Se o cenário não está lá dos mais favoráveis à atividade econômica, para quem quer investir em tempos de taxa de juros nas alturas – a Selic está a 14,25% – o ano começa bem propício a investimentos de renda fixa.
“Com a taxa Selic no patamar em que se encontra, e com a sinalização de que o ciclo de aumento ainda não se encerrou, acredito que 2016 continuará sendo o ano da renda fixa. Neste cenário, dois produtos se destacam: LCI e CDB”, diz a superintendente de investimentos do Banco Intermedium, Liliane Pereira.
O superintendente de negócios Intermedium DTVM, Christiano Rohlfs Coelho, também aconselha os clientes a aproveitar o alto patamar dos juros e investir, de forma balanceada, em termos de prazos – sendo a maior parcela do capital em produtos pós-fixados atrelados à taxa DI e que, de preferência, apresentem isenção do Imposto de Renda.
Outro banco mineiro, o Mercantil do Brasil, também aponta a alta taxa de juros. “De acordo com o consenso do mercado, a Selic deverá alcançar 15,25% ao ano em 2016”, diz o diretor da Mercantil do Brasil Distribuidora/Fundos de Investimentos. Para ele, isso demonstra “favorabilidade para o investimento em títulos como CDB’s, Títulos Públicos, Letras Financeiras, Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio com taxas pós-fixadas (CDI/Selic) em 2016”.
Criatividade. Já o sócio-diretor da Sonar Investimentos, Ricardo Ribeiro, diz que o investidor terá que ser mais criativo na hora de aplicar dinheiro em 2016. “Está mais arriscado, e a pessoa terá que ser mais criativa em fazer coisas menos tradicionais para ganhar dinheiro em 2016”, defende Ribeiro, que aposta em títulos. “Nosso principal fundo, o Sonar Global Hedge, rendeu 4% em uma semana”, calcula.
Conservadorismo. Antes da criatividade, o professor Osmar Visibelli, do curso de administração da Universidade Anhembi Morumbi, diz que a principal preocupação deveria ser focada no conservadorismo em relação à aplicação dos recursos e na gestão deles. “Principalmente para aqueles que dispõem de poucos recursos”, adverte o especialista. No caso da caderneta de poupança, Visibelli diz que ela deve ser um instrumento preservado para as despesas de um mês. “Não deve ser vista como investimento”, orienta.