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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
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10 junho 2024
Brasil adere à Aliança Internacional para a Resiliência à Seca
O Brasil é o mais recente país a integrar a Aliança Internacional para a Resiliência à Seca (IDRA, na sigla em inglês), a coalizão global que mobiliza capital político, técnico e financeiro para preparar o mundo para secas mais severas. A adesão brasileira eleva o total de membros da IDRA para 38 países e 28 organizações intergovernamentais e de pesquisa, demonstrando uma disposição cada vez maior para enfrentar um dos riscos naturais mais mortais e onerosos do mundo.Lançada pelos líderes da Espanha e do Senegal durante a 27ª Cúpula da ONU sobre o Clima (COP27), a Aliança impulsiona ações contra as secas diante do aquecimento global, reconhecendo que somos tão resilientes às secas e à mudança climática quanto nossas terras. O secretariado da IDRA é sediado pela Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD). Em um evento conjunto com a UNCCD realizado nesta segunda-feira (10), em Petrolina, em Pernambuco, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima Climática, Marina Silva, disse que "a adesão do Brasil à Aliança Internacional para a Resiliência à Seca (IDRA) demonstra a determinação do governo em combater a seca e a desertificação, promover a segurança alimentar e hídrica e combater as desigualdades”. “Nosso objetivo é promover o desenvolvimento sustentável e, ao mesmo tempo, garantir a proteção da biodiversidade e das comunidades da região semiárida. A cooperação com a UNCCD reforça o compromisso do Brasil com o combate à desertificação e às mudanças climáticas", acrescentou a ministra de Estado.Uma campanha nacional de combate à desertificação e à seca foi lançada durante o evento, que também marcou o encerramento da visita à região semiárida da Caatinga, uma ecorregião única que cobre cerca de 70% da região nordeste do Brasil e 11% da área total do país. Pesquisadores brasileiros identificaram recentemente a primeira região árida do país e projetaram a expansão de terras semiáridas em grande parte do território. Cerca de 38 milhões de brasileiros de 1.561 municípios são vulneráveis à desertificação e à seca, assim como 1,4 milhão de quilômetros quadrados de terras em 13 estados, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Na Caatinga, as autoridades estão apoiando iniciativas lideradas pela comunidade para restaurar bacias hidrográficas, melhorar as práticas agrícolas e coletar água como forma de aumentar a resiliência à seca. Em todo o mundo, enfrentar os desafios interconectados que abrangem água, terra e clima é essencial para proteger a produção agrícola e energética e para manter os serviços vitais do ecossistema, como o fornecimento de água potável e solos férteis para as gerações atuais e futuras.Durante o evento em Petrolina, o secretário-executivo da UNCCD, Ibrahim Thiaw, elogiou o “compromisso do Brasil em investir proativamente em terras e meios de subsistência resilientes”. “A ciência e a prática mostram constantemente que preparar as sociedades e as economias para as secas antes que elas ocorram evita o sofrimento humano - e é muito mais econômico do que as respostas de emergência. A seca é um perigo, mas não precisa ser um desastre”. Um ano decisivo para a terra e a secaA COP16 da UNCCD será a maior reunião de todos os tempos das 197 Partes da UNCCD, a primeira que será realizada no Oriente Médio e a maior conferência multilateral já realizada pela Arábia Saudita. O Reino recentemente sediou as celebrações globais do Dia Mundial do Meio Ambiente de 2024, com foco na restauração de terras, desertificação e resiliência à seca.Em 17 de junho, o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca de 2024 marcará o 30º aniversário da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), uma das três Convenções do Rio, lançadas durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92), juntamente com a UNFCCC (clima) e a CBD (biodiversidade). A Reunião de Alto Nível sobre a Política Nacional de Seca, co-organizada pela UNCCD - que acontecerá em Genebra, entre 30 de setembro e 3 de outubro, reunirá formuladores de políticas e profissionais com um duplo objetivo: fazer um balanço do progresso e das lições aprendidas na última década e traçar o caminho a seguir para a implementação de ações de resiliência à seca.NOTAS PARA EDITORESPara entrevistas e perguntas, entrar em contato através do e-mail: press@unccd.int Para obter informações sobre a IDRA, acesse: https://idralliance.global. Nas redes sociais, siga @UNCCD no X/Twitter e @unccd no Instagram. Sobre a IDRAA Aliança Internacional para Resiliência à Seca (IDRA, na sigla em inglês) é a primeira coalizão global que cria um impulso político e mobiliza recursos financeiros e técnicos para um futuro resiliente à seca. Como uma plataforma de mais de 30 países e 20 instituições, a IDRA se baseia em pontos fortes compartilhados por seus membros para promover políticas, ações e capacitação para a preparação para a seca, reconhecendo que somos tão resilientes à seca e à mudança climática quanto nossas terras. O trabalho da IDRA está alinhado e apoia o mandato da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), que sedia o Secretariado da IDRA. Sobre a UNCCDA Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) é a visão global e a voz da terra. Une governos, cientistas, formuladores de políticas, setor privado e comunidades em torno de uma visão compartilhada e de uma ação global para restaurar e gerenciar a terra do mundo para a sustentabilidade da humanidade e do planeta. Muito mais do que um tratado internacional assinado por 197 partes, a UNCCD é um compromisso multilateral para mitigar os impactos atuais da degradação da terra e promover a governança da terra no futuro, a fim de fornecer alimentos, água, abrigo e oportunidades econômicas para todas as pessoas de forma equitativa e inclusiva.
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10 junho 2024
Brasileira Anacláudia Rossbach é nomeada diretora-executiva do ONU-Habitat
O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) dá as boas-vindas a uma nova diretora-executiva: a brasileira Anacláudia Rossbach. A economista foi nomeada pelo secretário-geral das Nações Unidas durante reunião da Assembleia Geral realizada na última sexta-feira (7), para um mandato de quatro anos. Anacláudia sucede Maimunah Mohd Sharif, da Malásia, que atuou como diretora-executiva da Organização entre 2018 e 2024. A data de posse de Rossbach será divulgada em breve.Com mais de 20 anos de experiência nas áreas de habitação e políticas urbanas, Rossbach atualmente é diretora para a América Latina e o Caribe no Lincoln Institute of Land Policy, nos Estados Unidos. Ela contribuiu ativamente para as discussões globais sobre políticas urbanas na Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável (Habitat III), em 2016, com um papel crucial na formação da Nova Agenda Urbana. Ela também esteve presente nos principais eventos da ONU, incluindo a COP e o Fórum Urbano Mundial, realizado pelo ONU-Habitat.Entre 2014 e 2022, Anacláudia atuou como gerente regional para a América Latina e o Caribe na Cities Alliance, facilitando a transferência de conhecimento e oferecendo consultoria sobre políticas urbanas e de habitação no Sul Global. Seu trabalho incluiu a criação do Urban Housing Practitioners Hub (UHPH), uma rede de especialistas e profissionais dedicados ao desenvolvimento urbano e à habitação. Sua mais recente contribuição foi na elaboração de estratégias institucionais e operacionais para ampliar o acesso à moradia adequada no Peru, em colaboração com o Banco Interamericano de Desenvolvimento.Anteriormente, de 2005 a 2014, Rossbach atuou no Banco Mundial supervisionando o desenvolvimento e a implementação de políticas brasileiras de habitação e de melhoria de favelas, incluindo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para Favelas e o programa Minha Casa, Minha Vida. Como diretora fundadora da organização sem fins lucrativos Interação, desenvolveu projetos de alto impacto com comunidades informais no estado de São Paulo e na cidade de Recife.A nova diretora-executiva possui uma vasta carreira acadêmica, incluindo numerosas publicações e aulas em cursos de pós-graduação sobre habitação e planejamento urbano. Ela é bacharel em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e mestre em Economia Política pela mesma universidade.Com a nomeação, Anacláudia será a brasileira em cargo mais elevado no secretariado das Nações Unidas.Para saber mais, siga @onuhabitatbrasil nas redes! NOTA PARA EDITORESSobre o ONU-Habitat: O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos tem o mandato estabelecido pela Assembleia Geral da ONU de promover cidades sustentáveis do ponto de vista social e ambiental. O ONU-Habitat é ponto focal para todas as questões de urbanização e assentamentos humanos dentro do sistema das Nações Unidas. O programa trabalha com parceiros em mais de 90 países para construir cidades e comunidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis. O Escritório Regional para a América Latina e o Caribe está presente na cidade do Rio de Janeiro há mais de 25 anos.Visite a página do ONU-Habitat: https://unhabitat.org/ Sobre a Direção-Executiva do ONU-HabitatEm sua resolução 56/206, de 2002, a Assembleia Geral das Nações Unidas decidiu pela transformação do Centro das Nações Unidas para Assentamentos Humanos em secretaria do ONU-Habitat. Além disso, estabeleceu que a secretaria do ONU-Habitat será liderada por uma Direção Executiva de nível de Subsecretaria Geral, a ser eleita pela Assembleia Geral para um mandato de quatro anos, após indicação do secretário-geral e consulta aos Estados-membros.Contato para imprensa: Aléxia Saraiva, ONU-Habitat Brasil: alexia.saraiva@un.org
