Revista Rotary Brasil - Agosto de 2020

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nº 1178 Agosto 2020 Ano 95

Brasil

www.revistarotarybrasil.com.br

VÍRUS SOB VIGILÂNCIA

Histórias de clubes que têm levado as testagens do projeto Corona Zero aos lares de idosos do país NESTA EDIÇÃO A força dos rotaractianos brasileiros durante a pandemia 18 Sua saúde: como lidar com a síndrome da cabana 34 Um homem de ideias a serviço de um mundo melhor 74



O número de associados do seu clube mudou? Não perca os prazos para nos avisar sobre as alterações Boleto

Data limite para alteração do número de associados

Setembro/outubro 2020

14/08/2020

Novembro/dezembro 2020

14/10/2020

Janeiro/fevereiro 2021

14/12/2020

Março/abril 2021

11/02/2021

Maio/junho 2021

14/04/2021

A assinatura anual da sua Revista Rotary Brasil custa R$ 96 (ou seja, apenas R$ 8 por edição). Esse pagamento é fracionado e feito pelos clubes bimestralmente. Se o seu clube ganhou ou perdeu associados, é fundamental que o responsável pelos pagamentos entre em contato com o nosso Departamento de Logística pelo e-mail

logistica@revistarotarybrasil.com.br informando essas alterações até as datas indicadas em nosso calendário de faturamentos.

Se você tem alguma dúvida sobre o nosso calendário de faturamentos, ligue gratuitamente de qualquer parte do Brasil e nós iremos ajudá-lo!

0800-6068-138


Rotary International One Rotary Center - 1560 Sherman Avenue - Evanston, Illinois, EUA

Conselho Diretor 2020-21

Curadores da Fundação Rotária 2020-21

PRESIDENTE Holger Knaack

CHAIR K. R. Ravindran

Rotary Club de Herzogtum Lauenburg-Mölln, Alemanha

Rotary Club de Colombo, Sri Lanka

PRESIDENTE ELEITO Shekhar Mehta

CHAIR ELEITO John F. Germ

Rotary Club de Calcutta-Mahanagar, Índia

Rotary Club de Chattanooga, Estados Unidos

VICE-PRESIDENTE Johrita Solari

VICE-CHAIR Michael F. Webb

Rotary Club de Anaheim, Estados Unidos

Rotary Club de Mendip, Inglaterra

TESOUREIRO Bharat S. Pandya

CURADORES Hipólito Sérgio Ferreira

Rotary Club de Borivli, Índia

Rotary Club de Contagem-Cidade Industrial, Brasil

juntos, vemos um mundo onde as pessoas se unem e entram em ação para causar mudanças duradouras em si mesmas, nas suas comunidades e no mundo todo

QUEM SOMOS

O Rotary é uma rede global de líderes comunitários, amigos e vizinhos que se unem para causar mudanças positivas e duradouras em suas cidades e pelo mundo. Para resolver problemas reais, é preciso compromisso e visão. Com dedicação, energia e inteligência, nossos associados vêm ajudando a humanidade há mais de 100 anos. Por meio de projetos sustentáveis em diversas áreas, como alfabetização, paz, saúde e recursos hídricos, estamos sempre procurando maneiras de criar um mundo melhor:

www.rotary.org

Quantos somos Em todo o mundo

Número de clubes: 36.166; Total de rotarianos: 1.180.776 (sendo 278.888 mulheres); Países e regiões onde o Rotary está presente: 218; Número de distritos rotários: 528; Rotaract Clubs: 10.693 (em 180 países, reunindo um total de 203.492 rotaractianos); Interact Clubs: 14.905 (em 145 países, reunindo um total de 342.815 interactianos); Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 11.397 (em 107 países, reunindo um total de 225.200 voluntários não rotarianos).

No Brasil

Aziz Memon

Número de clubes: 2.403; Total de rotarianos: 52.481 (sendo 15.049 mulheres); Número de distritos rotários: 31; Rotaract Clubs: 790 (reunindo um total de 8.517 rotaractianos); Interact Clubs: 603 (reunindo um total de 12.060 interactianos); Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário: 419 (reunindo um total de 8.340 voluntários não rotarianos).

DIRETORES Mário César Martins de Camargo

Rotary Club de Karachi, Paquistão

Fonte: Escritório do Rotary International no Brasil (dados de julho de 2020).

Rotary Club de Santo André, Brasil

Rotary Club de East Nassau, Bahamas

Aikaterini Kotsali-Papadimitriou

Brenda Cressey

Rotary Club de Pendeli, Grécia

Rotary Club de Paso Robles, Estados Unidos

Chi-Tien Liu

Geeta K. Manek

Rotary Club de Yangmei, Taiwan

Rotary Club de Muthaiga, Quênia

Floyd A. Lancia

Gulam A. Vahanvaty

Rotary Club de Anthony Wayne (Fort Wayne), Estados Unidos

Rotary Club de Bombay, Índia

l

Jan Lucas Ket

Hsiu-Ming Lin

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Rotary Club de Purmerend, Holanda

Rotary Club de Taipei Tungteh, Taiwan

Kamal Sanghvi

Ian H. S. Riseley

Rotary Club de Dhanbad, Índia

Rotary Club de Sandringham, Austrália

Katsuhiko Tatsuno

Jennifer E. Jones

Rotary Club de Tokyo-West, Japão

Rotary Club de Windsor-Roseland, Canadá

Kyun Kim

Jorge Aufranc

Rotary Club de Busan-Dongrae, Coreia do Sul

Rotary Club de Guatemala Sur, Guatemala

Peter R. Kyle

Per Høyen

Rotary Club de Capitol Hill (Washington, D.C.), Estados Unidos

Rotary Club de Aarup, Dinamarca

Roger Lhors

Sangkoo Yun

Rotary Club de Pont-Audemer, França

Rotary Club de Sae Hanyang, Coreia do Sul

Barry Rassin

Stephanie A. Urchick Susan C. Howe

SECRETÁRIO-GERAL John P. Hewko

Rotary Club de Space Center (Houston), Estados Unidos

Rotary Club de Kiev, Ucrânia

Rotary Club de McMurray, Estados Unidos

Tony (James Anthony) Black Rotary Club de Dunoon, Escócia

Valarie K. Wafer Rotary Club de Collingwood-South Georgian Bay, Canadá

Virpi Honkala Rotary Club de Raahe, Finlândia

SECRETÁRIO-GERAL John P. Hewko Rotary Club de Kiev, Ucrânia

COMO SE ASSOCIAR

O ingresso no Rotary se dá por meio de convite. Nós podemos colocá-lo em contato com o clube que melhor atende a suas necessidades e interesses:

www.rotary.org/pt/get-involved/join

VALORES DO ROTARY INTERNATIONAL Companheirismo Integridade l Diversidade l Serviços humanitários l Liderança

A PROVA QUÁDRUPLA

Do que nós pensamos, dizemos ou fazemos: 1) É a VERDADE? 2) É JUSTO para todos os interessados? 3) Criará BOA VONTADE e MELHORES AMIZADES? 4) Será BENÉFICO para todos os interessados? A Prova Quádrupla foi criada em 1932 pelo rotariano Herbert J. Taylor, que posteriormente presidiu o Rotary International.

