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São muitas as vulnerabilidades que expõem a população LGBTI em contexto de migração. Situações de migração forçada, tráfico humano, exploração sexual e violência são ameaças constantes aos direitos humanos de pessoas refugiadas e em outros contextos migratórios. Além disso, a barreira linguística e o desconhecimento das leis brasileiras muitas vezes dificultam o acesso aos serviços.

A partir deste cenário, no dia 20 de dezembro será realizada, no Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI) na capital paulista, a “Oficina de Fortalecimento da Rede de LGBTI imigrantes e refugiadxs: construindo pontes e fluxos entre LGBTI, serviços e sociedade civil organizada em São Paulo”. O evento é uma iniciativa do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em parceria com a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e a Prefeitura de São Paulo.

A Oficina tem como objetivo fortalecer a Rede de imigrantes e pessoas LGBTI por meio do entendimento dos desafios e oportunidades que acompanham o atendimento às fragilidades do movimento migratório. Durante o evento, serão realizadas rodas de conversas e construção de fluxos estratégicos que busca sensibilizar as populações em situação de vulnerabilidade sobre como garantir a proteção e reparação de seus direitos.

Participarão do evento membros das agências da ONU, Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e organizações da sociedade civil. A analista para Assuntos Humanitários do UNFPA no Brasil, Irina Bacci, avalia que a atividade é importante para fortalecer a rede de proteção dos direitos das pessoas LGBTI em São Paulo.”A oficina visa garantir o acesso de pessoas migrantes e refugiadas que poderão contribuir com suas experiências de vidas e ajudar a rede de proteção para melhor acolher os e as imigrantes”, diz a analista.

Na ocasião, será apresentada a “Plataforma sobre o Perfil das Solicitações de Refúgio relacionadas à Orientação Sexual e à Identidade de Gênero”, criada pelo ACNUR e pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), em parceria com o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) e com a sociedade civil. A plataforma mostra, por meio de dados, o perfil das solicitações de refúgio de pessoas LGBT, no Brasil. Os dados oferecem aos atores envolvidos na proteção de pessoas refugiadas informações relevantes para melhor responderem às necessidades específicas desta população, além de atender uma importante demanda de pesquisadoras e pesquisadores que estudam o tema. 

As inscrições gratuitas podem ser feitas em http://bit.ly/oficina-lgbti-sp

Serviço:
Oficina de Fortalecimento da Rede de LGBTI imigrantes e refugiadxs: construindo pontes e fluxos entre LGBTI, serviços e sociedade civil organizada em São Paulo
Data: Dia 20 de dezembro, a partir das 13h
Local: Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI) - (Rua Major Diogo, 834, Bela Vista. São Paulo)

Confira a programação completa: