Recife Afilhado político do governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), o candidato a deputado estadual Raul Henry (PMDB), de 38 anos, escapou da morte na madrugada de ontem. O avião bimotor em que estava caiu logo depois da decolagem do aeroporto de Arcoverde, no sertão pernambucano, e explodiu.
Ex-vice-prefeito do Recife e ex-secretário estadual de Educação e Cultura, o candidato teve um problema nos olhos e fraturou a clavícula. O piloto, o co-piloto e mais três passageiros da equipe do candidato sofreram queimaduras.
De acordo com a assessoria de Henry, o avião, um Seneca 2 prefixo PT-EZB, apresentou problemas logo depois de levantar vôo e começou a pegar fogo. O candidato foi o último a ser retirado da aeronave, pelo piloto Almir Bacelar, porque ficou preso nas ferragens. Em seguida o avião explodiu.
O candidato havia encerrado sua campanha no interior e se dirigia para o Recife onde participaria ontem, pela manhã, de uma carreata da coligação do governador.
A aeronave foi cedida pelo empresário Osvaldo Rabelo Filho para a campanha e integrava a frota da Olinda Táxi Aéreo. O diretor operacional da empresa, Eduardo Cabral, disse que o avião era novo, estava revisado e habilitado. ''Foi uma fatalidade'', afirmou ele, acrescentando que somente as investigações da Aeronáutica poderão identificar a causa do acidente.
O piloto, o co-piloto e os quatro passageiros foram levados para o Recife em dois aviões da Unimed. Raul Henry ficou 12 horas em observação na UTI do Hospital Esperança, onde está internado, e está afastado da campanha. O problema nos olhos não deixará sequelas, de acordo com a equipe médica, e a cirurgia da clavícula só será feita após a eleição.
O assessor de Henry, Cristiano Dias Duarte, teve queimadura de terceiro grau e está internado na Unidade de Queimados do Hospital São Marcos. O piloto, o co-piloto Márcio Botelho, o assessor Décio Virgílio, e o fotógrafo Antonio Melcope foram atendidos no Hospital Memorial São José e liberados em seguida.