi aberta na Rua Aristides Caire. Segundo os moradores, o asfalto costuma ceder quando chove forte. A via foi parcialmente interditada por causa dos estragos.

“Isso se tornou uma coisa mais complicada, uma obra emergencial que tem que ser feita. O que era um espaço pequeno, vai ter que se fazer toda essa área, de forma paliativa. Isso é uma obra emergencial. Podemos ter um acidente sério”, afirmou Paulo Costa, presidente da Associação de Moradores do Méier.

Também houve estragos no Arquivo Nacional, no Centro. Um vídeo mostra poças, itens molhados e funcionários tentando limpar o local.

Cratera foi aberta na Rua Aristides Caire, no Méier, na Zona Norte do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo

Imagens do estrago

Chuva no Rio causa estragos no Arquivo Nacional

Chuva no Rio causa estragos no Arquivo Nacional

Carros submersos em Bonsucesso — Foto: Reprodução/TV Globo

Carro-forte tem dificuldade para seguir na Rua Bela, em São Cristóvão — Foto: Reprodução/TV Globo

Avenida Paula Souza, no Maracanã — Foto: Reprodução/TV Globo

Cascata no hall dos elevadores da Uerj — Foto: Reprodução/TV Globo

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!