País atinge recorde de número de trabalhadores informais no 2º trimestre, diz IBGE

O aumento foi de 2,8% frente ao trimestre anterior, o que representa mais 1,1 milhão de pessoas. Fazem parte dessa população os trabalhadores sem carteira assinada, empregadores e conta própria sem CNPJ, além de trabalhadores familiares auxiliares.

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“Nesse segundo trimestre, houve a retomada do crescimento do número de trabalhadores por conta própria sem CNPJ, que havia caído no primeiro trimestre. Além disso, outras categorias principais da informalidade, que são os empregados sem carteira no setor privado e os trabalhadores domésticos sem carteira, continuaram aumentando”, analisa.

A taxa de informalidade foi de 40% da população ocupada, contra 40,1% no trimestre anterior e 40% no mesmo trimestre de 2021.

Os trabalhadores informais responderam por 36,8% do aumento da população ocupada no segundo trimestre de 2022, frente ao primeiro trimestre, segundo Pnad Contínua.

A população ocupada avançou 3,1% no segundo trimestre, de 95,275 milhões no primeiro trimestre para 98,269 milhões no período de abril a junho. Da diferença de 2,944 milhões de trabalhadores na passagem entre os dois trimestres, 1,084 milhão são informais (36,8% do total).

Ao avaliar os dados, a gerente das pesquisas domiciliares do instituto, Adriana Beringuy, destacou que essa participação da informalidade no avanço já chegou a 80% no passado. Com o avanço da ocupação formal, no entanto, diz ela, essa parcela vem caindo embora o contingente de informais continue crescente.

“Lá no ano passado, no processo de recuperação da ocupação, já se tinha visto que a expansão da ocupação da pesquisa vinha praticamente do crescimento do trabalho informal. Quase 80% [da ocupação] vinha do trabalho informal. Agora, em função do crescimento do emprego com carteira e da expansão do setor público, que é considerado formal, esse espaço do informal vem caindo”, afirma ela, acrescentando.