Política

Bolsonaro nomeia André Mendonça para a Justiça e Ramagem para a PF

Alexandre Ramagem é amigo da família do presidente e chegou a participar de uma festa de ano novo com o vereador Carlos Bolsonaro

André Luiz Mendonça junto do presidente Jair Bolsonaro. Foto: Agência Brasil.
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O governo de Jair Bolsonaro divulgou, na madrugada desta terça-feira 28, a nomeação do novo ministro da Justiça e do diretor-geral da Polícia Federal. Foi confirmado o advogado André Luiz Mendonça para comandar o ministério e Alexandre Ramagem, atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e próximo da família de Jair Bolsonaro, para comandar a PF.

Jose Levi Mello do Amaral Júnior foi nomeado para o cargo de Advogado-Geral da União.

As vagas estavam aberta desde que o presidente decidiu demitir, na última semana,  o ex-diretor geral da PF, Maurício Veleixo. A decisão resultou também na demissão do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, o ministro mais popular do governo de Bolsonaro.

Amigo da família

Ao anunciar sua saída, Moro acusou Bolsonaro de demitir Veleixo para interferir nas decisões da Polícia Federal, que investiga um dos seus filhos. O ex-integrante do governo disse, também, que o presidente não estava lhe dando carta branca para combater a corrupção como havia sido prometido em 2018, quando Moro aceitou o cargo oferecido pelo capitão.

As nomeações só reforçam essa ideia de interferência. Isso porque Ramagem é amigo pessoal da família. Ele trabalhou como segurança de Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018. A partir dali, criou uma relação de amizade próxima com a família.

Ramagem comemorou a virada de 2018 para 2019 em uma festa de Ano Novo ao lado do vereador Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente.

Advogado e pastor

André Mendonça é pastor na Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília, e pós-graduado em direito pela Universidade de Brasília (UnB). Ele assumiu o comando da Advocacia-Geral da União desde que o presidente tomou posse.

Antes de assumir o cargo de ministro da AGU, Mendonça atuou como corregedor-geral do órgão, entre 2016 e 2018.

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