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04 junho 2024
ONU abre inscrições para a edição de 2024 do Prêmio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
O Prêmio de Ação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, liderado pela campanha da ONU para os ODS, reconhece iniciativas e indivíduos que estão exercendo o poder da criatividade e da inovação para nos aproximar de um mundo mais sustentável, equitativo e pacífico.Qualquer pessoa pode mobilizar ações e causar impacto, mesmo nos lugares e momentos mais desafiadores. A premiação tem o compromisso de mostrar heróis e heroínas que estão mudando o mundo e enviar uma mensagem de esperança e possibilidades infinitas. Todos os anos, um painel internacional de juízas e juízes e uma equipe de revisão técnica analisam cerca de 5.000 inscrições e indicações de 190 países. O painel internacional seleciona os finalistas e, em seguida, os vencedores.Todos os finalistas (três para cada categoria de prêmio) são convidados para um programa de capacitação que oferece workshops criativos, sessões de desenvolvimento de habilidades e eventos de networking, antes da Cerimônia de Premiação. A Cerimônia de Premiação de 2024 será realizada no final de outubro em Roma, na Itália. O programa alcançará o público global e nacional por meio da TV on-line da ONU e de transmissões de rádio e televisão em parceria com a Rai, a emissora pública nacional da Itália, que oferece suporte artístico, editorial e de produção.“Todos nós temos um papel na formação de um mundo que funcione - onde a justiça e os direitos prevaleçam para as pessoas e o planeta. Nossa imaginação tem grande poder. O que podemos imaginar, podemos criar juntos." - Marina Ponti, diretora global da campanha da ONU para os ODSCategorias do Prêmio de Ação dos ODS de 2024: Prêmio de Criatividade: Reconhece campanhas extraordinárias que usam a criatividade para impulsionar a ação dos ODS, alcançando resultados mensuráveis ao mudar as percepções do público, influenciar políticas e mudar orçamentos para sociedades mais sustentáveis, equitativas e pacíficas. Iniciativas vencedoras das edições anteriores incluem “Um vestido branco não cobre o estupro”, que levou a reformas legais no Líbano, e a campanha “Fight Forever Chemicals Campaign”, que inspirou mudanças na legislação ambiental da União Europeia.Prêmio de Impacto: Reconhece iniciativas excepcionais que obtiveram um impacto econômico, sociocultural, institucional, ambiental e/ou tecnológico mensurável e significativo na melhoria da vida das pessoas e na aceleração do progresso em direção aos ODS.Exemplos incluem “The Masungi Story”, que interrompeu os esforços de desmatamento nas Filipinas, e “Follow the Money”, um projeto nigeriano que aumentou a responsabilidade dos gastos públicos.Prêmio Agentes de Mudança: Celebra indivíduos excepcionais que fazem a diferença em suas comunidades e lideram movimentos pela igualdade, justiça e direitos humanos. Os agentes de mudança são identificados por meio de indicações ou autonomeações.Vencedores de edições anteriores incluem Srishti Bakshi, que caminhou 3.800 km pela Índia para aumentar a conscientização sobre a violência contra as mulheres, e Nery Santaella, que capacita os migrantes venezuelanos. O Prêmio de Ação dos ODS é possível graças ao generoso apoio financeiro do Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional da Itália (MAECI) e do Ministério Federal Alemão de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ).Como participar? Visite a página da campanha global da ONU: https://sdgactionawards.org/ Siga @SDGAction nas redes!
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06 junho 2024
Alerta de fraude: ONU reforça aviso sobre contatos falsos usando o nome da Organização
Nesta quarta-feira (5), a ONU reforça seu alerta sobre o uso do nome da Organização por parte de fraudadores e estelionatários. De janeiro a maio deste ano, o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) recebeu mais de 900 consultas sobre e-mails falsos – uma média de 6 por dia. Em 2023, foram mais de 2000 pedidos de informação.O golpe mais recorrente envolve pessoas que se apresentam como militares e/ou médicos a serviço da ONU e solicitam pagamento de taxas para liberação de férias e/ou retorno ao país de origem.Orientações da ONU: A ONU recomenda que os destinatários de mensagens fraudulentas ou suspeitas ajam com extrema cautela e não respondam a pedidos de transferências de dinheiro, em qualquer moeda, nem forneçam informações pessoais. Transferências de fundos ou fornecimento de informações pessoais podem acarretar prejuízos financeiros ou roubos de identidade.As Nações Unidas informam que prêmios, recursos, certificados ou bolsas acadêmicas não são oferecidos pela internet ou por telefone. A Organização alerta também que nunca pede informações sobre contas bancárias ou dados pessoais de indivíduos.Alguns dos principais tipos de golpes e fraudes incluem:Golpe das férias: Por meio de mensagens, pessoas se identificam como servidores de um Estado-membro atuando em Forças de Paz e pedem dinheiro para ter direito a férias. A ONU esclarece que as solicitações de férias são feitas eletronicamente e sem custos para os seus funcionários. Golpe do noivo: Estelionatários entram em contato com as vítimas pelas redes sociais e/ou e-mail se apresentando como funcionários da ONU em países em situações de conflito armado, tragédia humanitária e/ou desastres naturais. Os fraudadores solicitam dados bancários, transferências bancárias ou Pix para poder viajar e encontrar suas noivas/noivos no Brasil. Os estelionatários utilizam fotos e nomes de funcionários da organização. Falsificam e-mails e documentos utilizando a logo da organização.Golpe do prêmio: Há também quem se identifique como funcionário da ONU pedindo dados pessoais para liberação de um suposto prêmio em dinheiro.Golpe do embaixador: Fraudadores se identificam como embaixadores ou apoiadores de alto nível da ONU, e utilizam tal denominação para solicitar dados pessoais e/ou bancários para eventual cadastro e/ou premiações. Muitos fraudadores que se dizem embaixadores da ONU, fazem visitas presenciais portando crachás falsos. A ONU esclarece que seus Embaixadores da Boa Vontade não estabelecem contato pelas redes sociais. Verifique, por favor, a lista de Embaixadores da ONU nesta página. Golpe da casa: Chamamos também a atenção para golpes que se referem à construção de casas ou outras benfeitorias por entidades ligadas às Nações Unidas. Verifique, por favor, a lista de Agências Especializadas, Fundos e Programas na ONU que operam no Brasil, e entre em contato diretamente com a entidade mencionada em qualquer mensagem referente a eventuais projetos em sua cidade, comunidade ou bairro: https://brasil.un.org/pt-br/about/un-entities-in-country.Em caso de suspeita de contato fraudulento:A ONU recomenda que as pessoas não respondam quaisquer contatos suspeitos, via e-mail ou redes sociais, e tomem as seguintes medidas:Classifiquem a mensagem eletrônica como 'spam'. Nas redes sociais, denunciem o usuário seguindo as regras de cada plataforma digital. As vítimas são orientadas a denunciar o incidente em qualquer Delegacia de Polícia ou nas Delegacias de Repressão aos Crimes de Informática, ou fazer um Boletim de Ocorrência online, se o serviço estiver disponível em seu estado. Qualquer pessoa com dúvidas sobre a autenticidade de uma mensagem ou telefonema em nome das Nações Unidas pode enviar um e-mail solicitando esclarecimentos, por meio do “Fale Conosco” da Organização: faleconosco@onu.org.br.Sobre o uso da logomarca das Nações Unidas:Iniciativas fraudulentas frequentemente usam a logomarca da ONU para se beneficiar indevidamente. Uma resolução da Assembleia Geral datada de 7 de dezembro de 1946 determina que o nome e o emblema das Nações Unidas não poderão ser usados sem a devida autorização do secretário-geral.
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21 agosto 2023
Campanha pela #AmbiçãoClimática
A campanha apoia os jovens, influenciadores digitais e a sociedade civil a promover evidências científicas sobre a #MudançaClimática e participar em iniciativas globais relacionadas à #AçãoClimática.
