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Instituto de Cincias Sociais

Universidade de Lisboa
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Working Papers

UMA CRTICA AO CONCEITO DE MASCULINIDADE HEGEMNICA*

Fabrcio Mendes Fialho**

WP9-06

2006

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Uma Crtica ao Conceito de Masculinidade Hegemnica*

Fabrcio Mendes Fialho**

Resumo

O conceito de masculinidade hegemnica, formulado por R. W. Connell, tornou-se importante referncia terica nos estudos sobre masculinidades. Tal conceito diz respeito quele grupo masculino cujas representaes e prticas constituem a referncia socialmente legitimada para a vivncia do masculino. Trata-se de uma forma de se pensar em certa organizao social da masculinidade, como proposto pelo referido autor. Entretanto, ao pensarmos em masculinidades plurais, na multiplicao de formas de se vivenciar a masculinidade, cabe uma crtica a tal conceito, uma vez que ele se mostra como um problema terico para se pensar estas mudanas na esfera do gnero. O adjetivo hegemnico, derivado de Gramsci, surge como um srio problema terico, uma vez que o termo implica constante luta pela posio de preponderncia. Se fato que ainda existe uma forma hegemnica de masculinidade, trata-se de refletirmos a respeito da questo: formas distintas de masculinidade, ao se contraporem predominante, buscam ocupar tal posio hegemnica ou, ser que o que pretendem , sobretudo, reconhecimento como uma forma tambm legtima e possvel de experienciar a masculinidade? Pretendemos, ao recuperar o sentido original de hegemonia, refletir de forma crtica sobre as implicaes de tal apropriao terica aos estudos sobre masculinidades.

Palavras-chave

Masculinidade Hegemnica Hegemonia Masculinidades Importao de conceitos

INTRODUO

Segundo Robert Connell, os estudos de gnero e sexualidade tm promovido a mais importante mudana nas cincias sociais e no pensamento social ocidental em geral desde as anlises de classe de meados do sculo XIX (Connell, 1985, pp. 260-261). O impacto destes estudos considerado tal que Marlise Matos prope tratarmos a temtica de gnero no como apenas mais uma teoria dentre tantas outras existentes, mas como um campo das cincias sociais (Matos, 2005)1. Como efeito de tal mudana, novos conceitos so cunhados para dar conta dos novos objetos de estudo que emergem. Dentre eles, o conceito de masculinidade hegemnica , sem dvida, um dos mais conhecidos. Elaborado h cerca de 20 anos, tem exercido influncia considervel em pesquisas e reflexes sobre relaes de gnero, sobretudo sobre aquelas voltadas para o estudo de homens e masculinidades. Pesquisas em bancos de dados mostram que mais de 200 papers trazem o termo masculinidade hegemnica em seus ttulos ou resumos. E se consideramos suas variaes ou referncias a tal termo, o nmero chega a vrias centenas (Connell & Messerschmidt, 2005, p. 829-830). Este breve texto nossa primeira aproximao crtica do conceito de masculinidade hegemnica. Nosso intuito discutir tal termo e tentar demonstrar a impropriedade do conceito de hegemonia para anlise de relaes de gnero. Alguns importantes autores vm debatendo sobre a pertinncia ou impropriedade do uso dos conceitos de masculinidade ou de homem2. Entretanto, ambas as tendncias do relevncia ao conceito de hegemonia no estudo para anlises de gnero. Tentaremos demonstrar, que tal procedimento pouco produtivo, seja para tratarmos das relaes

entre homens e mulheres, seja para tratar das relaes entre homens ou, se se preferir, entre as diferentes masculinidades.

BREVE CRTICA DOS USOS DO CONCEITO DE MASCULINIDADE HEGEMNICA

Robert Connell define masculinidade como sendo uma configurao de prtica em torno da posio dos homens na estrutura das relaes de gnero, e salienta que, normalmente, existem mais de uma configurao desse tipo em qualquer ordem de gnero de uma sociedade. Dada esta pluralidade, no deveramos falar em masculinidade, mas em masculinidades (Connell, 1995b, pp. 188). Dentre as diversas masculinidades, existiria uma que se apresentaria como sua forma hegemnica, aquela que corresponderia a um ideal cultural de masculinidade. Alm desta forma de masculinidade, existiriam outras que manteriam relaes de subordinao, cumplicidade ou de marginalizao em relao hegemnica (Connell, 1997, p. 39-43; 1987; 2000). Entretanto, nos parece que o modelo de Connell pode ser reduzido, para certos efeitos e sem grandes perdas, a um modelo binrio, em que teramos masculinidades hegemnicas e no-hegemnicas. A despeito do fato de assim passarmos a ter dentro do plo no-hegemnico masculinidades subalternas e marginalizadas juntamente com masculinidades cmplices, sendo que estas, embora fora da posio de hegemonia, do respaldo a seus valores, o que nos parece ser o principal traos destes trs tipos de masculinidade , simplesmente, o fato de no serem enquadradas na categoria de masculinidade hegemnica. Embora Connell se preocupe em distingui-las e tal distino possa ser, em algumas circunstncias, til o fato de