OBJETIVO DO ROTARY

O Objetivo do Rotary é estimular e fomentar o Ideal de Servir, como base de todo empreendimento digno, promovendo e apoiando: Primeiro: o desenvolvimento do companheirismo como elemento capaz de proporcionar oportunidades de servir; Segundo: a difusão de altos padrões éticos na vida empresarial e profissional, o reconhecimento do mérito de toda ocupação útil e a valorização da profissão de todos os rotarianos como oportunidade de servir à sociedade; Terceiro: a aplicação do Ideal de Servir na vida pessoal, profissional e comunitária de todos os rotarianos; Quarto: a propagação da compreensão, boa vontade e paz entre as nações através de uma rede mundial de profissionais e empresários unidos pelo Ideal de Servir. Fonte: Manual de Procedimento do Rotary International (edição de 2019)

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Rotary Rotary RotaryBrasil Brasil Brasil

NON AGOSTO NONNON NON deNON NON 2020dede2020 2020


Mensagem do presidente do Rotary International

É hora de levarmos o Rotary adiante

O

Caros rotarianos, rotaractianos e amigos,

ano de 2020 trouxe mudanças monumentais que, até o momento, incluem uma pandemia e um apelo renovado por justiça social. Somos lembrados de que vivemos em um mundo em constante mudança, e o Rotary é um reflexo desse mundo. Devemos estar prontos para ouvir e nos adaptar, sempre recorrendo aos nossos valores fundamentais de serviço, companheirismo, diversidade, integridade e liderança. Se vivermos tais valores e aplicarmos a Prova Quádrupla em todos os aspectos de nossas vidas, estaremos preparados para liderar em todos os tempos. Estou orgulhoso de como provamos nossa capacidade de adaptação. Diante de uma pandemia, o Rotary não parou. Tornamos nossas reuniões online e encontramos novas maneiras de servir. Transformamos a Convenção 2020 do Rotary International em Honolulu, que foi cancelada, em nossa primeira convenção virtual. A cada semana, estamos provando que o Rotary é um encontro flexível que pode ocorrer em qualquer lugar – em reuniões tradicionais, em telefones celulares e em computadores. O Rotary oferece um modo de se conectar a todos que o queiram, a qualquer momento, e continuará a fazê-lo. Alguns até me disseram que têm preferido a combinação de reuniões online e presenciais de agora do que como era antes. Como podemos nos beneficiar deste momento e aproveitar a oportunidade de abraçar a mudança para que o Rotary continue prosperando? Para mim, apoiar novos tipos de clubes é fundamental. Eles não são mais meras experiências, mas uma parte real do Rotary hoje. Além dos clubes tradicionais, temos e-clubs, Rotaract Clubs, clubes baseados em causas e clubes passaporte. Todos eles ajudam a tornar o Rotary mais inclusivo, flexível e atraente a novos associados. Conheçam esses clubes, visitem-nos, troquem ideias e façam parcerias com eles. Promovam-nos entre eles e para as nossas comunidades. Todos concordamos que precisamos fazer o Rotary crescer, mas às vezes pode-

mos nos concentrar demais nos números e perder de vista o quadro geral. Afinal, um aumento no quadro associativo não faz sentido se, no ano seguinte, esses novos associados deixarem nossos clubes. Temos de fazer o Rotary crescer de forma sustentável. As opções de flexibilidade para os clubes engajarão os associados e mostrarão à comunidade como somos diferentes de qualquer outro clube. Vamos celebrar que o Rotary agora tem menos a ver com regras e mais com as várias formas de envolvimento, além das reuniões tradicionais. Recomendo que cada clube realize uma reunião anual de estratégia para se perguntar – e responder honestamente – se está fazendo tudo o que pode pelos associados e se o clube reflete a comunidade à qual serve. Estamos adotando essa abordagem em nível internacional também. Estou orgulhoso de este ano termos seis mulheres servindo conosco no Conselho Diretor do Rotary International, o número mais alto que já tivemos. Vamos manter o Rotary caminhando nessa direção em todos os níveis. Precisamos de mais perspectivas, mais diversidade, para que a nossa organização vá ainda mais longe. É fascinante imaginar como encontraremos novas maneiras de nos adaptarmos e continuarmos eficientes este ano e além. Mas também estou inspirado pelo que não mudou nem nunca mudará no Rotary: as amizades, as possibilidades de contato profissional, a prática de valores éticos e o serviço. De fato, são esses os valores que tornam o Rotary atraente para todos. Como disse o fundador do Rotary, Paul Harris, precisamos ser revolucionários de tempos em tempos. Agora é um desses momentos. O Rotary Abre Oportunidades – incontáveis – para abraçarmos mudanças que nos fortalecerão ao mesmo tempo que permanecemos fiéis aos nossos valores fundamentais.

Holger Knaack Presidente do Rotary International

Holger Knaack

Devemos estar

prontos para ouvir e nos adaptar, sempre recorrendo aos nossos valores fundamentais de serviço, companheirismo, diversidade, integridade e liderança

NA INTERNET

Leia os pronunciamentos e as notícias do presidente do Rotary International acessando o site www.rotary.org/pt/office-president

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Rotary Rotary Brasil Brasil

NON NON NON AGOSTO de 2020 de 2020


Após ler esta edição da Rotary Brasil, envie seus comentários e críticas para nossa equipe: jornalismo@revistarotarybrasil.com.br E aproveite para divulgar o Rotary presenteando sua revista a alguém!

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De: _____________________ Para: _____________________

Capa Protegendo os mais frágeis em tempos de pandemia

iStockphoto

Luiz Renato Dantas, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré

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18 Saúde mental Você conhece a síndrome da cabana? Lucia Moyses

Conversa rápida Boas ideias para o mundo: entrevista com o rotariano honorário José Alcino Alano

Nuno Virgílio Neto

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Rotary Brasil AGOSTO de 2020

Juventude Ainda mais unidos apesar da distância Eduarda Belmonte

74 Bruno Silveira


Preço deste exemplar: R$ 8,00

AGOSTO 2020 nº 1178

05 M

ensagem do diretor

O Rotary chora ou vende lenço?

Mário César de Camargo reas de enfoque

Apoio ao meio ambiente onvenção do Rotary International

Um momento histórico

22 P

erfil

Kevin e as 180 conexões de Rotaract

Eduarda Belmonte

25 M

VÍRUS SOB VIGILÂNCIA

Histórias de clubes que têm levado as testagens do projeto Corona Zero aos lares de idosos do país NESTA EDIÇÃO A força dos rotaractianos brasileiros durante a pandemia 18 Sua saúde: como lidar com a síndrome da cabana 34 Um homem de ideias a serviço de um mundo melhor 74

Holger Knaack

16 C

www.revistarotarybrasil.com.br

ensagem do presidente

15 Á

I

É hora de levarmos o Rotary adiante

11 M

I

nº 1178 Agosto 2020 Ano 95

BRASIL

ensagem do curador

Flexibilizar

Hipólito Ferreira

28 D

epoimento

Precursores de uma luta

29 M

ensagem do chair

Juntos somos capazes de superar

K. R. Ravindran

O grande encontro online

30 A

genda

31 N

ovos clubes

Nossa família é forte!

