Diversamente do que era de se esperar ante as nefastas consequências da pandemia do Covid 19, o Estado de Goiás registrou um crescimento de 1,15% em seu Produto Interno Bruto até o terceiro trimestre do ano passado, considerando os quatro trimestres anteriores. Assim, com tal performance, em 2020 superou a taxa de crescimento do PIB brasileiro, que teve queda de 3,55% no mesmo período. Definido como de relevante importância, esse fato foi o destaque inicial do relatório do conselheiro Sebastião Tejota sobre as Contas Anuais do Governador, Ronaldo Caiado, apreciadas pelo Tribunal de Contas do Estado de Goiás no bojo do Processo nª 202000047000441/000.

O relatório baseou-se no trabalho realizado pela unidade técnica do TCE-GO, Serviço de Contas do Governo, e, ao longo de 71 laudas, aborda ponto a ponto temas como a ação setorial do governo, seu plano estratégico, programas governamentais, orçamento e finanças, regra de ouro, gestão fiscal, dívida pública, gastos com pessoal, previdência estadual, renúncia fiscal e outros.

O conselheiro Tejota traçou inicialmente um panorama sobre o cenário econômico em que as contas examinadas ocorreram, a partir do forte impacto advindo das medidas restritivas adotadas, afetando de forma significativa as atividades de praticamente todos os setores da economia. Foram usados dados e informações do IBGE e do Instituto Mauro Borges sobre setores como o agropecuário, de serviços, industrial, comércio exterior, operações de crédito e mercado de trabalho.

Sobre o crescimento do PIB de Goiás destacado pelo conselheiro relator o crédito recai sobre a agropecuária, com registro de 8,34%, e da indústria, (3,56%) locais. Tejota também pinçou como relevantes o desempenho do comércio exterior – seis vezes superior à média nacional (5,83%). A  balança comercial goiana fechou o ano de 2020 com saldo positivo de US$ 4,798 bilhões, aumento de 35,18% em relação ao período anterior, fechado com US$ 3,46 bilhões.

O mercado de trabalho foi outro que registrou saldo positivo: 26.258 empregos com carteiras de trabalho assinadas, levando Goiás para a quinta posição entre os demais Estados, contudo apresentou  12,4% abaixo da média nacional de 13,5%, reflexo da pandemia do coronavírus sobre o setor. Já as operações de crédito do sistema financeiro de Goiás chegaram a R$ 161,8 bilhões em 2020, aumento de 17,4% em relação a 2019. Para acessar na íntegra o relatório do conselheiro Sebastião Tejota, clique aqui.

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Texto: Antônio Gomes
Artes: Anderson Castro