No Dia Internacional do Idoso, comemorado mundialmente do dia 1° de outubro, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu aos governos a criação de medidas para dar maior apoio ao número crescente de idosos, dizendo que eles desempenharam um papel importante na sociedade, como líderes e voluntários, e hoje enfrentam negligência, discriminação e abusos.

“As principais intervenções são bem conhecidas: a concessão de acesso universal aos serviços sociais, aumento do número e do valor dos planos de pensões, e a criação de leis e políticas que impeçam a discriminação de gênero e idade no local de trabalho”, disse Ban.

“Neste ano, comemoramos conquistas duramente conseguidas, especialmente aquelas relacionadas com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Em muitos países, pessoas idosas se beneficiam com a redução das taxas de pobreza e fome, a melhoria do acesso a medicamentos e serviços de saúde, e com uma maior educação e oportunidades de trabalho”, disse Ban. No entanto, o progresso tem sido irregular, como tem sido de forma geral para os ODMs. Nos países mais duramente atingidos pelo vírus do HIV / AIDS, são muitas vezes os avós os que são deixados de lado para cuidar dos órfãos da Aids.

Observando que dois terços das pessoas mais velhas do mundo vivem em países de baixo e médio rendimento, a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu aos governos a introdução de regimes de pensões sociais para os idosos e a adoção de medidas adequadas em áreas como habitação, saúde, transporte, acesso à água e à segurança pessoal, garantindo que eles não sejam discriminados nem fiquem desprotegidos.

“Devemos aceitar a inevitabilidade do envelhecimento”, disse Pillay. “O que não podemos, nem devemos aceitar é que a velhice traga consigo um menor acesso aos direitos humanos”.