33 P

rojetos que inspiram

O futuro na ponta do lápis de colorir

Que a solidariedade empresarial seja perene

48 O

pinião

Marina Gama e Jeferson Lana

Seções 09 Calendário 10 Cartas e recados l Saudades l No Facebook 12 Curtas 14 A seu serviço 23 Imagens que marcam 24 Subsídios Globais 26 Giro global

32 Clubes inovadores 50 Pergunta do mês 54 Clubes e distritos 67 Rotaract 69 Interact 70 Casas da Amizade 71 Tecsocial 72 Aconteceu 73 Relax

Capa: arte de Bruno Silveira e Armando Santos

Convite ao leiTOR

Sentimento de dever cumprido

O

s países com algum sucesso no combate à Covid-19 chegaram a isso pela soma de testagem em massa (inclusive de pessoas assintomáticas), monitoramento de casos e, dependendo da gravidade nas regiões afetadas, isolamento social. Todas essas medidas estão no cerne do programa Corona Zero, que tem levado gratuitamente às nossas Instituições de Longa Permanência para Idosos exames do tipo RT-PCR, destinados à detecção precoce da doença, quando o vírus ainda está ativo no organismo – e possibilitando assim que aqueles com laudos positivos sejam tratados e isolados, não contaminando os demais. Lançada no mês de maio, a iniciativa é realizada com a ajuda voluntária dos nossos Rotary Clubs, que até o momento visitaram pelos menos 250 lares de idosos do país. Em alguns deles, os exames mostraram que 70% do número total de residentes e funcionários estavam infectados pelo Sars-Cov-2, muitos sem apresentar nenhum sintoma, o que levou essas instituições à adoção de medidas de isolamento para frear os surtos. Para a produção da reportagem de capa deste mês, nossa equipe conversou com a coordenação do projeto e mais oitos Rotary Clubs que já participaram do esforço. Para os rotarianos que trabalham protegendo a parcela da população mais frágil e ameaçada pela Covid-19, o sentimento é de dever cumprido. “O balanço é positivo para o clube e a sociedade como um todo”, declara na reportagem Caroline Simões, do Rotary Club de SantosPorto. “Assistimos pessoas que muitas vezes não têm o auxílio necessário ou não possuem condições de realizar os exames.” Esta edição traz ainda um panorama das inovações e projetos dos Rotaract Clubs brasileiros nestes tempos de pandemia, um artigo da psicóloga, neuropsicóloga e escritora Lucia Moyses sobre um fenômeno psicológico que pode acometer as pessoas depois de longos períodos de isolamento e uma entrevista com José Alcino Alano, o rotariano honorário que coloca sua curiosidade e capacidade de invenção a serviço do bem-estar coletivo. Boa leitura. Equipe de Jornalismo Rotary Brasil

AGOSTO de 2020

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Revista de Propriedade da Associação Editora Brasil Rotário CNPJ: 33.266.784/0001-53  Inscrição Municipal: 00.883.425 Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria Rio de Janeiro – RJ  Tel.: (21) 2506-5600 / Fax: (21) 2506-5601 SAC-Ouvidoria: 0800-6068-138 (ligação gratuita)

A REVISTA

Publicada ininterruptamente desde 1924, a Revista Rotary Brasil é a publicação oficial do Rotary em nosso país. Aqui você conhece um pouco do trabalho voluntário dos rotarianos brasileiros e de outros países.

DIRETORIA EDITORIAL E EXECUTIVA 2019-21 Presidente: Jorge Bragança Vice-presidente: Pedro Loureiro Durão Diretor de Finanças: Claudio Dutra de Aboim Diretor Administrativo: Ricardo Franco Teixeira Diretor de Logística: Carlos Jerônimo da Silva Gueiros Diretor de Jornalismo: Alexis Cavichini Teixeira de Siqueira Diretor Jurídico: Paulo Lanari Prado

COMO FUNCIONA SUA ASSINATURA De acordo com o Artigo 21.030.1 do Regimento Interno do Rotary International, todo associado a qualquer Rotary Club deve assinar a revista oficial do Rotary International (The Rotarian) ou uma revista regional do Rotary que tenha sido aprovada e prescrita para sua região pelo Conselho Diretor (no caso do nosso país, a Revista Rotary Brasil). Os assinantes podem optar por ler a revista em formato impresso ou digital. Dois rotarianos que morem no mesmo endereço têm ainda a opção de assinar a revista conjuntamente. Para mais esclarecimentos, entre em contato com nosso Departamento de Logística.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2019-21 Presidente: Joel Mendes Rennó Suplente do presidente: Adélia Antonieta Villas Membros titulares: Juarez Garcia, Luciano Osório Rosa e Marcílio Marques Moreira Suplentes: Laudelino da Costa Mendes Neto, Ivone Sacchetto e Paulo César Tinoco

SUSPENSÃO POR ATRASO DE PAGAMENTO Também de acordo com as normas do Rotary International, o atraso no pagamento da revista pode resultar na suspensão do seu clube. Para mais esclarecimentos, entre em contato com nosso Departamento de Cobrança.

CONSELHO FISCAL 2019-20 Titulares: Bemvindo Augusto Dias e Dulce Grünewald Lopes de Oliveira Suplentes: Antenor Barros Leal, Fabricio Fernandes de Castro e Reynaldo Vilardo Aloy CONSELHO CONSULTIVO DE BENEMÉRITOS Mário César Martins de Camargo Paulo Augusto Zanardi José Ubiracy Silva José Antonio Figueiredo Antiório Kassima Góes Campanha (suplente: Claudio Zyngier) Alexis Cavichini Teixeira de Siqueira Ricardo Vieira Lima Magalhães Gondim Milton Ferreira Tito

Conheça os canais para falar com nossa equipe

EXPEDIENTE Presidente: Jorge Bragança Editor-chefe: Nuno Virgílio Neto – Jorn. Prof. MTB 24490 RJ Editor adjunto e jornalista responsável: Luiz Renato Dantas – Jorn. Prof. MTB 25583 RJ Redação e site: Luiz Renato Dantas, Manoel Magalhães, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré Diagramação e digitalização: Armando Santos (coordenador), Alex Mendes, Bruno Silveira e Maria Cristina Andrade Impressão e distribuição: Edigrá­fica Gráfica e Editora Ltda. Tiragem desta edição: 46.200 exemplares E-mail da Redação: jornalismo@revistarotarybrasil.com.br Homepage: www.revistarotarybrasil.com.br Facebook: www.facebook.com/revistarotarybrasil ATENDIMENTO AO ASSINANTE SAC-Ouvidoria: 0800-6068-138

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e

JORNALISMO Para enviar notícias do seu clube, entre no site www.revistarotarybrasil.com.br, clique em Envie sua notícia no alto da página e siga as instruções. Ou envie o material para jornalismo@revistarotarybrasil.com.br LOGÍSTICA Se precisar atualizar o número de assinantes, o endereço para envio de revistas ou pedir informações sobre a entrega das edições e o acesso à nossa versão digital, escreva para logistica@revistarotarybrasil.com.br COBRANÇA Para obter informações sobre o pagamento de assinaturas ou o envio de boletos, o e-mail é cobranca@revistarotarybrasil.com.br MARKETING Para anunciar sua empresa na revista e atingir um público de mais de 200 mil leitores em todo o país, entre em contato com marketing@revistarotarybrasil.com.br facebook.com/revistarotarybrasil

ÉTICA: UM PRINCÍPIO QUE DEVE SER APLICADO SEMPRE.

