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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
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09 maio 2024
ONU Brasil apoia assistência ao Rio Grande do Sul
Diante das enchentes que continuam a afligir o estado do Rio Grande do Sul, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou profunda tristeza pela perda de vidas e pelos danos causados pelas fortes chuvas e inundações no sul do Brasil.Em comunicado oficial emitido em 8 de maio, ele estendeu suas condolências e solidariedade ao governo e ao povo do Brasil, assim como às famílias das vítimas.O secretário-geral também observou que desastres como este chamam a atenção para os efeitos devastadores da crise climática nas vidas e nos meios de subsistência das pessoas. Ele reiterou que a equipe da ONU no país está pronta para ajudar neste momento difícil.Sob a liderança da coordenadora residente Silvia Rucks, a ONU já está trabalhando junto a autoridades nacionais, estaduais e municipais, e também com parceiros locais, para apoiar a resposta à crise.Até agora, dez entidades da ONU já estão prestando assistência contínua a diferentes órgãos de governo, nos três níveis. A OPAS/OMS e o UNAIDS, por exemplo, estão trabalhando com o Ministério da Saúde para o envio de suprimentos de emergência e monitoramento da propagação de doenças.Para atender aos milhares de desabrigados, ACNUR e OIM estão trabalhando para apoiar o fornecimento de abrigo e outras necessidades relacionadas, como a provisão de alimentos, colchões e mantas, o que será crucial nos próximos dias, em que as temperaturas devem cair.O UNICEF está distribuindo kits de emergência e trabalhando com as autoridades governamentais no monitoramento de crianças e adolescentes abrigados ou que tenham se separado de suas famílias.O Banco Mundial disponibilizou aproximadamente US$ 125 milhões em recursos de projetos em andamento para realocação imediata para apoiar o Rio Grande do Sul. Equipes da instituição estão também prestando assistência técnica em avaliação de danos, priorização e execução de fundos, e discutindo a disponibilização de novos recursos, de forma acelerada, com as autoridades federais, estaduais e municipais.A União Internacional de Telecomunicações está aportando sua expertise em telecomunicações de emergência e está apoiando o Ministério das Comunicações para o envio de equipamentos via satélite.Ações de avaliação dos danos e planejamento das respostas também estão em andamento, em coordenação com as autoridades nacionais.Como posso apoiar? Faça uma doação ao UNICEF para apoiar a distribuição de kits com apoio para água, higiene, controle de doenças e saúde menstrual: https://help.unicef.org/com-emergencia-rs?language=pt-br Visite a página de doações do ACNUR e saiba como apoiar a resposta humanitária da Agência da ONU para Refugiados: https://doar.acnur.org/page/ACNURBR/doe/enchentes-no-sul-do-brasilPara saber mais: Visite a página do ACNUR com informações sobre a crise no Rio Grande do Sul: https://www.acnur.org/portugues/emergencias/rio-grande-do-sul-brasil/ Leia a matéria da OIM sobre a resposta à crise: https://brazil.iom.int/pt-br/news/oim-trabalha-em-apoio-vitimas-das-enchentes-no-rio-grande-do-sul Acompanhe a cobertura da @onubrasil nas redes sociais.
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24 maio 2024
UNAIDS apoia ONGs de Porto Alegre na atenção de emergência a pessoas vivendo com HIV/AIDS
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) anunciou hoje o apoio a duas ONGs de Porto Alegre que acolhem pessoas vivendo com HIV/AIDS e que foram fortemente afetadas pelo desastre climático no Rio Grande do Sul. As ONGs "Somos - Comunicação, Saúde e Sexualidade" e "Casa Fonte Colombo" têm uma longa e reconhecida trajetória de atenção e atendimento a esta população, cuja vulnerabilidade foi ampliada em consequência do desastre ambiental. Ambas as organizações sofreram com a inundação de suas instalações, mas se adaptaram rapidamente, com o apoio de pessoas voluntárias, para seguir em operação. Muitas das pessoas e famílias atendidas pelas ONGs perderam seus locais de moradia e, dada a situação de extrema vulnerabilidade em que se encontram, têm limitada sua capacidade de acessar os medicamentos de uso contínuo, como os antirretrovirais (TARV), para controle do HIV. Também precisam lidar com dificuldades logísticas para fazer o acompanhamento médico ou acessar recursos de prevenção do HIV, como a Profilaxia pré-exposição (PrEP) e Profilaxia pós-exposição (PEP). Neste contexto, além do apoio humanitário de emergência, as organizações apoiadas pelo UNAIDS identificaram a urgência de trabalhar o tema da saúde mental com as pessoas e famílias afetadas, diante do enorme desafio de reconstrução que terão pela frente. Atenção psicossocial em abrigos de Porto Alegre O projeto da ONG Somos busca dar apoio emergencial em atendimento psicossocial para pessoas LGBTQIA+ e vivendo com HIV/AIDS, por meio de grupos fixos de pessoas voluntárias que circularão por 15 abrigos na região metropolitana de Porto Alegre. Nessas visitas, será feita busca ativa de pessoas LGBTQIA+ (com foco em travestis e pessoas trans) e pessoas vivendo com HIV/AIDS, proporcionando atendimento especializado. Também haverá um diálogo com as equipes atuando nos abrigos, voluntárias ou não, para responder a dúvidas e melhorar o atendimento nos temas de gênero, sexualidade e HIV/AIDS. "Como parte do projeto apoiado pelo UNAIDS, vamos produzir um guia emergencial com informações necessárias para o bom atendimento dessas duas populações em situações de emergência humanitária, para ser distribuído no maior número de abrigos possível", diz o presidente da ONG Somos, Caio Klein."Também vamos disponibilizar vales-transporte de ida e volta, para viabilizar o acesso de pessoas LGBTI+ e vivendo com HIV/AIDS em maior vulnerabilidade a serviços de saúde, assistência e justiça que estejam distantes dos abrigos".Atendimento terapêutico e ajuda humanitária A ONG Casa Fonte Colombo, por sua vez, vai oferecer espaço de atenção terapêutica, individual e em grupo, para as 140 famílias de pessoas vivendo com HIV/AIDS atendidas pela organização. Segundo levantamento interno, 15 dessas famílias foram fortemente afetadas, com suas casas tomadas pela enchente. Para estas famílias, será ofertada uma ajuda humanitária de emergência composta por um "kit casa", com roupas de cama e banho, utensílios de cozinha e material de limpeza, além de cestas de alimentos. "Junto com a participação nos grupos terapêuticos, vamos acompanhar a adesão ao tratamento do HIV, conferindo a situação dos exames de carga viral, o atendimento às datas de consultas agendadas e a retirada dos medicamentos nas unidades de saúde. A continuidade do tratamento do HIV é uma condição para o recebimento do kit casa e cesta de alimentos", explica o coordenador da Casa Fonte Colombo, Frei José Bernardi. "A questão não é puramente prestar ajuda humanitária, mas realmente garantir que estas pessoas e famílias vivendo com HIV mantenham sua saúde, mesmo em uma situação tão difícil como a que vivemos no Rio Grande do Sul".A ONU garantindo que ninguém fique para trás A diretora e representante do UNAIDS no Brasil, Claudia Velasquez, destaca que o trauma e o estresse provocados pelo desastre ambiental impactam fortemente a saúde mental de todas as pessoas afetadas e é amplificado para quem vive com HIV/AIDS, aumentando o impacto da depressão e ansiedade. A insegurança alimentar e a desnutrição resultantes da interrupção das cadeias de suprimentos alimentares são ameaças adicionais ao bem-estar e à saúde imunológica, intensificando os desafios enfrentados por quem está vivendo com HIV/AIDS e outras IST. "As enchentes no Rio Grande do Sul destacam a importância crítica de garantir a continuidade do tratamento do HIV/AIDS de todas as pessoas, mesmo em meio a situações emergenciais", diz Claudia Velasquez."A ação coordenada de todos os níveis de governo, junto com ONGs, empresas e a comunidade internacional, e especialmente com as organizações e voluntariado local, é fundamental para certificar o apoio imediato às comunidades e populações afetadas, garantindo que ninguém fique para trás".Contato para imprensa: Renato Guimarães, UNAIDS: depaivaguimaraesr@unaids.org Mais informações: Sobre a Casa Fonte Colombo A Casa Fonte Colombo foi fundada em 1999 e é mantida pela Associação Literária São Boaventura dos Frades Menores Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Dedica-se à prevenção, acompanhamento, reestruturação dos laços familiares e reinserção social de pessoas vivendo com HIV/AIDS, com foco nas populações em maior vulnerabilidade e com dificuldade de acesso e vinculação aos serviços de saúde. Atualmente, a organização atende diretamente 140 famílias. A sede da organização, localizada no bairro Floresta, em Porto Alegre, foi afetada diretamente pela inundação, mas foi possível continuar usando o segundo andar, de forma a não interromper totalmente os serviços prestados. Sobre a Somos – Comunicação, Saúde e Sexualidade A ONG Somos – Comunicação, Saúde e Sexualidade, localizada em Porto Alegre, se dedica ao tema dos direitos humanos, com foco em direitos sexuais e reprodutivos. Foi fundada em 2001 por ativistas da luta contra a AIDS e do movimento LGBTI+ e oferece apoio social, jurídico, psicológico e educativo gratuito para pessoas LGBTQIA+ e vivendo com HIV/AIDS, além de realizar ações de prevenção de IST/HIV/AIDS e capacitação profissional. A organização foi selecionada este ano para receber recursos do Edital Fast-Track Cities, implementado pelo UNAIDS com recursos doados pela Estée Lauder Foundation. Devido à emergência humanitária, o foco inicial do projeto foi revisto e adaptado para o atendimento que será feito agora. Sobre o UNAIDS O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) lidera e inspira o mundo a alcançar sua visão compartilhada de zero novas infecções por HIV, zero discriminação e zero mortes relacionadas à AIDS. O UNAIDS une os esforços de 11 organizações da ONU – ACNUR, UNICEF, PMA, PNUD, UNFPA, UNODC, ONU Mulheres, OIT, UNESCO, OMS e Banco Mundial – e trabalha em estreita colaboração com parcerias globais e nacionais para acabar com a epidemia de AIDS como ameaça à saúde pública até 2030, como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Saiba mais em unaids.org.br e conecte-se conosco no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube.
