Rio Morto (Rio de Janeiro)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rio Morto
Canal
Canal do Rio Morto

Rio Morto em 1975, antes da urbanização de sua área.

Nome local
Canal de Sernambetiba
Localização
País
Localização
Coordenadas
Dimensões
Comprimento
4,5 km
Hidrografia
Tipo
Maior cidade
Afluente
principal
Rio Vargem Grande, Rio Bonito e Rio Morto, Canal Cascalho, Canal das Piabas & Canal do Portelo, e Dreno K.
Foz

O Canal de Sernambetiba ou popularmente chamado de Rio Morto, forma-se a partir do encontro dos rios Vargem Grande e Morto e deságua no Oceano Atlântico, na Praia da Macumba. O curso d´água possui 4,5 km de extensão e é cortado pelos rios Vargem Grande, Bonito e Morto, canais do Cascalho, das Piabas e do Portelo e Dreno K.[1][2]

Situação e biodiversidade[editar | editar código-fonte]

Devido a presença de gigogas, e outros fatores, constantemente em períodos de fortes chuvas o canal enche e transborda, inundando grande parte da avenida construída ao seu lado. A prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, e o seu órgão de coleta de lixo, a Comlurb, já retiraram no total 40 toneladas de gigogas.[3][4]

Em torno do Canal, está presente favelas e construções em áreas irregulares, que podem ser afetadas durante estes períodos.[5][6]

Localizado no Recreio dos Bandeirantes, pode demonstrar potencial navegável para atender à pesca, ao lazer náutico, piers, e à instalação de restaurantes em sua orla. É fato que a presença de gigogas indicam a presença de coliformes fecais e poluição, o que torna inviável banhar-se nas águas do canal.[7][8]

São vistos no Canal, jacarés, garças, patos e capivaras, essas que são muitas vezes atropeladas.[9][10][11] É cogitado que a morte de alguns animais, como a de capivaras, tem a ver com a poluição das águas.[12]

Acidentes[editar | editar código-fonte]

Já foram documentados acidentes de trânsito envolvendo o canal, porém muitos não tiveram notoriedade, tendo como fatores a ilusão de ótica que as águas turvas causam na noite, onde motoristas desavisados acham que a área é asfaltada e afundam com seus carros na lama. O canal parece não ser fundo, porem é suficiente para manter um carro inteiro submerso, e tem bastante lama pegajosa no fundo.

A falta de sinalização e barreiras são motivos para os acidentes, a pista da avenida fica a poucos metros acima do Canal, o que torna fácil a transbordação de suas águas, e a travessia de animais.[2][13][1][14][15][16][17]

Acidentes notáveis[editar | editar código-fonte]

  • No dia 22 de maio de 2006, um carro caiu no Canal, por volta de 7 horas e 30 minutos da noite. Ninguém ficou ferido.[18]
  • No dia 25 de fevereiro de 2011, Crystal da Silva Cardoso, de 1 ano e 2 meses, morreu após ficar submersa por mais de 20 minutos nas águas do Canal. Após o motorista, identificado como Moacir dos Santos, ter tentado realizar uma ultrapassagem, perdeu o controle do veículo e caiu com o carro no Rio.[19][20][21][22][23][24]

Referências

  1. a b «Professores da Coppe propõem alternativa para ordenamento urbano das Vargens». O Globo. 11 de julho de 2018. Consultado em 2 de setembro de 2020 
  2. a b «Macrodrenagem dos Rios Tindiba e Grande é a próxima etapa de programa de recuperação ambiental». O Globo. 13 de dezembro de 2018. Consultado em 2 de setembro de 2020 
  3. «Comlurb já recolheu 40 toneladas de gigogas na orla da Zona Oeste do Rio». O Globo. 23 de junho de 2017. Consultado em 2 de setembro de 2020 
  4. «Rio Morto, em Vargem Grande, volta a transbordar e alaga pista de via ao lado». O Globo. 26 de junho de 2019. Consultado em 2 de setembro de 2020 
  5. «Moradores de Vargem Grande lutam pela revitalização da Estrada do Rio Morto». O Globo. 19 de setembro de 2019. Consultado em 2 de setembro de 2020 
  6. Rubim, Maíra (14 de agosto de 2019). «Prefeitura intensifica dragagem no Canal de Sernambetiba, no Recreio, para evitar alagamentos». O Globo. Consultado em 2 de agosto de 2020 
  7. Alex, +Antonio; re (22 de julho de 2019). «Mulher é encontrada morta em calçada próxima ao Canal de Sernambetiba». Rede TV Mais. Consultado em 2 de setembro de 2020 
  8. AMARANTE DE ALMEIDA MAGALHAES, CLAUDIO. «LOCALIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS: ESTUDO DE CASO DOS TEMPLOS CATÓLICOS NA BARRA DA TIJUCA E RECREIO DOS BANDEIRANTES, RIO DE JANEIRO». Consultado em 2 de setembro de 2020 
  9. http://www.jb.com.br (30 de setembro de 2018). «Pantanal Carioca». http://www.jb.com.br - Rio. Consultado em 2 de setembro de 2020 
  10. «Após ressaca, jacarés aparecem na Praia do Recreio». O Globo. 8 de julho de 2019. Consultado em 2 de setembro de 2020 
  11. «Jacaré no Recreio: da lagoa para o prato». Jornal do Recreio. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  12. «Capivaras encontradas mortas». Jornal do Recreio. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  13. «Cansado de esperar, morador pinta quebra molas na estrada do Rio Morto». Jornal do Recreio. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  14. «Alagou de novo». Jornal do Recreio. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  15. «Nas cinzas, vieram as gigogas». Jornal do Recreio. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  16. «Alagou a via: como proceder?». Jornal do Recreio. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  17. «Um Caos também por aqui». Jornal do Recreio. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  18. «Carro cai em canal no Recreio dos Bandeirantes». O Globo. 22 de maio de 2006. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  19. «Morre menina que caiu em canal no Recreio após acidente de carro». Extra Online. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  20. «Confira o vídeo do resgate dramático e morte do bebê Crystal». kuryusthelord. 25 de fevereiro de 2011. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  21. «Bebê ficou 20 minutos submerso após acidente de carro no Rio» (vídeo). Rede Globo de Televisão. 2011. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  22. «Bombeiro fala sobre resgate de bebê que se afogou em rio após acidente». piauihoje.com. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  23. «Avó de bebê morto em acidente chama motorista de 'traste'». Terra. Consultado em 19 de outubro de 2020 
  24. (25 de fevereiro de 2011). «RJ: Menina que se afogou em rio continua internada em estado grave». Acervo. Consultado em 19 de outubro de 2020