Aplicativo de fabricante de biquíni foi banido pela Apple. (Foto: Reprodução)
Desde que anunciou que barraria aplicativos para iPhone e iPod
Touch com conteúdo considerado “sensual” ou “erótico”, a Apple
já baniu cerca de 5 mil programas de sua loja on-line. A decisão
provocou a ira de desenvolvedores, que questionam os critérios
da empresa.
Aplicativos que eram originalmente tidos como
apropriados para distribuição agora não podem mais estar na
lista da App Store. O motivo, de acordo com a Apple, seria uma
série de queixas de consumidores sobre esse tipo de conteúdo.
“Nos últimos dias, temos recebido um volume cada
vez maior de aplicativos com conteúdo altamente inadequado.
Muitas mulheres acham esse conteúdo degradante, assim como pais
estão preocupados com o que seus filhos podem ver” , disse o
vice-presidente da Apple, Phil Schiller, em entrevista ao “The
New York Times”.
Muitos desenvolvedores, que souberam da proibição
depois que seus aplicativos já haviam sido banidos, questionam
os critérios da empresa. Ao lado de programas com conteúdo
claramente erótico ou sensual, aplicativos com fotos de mulheres
em trajes de banho, por exemplo, também foram retirados.
A empresa britânica Simply Beach, que faz biquínis
e roupas para natação, se considera injustiçada. “Você pode ver
muito mais na sua piscina. Esperamos que a mulher que compra
nossos produtos se sinta sexy, mas não é o tipo de coisa que os
homens baixam com intenções sexuais”, disse Gerrard Dennis,
diretor da empresa ao jornal “The Sun”.
Enquanto isso, aplicativos de revistas como a
Playboy e calendários de mulheres seminuas da Sports Illustrated
seguiam disponíveis nesta terça-feira (23). A explicação de
Schiller para casos como esses seria de que se tratam de
“empresas conhecidas com material publicado em formato de grande
aceitação”.
Desenvolvedores também argumentam que os aparelhos
da Apple têm conexão com a internet, onde é possível acessar
todo tipo de conteúdo erótico. Especialistas de mercado afirmam
que a Apple estaria “limpando” a loja virtual como preparativo
para a chegada do iPad aos pontos de venda, já que o tablet é
promovido como um aparelho “para a família e a escola”.
Leia mais notícias
de Tecnologia