Dia das Crianças

Edição especial da revista ‘Sem Terrinha’ traz o legado de Paulo Freire para crianças

Conteúdo inspirado na obra do educador do povo marca o centenário de seu nascimento

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Atividade da jornada Movimento Sem Terra: Cultivando Solidariedade, no acampamento Fidel Castro (PR)

São Paulo – O legado de Paulo Freire é o tema da edição especial da revista Sem Terrinha, lançada nesta terça-feira (12) pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). A obra já está disponível em versão impressa e digital, podendo ser acessada no site do MST e baixada gratuitamente.

A publicação é lançada em meio à Jornada Nacional “Movimento Sem Terra: Cultivando Solidariedade”, que começou domingo e termina hoje, Dia da Criança. A jornada, que acontece nos quatro cantos do país, inclui atividades educativas e lúdicas, com o lema “Sem Terrinha cultivando solidariedade e o legado de Paulo Freire”.

Esta edição da revista foi elaborada coletivamente pelos setores de Educação, Comunicação e Coletivo de Relações Internacionais do movimento. O primeiro texto foi construído a partir de uma carta escrita por Isabela Camini, do Setor de Educação do MST. Por meio da carta, se estabelece uma narração imaginária, na qual Paulo Freire escreve para as crianças sem- terrinha.

Menino educador

“Quero contar a vocês que quando criança, aprendi a escrever e a soletrar as primeiras palavras debaixo de um pé de mangueira. O meu lápis era um graveto e o meu caderno era o chão. Quando eu me recordo disso, penso em vocês, Sem Terrinha, pois sei que as árvores e os barracos de lona preta foram as primeiras salas de aula onde muitos de vocês aprenderam a ler e a escrever.”

Dessa forma, a revista conta a trajetória de Paulo Freire, o “menino-educador”, a partir de textos, brincadeiras, desenhos e imagens diversas. É uma verdadeira viagem pelo seu processo de formação e leituras realizadas por Freire sobre a realidade e a educação, a partir de sua atuação no Brasil e na Guiné-Bissau, localizada na África, onde Freire se refugiou após ser expulso pela ditadura civil-militar.

Na Guiné-Bissau, a história de Freire se cruza com a de Amílcar Cabral, que foi um político, agrônomo e teórico marxista da Guiné e de Cabo Verde. Ele também sempre quis entender o mundo em que ele vivia. Esse mundo era a África Colonial – ou seja, o período em que a África foi invadida por europeus. E essa vontade grande de ler o seu mundo foi se transformando na vontade de mudar esse mundo.

Assentamento Dênis Gonçalves (MG). Foto: Dowglas Silva MST

Clique aqui para fazer o download da revista.


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