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Rotary Brasil

NON NONdeNON AGOSTO 2020de 2020

twitter.com/revistarotarybr instagram.com/revistarotarybrasil


Calendário

AGOSTO 2020

Mês do Desenvolvimento do Quadro Associativo e de Novos Clubes Aumentar o número de associados é a maior prioridade interna do Rotary – e todo rotariano pode fazer diferença para que isso aconteça. Quando seu clube tem uma base de associados sólida, ele fica em melhores condições de servir à comunidade. Além disso, a criação de novos clubes amplia nossa capacidade de melhorar vidas em lugares onde ainda não estamos presentes. Visite my.rotary.org/pt e saiba como você pode ajudar o Rotary a crescer. iStockphoto

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12 22 28

DIA NACIONAL DO SELO

O Rotary já foi homenageado em selos do Brasil e de outros países – até existe um Grupo de Companheirismo dedicado ao assunto: rotaryonstamps.org. A data celebra a emissão do primeiro selo postal pelos Correios brasileiros, em 1º de agosto de 1843. Era a pioneira (e hoje valiosíssima) série conhecida como Olho-de-Boi.

DIA INTERNACIONAL DA JUVENTUDE

Em 2020-21, nossa organização está dando início a uma série de medidas para empoderar os rotaractianos. Que tal aproveitar a data para manifestar o apoio do seu clube ao Rotaract e aos programas do Rotary voltados às novas gerações?

DIA DO FOLCLORE

Oportunidade de celebrarmos os conhecimentos, crenças, costumes, danças, canções e lendas que constituem a riquíssima tradição cultural do povo brasileiro. O historiador, antropólogo e jornalista Luís da Câmara Cascudo (1898-1986) nos legou estudos e livros clássicos sobre o tema, como Dicionário do folclore brasileiro, Contos tradicionais do Brasil e História da alimentação no Brasil.

DIA NACIONAL DO VOLUNTARIADO

Foi instituído por lei em 1985 com o objetivo de destacar o esforço das pessoas que doam tempo, trabalho e talento para causas de interesse coletivo. Neste ano em que enfrentamos uma terrível pandemia, a atuação dos rotarianos e de outros voluntários tem sido mais importante do que nunca – e por isso merece nosso reconhecimento.

ANOTE NA AGENDA O tema do próximo mês é Educação Básica e Alfabetização Rotary Brasil

AGOSTO de 2020

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cartas e recados Edição de julho: o presidente Holger Knaack

Parabéns ao presidente do Rotary International. Que Deus o abençoe e ilumine com boas ideias e bons projetos neste ano rotário mundialmente diferente dos demais. Que suas ações venham ao encontro dos anseios de toda a humanidade. José Vaz da Silva, de Iretama, PR, pelo Facebook Que a sua gestão seja abençoada, dinâmica e inovadora! Claudia Victória Pereira Traversa, pelo Facebook Parabéns pela edição! Saudações rotárias. Rotary Club de Goiânia, GO (distrito 4770), pelo Instagram Excelente edição! Rita Maldanis Fernandes, pelo Instagram

NO FACEBOOK Como fazemos todos os anos, na edição de julho apresentamos aos nossos leitores o novo presidente do Rotary International. A capa com Holger Knaack e sua esposa, Susanne, foi lançada em nossa página no Facebook e obteve a seguinte acolhida:

Edição de junho: o agora é online

Têm sido louváveis os comentários de presidentes e governadores distritais, os quais entenderam, em face das dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus, que as reuniões, antes presenciais, fossem doravante virtuais. Um ponto por nós defendido refere-se à continuidade, em futuro oportuno, de reuniões mistas, ou seja, com companheiros que puderem comparecer e companheiros impedidos de fazê-lo, mas presentes por meio online. Richard Zajaczkowski, associado ao Rotary Club de Francisco Beltrão-III Milênio, PR (distrito 4640)

Erramos

Numa das notas sobre as ações dos clubes e distritos frente à Covid-19 publicadas na edição passada, houve um equívoco. Uma observação destinada ao diagramador foi incorporada ao texto final e acabou passando pelo revisor. Como forma de reparar o erro, a notícia do clube em questão, o Rotary Club de Ivaiporã-Integração, PR (distrito 4710), está em destaque nesta edição, à página 64.

Saudades

Sizenir Fernando Barbosa da Silva, presidente 2019-20 do Rotary Club de Alta FlorestaCentro, MT (distrito 4440). James Kelso Clark Nunes, governador 1987-88 do distrito 4490 e associado ao Rotary Club de Fortaleza-Oeste, CE. Antonio Vilardo, associado ao Rotary Club do Rio de Janeiro-Bonsucesso Ramos, RJ (distrito 4571). De 2001 a 2017, colaborou com a Revista Rotary Brasil ao integrar os conselhos e assessorias da editora. Engenheiro civil, foi fundador e presidente da Ital-Rio Sociedade Italiana e, desde 2005, participava dos conselhos da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro. Também exerceu diversos cargos públicos, entre eles o de administrador da 10ª Região Administrativa do então Estado da Guanabara e de secretário executivo da Comissão Estadual de Controle Ambiental do Rio de Janeiro.

Os comentários publicados nesta página são extraídos das páginas da revista nas redes sociais e de cartas e e-mails enviados ao nosso Departamento de Jornalismo. No caso das correspondências, elas devem ser enviadas para o e-mail jornalismo@revistarotarybrasil.com.br ou para a Avenida Rio Branco, 125/18º andar – Centro – Rio de Janeiro/RJ/CEP:20040-006. Em razão do seu tamanho ou para facilitar a compreensão, os textos poderão ser editados.

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Rotary Brasil AGOSTO de 2020

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Mensagem do diretor do Rotary international

O Rotary chora ou vende lenço?

