Após a confirmação, na noite desta quinta-feira (25), do lockdown nos finais de semana em Santa Catarina, as forças de segurança de Florianópolis se preparam para intensificar as fiscalizações. O foco da força-tarefa deve ser a contenção de festas clandestinas.
Secretário garante, ainda, que a força-tarefa é uma ação prioritária do município – Foto: Arquivo/PMSC/Divulgação/NDO secretário de Saúde de Florianópolis, o médico Carlos Alberto Justo da Silva, acredita que o lockdown aos finais de semana deve melhorar a situação no Estado. No entanto, garante que a Capital deve ter mais problemas caso não consiga ampliar os índices de isolamento social. “Precisamos de medidas mais restritivas ao longo da semana”, afirma.
“Nós havíamos pedido medidas mais restritivas, de forma estadualizada, há algum tempo”, comenta. De acordo com ele, as ações anteriores eram ineficientes e os os números mostram que “medidas isoladas são muito ineficazes”. Em função disso, uma reunião que contará com o prefeito Gean Loureiro e prefeitos de outros municípios da Grande Florianópolis, no início da próxima semana, deve abordar mais restrições.
Fiscalizações intensificadas
A força-tarefa, coordenada pela Secretaria Municipal de Segurança Pública, conta com mais de 50 integrantes da Vigilância Sanitária da Capital, Superintendência de Serviços Públicos, Procon, Guarda Municipal e Polícia Militar, corporação da estrutura Estadual.
De acordo com o secretário de Segurança Pública de Florianópolis, coronel Araújo Gomes, as operações devem focar nas áreas mais propícias de aglomeração, “principalmente aquelas reincidentes de violações”, informou, em entrevista ao SC no Ar, na manhã desta sexta-feira (26).
O secretário garante, ainda, que a força-tarefa é uma ação prioritária do município. “Nós temos também toda a estrutura da prefeitura, não apenas a de fiscalização, mas de deslocamento de recursos humanos e de materiais das secretarias das subprefeituras, da intendências, das autarquias”, assegurou. A ideia é evitar novos casos enquanto é feita a ampliação da capacidade de leitos nos hospitais da região.
Colapso no Estado
O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, revelou em nota divulgada nesta quinta-feira (26), que Santa Catarina está com o sistema de Saúde colapsado.
Em ofício encaminhado aos 295 secretários municipais de saúde, nesta quarta-feira (24), o secretário de Estado alertou para a manutenção dos estoques de insumos, principalmente os relacionados aos “kits intubação”. O documento chama a atenção para o risco do desabastecimento de oxigênio e os equipamentos de proteção individual.