Rio – Nos últimos dias, muito tem se falado sobre o papel de um líder, seja dentro de casa, na sala de aula, empresa ou mesmo como chefe de Estado ou religioso. Ao contrário do que muitos pensam ser um líder requer habilidades técnicas, ou seja, não é apenas um “dom”, ou mesmo aquele que possui apenas carisma ou existe a necessidade de ter um cargo hierárquico dentro da empresa para poder tomar atitude de líder.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Cia Talentos, recentemente, o número de colaboradores que acreditam nos discursos das empresas em que trabalham é mais baixo do que o esperado – apenas 22%. Mas qual seria o papel dos líderes diante deste cenário? Isso está ligado diretamente na formação dessas lideranças, que dá sinais de evolução, porém não no ritmo que deveria ser.

Com o tempo, o líder deixou para trás aquele perfil “sisudo”, com cara de poucos amigos e que faz cobrança sem antes ter ensinado e treinado uma equipe. Hoje, quem possui tal característica, está ultrapassado e se sobrevive, com certeza irá agonizar no próximo desafio que encontrar fora de sua zona de conforto.

O dito popular “dançar conforme a música”, não deve ser jamais aceito por um líder, pelo contrário, ele deve ser o regente da música, buscando transformar toda a atmosfera ao seu redor. Ao contrário do que se imagina, o líder não deve atuar de acordo com o momento que está vivendo. Inspirar-se em outros líderes sim, mas com ressalvas. Grandes líderes que foram no passado, talvez não se encaixam nesta época, como por exemplo revolucionários que derrubaram impérios, com ética questionável, com o objetivo de obter o resultado final a qualquer custo.

Identificar líderes obsoletos e suas falhas é possível no dia a dia, mas driblar o caminho que eles seguem e não se contaminar com essas atitudes nem sempre é uma tarefa fácil. Um fato há de se concordar: a humanização dentro das empresas por meio do uso da tecnologia e soft skills, tem permitido que cada vez mais líderes humanizados surjam com o propósito de melhorar o conceito da cultura organizacional. Entretanto, ainda existem gestores desqualificados: que desmotivam, que subutiliza do poder para conseguir algo.

E o que resta por parte da empresa ou mesmo em nossa sociedade, ao expandir para a educação dentro de sala de aula? Identificar e formar líderes inspiradores, que de alguma forma estejam inseridos na sociedade com a única e exclusiva função de formar heróis. Independente do sexo, idade, religião, cargo hierárquico ou classe social, o líder contemporâneo deve estar disposto a ser um advogado de um causa junto a sua equipe, não focar apenas na obrigação, mas sim ter um propósito de estar engajado naquela função.O líder atual deve estar disposto a ramificar o seu conhecimento para formar outros líderes e para assim expandir suas habilidades técnicas.

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Em um mundo cada vez mais polarizado, torcemos para que o modelo ideal de liderança contagie tanto atual geração quanto as que ainda estão por vir, pois o futuro do líder está associado diretamente a inspirar, ser receptivo com opiniões, ampliando a percepção de visão dos liderados para assim poder “ordenar”.

Leandro Moreira é empresário, palestrante, especialista em liderança corporativa e em desenvolvimento de equipes de alta performance


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