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Ciência Fora do Armário
Esse formulário refere-se para assinatura de entidades que apoiam o manifesto Ciência Fora do Armário, o qual tem objetivo de promover a visibilidade e inclusão dos LGBTs na ciência. Veja o manifesto

MANIFESTO – CIÊNCIA FORA DO ARMÁRIO


Ao mesmo tempo que o mundo atravessa uma grave crise econômica, vivenciamos uma crise sanitária e humanitária sem precedentes, decorrente da COVID-19. No Brasil, país marcado por históricas desigualdades, segregação social e violação dos direitos humanos, assistimos uma forte ascensão de um negacionismo cientifico, com sucessivas tentativas de enfraquecimento do Estado de Direito e ataques à democracia.  
Esse cenário atual, capitaneado pelo governo Bolsonaro, tem dificultado a construção de uma resposta coletiva, qualificada e integral para o enfrentamento das múltiplas crises que nos assolam. A promoção dos direitos humanos, incluindo o direito à saúde e à educação, associado à ciência, são elementos centrais para garantia da sobrevivência e soberania do nosso povo, a democracia e a retomada do desenvolvimento sustentável. Desse modo, é imperativo que tenhamos a responsabilidade política e social para unificar a sociedade brasileira na defesa de um Pacto pela Vida, que nos conclame a não deixar ninguém para trás, reafirmando o valor e a dignidade humana de cada pessoa.
Entretanto, há de se destacar e reconhecer que a crise não é homogênea e atinge alguns grupos sociais, que foram historicamente excluídos, de forma mais brutal, causando mais violência e segregação social. Nesse caso, é notável a crescente vulnerabilidade social e institucional das populações LGBTQI+. Social, quando se percebem os crescentes índices de violência e homicídios movidos por LGBTfobia. E institucional, pois sequer esses dados são contabilizados pelo Estado brasileiro, que está dirigido por pessoas que elevam e repetem o discurso de ódio e intolerância.
Ademais, são esses os agentes que desmontam cotidianamente o arcabouço de políticas públicas de promoção à equidade que garantiriam o direito fundamental de ser e amar nesse país. Com isso, permitem a reprodução de uma cultura discriminatória, excluindo essas populações do processo educacional e científico, tanto como atores e atrizes quanto sujeitos de suas histórias e necessidades.
Não haverá desenvolvimento social sustentável, com crescimento da economia e redução das desigualdades sem valorização e respeito à diversidade do nosso povo. Portanto, é uma necessidade urgente a contenção dos retrocessos e a promoção das políticas afirmativas para os segmentos LGBTQI+, contemplando a interseccionalidade das múltiplas desigualdades incidentes nesses grupos. É preciso construir uma política de reparação histórica a esses segmentos marginalizados, pois há parcelas que ainda não conseguem atingir um ensino fundamental médio completo devido as expressivas violências que os assolam.  É preciso que nossa ciência cumpra seu papel e permita levar a emancipação social para todas as brasileiras e brasileiros e, assim, o protagonismo na implementação dos direitos humanos em relação à orientação sexual e identidade de gênero, tais como redigidos nos Princípios de Yogyakarta.
Ou seja, faz-se necessária uma CIÊNCIA FORA DO ARMÁRIO, superando as amarras da LGBTfobia e permitindo a promoção daquelas e daqueles que já estão inclusos no processo de desenvolvimento humano, mas também incluir aquelas e aqueles que ainda são marginalizados em nossa sociedade. Apenas por caminho conseguiremos superar as múltiplas crises e reconstruir esta Nação com base na potência da diversidade do povo brasileiro.


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