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ompleto hoje 220 reuniões nas telas de computador, com retângulos substituindo contato físico, apresentações interrompidas por choro de bebê ou alguém ralhando da cozinha. De outra forma, no entanto, não conseguiria participar numa mesma noite do Seminário de Treinamento de Presidentes Eleitos das Bahamas e da fundação de clubes, ou fazer viagens aos distritos de Mendoza, Pernambuco e São Paulo. Paulatinamente, aprendemos o uso das ferramentas digitais, suas vantagens e desvantagens. Apesar de estarmos inovando e nos flexibilizando mais por pressão externa do que por compasso interno, certamente avançamos. O Rotary continua funcionando. Como prova disso, listo recentes decisões do Conselho Diretor nas reuniões de junho e julho de 2020: 1 O endosso à decisão dos curadores de constituir o meio ambiente como área de enfoque da Fundação Rotária. Para os sulamericanos, com 30 anos de atraso, a novidade significa um resgate do programa Preserve o Planeta Terra, do presidente Paulo Viriato. Pesou na decisão a pesquisa efetuada entre quatro públicos-alvo: rotarianos, rotaractianos, alumni e profissionais de fora do Rotary. À exceção dos rotarianos, o meio ambiente foi a causa motivadora número um das outras audiências. Ao modernizar a agenda da Fundação, o Rotary se renova e se aproxima dos jovens e de seus temas. 2 A resolução, também reforçando a decisão dos curadores, de conceder recursos dos projetos de Subsídios Globais aos Rotaracts, uma sugestão do meu tempo de curador de ligação com esse comitê em Evanston. O Rotary começa a agir concretamente no empoderamento do Rotaract, seguindo a determinação aprovada no Conselho de Legislação de 2019. Não há forma mais sólida de mostrar confiança do que outorgando recursos. Caberá aos Rotaracts responder à altura do desafio com robustez jurídica, responsabilidade financeira e capacidade de planejamento e execução. 3 Como é (ou deveria ser) do conhecimento dos rotarianos, nosso foco é o combate à Covid-19, esforço que já drenou 22 milhões de dólares dos fundos da Fundação. Dos

310 distritos que submeteram o formulário para a concessão dos 25 mil dólares, sem contrapartida, 110 ficaram sem recebê-los num primeiro momento dado o esgotamento dos recursos de auxílio a catástrofes. Pois o Conselho Diretor direcionou 2,75 milhões de dólares do orçamento do Rotary (fruto das economias advindas da impossibilidade de viagens, despesas com hotéis, consultorias e refeições) aos cofres da Fundação. Com essa medida, todos os distritos que protocolaram a solicitação receberão as verbas. Além dessas boas notícias no plano global, também ocorreram novidades alvissareiras na zona sul-americana. Para se contrapor ao vendaval de más notícias, com mais de 74 mil mortes provocadas pelo novo coronavírus até meados de julho, o Rotary insiste na sua agenda positiva. Para citar algumas das boas novas: l A parceria entre o Rotary no Brasil e o projeto Todos pela Saúde, firmando a doação de 4,5 milhões de reais para ações de testagem, treinamento e encaminhamento de infectados nos asilos levantados pelos 31 distritos brasileiros. Somados aos 3,2 milhões de reais doados pela Fundação Rotária e a projetos emparceirados de Subsídios Globais, o investimento do Rotary em iniciativas de combate à pandemia no Brasil já superava 8,5 milhões de reais em 15 de julho. l Como consequência, temos visto uma projeção de imagem pública sem precedentes para o Rotary, incluindo aí uma reportagem com o rotariano Humberto Silva, gestor do projeto Corona Zero, no programa Fantástico, da Rede Globo, e uma entrevista comigo no quadro Solidariedade, do Jornal Nacional, assistido por 55 milhões de espectadores – além de inúmeras reportagens positivas de atuação local e regional dos clubes, que são as verdadeiras engrenagens do Rotary. Gosto de citar filósofos e pensadores. Mas agora vou recorrer a um adágio popular, típico dos para-choques de caminhões Irmãos da Estrada (denúncia evidente da idade) e que meus governadores 2019-20 e 2020-21 escutaram além do suportável: “Enquanto alguns choram, outros vendem lenços”. Nós, rotarianos, vendemos lenços.

Mário César de Camargo mario.cesar@graficabandeirantes.com.br

Decisões

recentes do Conselho Diretor e outras novidades mostram que o Rotary avança no Brasil e no mundo

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Curtas

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O impacto da Covid-19 no Terceiro Setor

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NGs, institutos, fundações e coletivos – componentes do que se denomina de Terceiro Setor – estão desempenhando um papel importante no combate à Covid-19. Grande parte dessas organizações, no entanto, está sofrendo com a diminuição de recursos para se manter: uma em cada cinco já declara estar sem fundos para continuar suas atividades. É o que indica o recente estudo Impacto da Covid-19 nas OSCs brasileiras: da resposta imediata à resiliência, promovido pelas empresas sociais Mobiliza e Reos Partners. O que a atual pandemia está acarretando às organizações brasileiras da sociedade civil? Como o setor deve repensar suas ações no momento e se preparar para a pós-pandemia? Essas são questões que o trabalho pretendeu analisar, e para isso contou com o apoio financeiro da Laudes Foundation, Instituto Sabin, Fundação Tide Setubal, Instituto ACP e Instituto Ibirapitanga, além do apoio de

um comitê estratégico composto por diversas organizações sociais. Responderam à sondagem 1.760 entidades. Do total, 73% declararam ter experimentado um impacto significativo com a pandemia. Para 36%, a crise atual as enfraqueceu muito, e, para 37%, as enfraqueceu parcialmente. Além disso, 64% das organizações esperam redução de recursos ainda este ano. Os principais impactos negativos mencionados foram: diminuição da captação de recursos (em 73% delas), distanciamento e dificuldade de comunicação com os públicos atendidos (55%), diminuição de voluntários ativos (44%) e estresse e sobrecarga das equipes (40%). Por outro lado, foram citados como impactos positivos a aceleração do uso de ferramentas digitais para o trabalho (53%) e mais engajamento e envolvimento da equipe (40%).


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Luta global contra a pólio perde Clem Renouf Rotary.org

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le foi um dos principais responsáveis pela criação de uma campanha global contra a pólio. Clem Renouf foi presidente do Rotary International no período 1978-79 e, por 70 anos, associado ao Rotary Club de Nambour, na Austrália, onde faleceu aos 99 anos, em 11 de junho. O segundo presidente australiano do Rotary obteve a inspiração para uma luta planetária de saúde pública em um voo das Filipinas para casa, no início de 1979. Durante a viagem, ele leu uma reportagem em uma revista sobre o combate vitorioso contra a varíola – o último caso da doença havia ocorrido dois anos antes, na Somália – e se perguntou se os então recentes Subsídios 3-H (Saúde, Fome e Humanidades) não poderiam ser aplicados na eliminação de outra doença endêmica. Renouf consultou o seu amigo e governador distrital John Sever, que era chefe de Doenças Infecciosas dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos. Este, por sua vez, tinha como amigos Jonas Salk e Albert Sabin, os cientistas que desenvolveram as vacinas contra a pólio nas décadas de 1950 e 1960. Após analisar o assunto, Server levou a Renouf o que ele considerava o melhor alvo para uma campanha. “Clem então se concentrou na erradicação da pólio como um projeto mundial do Rotary”, escreveu Ray Klinginsmith, presidente 2010-11 do Rotary International, em uma homenagem ao australiano. Em novembro de 1979, o Conselho Diretor estabeleceu a eliminação da poliomielite como meta principal do programa 3-H. Renouf teve ainda papel fundamental na arrecadação de fundos para o início da tarefa. Descrito por Klinginsmith como um líder nato que apoiava as novas gerações, Renouf foi homenageado pelo Rotary com o Prêmio Pioneiro do Polio Plus e o Prêmio Dar de Si Antes de Pensar em Si, além de receber a Menção da Fundação Rotária por Serviços Meritórios e o Prêmio da Fundação Rotária por Serviços Eminentes. Ele também era Benfeitor e Doador Extraordinário da Fundação Rotária e membro da Sociedade Paul Harris e da Sociedade de Doadores Testamentários.