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Notícias
24 agosto 2023
⚠️ Alerta de fraude: ONU Brasil reforça aviso sobre contatos falsos usando o nome da Organização
A ONU Brasil reforçou nesta terça-feira (9) o alerta sobre o uso do nome da Organização por fraudadores e estelionatários.
O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) recebeu, no decorrer do ano passado, uma média de 45 consultas por semana sobre e-mails falsos ou contatos em redes sociais solicitando dados pessoais e bancários ou recursos financeiros. Em 2023, foram mais de 2000 pedidos de informação.
Alguns dos principais tipos de golpes e fraudes incluem:
Golpe das férias: Por meio de mensagens, pessoas se identificam como servidores de um Estado-membro atuando em Forças de Paz e pedem dinheiro para ter direito a férias. A ONU esclarece que as solicitações de férias são feitas eletronicamente e sem custos para os seus funcionários.
Golpe do noivo: Estelionatários entram em contato com as vítimas pelas redes sociais e/ou e-mail se apresentando como funcionários da ONU em países em situações de conflito armado, tragédia humanitária e/ou desastres naturais. Os fraudadores solicitam dados bancários, transferências bancárias ou via Pix para poder viajar e encontrar suas noivas/noivos no Brasil. Infelizmente, a incidência deste golpe tem crescido significativamente.
Golpe do prêmio: Há também quem se identifique como funcionário da ONU pedindo dados pessoais para liberação de um suposto prêmio em dinheiro.
Golpe do embaixador: Fraudadores se identificam como embaixadores ou apoiadores de alto nível da ONU, e utilizam tal denominação para solicitar dados pessoais e/ou bancários para eventual cadastro e/ou premiações. A ONU esclarece que seus Embaixadores da Boa Vontade não estabelecem contato pelas redes sociais. Verifique, por favor, a lista de Embaixadores da ONU nesta página.
Golpe da casa: Chamamos também a atenção para golpes que se referem à construção de casas ou outras benfeitorias por entidades ligadas às Nações Unidas. Verifique, por favor, a lista de Agências Especializadas, Fundos e Programas na ONU que operam no Brasil, e entre em contato diretamente com a entidade mencionada em qualquer mensagem referente a eventuais projetos em sua cidade, comunidade ou bairro: https://brasil.un.org/pt-br/about/un-entities-in-country.
Orientações da ONU:
A ONU recomenda que os destinatários de mensagens fraudulentas ou suspeitas ajam com extrema cautela e não respondam a pedidos de transferências de dinheiro, em qualquer moeda, nem forneçam informações pessoais. Transferências de fundos ou fornecimento de informações pessoais podem acarretar prejuízos financeiros ou roubos de identidade.
As Nações Unidas informam que prêmios, recursos, certificados ou bolsas acadêmicas não são oferecidos pela internet ou por telefone. A Organização alerta também que nunca pede informações sobre contas bancárias ou dados pessoais de indivíduos.
Em caso de suspeita de contato fraudulento:
A ONU recomenda que as pessoas não respondam quaisquer contatos suspeitos, via e-mail ou redes sociais, e tomem as seguintes medidas:
Classifiquem a mensagem eletrônica como 'spam'.
Nas redes sociais, denunciem o usuário seguindo as regras de cada plataforma digital.
As vítimas são orientadas a denunciar o incidente em qualquer Delegacia de Polícia ou nas Delegacias de Repressão aos Crimes de Informática, ou fazer um Boletim de Ocorrência online, se o serviço estiver disponível em seu estado.
Qualquer pessoa com dúvidas sobre a autenticidade de uma mensagem ou telefonema em nome das Nações Unidas pode enviar um e-mail solicitando esclarecimentos, por meio do “Fale Conosco” da Organização: faleconosco@onu.org.br.
Sobre o uso do emblema das Nações Unidas:
Iniciativas fraudulentas frequentemente usam a logomarca da ONU para se beneficiar indevidamente. Uma resolução da Assembleia Geral datada de 7 de dezembro de 1946 determina que o nome e o emblema das Nações Unidas não poderão ser usados sem a devida autorização do secretário-geral.
Contato para imprensa:
Ana Rosa Reis, UNIC Rio: contato@onu.org.br
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24 julho 2023
#PrometoPausar: Combata a desinformação nas redes sociais
Um simples compartilhamento pode ter consequências graves.
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Faça a sua parte
21 agosto 2023
Campanha pela #AmbiçãoClimática
A campanha apoia os jovens, influenciadores digitais e a sociedade civil a promover evidências científicas sobre a #MudançaClimática e participar em iniciativas globais relacionadas à #AçãoClimática.
