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    Eleições 2022

    Entidades brasileiras vão a autoridades dos EUA defender sistema eleitoral

    Um dos objetivos é levar a autoridades americanas as preocupações com a disputa deste ano

    Primeiro turno das eleições de 2022 será em 2 de outubro
    Primeiro turno das eleições de 2022 será em 2 de outubro NILTON FUKUDA/ESTADÃO CONTEÚDO

    Iuri Pitta

    Uma comitiva de 18 organizações da sociedade civil brasileira irá na próxima semana aos Estados Unidos participar de uma série de reuniões com autoridades do país, incluindo integrantes do Departamento de Estado e da comissão parlamentar que investiga a invasão ao Capitólio, promovida em 6 de janeiro de 2021 por apoiadores do ex-presidente Donald Trump.

    O objetivo da agenda nos EUA é defender o sistema eleitoral brasileiro e levar a autoridades americanas as preocupações com a disputa deste ano. Uma das metas é obter o compromisso de que o resultado das eleições no Brasil serão reconhecidas pelos Estados Unidos tão logo seja divulgado pela Justiça Eleitoral.

    As reuniões vão ocorrer uma semana após o presidente Jair Bolsonaro (PL) ter feito uma exposição a embaixadores de países democráticos que servem no Brasil sobre o que considera ser vulnerabilidades ou intransigências do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), especialmente em relação a apontamentos feitos pelas Forças Armadas.

    A agenda do grupo prevê conversas no Departamento de Estado americano e na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, na próxima terça-feira (26). No dia 29, a comitiva terá uma reunião com o deputado democrata Jamie Raskin, integrante da Comissão que investiga a invasão ao Capitólio.

    Também está prevista uma conversa com o senador democrata Bernie Sanders, que foi pré-candidato do partido à presidência, e com embaixadores de países-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA).

    De acordo com Paulo Abrão, diretor-executivo do WBO (Washington Brazil Office), instituição que organiza a visita da comitiva, as atenções do mundo estão voltadas às eleições brasileiras. “Nos EUA, há uma sensibilidade ainda maior, por causa das tentativas de subversão do processo eleitoral americano em 2020 e da invasão ao Capitólio em 2021”, diz.

    Na última edição, a revista britânica The Economist fez um paralelo entre esse episódio e os ataques que Bolsonaro tem feito às urnas eletrônicas – desde 1996, o Brasil adota o equipamento e nunca houve nenhum caso comprovado de fraude ou adulteração de resultados em eleições realizadas desde então.