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História
12 junho 2024
“O acesso à água nos permite garantir a saúde das nossas crianças”
Barbelys Rodriguez está no Brasil há quase oito anos. Migrante da Venezuela, ela e sua família iniciaram há dois anos um processo em que nunca imaginariam estar envolvidos antes: o de usar a sua voz para levar a mensagem de valorização e conscientização sobre o uso da água.Foi em uma palestra sobre o uso do hipoclorito de sódio, componente utilizado para realizar o tratamento intradomiciliar da água, que Barbelys conheceu a iniciativa do UNICEF para garantir acesso à água limpa e segura às famílias, como parte do seu programa de Água, Saneamento e Higiene (WASH, na sigla em inglês) – que, em Boa Vista, é implementado pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA).O João de Barro, um dos mais recentes bairros criados em Boa Vista, foi o local onde, junto com a sua família, Barbelys conseguiu comprar um terreno para levantar sua casa própria no novo país.A mudança, ocorrida durante a pandemia da COVID-19, trouxe outros desafios além da preocupação com o vírus. O bairro não tinha eletricidade e água naquele momento. Foi diante dessa situação que Barbelys e Rafael, seu esposo, arrecadaram dinheiro para construir um poço. O poço não abastecia só a casa da família, mas também outras três residências onde moram seus filhos, sobrinhos e o único neto.Com o novo poço, a água clara e cristalina logo foi utilizada para beber, cozinhar e para os outros afazeres do dia a dia. O problema parecia estar resolvido, mas uma coisa que Barbelys não sabia era que, sem o tratamento necessário, mesmo a água cristalina não era própria para consumo.Água, Saneamento e Higiene em João de BarroQuando as equipes de monitores do projeto do UNICEF em parceria com a ADRA começaram a aparecer na comunidade, Barbelys conta que eles foram de porta em porta analisar os poços que haviam sido construídos.“Eles me explicaram que, apesar da aparência boa da água, ela não era 100% limpa. Em uma reunião com todos que tinham poço, nos informaram o que precisava ser feito e como isso evitaria doenças para nós e para todas as crianças. Depois disso, pediram permissão para instalar os cloradores, que tratam a água para consumo”, destacou. Os cloradores auxiliam na desinfecção da água, reduzindo o risco de exposição a doenças. No João de Barro, o UNICEF, em parceria com a ADRA, trabalha aplicando diagnósticos sobre o acesso a água e a serviços de saneamento em moradias. É a partir desse trabalho que nascem as ações para a garantia de acesso à água potável, como a instalação de cloradores, doação de insumos para tratamento da água, cadastro dos poços usados pelas comunidades, monitoramento da qualidade de água, treinamentos para a realização do tratamento de água e realização de atividades sobre a importância do consumo de água tratada para a promoção da saúde e a prevenção de doenças.Esse trabalho é feito em integração com os serviços públicos. Em 2023, o UNICEF firmou uma parceria com o Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua) de Boa Vista, para a realização de cadastros de poços feitos pelas comunidades, realização do monitoramento da qualidade da água e ações de educação em saúde sobre a importância do consumo de água tratada para prevenção de doenças, incluindo práticas de higiene e limpeza.Já em parceria com a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (CAER) e a Associação de Moradores do João de Barro, foi feito um mapeamento de pontos do bairro que ainda não eram atendidos pela rede pública de água e saneamento, que, agora, orientadas pela companhia, aguardam a ligação com a rede pública. Além disso, são realizadas rodas de conversa com a população, onde são compartilhadas informações, por exemplo, sobre a tarifa social, a que moradores de baixa renda devem ter acesso.Barbelys recorda que antes das atividades de água e saneamento na região, muitas crianças e adolescentes eram acometidos por diarreia.“Ouvíamos que os céus estavam castigando os mais jovens. Depois da instalação dos cloradores nos poços existentes e das atividades sobre o tratamento da água, não ouvimos mais isso, porque as crianças estão bem e consumindo água de qualidade. O acesso à água nos permite garantir a saúde das nossas crianças”, ressaltou Barbelys, com um sorriso no rosto.As informações que as equipes de Água, Saneamento e Higiene levaram à comunidade não só promoveram a saúde, mas também foram responsáveis por acender uma chama interna. A família de Barbelys se colocou em uma posição de liderança que logo foi reforçada pela confiança depositada pelos vizinhos. Ela e seus familiares atuam hoje no João de Barro como agentes transformadores. Seu sobrinho de 15 anos, Alexis Manuel, se intitula como “guardião do poço”. “Quando faltava água era difícil. Eu não podia tomar banho, nem ir para a escola. Estou aqui para cuidar que ninguém deixe a torneira aberta ou desperdice a água, porque ela é preciosa. Eu bebo dessa água, meus alimentos são lavados e preparados com ela e precisamos cuidar para que todos usem com sabedoria”, diz o jovem.Com tudo isso, em alguns meses a família de Barbelys deixou de abastecer apenas as suas casas e passaram a fornecer água para outras 20 famílias da comunidade.A estratégia do UNICEF conta com o apoio financeiro do Governo dos Estados Unidos e da União Europeia, por meio do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês) e do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: https://www.unicef.org/brazil/t%C3%B3picos/%C3%A1gua-saneamento-e-higiene
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História
11 junho 2024
"Foi emocionante ler pela primeira vez para meus amigos"
A estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar é uma iniciativa do UNICEF e parceiros para o enfrentamento da cultura de fracasso escolar no Brasil. O objetivo é facilitar um diagnóstico amplo e oferecer um conjunto de recomendações."Eu fui reprovado, porque eu não sabia ler e escrever e eu tinha vergonha de pedir ajuda e alguém me zoar, por isso é importante pedir ajuda para evoluir", diz Ygor Gabriel Batista Pascoal, 15 anos, de Aracaju, Sergipe.Com um sorriso tímido no rosto, Ygor inicia o ano letivo mais animado a partir dos aprendizados que teve no ano passado. O adolescente vinha de um histórico de atraso escolar e agora está conseguindo recuperar suas aprendizagens e avançar nos estudos por meio do Programa Sergipe na Idade Certa, implementado a partir da das recomendações da estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar, do UNICEF e parceiros, voltada para a redução da distorção idade-série. Ygor estava em atraso escolar motivado por reprovações, mas, atualmente, cursa o 8º ano na Escola Estadual Poeta Garcia Rosa. "Nessa escola, aprendi a ler, escrever e me comportar mais. Minha matéria preferida é língua portuguesa e foi emocionante ler pela primeira vez para meus amigos na sala de aula", conta Ygor. "Depois que aprendi a ler, fiquei mais comunicativo e foi ficando mais fácil fazer novos amigos"."Percebemos que Ygor precisava de um olhar mais individualizado, fizemos uma avaliação de leitura e escrita e identificamos que ele precisava ser alfabetizado. O primeiro passo foi trabalhar a motivação, a autonomia e potencializar o que ele já sabia, pois ele não acreditava que podia aprender", conta Andreia de Sá Rocha Nogueira, pedagoga e professora da sala de recursos multifuncionais. A pedagoga conta sobre o processo de alfabetização tardia do menino:"Na alfabetização tardia, partimos do que o adolescente gosta e se interessa. Com o Ygor, começamos o processo pelo entendimento da pergunta com diversos gêneros textuais, incluindo músicas".Nesse caminho, uma das principais mudanças foi o comportamento. "Ygor começou a participar das aulas, ele queria realmente aprender e via que estava conseguindo e as aulas começaram a ficar mais fáceis. Aos poucos vimos um desenvolvimento maravilhoso", relata a professora de língua portuguesa, Elaysa Ferreira Lima. "Se não fosse a educação e os professores, Ygor poderia estar desmotivado, sem ir para a escola, então essa parceria com a escola é fundamental. Eu o vejo cada vez mais entusiasmado e com vontade de estudar. Ele chega de tarde e já pega o caderno dele para fazer o dever. De vez em quando, eu o pego lendo, um dia ele chegou todo feliz dizendo que conseguiu ler para todo mundo e ninguém zombou dele. Para mim é muita felicidade o ver lendo, estou muito feliz em vê-lo se desenvolvendo", diz Lilian Batista da Silva, mãe de Ygor. Programa Sergipe na Idade Certa (ProSIC) O Programa Sergipe na Idade Certa (ProSIC) – iniciativa da Secretaria Estadual de Educação, concebido a partir das recomendações da estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar, desenvolvida pelo UNICEF e parceiros – é destinado a estudantes que estão em situação de distorção idade-série, ou seja, que apresentam dois ou mais anos de atraso escolar. “Antes do programa, tínhamos 76% dos alunos em distorção idade-série, hoje esse número reduziu drasticamente. Por meio do ProSIC, Ygor foi alfabetizado e hoje faz questão de mostrar para todo mundo que ele sabe ler”, conta Georgia Oliveira Costa Lins, ex-coordenadora pedagógica da Escola Estadual Poeta Garcia Rosa. Com práticas pedagógicas adaptadas à realidade desses estudantes, eles têm novas opções para avançar na aprendizagem e seguir em frente. “O sucesso do aluno é o conjunto de três pilares: sensibilidade do professor em não julgar, suporte pedagógico e da gestão para compreender a necessidade de reorganizar a escola para atender aquele aluno e a parceria com a família", explica a pedagoga. "Meu desejo para esse ano é estudar bastante e passar de ano. Eu gosto de estudar, porque assim consigo realizar meu sonho que é ser vaqueiro. Se você tem estudo, você tem tudo, você consegue trabalhar e não depender de ninguém", finaliza Ygor. Sobre a estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar A estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar é uma iniciativa do UNICEF e parceiros para o enfrentamento da cultura de fracasso escolar no Brasil. O objetivo é facilitar um diagnóstico amplo sobre a distorção idade-série e o fracasso escolar no País, e oferecer um conjunto de recomendações para o desenvolvimento de políticas educacionais que promovam o acesso à educação, a permanência na escola e a aprendizagem desses estudantes. A página da estratégia disponibiliza materiais pedagógicos – com as experiências didáticas –, textos, vídeos e dados relativos às taxas de distorção, abandono escolar e reprovação, com recortes por gênero, raça e localidade, que mostram as relações entre o atraso escolar e as desigualdades brasileiras. Para a iniciativa, o UNICEF conta com a parceria do Instituto Claro, Grupo Profarma e Itaú Social. Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: https://trajetoriaescolar.org.br/
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História
11 junho 2024
No Mês do Orgulho, o UNAIDS reforça seu apoio à comunidade LGBTQIA+ em todo o mundo
À medida que comunidades LGBTQIA+ tomam as ruas em todo o mundo durante junho para celebrar o mês do ORGULHO, o UNAIDS se solidariza com sua mobilização histórica, rejeita a criminalização, discriminação e estigmatização das pessoas LGBTQIA+ e insiste no respeito para todas as pessoas. A mobilização da Parada inclui a já tradicional Feira da Diversidade, quando pessoas, organizações e agências do governo se juntam para comemorar e celebrar ações e progressos, assim como exigir direitos. Este ano, o UNAIDS, UNESCO, UNFPA e UNICEF se juntaram para realizar uma sondagem entre participantes da Feira para conhecer o seu nível de conhecimento e de adesão aos métodos de prevenção combinada do HIV. Também procurou-se identificar como o estigma e discriminação afetam o acesso e uso da PrEP e PEP. Foram entrevistados 695 jovens, entre 18 a 29 anos. “Nos últimos 10 anos, foi justamente esta faixa etária que teve o maior incremento nos casos de AIDS", ressalta Claudia Velasquez, diretora e representante do UNAIDS no Brasil. "Os resultados desse levantamento vão nos ajudar a ter evidências sobre os melhores canais para informar e diologar com as juventudes sobre prevenção combinada e uso da PrEP e PEP, por exemplo”. A Casa 1, uma organização que oferece refúgio e suporte a jovens LGBTQIA+, complementou o trabalho de sensibilização e coleta de dados sobre a prevenção do HIV e divulgação de conhecimentos sobre PrEP e PEP entre as pessoas jovens entrevistadas. “O UNAIDS tem o compromisso de trabalhar junto com a sociedade civil e acreditamos que envolver uma organização local é fundamental pelo seu conhecimento e experiência de de trabalhar com o público-alvo da enquete", explica Claudia Velasquez."É importante destacar que envolver a sociedade civil traz, também, um potencial transformador para as jovens e os jovens que trabalharam na implementação da atividade." Motivos para celebrar Para Winnie Byanyima, diretora executiva do UNAIDS, as celebrações do Mês do Orgulho são uma demonstração do poder da inclusão e representam um longo caminho na luta para proteger os direitos humanos das pessoas LGBTQIA+. “Muito já foi conquistado, mas o progresso alcançado está ameaçado. Hoje, mais do que nunca, o mundo precisa do orgulho celebrado por esta comunidade, pois para proteger a saúde de todas as pessoas, precisamos proteger os direitos de todas elas”. Dados do UNAIDS indicam que existe muito para celebrar. Por exemplo, 123 países não penalizam relações entre pessoas do mesmo sexo. Este é o maior número de países que rejeitam a criminalização já registrado. Cada vez mais países têm abolido as leis punitivas prejudiciais contra LGBTQIA+, que muitas vezes são remanescentes do domínio colonial. Desde 2019, países como Botsuana, Gabão, Angola, Butão, Antígua e Barbuda, Barbados, Singapura, São Cristóvão e Nevis, Ilhas Cook, Maurício e Dominica revogaram leis que criminalizavam pessoas LGBTQIA+. Ameaças persistemNo entanto, os direitos humanos da comunidade LGBTQIA+ estão ameaçados por uma rede extremista de organizações e ativistas antidireitos, coordenada globalmente e bem financiada, que gasta milhões promovendo ódio e divisão social, além de propor leis cada vez mais severas para punir pessoas LGBTQIA+. Ataques a esta comunidade violam os direitos humanos e minam a saúde pública. O momento que vivemos não é seguro e exige coragem e solidariedade de todas as pessoas. O Mês do Orgulho sempre foi tanto sobre protesto e comemoração, quanto sobre celebração. As pessoas que participaram das primeiras manifestações em Nova Iorque, há mais de 50 anos, sabiam que o ORGULHO era o antídoto para o estigma e a discriminação – uma rejeição do sentimento de vergonha que outras pessoas tentavam impor sobre elas. Movimentos liderados por ativistas LGBTQIA+ impulsionaram grande parte do progresso alcançado na proteção dos direitos humanos e da saúde de todas as pessoas. Momento crucial Hoje estamos em um momento crucial: o fim da AIDS como ameaça à saúde pública pode ser alcançado ainda nesta década, mas o progresso está em risco devido ao retrocesso nos direitos humanos. Em um momento em que o apoio a quem defende os direitos humanos é vital e urgente, os recursos financeiros de apoio para organizações da sociedade civil estão diminuindo, à medida que os países doadores cortam seus orçamentos. A evidência é nítida: o estigma mata. Mas o caminho oposto, que é o da solidariedade, salva vidas.Este é um momento para solidariedade. Este é um momento para ORGULHO.Saiba mais e faça sua parte:Siga @unaidsbrasil nas redes e visite a página do UNAIDS no Brasil: https://unaids.org.br/Participe da campanha ONU Livres & Iguais, a campanha global das Nações Unidas para a igualdade LGBTQIA+: https://www.unfe.org/pt/
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História
06 junho 2024
Acessibilidade e dignidade: promovendo espaços verdes inclusivos na maior cidade da América Latina
A paulistana Rafaela Moreira de Freitas é uma pessoa rara: simpática, consciente e combativa, não deixa que ninguém fale por ela aquilo que quer expressar, independentemente dos desafios que a vida impõe. Nascida e criada na maior metrópole da América Latina, ela sempre apreciou os refúgios de verde que encontra em plena cidade cinza, contente em poder estar em meio à natureza – e desejando que essa sensação fosse ainda mais acessível para todos.Rafaela é, também, uma mulher com uma deficiência física rara: portadora de ataxia espinocerebelar, uma doença que causa a degeneração progressiva do cerebelo e suas vias, levando a alterações do equilíbrio e de outras funções, ela tem visto os mesmos parques de São Paulo em que corria, anos antes, cada vez mais distantes de poderem recebê-la novamente.Não por falta de vontade, nem de força de vontade – ambas, a estudante de Ciências Sociais e integrante do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito de São Paulo tem de sobra. Mas por falhas na acessibilidade."A gente não está nos parques porque não tem acessibilidade.""E para mim foi muito difícil, porque eu estava acostumada com uma rotina que mudou há seis anos. Eu não nasci [assim], eu me tornei assim", explica Rafaela, avaliando de maneira ampla o quanto essas áreas verdes, antes tão convidativas, se tornaram locais de difícil acesso.Avaliar os parques para promover mudanças em São Paulo – incluindo a percepção de Rafaela e de centenas de pessoas que estão participando de avaliações, capacitações e oficinas – é um dos objetivos do Viva o Verde SP, parceria entre o ONU-Habitat e a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), da Prefeitura de São Paulo. E a disposição para absorver essa amálgama de percepções de mundo é, para Rafaela, um dos destaques da iniciativa. Na análise dos mais de cem parques da capital paulista, foi aplicada a Avaliação de Espaços Públicos da Cidade (City-Wide Public Space Assessment), ferramenta do Programa Global de Espaços Públicos do ONU-Habitat. De outubro a dezembro de 2023, agentes de pesquisa visitaram parques urbanos, lineares, de orla e naturais para realizar a observação detalhada da estrutura de cada um."Por que as pessoas com deficiência não frequentam os parques?", instiga Rafaela. "Poucos locais têm brinquedos com acessibilidade. Os banheiros acessíveis ficam trancados: se estivermos com um acompanhante, o que nem sempre é o caso, precisamos que peçam para abrir o banheiro. Não tem um funcionário que se comunique por Libras... é esse tipo de experiência que nós passamos. São coisas pequenas, e eu fico triste porque a gente não é menos cidadão, paga imposto igual, tem direito à cidade igual", destaca. O coordenador de programas do ONU-Habitat, Jordi Sánchez-Cuenca, salienta que o Viva o Verde SP segue o princípio da Agenda 2030 de não deixar ninguém para trás. "Neste mesmo espírito, as ferramentas que estamos aplicando em São Paulo têm a acessibilidade universal no espaço público como uma questão central.""O Viva o Verde SP também cumpre a legislação específica e as políticas públicas nacionais e municipais para as Pessoas com Deficiências: o projeto está fortalecendo a abordagem intersetorial na implantação e gestão dos parques municipais, juntando meio ambiente, inclusão, acessibilidade, lazer, saúde, segurança e governança democrática", reforça ele.A parceria e o ativismo de Joana Darc e VitoriaDo artesanato à pintura, da televisão às redes sociais, Vitoria Regia Rosalvo tem muitos hobbies e talentos. Sempre com o apoio da mãe, Joana Darc Rosalvo – do nome forte, de uma guerreira e santa francesa, essa mãe guarda especial orgulho –, Vitoria explora diversas possibilidades na vida. Aos 38 anos, carrega força por onde passa. Ela nasceu com paralisia cerebral espástica, que dificulta sua mobilidade e provoca espasmos e movimentos involuntários.Joana, assim como a filha, também não para: é palestrante, coordenadora do projeto Vozes Femininas, artesã, auxiliar de enfermagem e ainda estudante de Serviço Social. Na casa onde mora, decorada com diversos quadros pintados por Vitoria, ela cultiva um jardim que é seu xodó: um respiro de natureza no povoado distrito de Brasilândia, na zona norte da capital paulista.Joana Darc e Vitoria também participaram das ações do Viva o Verde SP, avaliando parques, mostrando as dificuldades que passam e sugerindo melhorias. "A sensação de estar dentro do parque é de liberdade, de um ar mais puro. É maravilhoso", celebra Joana. "Nós não temos o hábito de ir em parques por uma questão de acessibilidade. Esse é um dos pontos fundamentais para não irmos: nem nós, nem pessoas com deficiência em geral. Então foi muito rica essa troca. E, para nós, foi ainda mais especial porque tivemos a oportunidade de mostrar para outras pessoas o mundo da pessoa com deficiência". Além de avaliar os mais de cem parques urbanos da cidade, o Viva o Verde SP prevê análises específicas de dez desses espaços, a elaboração de planos de gestão e a promoção de inovação financeira para a manutenção dos espaços públicos verdes. Um dos grandes focos da iniciativa é a participação popular – diferencial necessário para abarcar diversidades.Ainda há um longo caminho, porém, para que os desejos de pessoas como Rafaela, Joana Darc e Vitoria sejam contemplados e mais parques se tornem, de fato, convidativos para todas as pessoas. "Com apoio do ONU-Habitat, através do Viva o Verde SP, os parques paulistanos receberão melhorias que permitirão que a Rafaela, a Joana Darc, a Vitoria possam frequentar todos os parques de São Paulo sem barreiras e com segurança", destaca Jordi, coordenador da iniciativa.Joana reflete que todos os dias busca promover a inclusão, mas precisa provar a própria capacidade e a da filha, "para que as pessoas não te olhem de cima pra baixo". "Todo dia, lutamos para não permitir que nos diminuam, para mostrar que sabemos do que estamos falando. Com quem se dispõe a de fato nos ouvir, vemos que a escuta ativa muda a visão da pessoa. E eu não deixo barato. Cada vez que vou enfrentar um desafio, eu e a Vi, lembro do que essas batalhas representam. E nós estamos aqui para vencê-las". Para saber mais sobre o Viva o Verde SP, siga @onuhabitatbrasil nas redes!Essa história integra a série de destaques da ONU Brasil para o Dia Mundial do Meio Ambiente 2024. Visite a página da campanha e faça parte da #GeraçãoRestauração: https://www.worldenvironmentday.global/pt-br
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História
06 junho 2024
Brasil se mobiliza para superar desafios causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul e impulsionar ação climática global
O criador de cordeiros e empresário Bernardo Barbosa Ibargoyen (44) estava preparado para a alta temporada de seu negócio. A chegada do inverno na Região Sul do Brasil costuma fazer com que seus negócios floresçam, com moradores e turistas lotando restaurantes no Rio Grande do Sul em busca do sabor da culinária regional. Atualmente, seu pai é responsável pela fazenda da família, localizada em Santana do Livramento, cidade na fronteira entre o Brasil e o Uruguai, enquanto Bernardo supervisiona a venda de cortes de carne para restaurantes do estado. A família trabalha com pecuária há quatro gerações.“Tenho minha própria empresa há oito anos. É um negócio de pequena escala com carne de altíssima qualidade”, diz Bernardo. O que Bernardo não estava preparado para enfrentar eram as fortes chuvas e os alagamentos generalizados que deixariam centenas de cidades do Rio Grande do Sul submersas durante semanas. Segundo dados oficiais divulgados na segunda-feira, os piores alagamentos da história do estado, que começaram no final de abril, afetaram 475 cidades, deslocando cerca de 600 mil residentes e matando pelo menos 172 pessoas, com centenas de feridos. A subida do nível dos rios destruiu casas, lojas, fábricas e infraestruturas vitais. O maior aeroporto do estado foi fechado por tempo indeterminado. As pessoas enfrentaram cortes de energia e interrupções na internet. O custo total da reconstrução do estado ainda está sendo calculado por economistas e pelo governo, mas estimativas iniciais indicam que poderá ultrapassar 120 bilhões de reais.“Nosso negócio teve queda de 80% no faturamento em maio”, diz Bernardo. “De um momento para o outro, restaurantes tiveram que fechar e não havia ninguém para comprar a nossa carne. Cerca de 20% do nosso estoque de carne estragou devido a uma queda de energia de cinco dias. Não podíamos plantar leguminosas para complementar a alimentação dos nossos animais. Alguns de nossos cordeiros provavelmente morrerão devido a fungos causados pela umidade em seus cascos. Eles também podem perder peso devido ao estresse desnecessário no inverno.”Bernardo mora na capital Porto Alegre, a 500 km de sua fazenda em Santana do Livramento. As estradas e pontes danificadas significam que ele não pode ajudar seus pais na fazenda com a mesma frequência que antes. Confrontada com essa situação, a esposa de Bernardo, Aline Barilli Alves, teve uma ideia.“Diante da necessidade de usarmos as economias que tínhamos para pagar as contas, ela mobilizou familiares e amigos para organizar um movimento para ajudar pequenos empresários como nós”, diz Bernardo.Esse movimento virou uma plataforma online, chamada “Produtores Gaúchos Unidos”, por meio da qual produtores de alimentos do Rio Grande do Sul podem vender seus produtos para restaurantes fora do estado. Caminho para a resiliência climáticaA “Produtores Gaúchos Unidos” faz parte dos diversos esforços nacionais e internacionais mobilizados para ajudar o estado sulista. Instituições locais, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Sul (Sebrae-RS), criaram canais de contato direto para oferecer informações úteis às pequenas empresas neste período. Olhando para além da prioridade imediata de prestar socorro às vítimas, o acontecimento catastrófico serve como mais um lembrete da necessidade de catalisar ações ousadas para combater os impactos devastadores da mudança climática, tais como iniciativas de desenvolvimento industrial sustentável apoiadas pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO).O aumento da temperatura global devido às mudanças climáticas aumentou a frequência de eventos climáticos extremos. O mais recente Relatório sobre o Estado do Clima Global da Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou que 2023 foi de longe o ano mais quente já registado. Quer se trate de alagamentos, secas, incêndios florestais ou ondas de calor extremas, quase metade da população mundial é altamente vulnerável aos impactos climáticos.O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado anualmente em 5 de junho e este ano centrado na desertificação, degradação dos solos e resiliência à seca, serve como um lembrete da necessidade urgente de agir para garantir a resiliência contra futuros desastres climáticos.A redução de emissões e da degradação ambiental exige uma mudança radical nos processos de produção. O setor industrial é atualmente responsável por cerca de um terço das emissões de gases de efeito de estufa, mas pode tornar-se um fornecedor líder de soluções tecnológicas, modelos de negócio e empregos verdes. Com novas tecnologias e inovação, as emissões podem diminuir sem abrandar o crescimento econômico. A transformação verde da indústria é, portanto, essencial para acelerar o alcance de objetivos climáticos e de desenvolvimento sustentável. Combatendo a mudança climática com tecnologia e inovaçãoSoluções tecnológicas como a energia proveniente de fontes renováveis podem ajudar a reduzir emissões de gases de efeito de estufa e diminuir a pegada de carbono. Um grande exemplo é o projeto GEF Biogás Brasil, implementado pela UNIDO, que reúne o esforço coletivo de organizações internacionais, do setor privado, de associações industriais e do Governo Federal para tornar a matriz energética brasileira resiliente ao clima, transformando resíduos orgânicos agroindustriais e resíduos sólidos urbanos em biogás, que é fonte renovável de eletricidade, energia térmica, combustível, biofertilizante e outros subprodutos.O projeto GEF Biogás Brasil é liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implementado pela UNIDO, financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e tem o CIBiogás como principal entidade executora. O projeto ajuda o Brasil a desbloquear seu potencial econômico e ambiental, e a acelerar a transição energética do país, promovendo modelos de negócios sustentáveis, inovação tecnológica, desenvolvimento de políticas públicas, bem como troca de conhecimento e capacitação.Enquanto planeja a reconstrução pós-alagamentos e o crescimento futuro, o Brasil deve dar prioridade a materiais de baixo carbono e procurar criar incentivos para que a indústria faça essa mudança. O Brasil pode alavancar inovações de baixo carbono nas indústrias pesadas e aproveitar sua vantagem competitiva para produzir aço e cimento verdes. Esses materiais vitais de construção são responsáveis pela maior parte das emissões de carbono do setor industrial do país atualmente, e espera-se que a sua procura aumente à medida em que o Brasil, tal como outros países, dá continuidade à sua industrialização, com crescimento populacional e melhora dos padrões de vida.O Brasil pode se beneficiar de sua adesão à Iniciativa de Descarbonização Industrial Profunda e à rede do Acelerador de Descarbonização Industrial, coordenados pela UNIDO, que promovem a colaboração para acelerar a implantação de tecnologias de emissão baixa e próxima de zero, e permitir que as indústrias brasileiras mudem para processos mais limpos e eficientes. Além disso, Brasil e Reino Unido estabeleceram recentemente uma parceria para criar o Hub de Descarbonização Industrial para apoiar as ambições brasileiras de descarbonização industrial e industrialização verde. Essas e outras iniciativas semelhantes irão cultivar o potencial do Brasil para se tornar um líder nos esforços globais de descarbonização da indústria.A liderança do Brasil na Cúpula do G20 em 2024, na COP30 em 2025 e no BRICS – aliança entre grandes países em desenvolvimento – oferece uma janela de oportunidade única para o país impulsionar a agenda climática e nortear uma transição energética justa e equitativa.As enchentes recentes no Rio Grande do Sul servem como lembrete de que o momento de agir é agora. Se você é proprietário de uma empresa e gostaria de participar de ações significativas para a criação de um futuro mais sustentável, entre em contato com a UNIDO para se envolver através de projetos, eventos, programas e parcerias.Essa história integra a série de destaques da ONU Brasil para o Dia Mundial do Meio Ambiente 2024. Visite a página da campanha e faça parte da #GeraçãoRestauração: https://www.worldenvironmentday.global/pt-br
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Notícias
10 junho 2024
ONU-Habitat e Prefeitura de Congonhas convidam a população a participar do planejamento do futuro da cidade
A população da histórica cidade de Congonhas (MG) está convidada a planejar o seu futuro e fazer parte da construção da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano por meio da Conferência Municipal das Cidades, programada para acontecer no dia 29 de junho, sábado, na Câmara de Vereadores. Formulada para acolher participações de diferentes setores da sociedade congonhense, a Conferência Municipal vai abordar soluções para que Congonhas torne-se ainda mais inclusiva, democrática, sustentável e com justiça social. Plano Diretor e Plano de MobilidadeJunto com a Conferência, será realizada a primeira audiência do Plano Diretor e do Plano de Mobilidade, realizado pela Prefeitura Municipal em parceria com o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). Por meio de intensa participação popular, o projeto vai atualizar o Plano Diretor e construir o Plano de Mobilidade congonhense. O foco dos planos é melhorar a qualidade de vida da população congonhense, adotando leis municipais inclusivas, que orientem o crescimento e desenvolvimento urbano de todo o município e que fortaleçam a cultura de tomada de decisões transparentes, baseadas em dados e informações, por meio de diagnósticos, análises e treinamentos, destacando ainda a participação popular. O planejamento pretende, também, promover o crescimento econômico, a inclusão social e a proteção ambiental de forma equilibrada, contribuindo para que a cidade possa atrair mais investimentos.Durante a Conferência Municipal das Cidades, será formado um Núcleo Gestor, que funcionará como um comitê para monitorar todo o processo de revisão do Plano Diretor e elaboração do Plano de Mobilidade, até a finalização do projeto, prevista para março de 2025. Além disso, o Núcleo Gestor participará de discussões sobre a metodologia participativa e as estratégias de mobilização social, sendo responsável por divulgar as ações do projeto e convidar participantes para as oficinas. Oficinas de planejamentoA atualização do Plano Diretor e construção do Plano de Mobilidade requerem participação social, especialmente de mulheres e meninas. Para isso, o ONU-Habitat prevê a realização de 14 oficinas participativas entre os meses de julho e setembro de 2024. As oficinas serão realizadas às quartas-feiras e aos sábados, em 14 regiões da zona rural e urbana do município, contemplando assim toda a população congonhense. As atividades serão realizadas seguindo o calendário a seguir. Alterações nas datas e locais serão previamente comunicadas à população. Calendário de audiências públicasCentro:Sábado(29/06):Câmara municipal (Conferência Municipal)Esmeril:Sábado(06/07):Sala Comunitária do Posto de SaúdePires:Terça(09/07):Escola Municipal Sr. Odorico Martinho da SilvaSanta Quitéria:Sábado(13/07):Escola Municipal Santa Quitéria Alvorada:Terça(16/07):Escola Municipal Rosália Andrade da GlóriaAlto Maranhão:Terça(30/07):Salão da Sociedade Musical Pequeri:Sábado(03/08):Praça São Sebastião, 141Jardim Profeta:Terça(06/08):Escola Municipal João Olyntho FerrazLobo Leite:Sábado(10/08):Rua Idelfonso Ferreira, 9Joaquim Murtinho:Terça(13/08):Escola Municipal João NarcisoCampinho:Terça(20/08):Escola Municipal D. Maria Oliveira Castanheira Grand Park:Terça(27/08):Salão do Centro de Educação Rosa Cordeiro de FreitasDom Oscar:Terça(03/09):Escola Pingo de Gente Matriz:Terça(17/09):Escola Municipal Engenheiro Oscar WeinschenckBasílica:Terça(24/09):Museu de CongonhasFormulário de diagnósticoAlém das oficinas participativas, a equipe do ONU-Habitat em Congonhas lançou um formulário de diagnóstico para preenchimento da população congonhense. Nele, participantes poderão incluir informações relacionadas a problemas em seus bairros e a questões de trabalho, comércio, serviços, lazer e cultura na cidade.O prefeito de Congonhas, Cláudio Antônio de Souza, comenta que esse planejamento do futuro da cidade é audacioso porque “busca integrar a sustentabilidade econômica e a mobilidade urbana com aquela visão de cidade na qual nós queremos viver no futuro. E é muito importante a participação da população e que cada um traga a sua ideia, porque o melhor plano é aquele no qual a população se engaja e participa”.Para a coordenadora-geral do programa Integra e assessora de Planejamento e Gestão do município, Jucimara Aparecida Junqueira, “a cidade é um organismo vivo em constante movimento, e por isso, nosso Plano Diretor necessita de atualização. A Conferência Municipal e as oficinas nos bairros têm o poder de mudar a vida das pessoas. Como prova disso, cidadãs e cidadãos terão a oportunidade de discutir temas como habitação, desenvolvimento econômico, mobilidade urbana e tantos outros que geram impacto, tanto na vida cotidiana, quanto no futuro. São momentos propícios para trazer a sociedade para mais perto, discutindo problemas e soluções, aumentando a contribuição e a participação efetiva das pessoas na construção de planos tão importantes para Congonhas.”O urbanista da prefeitura e coordenador técnico local do Plano Diretor e Plano de Mobilidade, Douglas Montes Barbosa, entende que os eventos de envolvimento comunitário são “uma arena muito potente, uma oportunidade de cidadãs e cidadãos participarem como agentes de transformação cultural, possibilitando trazer contribuições e engajar a comunidade na cultura de participação.” Para ele, essa estratégia possibilita consolidar o planejamento e tornar realidade as políticas públicas.O coordenador da equipe do ONU-Habitat que realiza o projeto, Mateus Nunes, reforça que a participação da população congonhense é essencial: "a participação social é obrigatória, por lei, nos trabalhos de revisão do Plano Diretor e da elaboração do Plano de Mobilidade. Nossa consultoria técnica apenas guia o processo. Os desejos e necessidades da comunidade de Congonhas, que é detentora de todo o conhecimento local, deverão ser absorvidos e transformados em ações, projetos e normas. Por isso, a participação quantitativa e qualitativa é fundamental para o futuro da cidade." Por fim, a analista de programas da equipe do ONU-Habitat em Congonhas, Clarissa Alexandrino, espera que os encontros sobre a atualização do Plano Diretor sejam momentos em que a população possa contribuir para a construção de uma cidade melhor. “Sabemos que são muitos os desafios, mas esse é um passo importante para preparar Congonhas para o futuro”, diz.Programa IntegraEm fevereiro de 2024, a prefeitura lançou o Programa de Planejamento Integrado de Congonhas (Integra) com objetivo de repensar as ferramentas e estratégias de planejamento e gestão, garantindo um desenvolvimento justo e sustentável para o município.O Integra tem foco na diversificação econômica, inclusão social, potencialização do turismo, da cultura e do patrimônio histórico, e a proteção ambiental de forma integrada e equilibrada, de modo a atrair novos e diferentes investimentos.Além do ONU-Habitat, o programa da prefeitura de Congonhas conta com o apoio da Fundação Dom Cabral (FDC), além de outras instituições. Esse programa surgiu da necessidade de estabelecer um processo de planejamento que permitisse compreender o município em seus diversos aspectos, buscando diagnosticar e buscar soluções mais eficientes para a cidade.Dessa maneira, o governo municipal desenvolve de maneira integrada sete grandes planos temáticos, que terão todo o banco de dados também integrados e disponibilizados ao público através do ConSig (Sistema de Informações Geográficas de Congonhas). Os planos em desenvolvimento são:Plano Municipal de Redução de Riscos Plano de Desenvolvimento SustentávelPlano Municipal de Arborização Urbana Plano Municipal da Mata Atlântica Plano Municipal da Qualidade do ArPlano de Mobilidade UrbanaPlano Diretor Para saber mais, siga @onuhabitatbrasil nas redes! Contatos para imprensa: Alexia Saraiva, ONU-Habitat Brasil: alexia.saraiva@un.orgLudmilla Balduino, ONU-Habitat Brasil: ludmilla.balduino@un.org
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10 junho 2024
ONU abre inscrições para Prêmio de Fotografia para Jovens Indígenas
Com o tema Métodos indígenas de cura e bem-estar: Honrando o saber e os conhecimentos dos nossos ancestrais, a OMPI convida jovens indígenas a utilizarem a fotografia para contar para o mundo como o estilo de vida, as crenças e as culturas das suas comunidades estão fundamentalmente relacionados com a saúde e o bem-estar delas.A foto e o texto de apoio podem retratar, por exemplo:Fatores de proteção que contribuem para a saúde e o bem-estar da comunidade do participante, tais como medicinas tradicionais, o acesso às suas terras, territórios e recursos, alimentos tradicionais, a água, o clima, o meio ambiente, e práticas de cura e de cuidados médicos tradicionais. Fatores de risco que ameaçam a capacidade da comunidade para manter-se saudável. Esforços coletivos para a promoção da saúde na comunidade do participante que ilustrem uma abordagem holística da questão da saúde e do bem-estar. Quem pode participar?Jovens indígenas interessados em participar devem estar presentes em um dos Estados-membros da OMPI e ter entre 18 e 35 anos de idade na data do encerramento das inscrições (15 de julho de 2024).Critérios de participaçãoA foto e a breve descrição devem ser de autoria do próprio participante.A foto não pode ter sido reconhecida anteriormente, nem premiada em outro concurso de fotografia. Cada participante pode inscrever no máximo uma foto. Não são permitidas as inscrições coletivas.O participante deve obter consentimento para exibir na sua foto conhecimentos tradicionais e/ou expressões culturais tradicionais de sua comunidade, em conformidade com o direito nacional e/ou consuetudinário. A foto e sua descrição não devem conter qualquer conteúdo sagrado, secreto ou sensível que possa eventualmente divulgar informações destinadas exclusivamente aos integrantes da comunidade.Critérios de avaliaçãoAs fotos serão avaliadas de maneira tecnologicamente neutra, ou seja, sem levar em consideração a experiência profissional dos participantes, nem a utilização de equipamentos profissionais ou especiais.Os critérios de avaliação das fotos inscritas são: expressão do tema; originalidade, criatividade e expressão artística; poder de inspiração; apelo visual; e impacto relacionado com a comunidade.A OMPI nomeará um júri externo para selecionar os vários finalistas e, em seguida, eleger os vencedores. Os jurados serão fotógrafos indígenas internacionalmente reconhecidos. A OMPI, em consulta com os membros do júri, examinará e decidirá se as fotos inscritas estão em conformidade com todos os requisitos descritos no Regulamento do Prêmio de Fotografia 2024. Todas as fotos aceitas e os demais materiais enviados, assim como os nomes completos dos participantes, podem ser publicados no site da OMPI e na plataforma do concurso.Os prêmiosOs vencedores receberão equipamentos fotográficos num valor total de até:USD 4.000 (1º colocado)USD 3.000 (2º colocado)USD 2.000 (3º colocado)Os participantes vencedores serão notificados por e-mail e, na sequência, o anúncio oficial será efetuado em outubro de 2024.Como se inscreverA inscrição da foto deve ser feita até 15 de julho de 2024 por meio da plataforma online do Prêmio de Fotografia. Ao inscrever uma foto no concurso, a pessoa participante aceita o Regulamento do Prêmio de Fotografia da OMPI.Para saber mais, siga @wipo nas redes e visite a página do concurso: https://www.wipo.int/tk/pt/youth_prize.html
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07 junho 2024
UNOPS firma parceria com Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base
O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), organismo da ONU especializado em infraestrutura, assinou Memorando de Entendimento com a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), para fortalecer ações de troca de experiências e conhecimentos na área a infraestrutura. A parceria foi firmada na quarta-feira (22), durante evento que celebrou os 69 anos da ABDIB.O Memorando prevê colaboração em quatro grandes áreas, entre elas, para a revisão e atualização do Livro Azul da Infraestrutura, publicação anual da ABDIB que reúne informações sobre projetos de parceria público-privada e concessões realizados em todas as esferas administrativas. O objetivo é que o UNOPS possa aportar conhecimentos em termos de oportunidades e desafios em infraestrutura social, para a promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ação climática, gênero, diversidade e inclusão.“Foi com enorme satisfação que assinamos o Memorando de Entendimento com o UNOPS”, disse o presidente-executivo da ABDIB, Venilton Tadini. “Ele será muito importante para o setor de infraestrutura na medida em que permitirá unir nossas experiências no país com as de uma entidade internacional de notória especialização para troca de informações, participação em reuniões técnicas e realização de eventos em conjunto, sempre no intuito de avançar na regulamentação, análise técnica, estruturação e acompanhamento de projetos mencionados no nosso Livro Azul nos vários segmentos de atividades do setor de infraestrutura”, afirmou.O UNOPS já teve memorando de entendimento com a Associação, que vigorou entre os anos de 2018 e 2020. A atual parceria terá duração inicial até junho de 2026 e prevê, ainda, a realização de atividades de capacitação e seminários, entre outros eventos.“O UNOPS tem uma sólida experiência com a estruturação de PPPs no Brasil e está fortalecendo sua carteira na execução de obras públicas, com transparência e eficiência. Esse intercâmbio de conhecimentos certamente trará frutos proveitosos para ambas as organizações”, disse o diretor e representante do UNOPS no Brasil, Fernando Barbieri.
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07 junho 2024
ONU-Habitat e Rio de Janeiro lançam projeto de resiliência climática para municípios
O Governo do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), lançou, na quarta-feira (5/6), Dia Mundial do Meio Ambiente, o projeto Rio Inclusivo e Sustentável. A iniciativa, inédita no Brasil, tem como objetivo fortalecer a resiliência urbana e climática em todo o estado, planejando ações de prevenção e adaptação a fenômenos climáticos intensos.O programa, realizado por meio da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, tem previsão de que os planos sejam realizados e entregues até o final do próximo ano. Os nove municípios foram escolhidos por serem mais vulneráveis aos eventos climáticos extremos observados nos últimos anos. Além de Petrópolis, participam Paraty, Angra dos Reis, Mangaratiba, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Belford Roxo, Nova Friburgo e Teresópolis.De acordo com o representante regional para América Latina e o Caribe, Elkin Velásquez, “as cidades brasileiras precisam se preparar para enfrentar os impactos crescentes da mudança do clima, e isso só acontece através de um planejamento urbano baseado em dados e da participação da população, priorizando grupos historicamente mais afetados. "A função do ONU-Habitat será apoiar o estado do Rio de Janeiro para garantir que ninguém e nenhum território seja deixado para trás”. Petrópolis será a primeira cidade a receber o plano, resultado da aplicação de uma metodologia nova no Brasil. O Planejamento de Ações para Resiliência da Cidade, também chamado de CityRAP, é uma ferramenta desenvolvida pelo ONU-Habitat, agência da ONU especializada na promoção do desenvolvimento urbano sustentável. O CityRAP permite que cada cidade identifique seus principais riscos e planeje medidas e ações para reduzi-los, aumentando sua capacidade de adaptação.“Em 2022, Petrópolis foi atingida por uma tragédia da qual nós nos lembramos diariamente. Desde o início da gestão, investimos em obras de prevenção e de mitigação de desastres naturais e colocamos em prática programas e ações planejadas para que esse tipo de fenômeno não se repita. Esse novo plano é mais um avanço para que a gente não viva momentos tão dolorosos”, avalia o governador Cláudio Castro. “Nesta primeira fase, foram escolhidos os municípios que demonstram maior urgência na necessidade de adaptação para os efeitos das mudanças climáticas. A expertise do ONU-Habitat, assim como a experiência que trazem de diversos países, agregará imensamente nos planos do estado do RJ, conhecido pela sua histórica vanguarda nas políticas ambientais brasileiras”, explica o secretário de estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi. Ações previstasOs planos de ação climática são apenas uma das entregas previstas na parceria. O projeto Rio Inclusivo e Sustentável é dividido em três trilhas de atuação, todas baseadas na promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).Com a trilha Rio Informado, o projeto vai produzir dados e informações para embasar políticas públicas focadas na resiliência urbana e climática. A trilha Rio Resiliente e Sustentável vai criar planos para aumentar a capacidade de resiliência das cidades e capacitar gestores e técnicos municipais e estaduais sobre os ODS e metodologias da ONU. Já a trilha Rio Inclusivo tem como objetivo incluir a população como protagonista na criação de soluções para o desenvolvimento sustentável. Dentro das trilhas, estão previstas ações como a criação do Observatório dos ODS, painel de dados para monitorar ações e programas estaduais alinhados aos ODS; oficinas de desenho de espaços públicos com a participação de jovens e o desenvolvimento de uma moeda social para a população com foco na reciclagem. Desafio dos ODS Em diálogo com o encontro do G20, a primeira edição do Desafio dos ODS inaugura as ações do projeto e será iniciada na próxima semana, com a Jornada dos ODS. O desafio é aberto aos 92 municípios do Rio de Janeiro, buscando acelerar soluções criativas para problemas municipais críticos e aprimoramento das políticas locais. A Jornada dos ODS será realizada entre junho e julho nas cidades de Duque de Caxias, Resende, Paraíba do Sul, Petrópolis, Angra dos Reis, Mangaratiba, Piraí, São João da Barra, Itaperuna, Macaé, Cabo Frio, Nova Friburgo e Itaboraí. Nela, os participantes terão a oportunidade de conhecer melhor temas relevantes da agenda global, metodologias da ONU e educação ambiental climática.Para mais informações, siga @onuhabitatbrasil nas redes! Contato para imprensa: Alexia Saraiva, ONU-Habitat Brasil: alexia.saraiva@un.org
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06 junho 2024
G20: UNAIDS pede apoio dos governos à Aliança Global para Produção de Medicamentos
A subsecretária-geral, Winnie Byanyima, demandou do G20 que a aliança, uma vez criada, adote uma abordagem ousada para fortalecer os esforços para combater a dengue e outras doenças negligenciadas, melhorar as defesas globais contra futuras pandemias e acelerar o acesso às mais modernas tecnologias contra o HIV.“Focar conjuntamente nas doenças negligenciadas e naquelas que mais matam pessoas e populações em situação de vulnerabilidade não é apenas estratégico. Pode, também, ajudar durante pandemias futuras”, ressaltou a diretora executiva do UNAIDS. “Devemos reconhecer que, apesar de toda a devastação que causou, a COVID-19 respondeu a uma vacina, ao contrário do HIV. Não há razão para acreditar que a próxima pandemia será como a de COVID-19. Precisamos construir capacidade para ter vacinas e tratamento.”Winnie Byanyima chamou a atenção ainda para o fato de que as respostas a muitas doenças que afetam, hoje, populações em vulnerabilidade – do Ebola à Mpox e ao HIV – poderiam se beneficiar muito da aliança.“Esta iniciativa pode turbinar a resposta ao HIV, amplificando a capacidade de produção de inovações”“A aliança também poderia construir capacidade onde ela não existe. A maioria das pessoas que vive com HIV, que se levanta todos os dias e toma os medicamentos que salvam suas vidas, está na África. Mas poucos desses medicamentos são realmente fabricados em países africanos.”Winnie Byanyima destaca que a liderança e experiência do Brasil nesta área inspiraram este esforço global em favor da aliança e agora é preciso o apoio de todo o G20 para torná-lo um sucesso.Conselho Global sobre Desigualdades, HIV e PandemiasA agenda do Grupo de Trabalho de Saúde do G20 está ajudando a impulsionar a política global para combater as desigualdades sistêmicas que promovem a má saúde. O UNAIDS está coordenando um Conselho Global sobre Desigualdade, AIDS e Pandemias, que está reunindo evidências sobre como as disparidades aprofundam e prolongam as pandemias, incluindo HIV e COVID-19. Essas informações estão sendo compartilhadas com formuladores de políticas no G20 e em outros fóruns internacionais.No início da semana, durante sua apresentação no G20, Sir Michael Marmot já havia instado os representantes governamentais a focarem nos determinantes sociais para fortalecer a preparação para pandemias, prever a gravidade de futuras crises de saúde e melhorar a eficácia das respostas.“Melhorar a saúde leva a uma economia melhor. E a maneira de melhorar a saúde não é apenas investir em cuidados médicos, mas também nos determinantes sociais da saúde”, afirmou o professor Marmot. “Por exemplo, em Botsuana, há evidências claras de que quanto mais tempo os jovens permanecem na educação, menores são as taxas de HIV.”Abordar os determinantes sociais, construir capacidade de fabricação e garantir que pessoas em todo o mundo tenham acesso a todas as opções de prevenção e tratamento do HIV, incluindo as mais recentes tecnologias de ação prolongada, é vital para assegurar o fim da AIDS como uma ameaça à saúde pública. As iniciativas do G20 desempenhariam um papel fundamental na realização desse objetivo de forma sustentável, além de contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e apoiar os esforços para responder rapidamente à próxima pandemia.Nota AdicionalA principal proposta do Brasil para o Grupo de Trabalho de Saúde do G20 é a criação de uma Aliança para Produção e Inovação Regional. Esta iniciativa pretende estabelecer uma rede que reúna atores-chave, incluindo países, academia, setor privado e organizações internacionais, para pesquisa, desenvolvimento e produção de vacinas, medicamentos, diagnósticos e suprimentos estratégicos. O objetivo é combater doenças com fortes determinantes sociais, que afetam principalmente populações vulneráveis, como dengue, Aids, malária, tuberculose, doença de Chagas e hanseníase. Para mais informações sobre o Grupo de Trabalho de Saúde do G20, consulte o site do G20.
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