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A silenciosa freguesia do Corinthians ante o Palmeiras e a agenda positiva
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Eliminado vergonhosamente pelo Ituano, o pior time entre os que conseguiram se classificar para o mata-mata do Campeonato Paulista, o Corinthians pelo menos não perdeu para seu mais antigo rival nesse certame. Na visita do Palmeiras à Neo Química Arena, o placar foi de 2 a 2.
Sim, os corintianos tomaram uma virada e quase perderam, mas Gil fez o gol que evitou o que seria a sétima derrota em dez jogos. Acabou sendo o terceiro empate nesse recorte da história do confronto, que tem uma vitória isolada dos alvinegros sobre os alviverdes em uma dezena de duelos disputados.
Nesse período o Palmeiras fez 20 gols, média de dois por peleja, o Corinthians marcou oito. Houve uma goleada de 4 a 0 no Brasileiro de 2020 e um 3 a 0 aplicado pelos palmeirenses no ano passado, também pela Série A. O solitário triunfo corintiano (2 a 1) aconteceu na edição de 2021 do mesmo campeonato, em Itaquera.
Esse retrospecto terrível diante do rival é pouco citado, mesmo em semanas de dérbi. Reflexo da agenda positiva que vem caracterizando o noticiário corintiano em muitos casos, a ponto de surgirem rumores de contratações, mesmo com o clube endividado, logo depois de o time cair diante do Ituano.
Esse espírito crítico quase inexistente é muito curioso. E destoa nitidamente do que se passa no São Paulo, há anos em sua eterna crise, e até na comparação com o Palmeiras, onde mesmo com o atual ciclo vitorioso qualquer turbulência gera fortes questionamentos. A chapa esquenta.
Não significa que devam ocorrer violentas cobranças, claro, mas a atmosfera acrítica gera acomodação. Pior para os corintianos, que não ganham um troféu há 1.425 dias, ou quase quatro anos, desde a vitória sobre o São Paulo em 21 de abril de 2019 que lhe valeu o 30º título paulista.
Eleito em novembro de 2020 presidente do clube, Duílio Monteiro Alves está no seu último ano de mandato e pode encerrá-lo sem um troféu de campeão sequer. Desde Marlene Matheus, que presidiu o Corinthians entre 28 de janeiro de 1991 e 3 de fevereiro de 1993, o clube não tem um mandatário (não interino) que passe em branco, sem uma taça sequer.
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