classificar uma delas como hegemnica logo aponta para o fato que as demais esto excludas de qualquer posio de predominncia. Talvez a formulao mais conhecida e sofisticada do conceito de hegemonia se encontre na obra de Gramsci. Embora aqui no tenhamos espao para uma discusso aprofundada de como tal conceito aparece na obra de Gramsci, cabe destacar dois aqueles aspectos que nos parecem centrais em sua abordagem: (1) a persuaso e a criao de consenso em grande parte de uma populao de forma a naturalizar a sua organizao; e (2) a luta pela posio hegemnica, de poder, que permite definir uma situao (e a criao de um consenso), e uma vez alcanada tal posio, haveria a manuteno de uma constante tenso com outros grupos para sua manuteno (Gramsci, 1971)3. Como podemos notar, ambos os aspectos tratam da ocupao e manuteno de uma posio de poder, de preponderncia perante outros grupos sociais, que se tornam submetidos ao grupo hegemnico. Entretanto, embora seja um conceito que atenda de forma satisfatria necessidades tericas especficas (aquelas para o qual foi cunhado), no nos parece que sua importao para o estudo das relaes de gnero traga avanos tericos, podendo, inclusive, atuar de forma contrria, seja ao tratarmos das relaes entre homens e mulheres, seja das relaes entre homens. Joan Scott, ao discutir a relevncia do conceito de gnero para a anlise histrica, reporta problemas correntes da incorporao de conceitos provenientes de outras teorias; e embora estivesse tratando das dificuldades enfrentadas pelo conceito de gnero, e no o de hegemonia, sua reflexo parece se encaixar perfeitamente em nossa discusso. Segundo Scott, dois problemas constantemente enfrentados eram o enfraquecimento do poder analtico de uma teoria

por ser tomada apenas parcialmente, ou o emprego de seus preceitos sem prestar ateno em suas implicaes4. No que diz respeito s relaes intergnero, ou, de forma talvez mais precisa no caso de que tratamos, intersexos, entre homens e mulheres, a idia de hegemonia, ao buscar remeter posio de subordinao delas a eles, desconsidera a existncia de um conceito j bastante desenvolvido e que serviu de base para a consolidao dos estudos sobre a histrica condio feminina desfavorvel, que o conceito de patriarcado. Matos aponta, seguindo os passos de Sylvia Walby, que a cultura patriarcal composta por cinco elementos estruturais principais: 1) um modo patriarcal de produo (o trabalho domstico); 2) relaes patriarcais de trabalho remunerado; 3) relaes patriarcais no Estado; 4) a violncia masculina e; 5) relaes patriarcais de sexualidade (Matos, 2000, pp. 41; Matos, 2001, pp. 33)5. Enfim, como Matos indaga, se j possumos uma construo terico-conceitual bem estruturada como o conceito de patriarcado, que trata de forma bastante extensa das relaes hierrquicas entre homens e mulheres, qual a justificativa de adoo de um novo conceito para tratar de tais relaes, sobretudo quando notamos que ele no traz avanos significativos para a compreenso de tal fenmeno? Ademais, como apontamos acima, a noo de hegemonia (como ser novamente ressaltado adiante) traz a idia de luta por posies e de que um grupo mantm dominao sobre outro(s). Cabe, assim, perguntar se as mulheres pretendem, ao lutarem por igualdade no mercado de trabalho, de rendimentos, de reconhecimento, etc., pretendem conquistar igualdade de condies em relao aos homens ou se, pelo contrrio, pretendem se tornar o grupo hegemnico e transformar os homens em subordinados.

