Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36316

Compartilhe esta página

Título: Bichos boêmios : um estudo sobre recorrências, referências e análise de significado dos animais nos rótulos de aguardente da Coleção Almirante
Autor(es): ALMEIDA, Swanne Souza Tavares de
Palavras-chave: Rótulos de aguardente; Animais; Coleção Almirante; Marca de comércio
Data do documento: 31-Jul-2018
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: ALMEIDA, Swanne Souza Tavares de. Bichos boêmios: um estudo sobre recorrências, referências e análise de significado dos animais nos rótulos de aguardente da Coleção Almirante. 2018. Tese (Doutorado em Design) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2018.
Abstract: Com a modernização da indústria açucareira no início do século XX, muitos engenhos banguês voltaram seu sustento à produção da aguardente de cana. Em paralelo, surgiram os impostos e a obrigatoriedade de envazar a aguardente em pequenos vasilhames rotulados. Desta forma, os engarrafamentos viraram uma oportunidade de negócio, engarrafando as aguardentes dos engenhos e comercializando-as com os mais variados rótulos estampados. Conquistar o público da cachaça envolvia escolher o nome e os elementos gráficos certos para compor a marca de comércio. Neste contexto, os animais se tornaram uma recorrência temática promissora nos rótulos do período, sendo estes os exemplares estudados nesta pesquisa, visto que não se relacionam diretamente como representações das aguardentes, nem estabelecem relações de significado com o produto de maneira evidente. Assim, este estudo tem como objetivo geral investigar o uso da imagem de animais em rótulos de aguardente brasileiros de meados do século XX, buscando traçar um perfil das referências de repertório utilizadas, bem como dos significados atribuídos a estas representações enquanto signos da bebida aguardente. Os rótulos estudados fazem parte da Coleção Almirante de rótulos de cachaça, um acervo da Fundação Joaquim Nabuco (Recife-PE). Esta investigação pode ser dividida em três momentos: (1) fase exploratória, que envolveu levantamento da legislação referente aos registros de marca e estudo comparativo de rótulos semelhantes; (2) fase descritiva, que incluiu a categorização temática de toda coleção e catalogação dos rótulos com figuras de animais, avaliando a taxonomia das espécies e relação com a fauna brasileira; (3) análise semiológica e de elementos gráficos das produções, utilizando um modelo proposto por Penn (2002), aliado a alguns dos ingredientes de estilo estipulados por Ashwin (1979) e à taxonomia da linguagem gráfica apontada por Twyman (1979). Ao final das análises percebemos que a recorrência de uso de animais na composição de rótulos de aguardente foi corroborada por diferentes fatores, os quais dividimos em dois grupos: (1) Efeitos desencadeadores e (2) Efeitos potencializadores. Do primeiro grupo, observamos o uso anterior de animais na heráldica e na rotulagem estrangeira, o repertório dos técnicos estrangeiros que trabalhavam nas casas litográficas brasileiras e a obrigatoriedade de engarrafar e rotular aguardentes para venda, culminando no promissor desenvolvimento da rotulagem aguardenteira. Os efeitos potencializadores, por sua vez, incluem pontos como a preocupação na diferenciação entre marcas no mercado, a diversidade faunística brasileira, o uso de modelos gráficos como referência, a circulação da produção gráfica, a própria influência da cultura popular, a presença dos animais no cotidiano e a consequente identificação com o público da cachaça.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36316
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Design

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TESE Swanne Souza Tavares de Almeida.pdf14,25 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este arquivo é protegido por direitos autorais



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons