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90 mil alunos do 2.º ano estreiam provas de expressões e físico-motoras

02 mai, 2017 - 06:59

Não contam para a nota, mas vão transmitir informação detalhada sobre o desempenho dos alunos. Novo modelo de avaliação vai “tirar uma fotografia a todo o sistema”.

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As escolas começam esta terça-feira a aplicar aos 90 mil alunos do 2.º ano de escolaridade as provas de aferição de expressões, físico-motoras e artísticas, criadas no âmbito do novo modelo de avaliação anunciado no início da legislatura.

À Renascença, o secretário de Estado da Educação, João Costa, fala em "provas inéditas. É a primeira vez que são aplicadas provas performativas de forma universal".

Até 9 de Maio, as escolas têm liberdade para organizar as provas, em função dos espaços de que dispõem. “Na generalidade dos casos, as provas decorrem nas escolas onde os alunos têm aulas ou desenvolvem estas actividades”, explicou o governante, indicando que apenas em situações residuais haverá deslocação para outro agrupamento, como o caso de colégios com um reduzido número de alunos que não tenham a estrutura logística necessária.

É a primeira vez que são aferidos os desempenhos dos alunos nestas áreas, depois de no ano passado terem sido recuperadas as provas de português e matemática, embora ainda a titulo facultativo, no âmbito de um regime transitório.

O objectivo do novo modelo de avaliação, em que deixaram de existir exames no 4.º e no 6.º ano, é “valorizar todas as áreas do currículo”.

A tutela quer “tirar uma fotografia a todo o sistema e não apenas ao desempenho dos alunos”, descreve João Costa.

Avaliação “vai além do papel e lápis”

“Se quisermos desenhar algumas estratégias, a nível central, para melhorar as aprendizagens nestas áreas temos de saber o que se passa”, adiantou, referindo que a avaliação “vai além do papel e lápis”.

O secretário de Estado reiterou que aferir é “diferente de seriar” e que estas provas representam “um instrumento que permite olhar para várias dimensões de realização do currículo”. As lacunas de material detectadas em algumas escolas fazem também parte do processo de aferição e irão constar nos relatórios, garantiu.

As provas serão aplicadas por pares, o professor titular que normalmente acompanha o aluno, coadjuvado por outro docente do 1.º Ciclo ou da respectiva área.

Não há classificações

À semelhança do que é praticado para as restantes provas de aferição, no final haverá relatórios individuais, por turma e por escola, com indicadores desagregados.

À Renascença, o presidente do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) explica como vai ser feita a classificação destas provas. “Não há uma classificação – a novidade que as provas trouxeram no ano passado - porque que rompemos com aquela e ideia de estarmos presos a um número, que nos diz muito pouco sobre a qualidade do desempenho. O que temos é um um relatório individual e detalhado sobre quais as áreas onde há problemas e têm que ser intervencionadas”, diz Hélder Sousa.

Funciona como um instrumento para as escolas poderem tomar decisões sobre o tipo de estratégias e de apoio aos alunos que vão adoptar, em função de necessidades específicas detectadas.

No final das aulas, os alunos do 1.º Ciclo que frequentam o 2.º ano vão também realizar provas de português e matemática, com uma componente de estudo do meio incluída.

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