A regra é não ter regras...😎
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Na FABERNOVEL, somos apaixonados por estudar e analisar as empresas mais inovadoras nos seus modelos de negócio e de gestão, bem como no desenvolvimento de produtos e serviços.
Há mais de 10 anos que publicamos estudos sobre muitas destas empresas, como as várias edições do GAFAnomics e outros sobre empresas que estão a mudar o mundo, como a Tesla, a Uber, o WeChat e o Linkedin. Para muitos analistas, a tecnologia continua a ser apontada como a grande vantagem competitiva destas empresas, o que a nosso ver é uma visão redutora, pois a tecnologia é “apenas” a alavanca de aceleração.
Na essência, a grande vantagem competitiva destas empresas é o talento e a forma como conseguem atrair e gerir esses talentos. Um tema tem merecido muita da nossa atenção, estudando e refletindo sobre como inovar na gestão de talento, não só em algumas missões com alguns dos nossos clientes como também na partilha de vários estudos nesta área: "Future of Corporate Learning", "Teletrabalho e Flex-Office", "Como valorizar o capital de talento da sua empresa?".
Em 2009, Reed Hastings, fundador e CEO da Netflix, publicou no Slideshare um resumo sobre a cultura e o modelo de gestão de talentos da Netflix (que já teve mais de 20 milhões de visualizações). Este documento tornou-se uma referência nesta matéria e, para muitas empresas de Silicon Valley, um manual de gestão de talento. De facto, o modelo de gestão de talentos de Hasting e a consequente cultura da Netflix são disruptivos e inspiradores.
Foi precisamente este documento, o ponto de partida para o livro "A REGRA É NÃO TER REGRAS", que Reed Hastings acabou de lançar, escrito em conjunto com Erin Meyer, uma professora da INSEAD Business School que “viveu” na Netflix como observadora. Erin Meyer entrevistou muitos dos colaboradores para entender a receita da “poção mágica”, que é ilustrada com vários exemplos reais ao longo do livro.
GESTÃO DE TALENTOS
Porque é que o modelo de gestão de talento da Netflix é disruptivo? Quer exemplos?
- A Netflix desenvolveu uma cultura de liberdade com responsabilidade, onde trata os colaboradores como adultos responsáveis (na verdade, o que é esperado de qualquer colaborador em qualquer empresa).
- Os colaboradores podem tirar férias quando quiserem.
- Não há aprovações de despesas, nem de viagens. É suposto que cada um tome a decisão que considerar adequada (e se for necessário terá de a explicar).
- O feedback 360º é permanente, com total transparência e honestidade (para que todos possam melhorar).
- Só falar sobre um colega com outros o que já disse ao próprio ou dirá pessoalmente (de positivo ou negativo).
- Não tentar agradar ao chefe, fazer o que é relevante para a empresa (focado no cliente).
- As decisões finais são dos colaboradores que estão no projeto ou no negócio (empowerment total).
E o que é interessante é que quando algum destes “ingredientes” falha, a empresa falha. Foi o que aconteceu quando Reed Hastings tomou uma má decisão e os diretores da Netflix com medo de “não agradarem o chefe” não o questionaram. Essa má decisão provocou uma descida de 75% das ações da Netflix.
MODELO DE DECISÃO EM ÁRVORE (em vez de pirâmide)
O mantra que rege a Netflix é alinhamento com autonomia numa estrutura de organização em árvore (em vez da tradicional pirâmide), ou seja, o CEO/líder está nas raízes, sustentando o tronco de gestores seniores, que apoiam os ramos onde são tomadas as decisões.
Nesta altura, deve estar a imaginar este modelo aplicado na sua empresa e como provocaria o caos e, por isso, pode até questionar se isto funciona mesmo assim na Netflix. De facto, não é fácil, mas é fundamental para que as empresas consigam maior agilidade, rapidez e flexibilidade nos negócios. E, isso, explica grande parte do sucesso da Netflix e de outras empresas de Sillicon Valley e justifica a inovação e a forma como transformam o mundo, virando do avesso várias indústrias e ultrapassando players instalados há dezenas ou centenas de anos.