Convenção 2021

Nas alturas

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om 508 metros, a Torre Taipei 101 é parada obrigatória na sua rota turística durante a Convenção do Rotary International em Taipei, de 12 a 16 de junho de 2021. Quando a torre foi inaugurada em 2004, era o edifício mais alto do mundo, título que manteve até 2007, ocasião em que foi ultrapassada pelo arranha-céu Burj Khalifa, de Dubai. O design da torre taiwanesa é repleto de significado cultural. O número de andares ocupados, 101, sugere ir além do 100, que é um número associado à perfeição. A parte da torre acima da base tem oito seções de oito andares cada – sendo oito um número auspicioso associado à prosperidade e à boa sorte. A forma empilhada evoca o caule do bambu, que é um material de construção tradicional na Ásia. E, como um caule de bambu, a torre foi projetada para ser flexível a ventanias, podendo resistir a tufões e até mesmo terremotos. A grande atração, é claro, é visitar a torre por dentro. Há um observatório público fechado no 89º andar, e se você é destemido e não lhe faltar coragem, não deixe de ir ao mirante do lado de fora do 91º andar. Se essa opção for muito para você, perca-se em meio às compras no átrio do prédio. De qualquer ângulo, a Taipei 101 é um destino imperdível que mistura habilmente tradição e modernidade, tal como a cidade que ela observa das alturas. (Matéria de Hank Sartin para a edição deste mês da The Rotarian)

Saiba mais em convention.rotary.org

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A seu serviço notícias do escritório do Rotary international no brasil

Boas-vindas à liderança 2020-21

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Nova área de enfoque e mudanças nos Subsídios Globais

www.rotary.org.br

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arabéns aos líderes que em julho assumiram a responsabilidade de tornar seus clubes, distritos e o Rotary ainda melhores. A equipe do Rotary International Brazil Office está à disposição para fornecer suporte aos governadores de distrito e aos clubes de todo o Brasil com materiais informativos e ferramentas de trabalho. Contem conosco para tirar suas dúvidas sobre contribuições à Fundação Rotária e seus programas, per capitas e assuntos administrativos, inclusive aqueles relacionados a eleições, legislação do Rotary, quadro associativo, fundação de clubes, programas do Rotary International e ferramentas online. Vejam os dados de contato de todos os nossos departamentos aqui ao lado ou em rotary.org.br.

escritório do Rotary international no brasil

Endereço Condomínio Comercial Casa das Caldeiras Avenida Francisco Matarazzo, 1752 14º andar / Conjunto 1421 Água Branca – São Paulo – SP CEP: 05001-200 Tel: (11) 3217-2630 Atendimento: de 2ª a 6ª, das 8h às 17h Departamentos Gerente e Fundação Rotária Edilson Gushiken edilson.gushiken@rotary.org Suporte a Clubes e Distritos Débora Watanabe (supervisora) debora.watanabe@rotary.org Financeiro Carlos Eduardo de Araujo (supervisor) carlos.araujo@rotary.org Publicações e Audiovisuais Clarita Urey (supervisora) clarita.urey@rotary.org Sede mundial do Rotary International 1560 Sherman Avenue, Evanston, Il 60201 USA Phone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554 Atendimento: das 8h30 às 17h (horário de Washington)

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apoio ao meio ambiente foi aprovado como nova área de enfoque do Rotary (leia na página ao lado). A novidade ampliará ainda mais nossa capacidade de criar mudanças positivas e aumentar o impacto dos rotarianos em todo o mundo. Os pedidos de Subsídios Globais relacionados ao meio ambiente serão aceitos a partir de 1º de julho de 2021. Em breve, traremos informações sobre os requisitos. Além disso, recentemente tivemos mudanças nos Subsídios Globais: a exigência de contribuição do parceiro internacional caiu de 30% para 15% – e, desde 1° de julho, a Fundação Rotária não mais equipara contribuições em dinheiro, mas continuará com a equiparação em 100% do Fundo Distrital de Utilização Controlada. Desenvolva projetos e informe-se em my.rotary.org/pt/take-action/apply-grants.

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Estamos prontos para ajudá-lo!


Áreas de enfoque

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Apoio ao meio ambiente

Projetos de cunho ambiental poderão receber subsídios da Fundação Rotária a partir de 2021-22

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ntre 2012 e 2020, Rotary Clubs brasileiros receberam aprovação da Fundação Rotária para obter subsídios e realizar, com parceiros internacionais, 24 projetos (15 já concluídos) inseridos em áreas de enfoque que, de alguma forma, resultaram também em benefícios ambientais. Uma novidade é que o Conselho de Curadores da Fundação Rotária e o Conselho Diretor do Rotary International acabam de efetivamente tornar o apoio ao meio ambiente a sétima área de enfoque da nossa organização, o que permitirá que recursos da Fundação sejam destinados diretamente a iniciativas de caráter ambiental. Área de enfoque é como são chamadas as categorias de serviços humanitários apoiados pelos Subsídios Globais da Fundação Rotária. Até agora, elas eram seis: consolidação da paz e prevenção de conflitos; prevenção e tratamento de doenças; água, saneamento e higiene; saúde maternoinfantil; educação básica e alfabetização; e desenvolvimento econômico

comunitário. A partir de 1º de julho de 2021, quando o apoio ao meio ambiente for oficialmente incluído nessa lista, os clubes poderão criar projetos solicitando subsídios para a área em questão, ampliando o impacto do trabalho do Rotary no mundo. Grupos focais e pesquisas ainda serão realizados com associados e especialistas no assunto para acertar os detalhes da nova área de enfoque e determinar quais atividades serão elegíveis a financiamentos. Nos últimos cinco anos, a Fundação Rotária destinou mais de 18 milhões de dólares em Subsídios Globais a projetos relacionados ao meio ambiente em diversos países. O saudoso Paulo Viriato Corrêa da Costa, brasileiro que presidiu o Rotary International em 1990-91, foi pioneiro ao elevar a questão ambiental a primeiro plano em seu ano à frente da organização. Já naquela época, em seu discurso na Assembleia Internacional, ele lançou o programa Preserve o Planeta Terra. Rotary Brasil

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Convenção do Rotary International

Um momento histórico

Pela primeira vez em 110 anos, o maior encontro internacional da organização é realizado online

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ais de 21.600 pessoas assistiram às transmissões em português das plenárias da Convenção Virtual do Rotary de 2020 – boa parte delas, provavelmente, do Brasil. O evento, aberto e gratuito, ocorreu nos dias 20 e 21 de junho, em substituição à convenção em Honolulu, no Havaí, agendada para 6 a 10 de junho e cancelada por força da pandemia do novo coronavírus. A exemplo do formato tradicional, a convenção virtual, além das plenárias, ofereceu workshops e teve a primeira Casa da Amizade Virtual – uma exposição de 24 horas em que os participantes puderam se conectar com Grupos de Companheirismo, Grupos Rotary em Ação, parceiros, projetos e recursos do Rotary International para obter informações, fazer perguntas e interagir virtualmente, e que esteve aberta até 31 de julho. Em sua fala inicial no primeiro dia da Convenção Virtual, o então presidente do Rotary International, Mark Daniel Maloney, contou que havia planos de se transmitir partes do encontro planejado para Honolulu, mas que ninguém imaginou que o evento teria de ser totalmente online. Além dele, foram oradores Celia Elena Cruz de Giay, presidente da Comissão da Convenção de 2020; K. R. Ravindran, então chair eleito da Fundação Rotária; Gary C. K. Huang, então chair da Fundação Rotária; Holger Knaack, então presidente eleito do Rotary International; John Hewko, secretário-geral e CEO do Rotary International; e Shekhar Mehta, então presidente indicado do Rotary International, entre outros. A Sessão plenária 1: Juntos, nós conectamos e a Sessão plenária 2: Juntos, nós aprendemos podem ser assistidas no YouTube, nestes links: bit.ly/2WxGXRZ e bit.ly/38UmTy7

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A partir do alto: Mark Maloney, presidente 2019-20 do Rotary International; Holger Knaack, presidente 2020-21; Gary Huang, então chair da Fundação Rotária; K. R. Ravindran, atual chair da Fundação Rotária; John Hewko, secretário-geral e CEO do Rotary International; e Celia Giay, presidente da Comissão da Convenção de 2020, foram alguns dos oradores


Na página da revista no Facebook, pedimos aos leitores que nos contassem como foi a experiência de assistir à primeira convenção virtual na história do Rotary. Veja a seguir alguns dos relatos que recebemos: Ilustrações iStockphoto

“Assisti e gostei muito. Além de haver uma melhor integração entre os clubes, obrigou muitos que tinham ‘medo’ da internet a passar a vê-la como uma grande aliada. Tempos novos!” Luzia Conehero, de Presidente Venceslau, SP

“Foi incrível. Como estive na Convenção do Rotary em São Paulo, foi muito bom relembrar a magnitude desse evento e de nossa instituição.” Maria Isabel Lini, de Lençóis Paulista, SP

“Oportunidade que deveria ser repetida mesmo após a pandemia.” Domingos Seripierri Jr.

“Assisti, foi maravilhoso poder participar.” Kátia Castro, presidente 2019-20 do Rotary Club de Rio Branco-Galvez, AC (distrito 4720)

“Assisti a tudo e, depois de duas presenciais, a virtual também me encantou e motivou.” Mara Rúbia

a vez tive Pela primeir us 18 anos s. o ic n ú s to “Momen ipar em me os.” d de de partic oportunida ratidão. Parabéns a to g ó a executiva S ri . tá ry e ta de Ro sso, secr e m o M s Leaci Albre 1 57 do distrito 4

“A Convenção de 2020 foi a minha terceira. Foi sensacional. Sugiro que, quando voltarmos ao ‘novo normal’, a convenção possa ter também a modalidade virtual.” Lourdes Matos, do Rotary Club de Montes Claros-Oeste, MG (distrito 4760)

“Foi sensacional. Obrigada pelo aprendizado e por conectar com o mundo.” Christiane Fernandes Almeida, secretária 2018-19 do Rotary Club de Campo Mourão-Raio de Luz, PR (distrito 4630)

“Assisti. Foi emocionante.” Erica Chaves, de Cachoeira do Sul, RS

“Assisti e achei que possibilitou a muitos rotarianos algo que seria impossível de forma presencial, devido ao custo com passagens e hospedagens. Foi também muito importante e de grande aprendizado. Milhares de rotarianos interagindo simultaneamente. Gratidão sempre ao Rotary por abrir oportunidades.” Jefferson Martins Fialho, de Feira de Santana, BA

“Assisti à Convenção e fiquei maravilhado com tudo o que vi e ouvi. Realmente, o Rotary é a maior instituição de serviços do mundo. Centenário e mundial, continua imprescindível para os nossos tempos.” Tiago Geraldo, do Rotary Club do Recife-Novas Gerações, PE (distrito 4500)

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Juventude

Ainda mais unidos apesar da distância Rotaractianos brasileiros renovam sua força durante o isolamento social

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Eduarda Belmonte* o momento em que nossas comunidades mais precisam de ajuda, os rotaractianos brasileiros têm se dedicado a encontrar soluções inovadoras para lidar com os problemas causados pela pandemia. Os mais de 8.000 jovens líderes do Rotaract em nosso país não se omitiram, agindo com rapidez e eficiência para se adaptar ao novo normal. As reuniões presenciais foram substituídas pelas virtuais, o modelo de trabalho dos clubes passou por transformações e os eventos previstos acabaram reestruturados. A criatividade e a inovação foram os pilares de uma verdadeira revolução no modo de o Rotaract servir. Respeitando o isolamento social e tomando todas as medidas preventivas necessárias para conter o vírus, os clubes dos quatro cantos do país aceitaram o desafio de agir para transformar. Arrecadações de alimentos, lives solidárias e doações de equipamentos de proteção individual foram alguns dos exemplos de iniciativas desenvolvidas pela juventude da Família do Rotary. Seguindo as recomendações do Rotary International, os distritos se adequaram para enfrentar o novo coronavírus. Ideias inovadoras surgiram e as trocas de conhecimento tornaram essa construção ainda mais enriquecedora. Todo esse planejamento saiu do papel. Confira alguns dos projetos que vêm impactando vidas Brasil afora. iStockphoto

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Imagens cedidas pela Rotaract Brasil

Acessibilidade

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autados por aspectos como respeito e empatia, os associados ao Rotaract Club de Votuporanga, SP (distrito 4480), criaram o projeto Sinais que Informam, cujo objetivo é facilitar o acesso de pessoas com deficiência auditiva às informações sobre a Covid-19. Vídeos utilizando a Língua Brasileira de Sinais (Libras) foram produzidos e divulgados nas redes sociais para atualizar a comunidade surda sobre as medidas de segurança e prevenção ao vírus.