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História
21 maio 2024
Histórias do garimpo
No coração da Amazônia, o Rio Tapajós testemunha histórias de garimpeiros, homens e mulheres, submetidos a condições perigosas e precárias. O Rio Tapajós percorre 840 quilômetros no coração da Amazônia brasileira, atravessando territórios indígenas, parques nacionais, cidades pobres e muitos dos locais de mineração de ouro em pequena escala do Brasil - ou garimpos. Nesse ambiente, onde a extração de ouro é geralmente ilegal, os garimpeiros, homens e mulheres, são submetidos a condições de trabalho precárias e perigosas. Cerca de 40% de todos os garimpeiros da região podem ser vítimas de tráfico de pessoas para trabalho forçado, de acordo com um estudo pioneiro realizado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) no Brasil.Mulheres no garimpoOs homens geralmente estão envolvidos em atividades diretamente relacionadas à extração de ouro, enquanto as mulheres estão presentes nos garimpos em funções de apoio, como cozinheiras. Nesse contexto social de comunidades de mineração remotas e centradas nos homens, as mulheres também são vulneráveis à exploração sexual na prostituição. Maria de Fátima (foto), outra migrante interna do Maranhão, não teve uma certidão de nascimento até quase a adolescência: sua idade foi estimada com base em critérios visuais pelo tabelião do cartório. Isso teve um forte impacto emocional em sua vida. Abandonada pela mãe por volta dos 12 anos de idade, Maria de Fátima foi adotada informalmente e sofreu abusos e violência doméstica. A jovem Maria de Fátima partiu para a região do Tapajós a convite de uma conhecida com ampla experiência em percorrer rotas de prostíbulos nas áreas de garimpo. Evitando atividades relacionadas à prostituição, ela conseguiu um emprego como cozinheira e, desde então, tem circulado por diferentes comunidades de garimpo. Histórias de vida no garimpoA vida dos garimpeiros revela histórias únicas de migração interna, distanciamento da família, dívidas, problemas de saúde e o sonho persistente de encontrar ouro. “Às vezes o garimpo traz pouco resultado, tem pouco ouro, mas o garimpeiro continua acreditando que vai melhorar”, diz Clóvis, um homem de 53 anos. Ele migrou para o Pará de outro estado do Brasil com sua família quando criança e trabalhou em vários empregos antes de se estabelecer, ainda jovem, no garimpo de ouro. Esse se tornou seu projeto de vida e ele se acostumou a viver na floresta tropical.Sofrendo de um grave problema cardíaco, Clovis vive atualmente em um abrigo público na cidade de Itaituba, onde recebe tratamento médico. Ele afirma que, assim que sua condição melhorar, ele sairá novamente em busca de ouro.Pouco ouro, muito trabalhoFrancisco, de 57 anos, também é um migrante interno. Ele se interessou pelo garimpo depois de ouvir histórias de amigos. Eles o fizeram acreditar que a mineração de ouro lhe traria os recursos necessários para adquirir o equipamento de som que desejava ao voltar para o Maranhão, seu estado natal.No entanto, 34 anos se passaram sem que Francisco se comunicasse com sua família. “Entrei no garimpo e pensei que era um jogo em que os homens andavam pelas grotas abrindo folhas, removendo a lama e encontrando ouro. É diferente do que eu pensava.”Ele conta que sofreu com muitas perdas. “Eu tinha ouro, mas ele estava nas mãos de outras pessoas, embora eu ainda gostasse de garimpar. Eu ganhei o dinheiro, mas não recebi. Ainda estou aqui hoje.”Projeto TapajósO Projeto Tapajós tem como objetivo determinar a prevalência e as causas do tráfico de pessoas para trabalho forçado no setor de mineração de ouro na bacia do Tapajós, no Pará, e implementar intervenções baseadas em evidências para reduzir e prevenir esse crime na região. O projeto está sendo implementado pelo Escritório do UNODC no Brasil, pela Seção de Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes e pela Seção de Pesquisa e Análise de Tendências e é financiado pelo Escritório de Monitoramento e Combate ao Tráfico de Pessoas do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.Mais informações: Acesse aqui o sumário executivo do estudo do UNODC no Brasil. Leia a matéria completa da ONU News em português: https://news.un.org/pt/story/2024/05/1831836 Siga @unodcprt nas redes e visite a página do UNODC no Brasil: https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/index.html
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História
17 maio 2024
Vivendo com autenticidade
Diante das adversidades, a coragem frequentemente surge como uma força orientadoraPara Charlin, uma mulher trans venezuelana de 28 anos, a vida em seu país de origem foi repleta de desafios. Após décadas de discriminação, ela tomou a difícil decisão de deixar a Venezuela e embarcar em uma jornada de autoconhecimento ao iniciar uma nova vida no Brasil. Foi na vibrante cidade do Rio de Janeiro que Charlin finalmente pôde abraçar sua verdadeira identidade. Ao sair do seu país, ela se uniu à comunidade de mais de 7,7 milhões de pessoas venezuelanas vivendo no exterior. Ela não imaginava que sua chegada ao Rio de Janeiro não apenas significava um novo lugar para morar, mas que também a impulsionaria a começar a lutar pelos direitos de pessoas migrantes da comunidade LGBTIQ+.Nas Américas, onde o casamento homoafetivo é legal no Brasil e em outros dez países, a história de Charlin destaca os desafios enfrentados pela comunidade LGBTIQ+, mesmo enquanto ela trabalha para criar uma sociedade mais inclusiva e acolhedora. “Pela primeira vez, me sinto valorizada por ser quem sou”Acredito que meus colegas de trabalho reconhecem minha inteligência além da minha identidade de gênero e estão abertos às minhas ideias.” Depois de viver no Brasil por cinco anos, Charlin reflete sobre sua jornada, destacando os desafios e as vitórias.“Aqui no Brasil, sou muito mais aceita. Agora, consigo aproveitar mais oportunidades que eu não tinha em meu país”. Atualmente, Charlin trabalha como assistente em uma loja de roupas; no entanto, seu foco permanece em estar na linha de frente do ativismo pelos direitos das populações LGBTIQ+. Os objetivos de Charlin são ajudar outras pessoas em busca de empregos dignos, promover a aceitação e inspirá-las a acreditar que os sonhos se realizam com perseverança e consistência.“Ser uma pessoa migrante é desafiador e, ao mesmo tempo, uma experiência única. É uma mistura de emoções positivas e negativas, porque ao deixar seu lugar de conforto, a vida lhe apresenta novas oportunidades que devem ser aproveitadas.”Atualmente, Charlin está fazendo um curso sobre processos industriais com o apoio da Agência da ONU para as Migrações (OIM). Ela espera um dia abrir portas para outras pessoas migrantes trans, oferecendo-lhes oportunidades de desenvolvimento profissional. “O céu é o limite,” diz Charlin.Para saber mais, siga @oimbrasil nas redes e visite a página: https://brazil.iom.int/pt-br
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História
06 maio 2024
“Nunca é tarde para estudar"
“Me afastei da escola por conta de ataques racistas e transfóbicos que recebia. A escola é um lugar em que ainda me sinto desconfortável, mas eu sei que eu preciso estar ali dentro, nunca é tarde para estudar", diz Patty Oliver, 21 anos, baiana que hoje reside em Vila Velha, Espírito Santo. Ela passa grande parte do seu dia no Centro de Referência das Juventudes (CRJ), que apoia adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade. Foi lá que a equipe da Busca Ativa Escolar identificou que Patty estava fora da escola e que precisava do apoio de toda a rede de proteção, formada, entre outros, pelas áreas de educação, saúde e assistência social, para que ela retornasse à sala de aula.Atualmente, Patty cursa a segunda etapa da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na EEEM Mário Gurgel, em Vila Velha, e o retorno à escola foi marcado por diversos desafios. "Quando a Patty chegou ao CRJ, há um ano e oito meses, percebemos que ela tinha muitos dos seus direitos violados. Ela estava sem documentação, não frequentava a escola e não tinha endereço fixo. Então, articulamos com a rede para que ela pudesse ser atendida na saúde, na assistência social, na educação e que pudesse adquirir a documentação e ter seus direitos garantidos", diz Vanessa Pinto Vieira, assistente social do Centro de Referência das Juventudes (CRJ) Terra Vermelha.Para garantir que Patty estivesse na escola e apreendendo, a assistente social acionou Alda Dias, agente de integração, que atua como agente comunitária da Busca Ativa Escolar. “Quando soube que Patty estava fora da escola, logo identifiquei um momento de pré-matrícula e trabalhei em um processo de sensibilização com ela, sobre a importância de estar na escola, e acionei a diretora da escola”, conta a agente.“Entendi a importância da escola por meio das conversas com a agente da Busca Ativa. Ela falava que a escola me ajudaria a ter o futuro que eu desejo. Entendi que, se eu não tiver educação, aprendizado, eu não vou conseguir mudar a minha história e a história de outras pessoas", diz Patty. “Quando a agente da Busca Ativa Escolar me acionou para a pré-matrícula de Patty, a chamei na escola para conversar e muitas lágrimas caíram, porque ela tinha o desejo de estudar, mas não sabia como retornar para um lugar em que ela se sentia mal devido ao bullying que sofria. Ela tinha medo. Então, em paralelo, fizemos um trabalho de conscientização com os alunos sobre questões como bullying e violência e com isso conseguimos trazer a Patty para o seio da escola”, diz Elisangela Vieira Bento de Souza, pedagoga da EEEM Mário Gurgel.“Só eu sei o que já escutei, ainda mais por ser uma mulher trans, preta e periférica e por ter uma estética que não está dentro dos padrões que a sociedade quer. Estar na escola, lutando frente a esses ataques e saber que eu tenho uma direção para mim é muito importante”, relata Patty.