Para Reed, a liberdade com responsabilidade é algo que opera próximo do limite do caos e que obriga a uma forte concentração de talento (o ingrediente essencial da “poção mágica”).
A melhor imagem que ilustra este modelo de funcionamento é a rotunda no Arco do Triunfo em Paris, onde desaguam 12 avenidas e onde não há semáforos, nem faixas de rodagem definidas ou qualquer sinalética, mas tudo flui de forma simples.
Talvez seja a falta desta fórmula que explica porque é que as empresas europeias estão a perder terreno na inovação e na competitividade para as empresas americanas e chinesas.
Se ficou curioso(a) e entusiasmado(a) com a possibilidade de aplicar a “poção mágica” na sua empresa, recomendo que leia o livro (vale mesmo a pena). Como explica Reed, o processo de transição tem de ser bem preparado.
Fica também a sugestão para ver a entrevista a Reed Hastings conduzida por David Rubenstein na Bloomberg. 📺
PS 1: Saiba mais sobre a cultura da Netflix em: http://jobs.netflix.com/culture
PS 2: Deixo-lhe os principais números da Netflix:
Total de subscritores: 195,2 Milhões (dos quais cerca de 2,58 milhões em Portugal)
Capitalização bolsista: 231 mil milhões de dólares em 23 anos (vs Disney 225 mil milhões de dólares em 97 anos).
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Portugal General Manager da FABERNOVEL
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Novo estudo GAFAnomics® - Tesla Volume 2
A Tesla transformou a indústria automóvel, mas será esta a direção do futuro da mobilidade? Neste novo estudo da série GAFAnomics, "Tesla Volume 2: Is Tesla the disruptor we need?", fazemos uma reflexão sobre o impacto ecológico dos automóveis elétricos e sobre o futuro da mobilidade. [Ver estudo]
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[ SUPERTOAST BY FABERNOVEL ]
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Há um novo Supertoast à sua espera!
O Supertoast by FABERNOVEL chega à "versão 2.0" com uma nova imagem e um novo site, inspirados nas sugestões e feedback dos nossos leitores para proporcionar uma melhor experiência. Curioso? Quero espreitar
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Innovation Talk com Nuno Brito Jorge, fundador e CEO da GoParity
Conversámos com o fundador da GoParity, uma plataforma portuguesa de financiamento em crowdlending, focada em projetos de sustentabilidade, que permite aos investidores obter rentabilidades entre os 4% e os 8%. Ouvir entrevista
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MultipLX, o primeiro podcast da FABERNOVEL em França
O podcast MutlipLX nasceu de uma convicção: a tecnologia não é boa nem má, o que importa é o que fazemos com ela. Através de entrevistas, neste podcast descodificamos as "palavras-chave" da tecnologia e as suas oportunidades, com o objetivo de oferecer uma nova voz europeia sobre a tecnologia e um olhar positivo, mas não ingénuo sobre o seu futuro.
Últimos episódios (em francês):
Santé et Tech : je t’aime moi non plus? [ouvir]
Les designers sont-ils méchants? [ouvir]
Connaissez-vous (vraiment) le Cloud? [ouvir]
Est-ce la fin des cookies? [ouvir]
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Strategies
Geeks et Amish, parlez-vous !
Opinião de Stéphane Distinguin, fundador da FABERNOVEL, sobre plano francês de recuperação económica e o imperativo de fazer da inovação a força motriz das empresas francesas. Ler artigo
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TV5Monde
Les GAFA, grands gagnants de la pandémie de coronavirus ?
Comentário de Jérémy Taïeb, analista na FABERNOVEL, sobre o crescimento dos GAFA (Google, Apple, Facebook e Amazon) em tempo de pandemia. Ver
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La Tribune
E-commerce : Facebook peut-il concurrencer Amazon ?
Artigo com a colaboração de Cyril Vart, Vice-presidente executivo na FABERNOVEL, sobre a aposta do Facebook no e-commerce. Ler artigo
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DAF Mag
Bilan sur un été record pour les géants du numérique
Opinião de Gabrielle Peyrelongue e Jérémy Taïeb, analistas na FABERNOVEL, sobre a anti-fragilidade das empresas tecnológicas durante a Covid-19. Ler artigo
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