Juros do cartão de crédito ficaram estáveis em setembro. Foto: Getty Images |
Os juros das operações de crédito caíram no mês de setembro, após mais de um ano de crescimento.
O índice subia há 15 meses para a pessoa física e há 12 meses para a jurídica. É o que mostra pesquisa divulgada pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) nesta quinta-feira (9).
Para o diretor executivo da entidade, Miguel Ribeiro, a redução ocorre devido à estabilização da taxa básica de juros (Selic) pelo governo, da redução pelo governo do depósito compulsório feito pelos bancos e da estabilização do nível de inadimplência no País.
Os dois primeiros fatores aumentam a disponibilidade de crédito oferecido pelos bancos, enquanto uma inadimplência mais alta faria os bancos aumentarem os juros para compensarem a sua perda de rendimento.
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A modalidade para a pessoa física foi a única que teve os juros elevados. Juros do comércio, CDC, financiamento de veículos, empréstimo pessoal bancos e empréstimo pessoal financeira caíram, enquanto o cartão de crédito ficou estável.
Já das três linhas de créditos pesquisadas para a pessoa jurídica, duas tiveram suas taxas de juros reduzidas no mês (desconto de duplicatas e conta garantida), enquanto uma manteve sua taxa de juros durante o período (capital de giro).
A taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma redução de 0,01 ponto percentual no mês (0,17 ponto percentual em doze meses), ficando em 3,43% ao mês ou 49,89% ao ano em setembro, a menor taxa de juros desde maio de 2014.
Ainda para a Anefac, a previsão é de que as taxas de juros de crédito se mantenham inalterados em um futuro próximo, seguindo a tendência da taxa Selic.
Um aumento da taxa básica de juros não seria bom devido à piora no cenário econômico, já que juros mais altos reduzem a atividade econômica.
Juros e depósitos
Miguel Ribeiro critica a ação contraditória do governo de ter subido a taxa Selic e reduzido a necessidade de depósitos compulsórios dos bancos (dinheiro retido que não pode ser oferecido como crédito ao consumidor.)
A primeira ação estimula a redução da oferta de crédito, enquanto a segunda tem o efeito contrário.
— O governo subiu a Selic (no começo do ano) para mostrar ao mercado que está preocupado com a inflação. Os bancos, entretanto, tem se mostrado cautelosos em oferecer crédito (mesmo com a redução dos compulsórios).
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