Mas é exatamente sobre isso que falaremos hoje: Rainburn, um grupo de rock progressivo do segundo maior país do mundo em população. Mas não culpo quem prefira rotulá-los como metal progressivo, afinal, as guitarras têm peso que justifique essa classificação.
Em termos de qualidade, Insignify, primeiro álbum de estúdio deles, representa um grande salto com relação ao EP de estreia Canvas of Silence, que tinha uma produção bem sofrível e amadora, que calou parcialmente o talento musical dos rapazes.
Neste disco, o Rainburn finalmente soa realmente como uma banda, com arranjos bem definidos e, o que é mais importante, bem executados. Assim, o talento deles enfim pode se manifestar plenamente.
A música de Insignify é marcada por passagens pesadas e intrincadas (boa parte de “Merchant of Dreams”, por exemplo, pode ser batucada numa mesa tanto em compasso ternário quanto em quaternário), deixando os indianos a poucos passos do metal progressivo. Mas eles também trabalham serenamente, como em “Mirrors” e em “Within” e nos momentos a cappella de “Purpose” e da abertura de “Elusive Light”.
O quarteto se entrosa muito bem, sem exageros, mas também sem deixar de ser progressivo – música “técnica, porém acessível”, conforme prometem em seu site oficial. Não consigo conceber situação em que essa banda seja menos do que agradável. No frigir dos ovos, não deve em nada para grupos de territórios mais tradicionais para o gênero.
Nota = 5/5.
Abaixo, o vídeo de “Suicide Note”: