Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Ministro diz que vai avaliar uso da 'tropa do braço' pelo país

Ação de policiais militares treinados em artes marciais foi testada em protesto no último sábado em São Paulo

Na operação, PM cercou manifestantes e deteve cerca de 260 pessoas; governo estadual diz que vai apurar excessos

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, chamou ontem de "inovação" o uso da "tropa do braço" pela Polícia Militar paulista e disse que vai avaliar a adoção dessa tática em outros Estados.

A análise, segundo Cardozo, ocorrerá em conjunto com os governos estaduais, já que a gestão Dilma Rousseff (PT) tem se reunido com o Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública para discutir ações para a Copa.

A primeira atuação da tropa foi numa manifestação contra o campeonato mundial ocorrida no último sábado, no centro de São Paulo.

Na operação, policiais com conhecimentos de artes marciais e sem armas de fogo cercaram parte dos manifestantes e levaram suspeitos para averiguação. Cerca de 260 pessoas foram detidas.

"Houve uma inovação em relação à tática e ao comportamento da polícia de São Paulo. Evidentemente que essa tática será por todos nós avaliada", disse o ministro.

Questionado sobre possíveis excessos da PM durante a ação, Cardozo afirmou que não comenta situações que estejam em apuração.

Manifestantes acusam a corporação de ter detido pessoas indiscriminadamente. Um repórter da Folha foi agredido por dois policiais enquanto filmava o cerco.

"Seria um equívoco de minha parte, antes de uma averiguação, tecer quaisquer considerações sobre violência policial", respondeu.

Ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou que a atuação no protesto foi positiva. "Tivemos menos confronto, menos depredação. A polícia agiu com um trabalho sério e elaborado."

O secretário da Segurança, Fernando Grella, afirmou que o cerco aos manifestantes foi uma ação preventiva, para evitar a "quebra de ordem".

"Aquela ação se deu, segundo o comandante da operação, no momento em que se iniciou a quebra da ordem, com o propósito de isolar as pessoas que se predispunham a atos de guerra, de danos, de vandalismo", disse.

Segundo Grella, não houve ordem para impedir o trabalho de jornalistas, que receberam coletes de identificação à imprensa para o protesto. "Se houve erros [da polícia], vamos apurar."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página