24/06/2010 08h06 - Atualizado em 24/06/2010 16h21

Correnteza leva pontes e cidades ficam isoladas no Nordeste

Distribuição de energia e comunicação também foram afetadas.
Em Alagoas e em Pernambuco, 45 pessoas morreram devido às chuvas.

Do G1, com informações do Bom Dia Brasil

Chegar às áreas mais atingidas pelas cheias em Pernambuco e em Alagoas é praticamente impossível. Dezenas de pontes caíram e quilômetros de estradas estão interditados. A distribuição de energia elétrica e a comunicação também foram afetadas. Nos dois estados, 45 pessoas morreram por causa das chuvas, desde a semana passada.

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Os objetivos, agora, são manter quem perdeu as casas abrigado e alimentado, restaurar os serviços básicos e começar a reconstrução. Em Pernambuco, os donativos às famílias prejudicadas são enviados para Palmares, considerada a "cidade-pólo", de acordo com Lúcio Guimarães, da Defesa Civil estadual. Há necessidade de colchão, cobertores, material de higiene e de limpeza.

Em Água Preta, no mesmo estado, falta energia desde sábado (19). Iluminação, só em frente à igreja, onde foi instalado um gerador. Dentro desse prédio, muitos desabrigados ocupam os bancos e o chão.

Quando o dia amanhece, é possível ver melhor o estrago que o transbordamento do rio provocou na cidade. “Moro aqui há mais de 30 anos. Nunca vi algo assim", diz o agricultor José Silva Lucena.

Em Palmares, as máquinas ainda trabalham na remoção da lama e lixo. Os moradores receberam máscaras para suportar o mau cheiro das ruas. Um posto foi criado para que a população que perdeu os documentos possa tirar a carteira de identidade.

Moradores de Vicência enfrentaram o alagamento de um rio que subiu mais de seis metros. Quarenta casas da área ribeirinha foram atingidas. Paredes desmoronaram e móveis se perderam.

As famílias que perderam seus imóveis foram levadas para escolas do município. O agricultor José Elisiário tem nove filhos. Ele lamenta perder o pouco que tinha de uma hora para outra: “A casa caiu e só deu tempo sair”, lembra.

Alagoas
Em Rio Largo (AL), foram feitas fogueiras na noite de quarta-feira (23), nas ruas. Mas não havia clima de festa na véspera do dia de São João, celebrado nesta quarta (24). “Muita gente perdeu tudo. Pessoas perderam a família”, lamenta o motoboy Luan de Oliveira.

Para evitar saques, o policiamento noturno foi reforçado. Durante o dia, um hospital improvisado começou a funcionar.

Em União dos Palmares, os moradores procuram por pertences entre os escombros. Em Santana do Mundaú, muitas localidades estão inacessíveis. “Não temos mais nenhum prédio público à disposição. Não temos mais unidades de saúde”, diz Rita Bittencourt, da Defesa Civil do município.

A água barrenta do rio é disputada por moradores. Máscaras estão sendo distribuídas entre as vítimas das tragédias. Os chinelos ou pés descalços aumentam os riscos de contaminação.





 

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