Trabalho em redeA Busca Ativa Escolar é uma estratégia desenvolvida por UNICEF e Undime para apoiar os governos na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão. Para que ela seja efetivamente implementada, é fundamental compreender os motivos que levam à exclusão escolar, caso a caso, de modo que sua abrangência não se restrinja apenas à garantia do acesso e permanência na escola, mas à articulação de políticas públicas integradas que possam enfrentar os motivos que levam à exclusão escolar.
Em Vila Velha, no Espírito Santo, a Busca Ativa Escolar acontece de forma colaborativa entre Estado, municípios, Secretaria de Educação, Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria de Saúde e demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos, para que mais meninas e meninos estejam na escola, aprendendo.“O caso da Patty nos mostra a importância da intersetorialidade, foi por meio da relação da secretaria de educação, secretaria de direitos humanos e do comitê intersetorial que nós a identificamos fora da escola e a inserimos e a rematriculamos na sala de aula. Se não tivéssemos essa proximidade, provavelmente Patty não teria voltado para a escola”, diz Rosangela Vargas, coordenadora operacional master da Busca Ativa Escolar e gerente da Gerência de Políticas de Apoio à Permanência e Busca Ativa Escolar.Essa intersetorialidade foi fundamental para assegurar os direitos da Patty. “A rede foi como uma escada de superação, eles me ajudaram a superar vários preconceitos e desafios. Por meio do apoio deles, entendi que a educação é extremamente importante, entendi que eu tenho direitos, por exemplo, direito de usar um nome social com o qual eu me sinta confortável", conta Patty. Patty é otimista quanto ao futuro. “Meu antes e depois na escola foi uma mudança completa. Antes, eu não tinha uma área abrangente de conhecimento, hoje eu tenho. Nunca é tarde para você alcançar o que almeja, não existe um padrão de idade para você ter conhecimento. Meu sonho é ser uma multiartista, ter meus clipes, livros e filmes lançados, ser reconhecida nacionalmente", finaliza Patty com brilho nos olhos. Sobre a Busca Ativa Escolar
A Busca Ativa Escolar é uma estratégia composta por uma metodologia social e uma plataforma tecnológica disponibilizada gratuitamente para estados e municípios. A metodologia apoia para identificar crianças e adolescentes fora da escola ou em risco de abandono, os motivos que os levaram a essa situação, seu atendimento pelos serviços da rede de proteção e sua (re)matrícula e permanência na escola. A plataforma apoia para o registro dos dados de cada caso que está sendo acompanhado, para facilitar o diálogo intersetorial e para o monitoramento e a avaliação de dados e de evidências, ajudando na melhor tomada de decisões por parte da gestão pública.A Busca Ativa Escolar é uma iniciativa do UNICEF e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com apoio do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). No Espírito Santo, todos os 78 municípios fizeram a adesão à estratégia, bem como o estado readeriu, em julho de 2023. Juntos, estado e municípios atuam para identificar rematricular crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de abandoná-la. Para a inciativa, o UNICEF conta com a parceria estratégica da EDP.
Trabalho em redeA Busca Ativa Escolar é uma estratégia desenvolvida por UNICEF e Undime para apoiar os governos na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão. Para que ela seja efetivamente implementada, é fundamental compreender os motivos que levam à exclusão escolar, caso a caso, de modo que sua abrangência não se restrinja apenas à garantia do acesso e permanência na escola, mas à articulação de políticas públicas integradas que possam enfrentar os motivos que levam à exclusão escolar.
Em Vila Velha, no Espírito Santo, a Busca Ativa Escolar acontece de forma colaborativa entre Estado, municípios, Secretaria de Educação, Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria de Saúde e demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos, para que mais meninas e meninos estejam na escola, aprendendo.“O caso da Patty nos mostra a importância da intersetorialidade, foi por meio da relação da secretaria de educação, secretaria de direitos humanos e do comitê intersetorial que nós a identificamos fora da escola e a inserimos e a rematriculamos na sala de aula. Se não tivéssemos essa proximidade, provavelmente Patty não teria voltado para a escola”, diz Rosangela Vargas, coordenadora operacional master da Busca Ativa Escolar e gerente da Gerência de Políticas de Apoio à Permanência e Busca Ativa Escolar.Essa intersetorialidade foi fundamental para assegurar os direitos da Patty. “A rede foi como uma escada de superação, eles me ajudaram a superar vários preconceitos e desafios. Por meio do apoio deles, entendi que a educação é extremamente importante, entendi que eu tenho direitos, por exemplo, direito de usar um nome social com o qual eu me sinta confortável", conta Patty. Patty é otimista quanto ao futuro. “Meu antes e depois na escola foi uma mudança completa. Antes, eu não tinha uma área abrangente de conhecimento, hoje eu tenho. Nunca é tarde para você alcançar o que almeja, não existe um padrão de idade para você ter conhecimento. Meu sonho é ser uma multiartista, ter meus clipes, livros e filmes lançados, ser reconhecida nacionalmente", finaliza Patty com brilho nos olhos. Sobre a Busca Ativa Escolar
A Busca Ativa Escolar é uma estratégia composta por uma metodologia social e uma plataforma tecnológica disponibilizada gratuitamente para estados e municípios. A metodologia apoia para identificar crianças e adolescentes fora da escola ou em risco de abandono, os motivos que os levaram a essa situação, seu atendimento pelos serviços da rede de proteção e sua (re)matrícula e permanência na escola. A plataforma apoia para o registro dos dados de cada caso que está sendo acompanhado, para facilitar o diálogo intersetorial e para o monitoramento e a avaliação de dados e de evidências, ajudando na melhor tomada de decisões por parte da gestão pública.A Busca Ativa Escolar é uma iniciativa do UNICEF e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com apoio do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). No Espírito Santo, todos os 78 municípios fizeram a adesão à estratégia, bem como o estado readeriu, em julho de 2023. Juntos, estado e municípios atuam para identificar rematricular crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de abandoná-la. Para a inciativa, o UNICEF conta com a parceria estratégica da EDP.
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História
02 maio 2024
"A febre dura um dia – já a imunização, a vida toda"
São oito horas da manhã em Pacaraima, pequena cidade do estado de Roraima que faz fronteira com a Venezuela. Uma caixa de som anuncia que a equipe da sala de vacina já começou os preparativos para imunizar refugiados e migrantes que entram no País. É nessa hora que Angélica Morales, técnica de enfermagem, chega ao local de trabalho.“O trabalho começa antes do público chegar. Arrumamos as caixas, organizamos os termômetros e verificamos os lotes e validades das vacinas. Sempre deixamos tudo pronto antes da sala de vacina abrir. Atendemos em torno de 400 pessoas todos os dias”.Todos os dias, centenas de venezuelanos cruzam a fronteira brasileira passando por Pacaraima, entre eles crianças e adolescentes com atraso no esquema de imunização.
“Temos dois grandes compromissos de saúde para com as crianças que chegam ao Brasil: verificação da situação nutricional e complemento dos esquemas vacinais, garantindo o cuidado inicial que todas merecem. O UNICEF apoia o Governo do Brasil frente à emergência do fluxo migratório e os municípios no fortalecimento de suas estruturas para que abranjam este grupo populacional com atenção primária a saúde de maneira integral”, destaca a Oficial de Saúde e Nutrição do UNICEF, Paula Buck.
As ações são implementadas em parceria com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) no âmbito da Operação Acolhida, a resposta humanitária liderada pelo Governo Federal. O objetivo é garantir o direito à saúde das crianças que entram, mas também daquelas que vivem no Brasil, evitando o retorno de doenças que podem ser prevenidas por vacina.Na sala de espera, diversas famílias começam a chegar e formar fila para aguardar o atendimento. Em um canto está a família Suárez, que conversa baixinho. A mãe, Laura Suárez, e o pai, Edgardo Urbano, tranquilizam os filhos Alan, de nove anos, e Carlos, de 14, ambos com síndrome de Down, sobre o que está prestes a acontecer.
Depois de uma longa viagem de ônibus, haviam acabado de chegar ao Brasil quando foram encaminhados para a sala de vacina – etapa essencial para a regularização no país. Laura conta que a viagem havia sido tranquila e que o processo na fronteira também estava. Em um momento, os pais decidem compartilhar uma preocupação: o medo dos meninos não se adaptarem ao Brasil.
