domingo, 20 de junho de 2021

Comecei a Segunda temporada de A Discovery of Witches

Comecei ontem a segunda temporada de A Discovery of Witches, a fase em que os dois protagonistas, Diana e Mathew estão no século XVI.  No final da temporada #1 (*resenha aqui*), Diana, a bruxa super poderosa que precisa aprender a usar seus poderes, porque não lhe mandaram para Hogwarts, e Mathew, o vampiro católico de 1500 anos, partiram para 1590.  Lá, eles estariam livres da perseguição de seus inimigos e encontrariam uma professora para Diana, uma bruxa realmente poderosa e, não, as tias que deixaram a garota em homeschooling.  

O que Mathew não esperava era cair em Londres, tinha calculado chegar ao interior e acaba ficando meio exposto por estar com uma bruxa e, também, porque todos esperavam que ele estivesse na Escócia espionando para Sir Cecil, Lord Burghley, chanceler de Elizabeth I. Quando a notícia de que o vampiro está em Londres se espalha, Mathew precisa se apresentar ao seu chefe e inventar uma história mirabolante qualquer, além de se ver obrigado a voltar a torturar e matar para manter sua identidade secreta.

Alguns pontos interessantes, a mocinha convence como alguém que está deslocada no tempo e meio que fascinada por tudo o que vê.  Como ela é historiadora (🙄) começa a perceber que estava ensinando algumas coisas da forma errada, por não ter visto com seus próprio olhos.  Como historiadora, achei esta parte bem divertida.  Não sou bem a criatura que gostaria de viajar no tempo, ainda mais para o passado, faço mais a linha da protagonista de Lost in Austen ("Sou negra e não vou para nenhum lugar que não tenha papel higiênico e chocolate."), mas imaginar que seria uma experiência excitante, eu posso.  Segundo, Diana, a parte de Londres onde o mocinho mora não fede (🧐).  

Já Mathew tem que reencontrar com o seu passado meio sombrio de espião e torturador, algo que causa repulsa ao seu eu do século XXI.  Ele é um caçador de espiões católicos e de bruxas, sabe-se lá por qual motivo, espero que alguém me explique, porque a caça às bruxas não é coisa da Inglaterra de Elizabeth, ainda que agradasse ao seu primo e herdeiro, Jaime VI da Escócia.  Também espero que me expliquem por qual motivo um vampiro católico está caçando católicos como forma de espionar os ingleses.  É dito que ele assumiu a função de espião por ordem de seu pai, Philippe (interpretado pelo charmoso James Purefoy), que deve dar as caras daqui a pouco na série.

Mathew não pretende ficar muito tempo, ou será descoberto, nem quer ir até a França.  Ele teme encontrar a si mesmo?  Parece que não.  O que ficou sugerido, e que é meio que uma alopração em uma história de viagem no tempo, é que o Mathew de 1590 pode não estar mais em 1590.  Eles usaram o termo "displaced", deslocado.  Não gostei desse detalhe, ficou meio jogado, e espero que expliquem em um capítulo futuro.  Em algum momento, Mathew meio que defende as bruxas para Sir Cecil alegando que elas ajudaram a repelir a Invencível Armada, em 1588.  Isso daria uma boa história, um filme até.

De resto, porque é uma resenha curta, quem o casal encontra primeiro é o poeta Christopher "Kit" Marlowe (Tom Hughes), que, na história, além de amigo do mocinho é um demônio.  Ele acredita que Mathew foi enfeitiçado por Diana e tentará a todo custo se livrar dela.  Nesse primeiro episódio, Diana e Marlowe tem uma conversinha em privado e acredito que ela entendeu a origem da reação do poeta.  Não é cuidado, nem amizade, é paixão.  O Marlowe original era (*pelo menos*) bissexual e eu estou lendo a tensão no ar nas cenas dele com Mathew e Diana.  É minha aposta, mesmo que não queiram desenvolver nada nessa seara.  Mathew conta que é um viajante do tempo para Kit neste primeiro episódio e ele, que estranhou a falta da barba e o brinco, acredita.

Em 1590, Mathew atende pelo nome de Matthew Roydon.  O Roydon real era um poeta e membro da School of Night, um clube de poetas, escritores e cientistas "malditos" da época.  Walter Raleigh fazia parte do grupo e aparece neste episódio.  Mathew em 1590 parece mais possessivo e sinistro, talvez, pela força das circunstâncias.  Ele quer proteger Diana, ele quer evitar, muito provavelmente, que ela descubra as coisas horríveis que ele costumava fazer.  É bem coerente em uma história de vampiro que esse tipo de coisa aconteça.  E eles estão buscando uma bruxa que possa ser a professora de Diana.  A primeira opção, uma ancestral de Sophie, parece aterrorizada com os poderes de Diana e tenta fugir.

Terminando, porque já escrevi demais e comecei este texto ontem.  Gostei do figurino até o momento, Diana está com o cabelo preso, algo importante, e tudo é muito bonito, apesar da predominância do preto.  Houve uma boa cena da governanta de Mathew ajudando a mocinha a se vestir e mostrando as várias camadas de roupas envolvidas no processo.  Bem detalhista, pode não ser realista de fato, mas se esforça por ser convincente. E o vampiro aprovou as novas roupas de Diana e meio que disse que não tinha deixado ela sair antes, porque Diana estava usando roupas emprestadas da irmã dele e que estavam mais de 10 anos desatualizadas na moda e ele tinha uma reputação a manter.  Foi uma cena divertida. Mathew apareceu andando na rua sem chapéu nas primeiras cenas, mas corrigiram isso, também.  Vou continuar assistindo e ver se faço uma resenha curta de Loki.

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