Pesquisa indica maior demanda e valorização de escritórios

Termômetro do GRI ouviu empresários e investidores do setor sobre expectativa para os próximos 12 meses.

11 de fevereiro de 2019Mercado Imobiliário
A maioria dos empresários e investidores atuantes no segmento de escritórios no País acredita em ampliação da demanda e valorização desses imóveis nos próximos 12 meses, indica a pesquisa Termômetro do GRI realizada em fevereiro.

Quase 77% entendem que deve haver um pequeno (66,7%) ou grande (10,0%) crescimento da procura por esse tipo de empreendimento nesse horizonte. Há um ano, a fatia dos que faziam essa avaliação era bem menor, de 61,3%. Dois anos trás, de 40,0%.

Aproximadamente 69% dos ouvidos pelo GRI Club neste início de 2019 dizem contar com valorização dos imóveis corporativos com objetivo de renda nos 12 meses pela frente, seja essa valorização pequena (65,5%) ou grande (3,4%). Trata-se de um aumento de 23 pontos percentuais na comparação com o observado na sondagem de 2018 e de 45 pontos percentuais versus 2017.
 
"Essa expectativa positiva que notamos hoje se sustenta em parte na percepção de que o mercado de escritórios já está em fase de recuperação. É o que apontam 58,6% dos consultados pelo GRI Club. Outros 38,0% entendem que o segmento ainda se encontra no fundo do ciclo", afirma Robinson Silva, líder do GRI Club para Mercado Imobiliário no Brasil.

Cap rates para compra e venda

Questionados a respeito do cap rate adequado para aquisição de escritórios de alto padrão atualmente, os empresários manifestaram opiniões diversas, com maior concentração nas faixas de 8% ao ano (38,0% da amostra) e 9% ao ano (24,2%). Para 10,3%, não é hora de realizar compras – mas há que se observar que esse grupo vem perdendo representatividade nos resultados da pesquisa ao longo dos últimos dois anos (eram 23,6% em 2017 e 17,5% em 2018).

Já para venda de escritórios de alto padrão, o cap rate considerado acertado converge para duas faixas principais: 7% ao ano (24,1%) e 8% ao ano (27,7%). Uma fatia considerável, de 20,7%, analisa que se desfazer de ativos agora não seria uma boa estratégia, proporção praticamente igual (20,6%) à de 2018. 

São Paulo e Rio

Quando se trata do mercado paulistano, a expectativa é de que os valores de locação retornem ao patamar pré-crise em 24 a 36 meses, sinalizam 75,9% dos ouvidos pelo GRI Club. Outros 13,8% apontam para 36 meses e 10,3%, mais pessimistas, argumentam que os valores não retomarão aquele nível.

As localidades da cidade de São Paulo preferidas para desenvolvimento de escritórios permanecem praticamente as mesmas dos anos anteriores, com a avenida Faria Lima e os bairros do Itaim Bibi e da Vila Olímpia nas três primeiras posições. A partir da quarta colocação, entretanto, veem-se mudanças: Pinheiros (4º lugar) subiu no ranking, passando à frente da avenida Paulista (5º); e a avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini (6º) ganhou atratividade, ultrapassando a Chácara Santo Antônio (7º).

Para investimento em imóveis corporativos prontos, novamente a avenida Faria Lima vem no topo, seguida por Itaim, Vila Olímpia, avenida Paulista, Pinheiros, avenida  Engenheiro Luís Carlos Berrini e Chácara Santo Antônio. Itaim e Pinheiros foram as localidades que galgaram posições em 2019 frente a 2018.

No que toca ao Rio de Janeiro, o Termômetro do GRI indica que ainda levará tempo para a retomada de investimentos: 48,3% avaliam esse mercado como nada atrativo e outros 48,3%, pouco atrativo. Por outro lado, 3,4% alegam forte interesse por essa localidade.

Para a sondagem, o GRI Club ouviu 32 players atuantes no segmento de escritórios do País em fevereiro.

GRI Escritórios Brasil 2019
http://bit.ly/2CaTNex


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