“Por conta da síndrome de Down, meus meninos têm um desenvolvimento mais lento do que de outros meninos da sua idade. Minha esperança nesse novo país é que eles possam aprender, ter uma vida melhor e que sejam independentes de todas as formas possíveis. Decidimos vir ao Brasil para tentar dar uma vida melhor e de qualidade para nossos filhos. Essa é a nossa prioridade”, compartilhou Laura.
Dentro da sala de vacina, tudo está pronto para atender a população. Após a primeira família, que é vacinada e logo liberada, chega a vez da família Suarez. A técnica em enfermagem Angélica, que é ela própria venezuelana, recebe todos com um sorriso no rosto: conversa com as crianças, adolescentes, adultos e idosos que aguardam na sala para vacinar.“Eu me sinto bem em poder atender o meu povo na sua língua materna. Explico o que vai ser feito, onde vou tocar e o porquê daquelas vacinas. Eu quero que eles se sintam bem e tranquilos nesse recomeço”, complementa Angélica.Quando chega a vez de Alan e Carlos serem atendidos, Angélica cumprimenta os pais e já inicia a conversa diretamente com as crianças. Carlos, que é o irmão mais velho, se voluntaria para ser o primeiro. Faz cara feia, mas mostra coragem para incentivar o irmão mais novo a não ter medo. Ao todo, ele toma cinco vacinas e, apesar de a última ter sido a mais dolorida, não deixou que isso o abalasse.
“A vacina será boa para minha saúde. Mesmo que doa, sou forte”, completa.
Na vez do irmão mais novo, mesmo com o esforço de Carlos, Alan continua com medo. Angélica o acolhe, e permite que fique abraçado com a mãe no momento da vacina. “Quando converso com as crianças, elas se sentem mais seguras. Tento tranquilizá-las, mostro como a agulha é pequena e falo ‘olha como a agulha é pequenininha, não vai doer’, e sempre começo com a tríplice viral (que previne sarampo, caxumba e rubéola), que é a vacina que não dói”, explica Angélica.Como grande parte de refugiados e migrantes que entram no país não receberam todas as vacinas indicadas no calendário de vacinação brasileiro ou estão em atraso, o UNICEF, em parceria com a ADRA, monitora o seu status de vacinação também em abrigos de Roraima. Por meio dos monitores de saúde, foram realizadas em 2023 mais de 43 mil avaliações de cadernetas de vacinação, com 6.465 crianças menores de cinco anos sendo vacinadas. Além disso, o UNICEF apoia as secretarias municipais de saúde de Boa Vista e Pacaraima no projeto de implementação de campanhas de vacinação, colaborando com a equipe de vacinação itinerante.
Já na sala de vacinação, os pais dos meninos também se vacinam e o atendimento dura poucos minutos. A família, que acabara de atualizar o seu esquema vacinal, poderia seguir para conseguir a sua documentação e liberação para permanecer no país.“Estou muito feliz que todos os profissionais aqui no posto de vacinação foram tão amáveis com minha família, pelo carinho com meus filhos”, destacam os pais Laura e Edgard.A família seguiu em frente à sua nova vida, mas na sala de vacinação o dia estava apenas começando. Desde 2022, a profissional conta que já atendeu mais famílias do que poderia se lembrar.
“Eu não sou nem ‘a quarta parte’ de quem eu era antes. Eu amadureci, aprendi a importância da vacina e me tornei uma multiplicadora dessa importância. Todos os dias, centenas de pessoas cruzam a fronteira procurando uma vida melhor e acredito que a melhor maneira de iniciar essa vida é se imunizando e protegendo sua família e a comunidade. O Sistema Único de Saúde oferta todas as vacinas que uma criança e um adulto precisam. Em outros lugares não temos essa possibilidade, não de maneira gratuita. Existe essa facilidade de acesso a algo que protege a todos pelo resto da vida sem pagar nada por isso. A febre dura um dia – já a imunização, a vida toda”, finaliza a profissional.
Este trabalho, que compõe a resposta ao fluxo migratório da Venezuela em Roraima, é possível graças ao apoio estratégico do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês) e do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: Vacinas | UNICEF Brasil
“Temos dois grandes compromissos de saúde para com as crianças que chegam ao Brasil: verificação da situação nutricional e complemento dos esquemas vacinais, garantindo o cuidado inicial que todas merecem. O UNICEF apoia o Governo do Brasil frente à emergência do fluxo migratório e os municípios no fortalecimento de suas estruturas para que abranjam este grupo populacional com atenção primária a saúde de maneira integral”, destaca a Oficial de Saúde e Nutrição do UNICEF, Paula Buck.
As ações são implementadas em parceria com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) no âmbito da Operação Acolhida, a resposta humanitária liderada pelo Governo Federal. O objetivo é garantir o direito à saúde das crianças que entram, mas também daquelas que vivem no Brasil, evitando o retorno de doenças que podem ser prevenidas por vacina.Na sala de espera, diversas famílias começam a chegar e formar fila para aguardar o atendimento. Em um canto está a família Suárez, que conversa baixinho. A mãe, Laura Suárez, e o pai, Edgardo Urbano, tranquilizam os filhos Alan, de nove anos, e Carlos, de 14, ambos com síndrome de Down, sobre o que está prestes a acontecer.
Depois de uma longa viagem de ônibus, haviam acabado de chegar ao Brasil quando foram encaminhados para a sala de vacina – etapa essencial para a regularização no país. Laura conta que a viagem havia sido tranquila e que o processo na fronteira também estava. Em um momento, os pais decidem compartilhar uma preocupação: o medo dos meninos não se adaptarem ao Brasil.
“Por conta da síndrome de Down, meus meninos têm um desenvolvimento mais lento do que de outros meninos da sua idade. Minha esperança nesse novo país é que eles possam aprender, ter uma vida melhor e que sejam independentes de todas as formas possíveis. Decidimos vir ao Brasil para tentar dar uma vida melhor e de qualidade para nossos filhos. Essa é a nossa prioridade”, compartilhou Laura.
Dentro da sala de vacina, tudo está pronto para atender a população. Após a primeira família, que é vacinada e logo liberada, chega a vez da família Suarez. A técnica em enfermagem Angélica, que é ela própria venezuelana, recebe todos com um sorriso no rosto: conversa com as crianças, adolescentes, adultos e idosos que aguardam na sala para vacinar.“Eu me sinto bem em poder atender o meu povo na sua língua materna. Explico o que vai ser feito, onde vou tocar e o porquê daquelas vacinas. Eu quero que eles se sintam bem e tranquilos nesse recomeço”, complementa Angélica.Quando chega a vez de Alan e Carlos serem atendidos, Angélica cumprimenta os pais e já inicia a conversa diretamente com as crianças. Carlos, que é o irmão mais velho, se voluntaria para ser o primeiro. Faz cara feia, mas mostra coragem para incentivar o irmão mais novo a não ter medo. Ao todo, ele toma cinco vacinas e, apesar de a última ter sido a mais dolorida, não deixou que isso o abalasse.
“A vacina será boa para minha saúde. Mesmo que doa, sou forte”, completa.
Na vez do irmão mais novo, mesmo com o esforço de Carlos, Alan continua com medo. Angélica o acolhe, e permite que fique abraçado com a mãe no momento da vacina. “Quando converso com as crianças, elas se sentem mais seguras. Tento tranquilizá-las, mostro como a agulha é pequena e falo ‘olha como a agulha é pequenininha, não vai doer’, e sempre começo com a tríplice viral (que previne sarampo, caxumba e rubéola), que é a vacina que não dói”, explica Angélica.Como grande parte de refugiados e migrantes que entram no país não receberam todas as vacinas indicadas no calendário de vacinação brasileiro ou estão em atraso, o UNICEF, em parceria com a ADRA, monitora o seu status de vacinação também em abrigos de Roraima. Por meio dos monitores de saúde, foram realizadas em 2023 mais de 43 mil avaliações de cadernetas de vacinação, com 6.465 crianças menores de cinco anos sendo vacinadas. Além disso, o UNICEF apoia as secretarias municipais de saúde de Boa Vista e Pacaraima no projeto de implementação de campanhas de vacinação, colaborando com a equipe de vacinação itinerante.
Já na sala de vacinação, os pais dos meninos também se vacinam e o atendimento dura poucos minutos. A família, que acabara de atualizar o seu esquema vacinal, poderia seguir para conseguir a sua documentação e liberação para permanecer no país.“Estou muito feliz que todos os profissionais aqui no posto de vacinação foram tão amáveis com minha família, pelo carinho com meus filhos”, destacam os pais Laura e Edgard.A família seguiu em frente à sua nova vida, mas na sala de vacinação o dia estava apenas começando. Desde 2022, a profissional conta que já atendeu mais famílias do que poderia se lembrar.
“Eu não sou nem ‘a quarta parte’ de quem eu era antes. Eu amadureci, aprendi a importância da vacina e me tornei uma multiplicadora dessa importância. Todos os dias, centenas de pessoas cruzam a fronteira procurando uma vida melhor e acredito que a melhor maneira de iniciar essa vida é se imunizando e protegendo sua família e a comunidade. O Sistema Único de Saúde oferta todas as vacinas que uma criança e um adulto precisam. Em outros lugares não temos essa possibilidade, não de maneira gratuita. Existe essa facilidade de acesso a algo que protege a todos pelo resto da vida sem pagar nada por isso. A febre dura um dia – já a imunização, a vida toda”, finaliza a profissional.
Este trabalho, que compõe a resposta ao fluxo migratório da Venezuela em Roraima, é possível graças ao apoio estratégico do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês) e do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: Vacinas | UNICEF Brasil
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História
29 abril 2024
O primeiro dia de Angélica na escola brasileira
Angélica chegou ao abrigo em junho, e apenas em dezembro conseguiu organizar a sua documentação no Brasil e perdeu o ano escolar. Agora, ela está em uma turma de correção de fluxo escolar, com outros adolescentes que apresentam a chamada distorção idade-série, iniciando uma nova trajetória de sucesso educacional.O sinal que alerta os estudantes que a aula vai começar soa. São 13h30, e crianças e adolescentes caminham para a sala de aula. Aqui, a conversa nos corredores soa diferente. A mistura dos dialetos em português, espanhol e um “portunhol” arriscado fazem parte do clima escolar da 13 de Setembro, escola estadual da zona sul de Boa Vista, capital de Roraima, estado brasileiro que recebe o fluxo migratório venezuelano.
É neste cenário que Angélica Girón, de 15 anos, entra pela primeira vez em uma escola depois de nove meses de sua chegada ao Brasil, “É diferente porque os professores falam português, e grande parte dos alunos fala espanhol. Mas se preocupam se estou entendendo ou não, então falam devagar”, conta.
Angélica é a segunda filha de oito irmãos e, apesar de todos os irmãos migrarem ao Brasil junto à mãe, ela confessa que mudar de país não estava entre os seus planos. Ela havia ficado na Venezuela e morou com a avó, mas a saudade apertou e a menina veio a Roraima. Na fronteira, sua mãe a esperava para levá-la a Boa Vista, capital do estado e onde fica o Rondon 1, o maior abrigo da América Latina e agora lar da família.
Angélica é uma figura conhecida no abrigo humanitário em que vive. Extrovertida, brincalhona e tagarela, virou amiga dos professores e monitores do Súper Panas, espaço amigável à infância que o UNICEF e parceiros mantêm nos abrigos. Os espaços, além de oferecer atividades educativas e de apoio psicossocial, também implementam a Busca Ativa Escolar, estratégia desenvolvida pelo UNICEF que apoia os governos na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão e que em 2023, em Roraima, ajudou a identificar e matricular 2.300 crianças e adolescentes migrantes que moram nos abrigos da Operação Acolhida e que estavam fora da escola.
Foi no Súper Panas que Angélica e sua mãe, Reina Villanueva, de 35 anos, receberam informações sobre como funciona a educação no país, quais documentos levar e quais eram as escolas mais próximas de onde vivem.“Fizemos cópias dos documentos necessários, recebemos orientação e fomos até a Escola 13 de Setembro, que é onde eu estudo hoje. Fomos recebidos muito bem, consegui me inscrever e, na semana seguinte, já estava indo para a escola”, diz a adolescente, entusiasmada.Angélica conta que chegou ao abrigo em junho, e apenas em dezembro conseguiu organizar a sua documentação no Brasil e por isso perdeu o ano escolar. Mas quando soube, em janeiro de 2024, através de um dos monitores do Súper Panas, que as matrículas para o novo ano estavam abertas, ela e sua mãe tomaram a iniciativa de retomar os estudos. Agora, ela está em uma turma de correção de fluxo escolar, com outros adolescentes que apresentam a chamada distorção idade-série, iniciando uma nova trajetória de sucesso educacional.
A mãe de Angélica se emociona ao falar da educação da filha. Ela destaca que a vinda ao Brasil teve como finalidade principal garantir que seus filhos tivessem o direito de ir à escola:“Tomamos a decisão de migrar para que eles tenham um futuro. Todos os meus filhos estão indo para a escola aqui no Brasil, e eu não poderia estar mais feliz. Ela chega à noite e conta sobre sua tarde, como está se adaptando na escola e como está gostando dos professores”. Estas iniciativas são possíveis com o apoio financeiro do Governo dos Estados Unidos e da União Europeia, por meio do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês) e do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: https://buscaativaescolar.org.br/
É neste cenário que Angélica Girón, de 15 anos, entra pela primeira vez em uma escola depois de nove meses de sua chegada ao Brasil, “É diferente porque os professores falam português, e grande parte dos alunos fala espanhol. Mas se preocupam se estou entendendo ou não, então falam devagar”, conta.
Angélica é a segunda filha de oito irmãos e, apesar de todos os irmãos migrarem ao Brasil junto à mãe, ela confessa que mudar de país não estava entre os seus planos. Ela havia ficado na Venezuela e morou com a avó, mas a saudade apertou e a menina veio a Roraima. Na fronteira, sua mãe a esperava para levá-la a Boa Vista, capital do estado e onde fica o Rondon 1, o maior abrigo da América Latina e agora lar da família.
Angélica é uma figura conhecida no abrigo humanitário em que vive. Extrovertida, brincalhona e tagarela, virou amiga dos professores e monitores do Súper Panas, espaço amigável à infância que o UNICEF e parceiros mantêm nos abrigos. Os espaços, além de oferecer atividades educativas e de apoio psicossocial, também implementam a Busca Ativa Escolar, estratégia desenvolvida pelo UNICEF que apoia os governos na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão e que em 2023, em Roraima, ajudou a identificar e matricular 2.300 crianças e adolescentes migrantes que moram nos abrigos da Operação Acolhida e que estavam fora da escola.
Foi no Súper Panas que Angélica e sua mãe, Reina Villanueva, de 35 anos, receberam informações sobre como funciona a educação no país, quais documentos levar e quais eram as escolas mais próximas de onde vivem.“Fizemos cópias dos documentos necessários, recebemos orientação e fomos até a Escola 13 de Setembro, que é onde eu estudo hoje. Fomos recebidos muito bem, consegui me inscrever e, na semana seguinte, já estava indo para a escola”, diz a adolescente, entusiasmada.Angélica conta que chegou ao abrigo em junho, e apenas em dezembro conseguiu organizar a sua documentação no Brasil e por isso perdeu o ano escolar. Mas quando soube, em janeiro de 2024, através de um dos monitores do Súper Panas, que as matrículas para o novo ano estavam abertas, ela e sua mãe tomaram a iniciativa de retomar os estudos. Agora, ela está em uma turma de correção de fluxo escolar, com outros adolescentes que apresentam a chamada distorção idade-série, iniciando uma nova trajetória de sucesso educacional.
A mãe de Angélica se emociona ao falar da educação da filha. Ela destaca que a vinda ao Brasil teve como finalidade principal garantir que seus filhos tivessem o direito de ir à escola:“Tomamos a decisão de migrar para que eles tenham um futuro. Todos os meus filhos estão indo para a escola aqui no Brasil, e eu não poderia estar mais feliz. Ela chega à noite e conta sobre sua tarde, como está se adaptando na escola e como está gostando dos professores”. Estas iniciativas são possíveis com o apoio financeiro do Governo dos Estados Unidos e da União Europeia, por meio do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês) e do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: https://buscaativaescolar.org.br/
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Notícias
28 maio 2024
ONU apoia pesquisa sobre uso de álcool e drogas no Brasil
A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), está conduzindo uma pesquisa pública fundamental para o aprimoramento das políticas de prevenção no campo álcool e outras drogas no Brasil.Realizada em colaboração com o Laboratório de Inovação em Gestão do Ministério da Gestão e Inovação, a pesquisa visa coletar as percepções e necessidades de diversas partes interessadas – profissionais da saúde, educação, assistência social, segurança, gestores, pesquisadores, acadêmicos, sociedade civil e população em geral – de todas as regiões do país. O objetivo é utilizar essas opiniões para reformular a Plataforma do Sistema Nacional de Prevenção no campo Álcool e Drogas, oferecendo informações, instrumentos, ferramentas e conteúdos mais relevantes e eficazes para o campo.Participe da a pesquisa aqui! Para saber mais, siga @unodcprt nas redes.
