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    Ansiedade social: especialistas alertam sobre medo de retomar atividades

    No quadro Correspondente Médico, Fernando Gomes destacou receio que flexibilizações podem gerar ao se quebrar a rotina praticada durante a pandemia

    Da CNN*

    Em São Paulo

    Na edição desta sexta-feira (22) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes falou sobre o atual momento da pandemia, com as retomadas das atividades sociais e o receio que isso pode gerar em algumas pessoas.

    Mesmo com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e flexibilizações em diversas cidades, há quem ainda não se sente seguro para encontrar amigos, participar de eventos, ir ao cinema ou a um restaurante, por exemplo.

    Alguns especialistas estão percebendo um certo medo na população, ao mesmo tempo em que cresce a vontade de voltar às atividades normais. Esse quadro vem sendo chamado de “ansiedade social”.

    Fernando Gomes destaca que um dos grandes receios é o de inadequação ao ambiente ou à situação em que a pessoa pode se expor ao quebrar a rotina praticada durante a pandemia.

    “O indivíduo nunca sabe se está agindo de forma correta durante esse processo de readaptação”, disse o médico. “Aprendemos todos os meios para se evitar a transmissão do coronavírus, mas lenta e progressivamente esse desmanche de conduta pode ser realizado levando sempre em consideração a questão da ansiedade e precaução.”

    Ele destacou que a situação nova será desafiadora mesmo, em especial para quem já tem tendência a quadros de ansiedade. Para essas pessoas, Gomes aconselhou ter mais atenção nos sintomas e, se necessário, procurar auxílio de profissional. “De forma natural e progressiva, as pessoas vão conseguir se enquadrar”, afirmou.

    O neurocirurgião também explicou que a retomada de atividades presenciais é essencial para o comportamento humano. “O toque físico tem correlação direta com a liberação de um hormônio, a ocitocina, que fortalece vínculo e dá sensação de bem-estar. Assim como o olfato, pois sentir o cheiro das pessoas e locais faz com que a gente seja estimulado.”

    No entanto, ele reforçou que quem não se sente à vontade para “quebrar as regras” que aprendemos na pandemia não deve se forçar a isso. “Não precisa se expor a uma situação de desconforto extremo. A dica acaba sendo o caminho do meio, tomar cuidado, mas, se entender que a situação ainda é desconfortável, não há motivo para forçar.”

    (*Com informações de Raphael Florêncio, da CNN, em São Paulo)