Covid-19: letalidade na Baixada Fluminense é 2,5 vezes maior que a média nacional

Letalidade está em 6.08%, enquanto a média nacional é 2,4%: óbitos já passam de 4,6 mil

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Covid-19: letalidade na Baixada Fluminense é 2,5 vezes maior que a média nacional

Há um ano o Coronavirus dava seus primeiros passos nas terras fluminenses. Na segunda quinzena de março, Duque de Caxias anunciava o primeiro caso confirmado na cidade – e possivelmente o primeiro na Baixada Fluminense.

Se no primeiro trimestre de 2020 a região ainda respirava sem máscaras e mantendo o distanciamento social, agora a situação é bem diferente: a imagem de pessoas sem máscaras se tornou tão natural quanto a luz do dia e as aglomerações de carnaval foram apenas um sintoma dos efeitos do distanciamento que chega no seu primeiro ano. Japeri notificou estabelecimentos que haviam até preparado programação de carnaval. As imagens de operações em Nova Iguaçu para dispersar as aglomerações circularam pela internet brasileira. No Estado, 15,6% das abordagens da Lei Seca flagraram motoristas embriagados.

Olhando para o noticiário nacional, cidades como Chapecó (SC) e Araraquara (SP) apontam um novo colapso do sistema de saúde. Até o Triângulo Mineiro, região com 66 municípios, também se prepara para o colapso – que assustou o Brasil quando um estado inteiro, Manaus, teve dificuldades até para o fornecimento de oxigênio.

O resultado do que é considerada uma segunda onda está circulando no ar: uma variação brasileira mais transmissível capaz de gerar novas mutações e levar o país inteiro a uma terceira onda da pandemia. Além da variante nacional, outros países também têm identificado variantes que já circulam entre a população.

No estado do Rio de Janeiro, o primeiro óbito por uma variante do coronavirus é de Belford Roxo – cidade que fica no meio do mapa da Baixada Fluminense, o que causa um alerta para toda a região. De acordo com os números fornecidos pelo Governo do Estado através do Painel coronavirus covid-19, atualmente são 4.839 pessoas infectadas confirmadas sob tratamento. Duque de Caxias tem 62% dos leitos em UTI ocupados, enquanto Nova Iguaçu tem 25% – já os leitos de enfermaria têm uma ocupação de 63% e 79%, respectivamente.

Veja abaixo a tabela com os números distribuídos por cidade:

Números do Coronavirus na Baixada Fluminense
Casos Recuperados Óbitos Letalidade
Belford Roxo 16.807 16.365 426 2,53%
Duque de Caxias 15.448 14.355 1036 6,71%
Guapimirim 3.584 3.447 110 3,07%
Itaguaí 3.691 3.489 193 5,23%
Japeri 857 805 51 5,95%
Magé 7.029 6.683 324 4,89%
Mesquita 2.383 2.128 250 10,49%
Nilópolis 2.395 2.086 302 12,61%
Nova Iguaçu 11.840 10.784 1.012 8,55%
Paracambi 1.545 1.489 51 3,30%
Queimados 3.684 3.562 109 2,96%
São João de Meriti 5.670 4.998 655 11,55%
Seropédica 1.254 1.157 95 7,58%
TOTAL 76.187 71.348 4.614 6,57%
Dados: Governo do Estado do Rio de Janeiro

Foto de capa: Dimitris Vetsikas por Pixabay

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