Solidariedade

Aleida Guevara: manifestações de mulheres são resposta ao fascismo

Filha de Che Guevara participou de bate-papo no Armazém do Campo de São Paulo na noite desta segunda-feira (01)

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Aleida Guevara foi presenteada com uma cesta com produtos de assentamentos da reforma agrária
Aleida Guevara foi presenteada com uma cesta com produtos de assentamentos da reforma agrária - Foto: Comunicação MST

Aleida Guevara, filha dos revolucionários Ernesto Che Guevara e Aleida March, defendeu a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atos de mobilização popular contra a ascensão do fascismo no país, nesta segunda-feira (1º), durante ato no Armazém do Campo de São Paulo.

A médica cubana se desculpou por não falar português e conversou pausadamente em espanhol com o público que lotou o espaço conhecido pela venda de produtos da reforma agrária. 

Aleida contou que, quando estava em Cuba, via com impotência o golpe no Brasil e a prisão política de Lula. “Me perguntava: se essa prisão sem provas acontece com um homem que tem reconhecimento internacional, o que vai acontecer com um homem ou uma mulher do povo?”.

Para ela, a resposta foi dada nas ruas com as manifestações das mulheres contra o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), no último sábado (29), reunindo mais de um milhão de pessoas em cerca de 260 cidades. “Tenho certeza que o povo brasileiro vai fazer o necessário para transformar nossos sonhos em realidade”, afirmou.

Ao lado de Aleida Guevara estava Gilmar Mauro, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que agradeceu a Cuba por ser um exemplo de solidariedade aos outros países. “A melhor forma de agradecer não é com palavras, mas da forma que as mulheres agiram no dia 29 de setembro. Não foi uma luta só contra o ‘Coiso’, o que é importante, mas estão lutando também contra preconceitos, contra a cultura machista, contra uma concepção retrógrada do mundo”, avaliou Gilmar. 

Agenda no Brasil

Além do evento em São Paulo, Aleida Guevara também esteve no Armazém do Campo do Rio de Janeiro e na Vigília Lula Livre, em Curitiba. Na capital paranaense, a médica cubana participou do tradicional coro coletivo de “boa noite” ao ex-presidente Lula e contou que, desta vez, o coro foi em espanhol. “Também dissemos que o povo cubano está com Lula e foi muito bonito porque sei que ele escuta e que, de alguma forma, recebe a energia do povo”, concluiu.

Edição: Diego Sartorato