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Rush convida o Morumbi para 'viagem no tempo' em megashow

9 out 2010 - 05h06
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Paulo Noviello
Direto de São Paulo

O trio canadense Rush, de volta ao Brasil, mostrou por que, com 42 anos de estrada, segue sendo uma das maiores bandas do mundo. A atual turnê, Time Machine, feita sob medida para levar os fãs ao delírio em uma viagem ao tempo pela história da banda, desembarcou no Brasil nesta sexta-feira (8), no estádio do Morumbi, em São Paulo.

O Rush simboliza como poucos grupos o a expressão "Power Trio". É impressionante como apenas três pessoas produzam um som tão potente e arrebatador. E se alguns torcem o nariz para os exageros e virtuosismos, os fãs foram brindados por um genuíno espetáculo de rock de arena, com uma sucessão de hits. Os três "tiozinhos" Geddy Lee (vocal e baixo), Alex Lifeson (guitarra) e Neil Peart (bateria), mostraram que, além de excelentes músicos, tem muito bom humor. O show começa com um vídeo, sobre a tal máquina do tempo, que transforma uma banda de bar pé de chinelo, a Rash, no Rush.

E quando eles apareceram no palco, mandaram logo dois clássicos: The Spirit of Radio, de 1980, seguida por Time Stand Still. "Vamos tocar algumas horas de música, espero que vocês não se importem", anunciou Geddy Lee. A primeira parte do show continuou com Lee, Lifeson e Peart mostrando porque estão entre os melhores do mundo nos seus instrumentos, alternando clássicos como Presto e Stick it Out com faixas dos discos mais recentes, como Workin' Them Angels, de 2007. Outro clássico, Subdivions, foi a última antes do intervalo. Mantendo o bom humor, o vocalista disse que eles precisavam fazer um intervalo devido à idade avançada.

Na volta, após cerca de 20 minutos, o trio desfilou todas as faixas do disco Moving Pictures, de 1981, a começar pelo megahit Tom Sawyer, que levou o público à loucura. Outra que levantou os tiozinhos e jovens fãs do grupo foi a instrumental YYZ. Depois de Vital Signs, Lee cantou outra música nova, Caravan, antes de um inevitável e embasbacante solo do "homem-polvo" Neil Peart na bateria. Outro clássico, Closer to the Heart, veio na sequência, e Far Cry encerrou o espetáculo. Mas claro que ouve bis, com a pesada e estupenda Working Man, onde o guitarrista Lifeson esmirilhou sua Gibson Les Paul.

Como em todo bom espetáculo de arena, não faltaram show de luzes, o telão de alta definição atrás da banda passando imagens psicodélicas, fogo e fumaça, e a decoração de palco no estilo "steampunk", com relógios, máquinas e válvulas. Em vários momentos Lee agradeceu em português, "obrigado São Paulo!", dizendo que é muito bom eles estarem de volta ao Brasil. E mesmo sendo uma megabanda, dificilmente o trio toca para um público tão grande na Europa e EUA, e Lee, Lifeson e Peart pareciam genuinamente felizes em tocar para a massa em delírio. Após o adeus, mais um vídeio engraçado encerrou o show, e os cerca de 40 mil devotos do Rush saíram do Morumbi em estado de graça.

Confira o setlist completo do show:

Com 42 anos de estrada, os três membros do Rush mostraram que ainda podem levantar multidões
Com 42 anos de estrada, os três membros do Rush mostraram que ainda podem levantar multidões
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Primeira Parte:

The Spirit Of Radio

Time Stand Still

Presto

Stick it Out

Workin' Them Angels

Leave That Thing Alone

Faithless

BU2B

Free Will

Marathon

Subdivisions

Segunda Parte:

Tom Sawyer

Red Barchetta

YYZ

Limelight

The Camera Eye

Witch Hunt

Vital Signs

Caravan

MalNar/Drum Solo

Closer to thr Heart

2112 Overture

Far Cry

Bis

La Villa Strangiato

Working Man

Fonte: Redação Terra
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