Quando passamos para uma anlise intragnero, ou intersexo, ou seja, das relaes entre homens, que considero que a idia de masculinidade hegemnica apresenta suas maiores inadequaes. Como dissemos acima, o termo hegemonia implica constante luta pela posio de preponderncia. Ao tratamos de masculinidades, entendemos que existiria, portanto, uma forma de masculinidade que detm posio privilegiada, em detrimento de outras formas de masculinidade, que ocupariam posio subalterna. Mas tambm devemos depreender, a partir da breve discusso realizada acima, que tais grupos se encontram em tenso e que o grupo em posio desprivilegiada intenta se sobrepor ao grupo ento hegemnico e, assim, passar a ocupar tal posio. Se verdadeiro que ainda constatamos a existncia de uma forma hegemnica de masculinidade que no caso da sociedade brasileira poderamos identificar como sendo homens brancos, heterossexuais, de classe mdia, etc. , cabe indagar, entretanto, se as demais formas de masculinidade (gays, homossexuais, bissexuais, barbies, cybermanos, metrossexuais, negros, pobres, etc.), ao se contraporem forma predominante, buscam ocupar tal posio hegemnica. Tais masculinidades no-hegemnicas querem simplesmente inverter suas posies com o grupo hegemnico? Ou ser que o que pretendem serem reconhecidas como formas tambm legtimas e possveis de se experienciar a masculinidade? Ao que nos parece, a segunda opo nos parece mais ser a resposta mais adequada resistncia oferecida pelos grupos subalternos s presses da masculinidade hegemnica. Como nos diz Marlise Matos, posies alternativas ao modelo hegemnico de masculinidade [...] justamente por discordarem de uma posio que possa se definir como modelar ou definitiva para o que possa vir a ser as vicissitudes da

masculinidade, preconizam [...] uma reivindicao, no pela unidade ou hegemonia, mas pela diferena, pelo direito inalienvel a ser diferente (sem que com isto se deseje uma posio de distino ou de privilgio local, especial e hegemnico) (Matos, 2001, pp. 34). Nossa crtica, aqui, se direciona, portanto, a algumas conseqncias tericas no-antecipadas por aqueles que realizaram tal incorporao do conceito de hegemonia. Ao trazerem tal conceito para os estudos das relaes de gnero, acreditavam que ele traria ganhos analticos para a compreenso da posio de subordinao das mulheres em relao aos homens, e de certos grupos de homens em relao a um grupo dominante. Como esperamos ter conseguido tornar saliente, a noo de hegemonia e de masculinidade hegemnica no cumpre o papel esperado na anlise intergnero (ou intergnero) e nem na intragnero (ou intrasexo). Reforamos, portanto, as nossas indagaes colocadas acima: mulheres e homens e condio de no-predominncia buscam alcanar igualdade em relao ao grupo masculino dominante, ou pretendem inverter a polaridade da relao? Acreditamos que se trata da primeira opo. Entretanto, o conceito de hegemonia acoplado masculinidade hegemnica leva considerao de que tais grupos no-preponderantes buscam se tornarem dominantes ou melhor, hegemnicos e inverter a relao, tornando o outro grupo em dominado, uma vez que este ponto est indissoluvelmente ligado noo de hegemonia.

CONSIDERAES FINAIS

Em circunstncias como as em que ainda vivemos, com grandes diferenas de poder e reconhecimento entre as diferentes orientaes sexuais e de gnero, idias

como a de hegemonia seja como masculinidade hegemnica ou hegemonia do homem podem soar atrativas, por intentar designar a predominncia de um grupo (que ocupa uma posio de vantagem) em relao aos demais. Digamos que, por nos ajudar a discriminar certos grupos, tal conceito apresentaria boa performance emprica. Entretanto, autores preocupados com o estudo de problemas conceituais, como James Johnson, reportam que quando so defrontados com duas teorias concorrentes, pesquisadores e estudiosos optam por aquela que apresenta, empiricamente, melhor performance. Todavia, e este o ponto que aqui nos importa, Johnson nos chama ateno de que problemas tericos tm a mesma importncia que os empricos. Ou seja, se nos propomos tentar avanar o conhecimento sobre determinado assunto, devemos resolver tanto problemas conceituais quanto empricos. E mais: Johnson aponta que, em geral, problemas tericos so at mesmo mais srios do que os problemas empricos, pois seria usualmente mais fcil explicar dados anmalos do que deixar de lado problemas conceituais (Johnson, 2002, pp. 225-227). Como j apontamos acima, o conceito de hegemonia no se mostra enquanto alternativa terica mais adequada para estudos sobre masculinidade. Autores como Jeff Hearn, entretanto, acreditam que o conceito de hegemonia se mantm pertinente, no sendo sua utilidade dependente de sua base gramsciana, mas sim de como o conceito pode ser reformado ou reformulado pela prtica terica (Hearn, 2004, pp. 65). Todavia, a nosso ver, Hearn e outros que endossam tal posio se esquecem de considerar que ao importarmos um conceito para nossas teorias, trazemos juntamente com ele todas as implicaes presentes em sua teoria de origem6. A importao de um conceito e sua posterior reformulao se mostra, para ns, como mais uma fonte de