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Notícias
28 maio 2024
Viva o Verde SP: população ajuda a planejar futuro de 8 parques em São Paulo
Conhecida pela urbanização típica de megalópole, São Paulo se destaca também por um esforço que foge do cinza tão comum em grandes cidades: a ampliação e preservação dos espaços verdes públicos. Garantir uma cidade mais arborizada é, inclusive, um compromisso estabelecido no Plano Diretor Estratégico da cidade, e para garantir o adequado acesso e a melhoria dessas áreas é fundamental promover atitudes como a implantação de novos parques e a boa gestão dos já existentes, garantindo o aumento e adequada manutenção da flora e fauna nativas.Atenta a essas necessidades, a iniciativa Viva o Verde SP, parceria entre o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) e a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), da Prefeitura de São Paulo, realizou, em abril, 12 oficinas de participação popular para embasar a elaboração dos planos de gestão de oito parques municipais da capital paulista. Os planos de gestão são documentos com estudos, diretrizes, procedimentos e normas para o manejo dos atributos naturais, garantia dos usos públicos e estímulo da gestão compartilhada dos parques urbanos – fundamentais para a manutenção e melhoria contínua dessas áreas verdes, com colaboração direta da sociedade. Oito parques de São Paulo vão receber planos de gestão por meio da iniciativa: Parque Água Podre – Ypuera Parque Alto da Boa Vista Parque Aristocrata Parque Augusta Parque Córrego do Bispo Parque Fazenda da Juta Parque Jardim Apurá – Búfalos Parque de Paraisópolis Participação popularNas oficinas, pessoas e organizações envolvidas no dia a dia desses oito parques compartilharam coletivamente suas ideias para o melhor uso dos espaços durante dias marcados por muitas trocas de experiências e apresentações sobre diferentes aspectos relacionados aos desafios e demandas desses espaços públicos.Em quatro desses parques (Aristocrata, Augusta, Búfalos e Paraisópolis), também foram realizadas oficinas com crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos – que aproveitaram para refletir, de maneira lúdica, sobre o que mais gostam nos parques, o que acreditam que é preciso melhorar, que soluções podem ser adotadas e, claro, também tiraram um tempo para se divertirem nesses espaços.“Nossa parceria com o ONU-Habitat já está rendendo frutos muito importantes. Um diagnóstico do Viva o Verde SP nos revelou que a maioria dos frequentadores das oficinas foi formada por mulheres entre 30 e 60 anos. Essas informações nos ajudam nos planos de gestão e nas formas de sempre propormos atividades e ações que contemplem um número significativo de pessoas”, afirma o secretário do Verde e do Meio Ambiente, Rodrigo Ravena.Ao todo, as oficinas reuniram 253 participantes, sendo 107 crianças e adolescentes e 146 adultos representando o público geral (mulheres trans, mulheres cis, homens trans, homens cis, pessoas não binárias, pessoas negras, brancas, amarelas e indígenas). As oficinas contaram com uma ampla convocatória, para também escutar as vozes de crianças, adolescentes, mulheres, imigrantes e refugiados, cidadãos que trabalham informalmente, idosos(as), negros(as), pessoas com deficiência, de baixa renda, em situação de rua e LGBTQIA+, entre outros.A maioria dos participantes no público geral foram mulheres, entre 30 e 60 anos, que se identificaram como pessoas negras ou brancas, se deslocam até o parque a pé, e demoram 15 minutos no trajeto. Entre as demandas para esses espaços públicos, a necessidade de transporte público próximo para chegar até o parque, a falta de ações de educação ambiental e patrimonial e a importância de garantir segurança e saneamento básico no entorno estiveram entre os principais pedidos.O objetivo das oficinas, além de apresentar os avanços nos estudos técnicos individuais, foi ouvir a população sobre o que deve ser incluído nos planos de gestão – que serão como um guia sobre a administração, usos e normas do parque, assim como de controle social pela sociedade civil, por meio da consolidação de diretrizes e da gestão colaborativa."Ter criado um espaço de escuta para a população dos diferentes territórios está sendo fundamental para os planos de gestão, pois conseguimos construir juntos um processo de inteligência coletiva ao pensarmos possíveis soluções para as necessidades colocadas e, ao mesmo tempo, pelo surgimento de novas questões e potencialidades dos parques que só pessoas que vivem eles diariamente conseguiriam detectar", destaca María Fernanda Arias Godoy, analista de programas do ONU-Habitat.Depois das oficinas, equipe está trabalhando na compilação do que foi registrado durante as atividades de participação popular para sintetizar os aprendizados e propor formas de implementar os anseios da sociedade, com o intuito de melhorar os parques para todas as pessoas que os frequentam. Sobre o Viva o Verde SPA iniciativa Viva o Verde SP é uma parceria entre a Prefeitura de São Paulo e o ONU-Habitat que visa contribuir para alcançar a igualdade na distribuição espacial e na acessibilidade das áreas verdes públicas na capital paulista. Firmado com a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), o acordo prevê a realização de uma avaliação geral dos mais de cem parques urbanos da cidade, análises específicas de dez destes equipamentos, além de contribuir em outras esferas, como a elaboração de planos de gestão e a promoção de inovação financeira para a manutenção dos espaços públicos verdes.O Viva o Verde SP conta com uma equipe do ONU-Habitat atuando junto à SVMA e com um grupo de referência consultivo, formado por representantes da sociedade civil, da academia e de especialistas. Além da capacitação para que servidores e sociedade possam contribuir, monitorar e replicar as metodologias da organização, as atividades do projeto também incluem diferentes níveis de avaliação dos parques, com equipes multidisciplinares e coletas de dados primários e secundários com a aplicação das ferramentas globais do ONU-Habitat de avaliação de espaços públicos. Acompanhe as novidades sobre o projeto Viva o Verde SP nas redes sociais do ONU-Habitat, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e da Secretaria de Relações Internacionais. Contatos para imprensa:Guilherme Justino, ONU-Habitat Brasil: guilherme.justino@un.org Aléxia Saraiva, ONU-Habitat Brasil: alexia.saraiva@un.org
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27 maio 2024
Relatório do PNUD avalia desenvolvimento humano antes e depois da pandemia de COVID-19
Ao comemorar os 25 anos da agenda do desenvolvimento humano no Brasil, o PNUD lança nesta terça-feira (28/5) o relatório especial “Construir caminhos, pactuando novos horizontes”, em que avalia o cenário de antes e depois da pandemia de COVID-19 e aponta para o futuro, alertando que “o progresso desigual no desenvolvimento humano não permitirá responder às aspirações das pessoas, nem habilitar a transição para o alcance das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O caminho depende sobretudo das decisões de políticas tomadas hoje”.Já na introdução, o relatório destaca que a pandemia de COVID-19 demonstrou que, nos países com padrões de desenvolvimento desiguais – como o Brasil –, as crises serão ainda mais graves e, portanto, “o debate sobre como a equidade contribui para o progresso das sociedades é crucial no caminho em direção a uma sociedade pacífica e deve redefinir as prioridades políticas dos países”.Entendendo que as desigualdades são um obstáculo à implementação da Agenda 2030 no que compromete o desenvolvimento humano, o PNUD Brasil trouxe em 2022 o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Ajustado à Desigualdade (IDHMAD). Ao levar em conta o padrão de desigualdade, as informações proporcionaram um cenário mais realista e grave: a perda no desenvolvimento humano medidas pelo novo índice foi de 22,5%.Para mais informações, participe do lançamento do relatório amanhã e da coletiva de imprensa em seguida.Contato para a imprensa: comunica.br@undp.org e (61) 3038-9117
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24 maio 2024
Países adotam tratado histórico sobre Propriedade Intelectual, Recursos Genéticos e Conhecimento Tradicional
