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O fenômeno startup: economia não importa?

Cada notícia sobre milhões ou bilhões movimentados pelo mercado de investimento em startups surpreende. Parece que o aquecimento do setor fez com que ficasse imune à situação econômica do país. Entenda por que isso ocorre.

O fenômeno startup: economia não importa?

, Head de Conteúdo na Captable

8 min

17 set 2021

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Victor Marques

Observar o mercado de startups é garantia de surpresa para quem conhece a situação da economia do Brasil. Os investimentos recorde, as aquisições recorrentes de startups e o volume de capital direcionado para negócios inovadores parece em descompasso com a realidade.

O Brasil enfrenta efeitos da pandemia - aliados a outros fatores - em sua economia: inflação em alta, subida nas taxas de juros e recuo do PIB. A inflação acumulada no ano passa dos 9%, a SELIC (taxa básica de juros) está em 5,25% a.a. e o PIB recuou 0,1% no último trimestre.

A inflação e o recuo do PIB podem gerar desestímulo ao investimento, principalmente os de risco, por haver maior vontade de proteger o patrimônio. Enquanto a alta da SELIC também leva mais pessoas para os investimentos em renda fixa, que ficam mais rentáveis, superficialmente - é preciso levar em conta a rentabilidade real, ou seja, a taxa de juros descontando a inflação do período. Ainda assim, as empresas estão comprando (M&A) mais startups que nunca e os investimentos em startups batem recordes.

RECORDE DE M&As

Somente no primeiro semestre de 2021 foram US$ 56,8 bilhões transacionados em operações de M&A (fusões e aquisições). Número oito vezes maior do que o mesmo período de 2020. Uma pesquisa realizada pela ABES, BR Angels e Solstic Advisors, indica que a tendência é de ainda mais crescimento para o setor: 50,5% dos empreendedores e executivos entrevistados planejam realizar M&As nos próximos 12 meses.

O mesmo estudo, que contou com a participação de 105 executivos de alto escalão também dá pistas do volume do apetite das empresas por aquisições: 35,8% dos entrevistados pretende investir entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões em aquisições; 17% planejam aplicar entre R$ 5 milhões e R$ 15 milhões e 9,4% consideram valores entre R$ 30 milhões e R$ 50 milhões. Apenas 3,8% afirmaram que devem aportar mais de R$ 50 milhões. Já 30,2% dos entrevistados preferiram não abrir as quantias.

Sobre os setores mais visados, a pesquisa revelou que o setor de tecnologia encabeça a lista (66%), seguido por e-commerce (5,7%) e logística (5,7%). 

RECORDE DE INVESTIMENTO

Somente em agosto, de acordo com dados do Sling Hub, foram 67 rodadas de investimento em startups brasileiras, totalizando US$ 1,4 bilhão em investimentos e dois novos unicórnios - como são chamadas as startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão.

E quando o assunto é unicórnio, A LAVCA (Latin America Venture Capital Association) divulgou que o Brasil já possui 19 empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, liderando o ranking de países da América Latina com o maior número de unicórnios.

O volume de investimentos comprova que os fundos acreditam que há boas oportunidades no mercado de startups brasileiro. Já o número de unicórnios dá a dimensão do valor de mercado que pode ser atingido pelas companhias de capital fechado - mesmo antes do IPO.

PLATAFORMAS AQUECIDAS

Se tratando de plataforma de investimento em startups, a CapTable, maior plataforma do segmento no Brasil, também registrou movimentação recorde em 2021. Já são mais de mais de R$ 30 milhões captados para 21 startups somente em 2021. Com um total de 5000 investidores e captações encerrando em tempo recorde, os dados da plataforma indicam que o investidor Pessoa Física também está de olho nas oportunidades do mercado de tecnologia.

POR QUE IMPORTA?

Uma coisa reflete diretamente na outra: as aquisições recordes de startups dão mais oportunidades de liquidez ao investimento em startups - resultando em mais opções para haver o exit (retorno) do investimento. Com as aquisições e a digitalização acelerada da sociedade, o mercado de investimento em startups se aquece, atraindo investidores e fundos de investimento nacionais e internacionais.

Em um momento de inflação uma maneira de se proteger também é aplicar o dinheiro em ativos reais, como as startups, que possuem o potencial de ganhos exponenciais. Enquanto o capital parado em aplicações ou no banco fica refém de uma taxa que é influenciada pela economia como um todo, as saídas (exit) das startups estão em tendência de crescimento, aparentemente intocadas pelo mau humor do mercado financeiro e pela desaceleração da economia do país, - aumentando as oportunidades de valorização do capital.

Parece que o Venture Capital não tem mesmo medo da economia brasileira e que os incentivos das aquisições aquecidas, somados à vontade de direcionar capital para negócios que podem crescer exponencialmente são suficientes para manter o setor aquecido, com crescimento recorde. As perspectivas de futuro também apontam que os fatores que vêm impulsionando o mercado também devem seguir em crescimento, garantindo um ciclo virtuoso para a inovação.

A CapTable, plataforma de investimento em startups da StartSe, permite que qualquer um tenha a oportunidade de investir em startups. Em seus dois anos, a CapTable já captou mais de R$ 32 milhões para mais de 30 startups. Recentemente, a plataforma teve seu primeiro exit com a aquisição do Alter pelo Méliuz, os investidores tiveram mais de 70% de valorização do investimento em nove meses. Cadastre-se e conheça as captações disponíveis.

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Imagem de perfil do redator

Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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