problemas, j que ao invs de torn-lo mais preciso, apenas multiplica seus potenciais significados, aumentando a possibilidade de confuses7. Conclumos este breve texto apostando na necessidade e importncia da preciso conceitual nos estudos de gnero. Acreditamos que apenas atravs de construtos tericos bem-definidos podemos almejar ampliar nossa compreenso das relaes de gnero e, a partir dela, lanarmos bases intelectuais mais slidas para enfrentarmos e desconstruirmos a discriminao, o preconceito e as desigualdades de gnero.

NOTAS

* Trabalho apresentado no Seminrio Internacional Fazendo Gnero 7, realizado entre os dias 28 e 30 de agosto de 2006, na Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil. ** Aluno do Programa de Ps-Graduao em Cincia Poltica e pesquisador do Ncleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher, ambos da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil. bolsista da Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior Capes. Editor-adjunto da Revista Trs Pontos. Endereo: Departamento de Cincia Poltica, Universidade Federal de Minas Gerais, Av. Antnio Carlos, n. 6627, Fafich, sala 4111, 31270-901, Belo Horizonte. E-mail: fabriciocs@ufmg.br. 1 Para o conceito de campo, ver Bourdieu (1990), em especial o captulo Fieldwork in philosophy, p.15-48. 2 Diversos textos tm tratado discusso em torno da opo entre masculinidade hegemnica e masculinidade do homem, dentre os quais destacamos como exemplo deste debate: Clatterbaugh, 1998; Hearn, 1996; Hearn, 2004; Connell & Messerschmidt, 2005. 3 Ver tambm Donaldson, 1993, p. 645. Dada a brevidade deste trabalho, remeteremos apenas superficialmente ao conceito de hegemonia. Uma discusso de maior flego sobre o conceito de hegemonia remeteria s razes do termo no pensamento de Karl Marx e suas diferentes concepes de ideologia, bem como sua releitura por Lnin, e, evidentemente, a sua interpretao por Gramsci. No momento, apenas podemos remeter s obras destes autores: Marx, 1974; Marx e Engels, 1984; Lnin, 1975-1978; Gruppi, 1978; alm do j citado Gramsci, 1971. 4 Alguns/mas historiadores/as estavam, certamente, conscientes deste problema [a saber, a falta de potncia terica do conceito de gnero poca de sua emergncia e consolidao]; da os esforos para empregar teorias que pudessem explicar o conceito de gnero e dar conta da mudana histrica. De fato, o desafio consistia

em reconciliar a teoria, que estava concebida em termos universais e gerais, com a histria, que estava comprometida com o estudo da especificidade contextual e da mudana fundamental. O resultado foi muito ecltico: emprstimos parciais que enfraquecem o poder analtico de uma teoria particular ou, pior, que empregam seus preceitos sem ter conscincia de suas implicaes (Scott, 1995, pp. 76). 5 Ver tambm Walby, 1990. Para uma discusso do conceito de patriarcado, ver Aguiar, 1997. 6 James Johnson (2002, pp. 227) chama ateno para que a apropriao bem-sucedida de recursos tericos externos depende da compatibilidade entre os mecanismos explicativos da teoria de origem e da teoria de destino. Caso contrrio, a importao de conceitos apenas aumenta as ambigidades e vulnerabilidades de nossa explicao, j que junto do conceito importado trazemos, tambm, suas imprecises e seus problemas. 7 De acordo com Frankfort-Nachmias & Nachmias (2000, pp. 24-25), a concept, like other symbols, is an abstraction, a representation of an object, or one of that objects properties, or a behaviorial phenomenon. Scientists begin the process of research by forming concepts as shorthand description of the empirical world. (...) they provide the tools for communication. Without a set of agreed-upon concepts, scientists could not communicate their fidings or replicate each others studies. (...) It is important to remember that concepts are abstraction; they are based on sensory perceptions and used to convey information in a very concise manner.

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