Os Estados-membros da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) aprovaram nesta sexta-feira (24) um novo Tratado inovador relacionado à propriedade intelectual (PI), recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados, marcando um avanço histórico que encerrou décadas de negociações.O presidente da Conferência Diplomática, Embaixador Guilherme de Aguiar Patriota, do Brasil, bateu o martelo para marcar a aprovação por consenso do novo Tratado da OMPI sobre Propriedade Intelectual, Recursos Genéticos e Conhecimentos Tradicionais Associados. Nas negociações finais, os delegados aplaudiram e comemoraram o resultado bem-sucedido.O Embaixador Patriota chamou o novo Tratado de "um resultado muito cuidadosamente equilibrado desta Conferência Diplomática. Constitui o melhor compromisso possível e uma solução cuidadosamente calibrada, que busca conciliar e equilibrar uma variedade de interesses, alguns muito apaixonadamente defendidos ao longo de décadas.""Esperamos por este momento há 25 anos." Este é o primeiro Tratado da OMPI a abordar a interface entre propriedade intelectual, recursos genéticos e conhecimentos tradicionais, e o primeiro Tratado da OMPI a incluir disposições específicas para Povos Indígenas e comunidades locais.O Tratado, uma vez que entre em vigor com 15 partes contratantes, estabelecerá no direito internacional um novo requisito de divulgação para candidatos a patentes cujas invenções sejam baseadas em recursos genéticos e/ou conhecimento tradicional associado. As negociações para este Tratado começaram na OMPI em 2001, originadas de uma proposta de 1999 da Colômbia. As discussões chamaram atenção por incluir Povos Indígenas e comunidades locais.O diretor-geral da OMPI, Daren Tang, saudou a adoção do Tratado e parabenizou os negociadores pelo resultado bem-sucedido da Conferência Diplomática, observando: "Hoje fizemos história de várias maneiras. Este não é apenas o primeiro novo Tratado da OMPI em mais de uma década, mas também o primeiro que lida com recursos genéticos e conhecimento tradicional mantidos por Povos Indígenas e comunidades locais. Com isso, estamos mostrando que o sistema de PI pode continuar a incentivar a inovação enquanto evolui de maneira mais inclusiva, respondendo às necessidades de todos os países e suas comunidades."O Sr. Tang acrescentou: "Este acordo por consenso não é apenas a culminação de 25 anos de negociações, mas também um forte sinal de que o multilateralismo está vivo e bem na OMPI. Agradeço a todos os negociadores, passados e presentes, que trabalharam incansavelmente nas últimas duas semanas, bem como nas últimas décadas, para fazer história hoje." O que o Tratado faz?De forma ampla, onde uma invenção reivindicada em uma aplicação de patente for baseada em recursos genéticos, cada parte contratante exigirá que os candidatos divulguem o país de origem ou a fonte dos recursos genéticos. Onde a invenção reivindicada em uma aplicação de patente for baseada em conhecimento tradicional associado a recursos genéticos, cada parte contratante exigirá que os candidatos divulguem os Povos Indígenas ou a comunidade local, conforme aplicável, que forneceram o conhecimento tradicional.O que são Recursos Genéticos e Conhecimento Tradicional Associado?Recursos genéticos são encontrados, por exemplo, em plantas medicinais, culturas agrícolas e raças de animais. Embora os recursos genéticos em si não possam ser diretamente protegidos como propriedade intelectual, invenções desenvolvidas com base neles podem, na maioria das vezes, ser protegidas por uma patente.Alguns recursos genéticos também estão associados ao conhecimento tradicional através de seu uso e conservação por Povos Indígenas e comunidades locais, frequentemente ao longo de gerações. Esse conhecimento é às vezes usado em pesquisas científicas e, como tal, pode contribuir para o desenvolvimento de uma invenção protegida.O que é uma Conferência Diplomática?Uma conferência diplomática da OMPI é tipicamente convocada por uma decisão da Assembleia Geral da OMPI, que define o objetivo da conferência e as condições gerais de participação. As conferências diplomáticas são regidas por suas próprias regras de procedimento e pelo direito internacional consuetudinário. Assim, é a própria conferência que adota o tratado e um ato final.A conferência diplomática em Genebra foi dividida em dois comitês: Comitê Principal I e Comitê Principal II. O mandato do primeiro comitê era negociar e concordar com todas as disposições substantivas de propriedade intelectual e recomendá-las para adoção pela plenária. O segundo comitê foi encarregado de negociar e concordar com todas as disposições administrativas e cláusulas finais, como quem pode aderir ao Tratado e as condições para sua entrada em vigor.O Comitê Principal I foi presidido pela Sra. Jodie McAlister, Gerente Geral do Grupo de Políticas e Stakeholders, IP Australia, e o Comitê Principal II foi presidido pela Sra. Vivienne Katjiuongua, Diretora Executiva da Autoridade de Negócios e Propriedade Intelectual (BIPA) da Namíbia. Outros três comitês também foram formados: o Comitê de Credenciais, que verificou as credenciais das delegações para participar da conferência e assinar o Tratado; o Comitê de Redação, para garantir que as seis versões linguísticas do Tratado estivessem devidamente alinhadas; e o Comitê de Direção, que incluía os principais oficiais de todos os comitês e assegurava que o processo permanecesse no caminho certo.Quando todos os comitês finalizaram seu trabalho, o tratado foi enviado à plenária da conferência para adoção e, em seguida, aberto para assinatura. Assinar o tratado no final de uma conferência diplomática não compromete um país a ser vinculado por suas disposições. No entanto, é uma forte indicação de intenção por parte do signatário. O Ato Final – um registro de que a conferência ocorreu – também está aberto para assinatura após a adoção.Mais informações:Visite a página da Conferência Diplomática da OMPI (em inglês). Leia o artigo "Uma conferência diplomática para chamar de nossa". Visite a página do Escritório da OMPI no Brasil. Siga @wipo nas redes sociais! Contato para imprensa: Favor contatar a Unidade de Mídia e Imprensa da OMPI.
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Notícias
16 maio 2024
ONU Livres & Iguais lança campanha mundial para celebrar pessoas aliadas à comunidade LGBTIQ+
A igualdade não pode ser conquistada apenas pela comunidade LGBTIQ+. É por isso que neste Dia Internacional contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia, a ONU Livres & Iguais - a campanha global das Nações Unidas para a igualdade LGBTIQ+, lança um chamado mundial para que pessoas aliadas se juntem à luta por um mundo com igualdade, liberdade e justiça para todas as pessoas, independentemente de quem sejam ou de quem amem.A campanha #AliadosEmAção traz diferentes vozes que usam suas plataformas para defender a igualdade LGBTIQ+. A atriz e ex-Miss Índia Celina Jaitly, a cantora cabo-verdiana Mayra Andrade e Márcia Mercury, filha da cantora brasileira Daniela Mercury e Malu Verçosa Mercury, falam sobre o papel da pessoa aliada.Desde os tempos de escola, Márcia tem sido uma forte aliada das mães, desafiando estereótipos negativos sobre famílias LGBTIQ+ sempre que tinha oportunidade. A página da campanha lista oito ações simples que cada pessoa pode fazer para começar a ser uma aliada, incluindo ao compartilhar conteúdo positivo sobre pessoas LGBTIQ+ e ao usar redes sociais para combater mitos e estereótipos negativos. Acesse: https://www.unfe.org/pt/what-we-do/our-campaigns/alliesinactionSobre a ONU Livres & IguaisAs Nações Unidas defendem direitos iguais e tratamento justo para todas as pessoas, sem distinção. A ONU Livres & Iguais é uma iniciativa de informação pública do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que promove campanhas e parcerias para garantir os direitos fundamentais das pessoas LGBTIQ+ em todo o mundo.A campanha combate o discurso de ódio e os estereótipos negativos relacionados à população LGBTIQ+ e, para isso, foca no primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completou 75 anos em 2023: “Todos os seres nascem livres e iguais em dignidade e direitos”. Para mais informações, acesse https://www.unfe.org/pt/ e siga @free.equal, @onuderechoshumanos e @onubrasil nas redes sociais. Contatos para imprensa:Diêgo Lôbo, Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio): contato@onu.org.brGabriel Alves de Faria, Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH): alvesdefaria@un.org
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