Ideias inovadoras

surgiram por todo o país

Saúde Mental

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preocupação com a saúde psicológica da população em meio à pandemia foi o que motivou o Rotaract Club de Salvador-Itapoã, BA (distrito 4391), a desenvolver o projeto Saúde Mental e Quarentena. Realizada de forma online, a iniciativa permitiu que as pessoas deixassem suas dúvidas em uma caixa de perguntas. Por meio de vídeo, os questionamentos foram respondidos por Suellen Macedo da Conceição Menezes (foto), psicóloga parceira do clube baiano. Publicado nas redes sociais, o conteúdo também foi divulgado via WhatsApp para alcançar um número maior de pessoas. Rotary Brasil

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Juventude

Proteção

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o Rio Grande do Sul, o Rotaract Club de Carazinho (distrito 4660), confeccionou 17 mil máscaras, distribuídas à comunidade local e em outras três cidades da região. Baseados nas recomendações da Organização Mundial da Saúde, os jovens trabalharam rapidamente para atender à demanda da população. Para produzir as máscaras, os rotaractianos estabeleceram parcerias estratégicas com costureiras de Carazinho. Oficialmente fundado no dia 27 de abril (portanto, durante a pandemia), o clube gaúcho engajou diferentes entidades no projeto COmVIDa e Esperança na Pandemia.

Economia local

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m Lima Duarte, no interior de Minas Gerais, o funcionamento dos estabelecimentos comerciais foi limitado às entregas por delivery, embora a cidade não conte com aplicativos que ofereçam o serviço. A medida despertou a criatividade dos rotaractianos: com o objetivo de tornar as compras mais práticas para a comunidade e auxiliar a economia local, o Rotaract Club de Lima Duarte (distrito 4521) assumiu a missão de prestar suporte aos comerciantes e pequenos empreendedores. Com o projeto LDfood, os rotaractianos criaram uma conta no Instagram para reunir os estabelecimentos e pessoas físicas que trabalham com entregas na cidade.

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Este é um

tempo de refletirmos e partirmos para a ação

Rede de apoio

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m Santa Catarina, o Rotaract Club de Joinville (distrito 4652) direcionou o olhar para aqueles que, incansavelmente, trabalham pelo próximo, o que levou ao desenvolvimento do projeto Estreitando Laços, Criando uma Rede de Apoio, feito com o objetivo de aproximar os associados ao clube. A ação foi uma resposta às adversidades que o distanciamento social pode causar e a algumas situações internas de desmotivação que o grupo vinha enfrentando nos últimos meses. Tratou-se, acima de tudo, de uma forma de destacar que as situações complicadas ficam menos pesadas quando são enfrentadas com união. O projeto compreendeu diversas etapas, incluindo um plantão de escuta psicológica, um amigo secreto fora de época e um café virtual.

A pandemia não foi capaz de amedrontar e paralisar o sonho de transformar o mundo num lugar melhor. Em tempos de crise, o trabalho realizado pelo Rotary com o Rotaract e o Interact tem se mostrado ainda mais importante. Com união, dedicação e responsabilidade, a força do voluntariado ficou em evidência. Estamos em um novo tempo. Tempo de refletirmos, ressignificarmos conceitos e partirmos para a ação. *A autora é coordenadora de Assessoria de Imprensa da Rotaract Brasil e associada ao Rotaract Club de Santa Rosa, RS (distrito 4660).

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perfil

Kevin e as 180 conexões de Rotaract Conheça o jovem que vem aproveitando as reuniões online para conhecer clubes do Brasil e do exterior

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om o distanciamento social, as reuniões online passaram a fazer parte do cotidiano da Família do Rotary. Hoje em dia, as fronteiras terrestres não importam mais e voluntários de diferentes partes do Brasil passaram a se encontrar com mais facilidade no ambiente virtual. Um dos nossos jovens líderes, Kevin Silva, do Rotaract Club Universidade Mackenzie, em São Paulo (distrito 4563), vem aproveitando o novo momento para aprender, trocar experiências e criar conexões. Até o início de julho, ele já havia atingido a marca histórica de 180 visitas em reuniões virtuais. Nascido em São José do Rio Preto, no interior paulista, Kevin, de 19 anos, explica que não pôde viajar para sua cidade natal, e por isso acabou passando a quarentena na capital. O estudante de relações internacionais aproveitou o momento para se conectar aos clubes aos quais já foi associado, como o Interact Club de Campo Mourão, no Paraná. “É uma oportunidade de rever meus companheiros”, conta. Além das visitas a clubes onde mantém laços de amizade, ele ficou curioso em conhecer a realidade de outros distritos. “Sempre que tenho tempo livre, participo de reuniões de clubes de outros Estados e, até mesmo, de outros países. Assim que recebo os convites nos grupos da Família do Rotary ou pelo Instagram, me organizo para tentar prestigiar os encontros”, explica. “Foi dessa forma que conheci o Pacific Beach Rotaract Club, de San Diego, nos Estados Unidos. Trocamos mensagens até hoje e temos o desejo de realizar projetos em conjunto!”

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Adesão digital Na opinião de Kevin, o distanciamento social, uma das principais medidas para frear o contágio da Covid-19, vem acelerando o processo de adesão dos clubes aos ambientes digitais, mesmo daqueles mais resistentes. Essa nova realidade é percebida pelo rotaractiano como forma de fortalecer ainda mais os laços entre os integrantes da Família do Rotary. “Vivemos um momento de reflexão, de criação e aprimoramento de ideias, ações e projetos”. Kevin Silva cita como exemplo o Carreira em Foco, projeto de seu clube que se adaptou à quarentena para continuar oferecendo mentoria a pessoas que buscam recolocação no mercado de trabalho. Ele destaca o notável relacionamento entre Interact, Rotaract e Rotary. “Projetos em conjunto estão sendo postos à mesa, promovendo uma integração que antes não era tão comum, mas agora se dá em todas as reuniões, sempre com troca de grandes conhecimentos entre os companheiros. Com certeza, isso é um avanço para todos nós, com a criação de uma rede de relacionamentos poderosa e edificando ações que podem beneficiar ainda mais a humanidade.” Imagem ampliada Os avanços na imagem pública são outro aspecto percebido pelo estudante. “Como as pessoas estão cada vez mais conectadas, ampliamos muito nossa possibilidade de visibilidade

Acervo pessoal

Kevin Silva: “É hora de transpormos barreiras e construirmos pontes de amizade para moldar o futuro”

nas redes sociais, principalmente para aqueles que ainda não conhecem o Rotaract. As pessoas estão cada vez mais conectadas.” Além disso, o engajamento pode gerar frutos positivos para o desenvolvimento do quadro associativo dos clubes. Kevin Silva salienta que o momento não pode ser visto como uma dificuldade, mas um desafio para levarmos o Rotary a mais pessoas. “É hora de transpormos barreiras e construirmos pontes de amizade para moldar o futuro. O desenvolvimento da humanidade é a nossa missão.” Sem dúvidas, esta é uma época repleta de oportunidades para percebermos que, mesmo distantes fisicamente, estamos cada vez mais unidos pelo propósito de servir. (Eduarda Belmonte)


IMAGENS QUE MARCAM

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s transportadores de mercadorias das estradas foram lembrados pela Família do Rotary de Guaiçara, cidade no centro-oeste do Estado de São Paulo. Em abril, associados ao Rotary Club de Guaiçara (distrito 4480), com a colaboração de rotaractianos e interactianos da cidade, prepararam e distribuíram lanches para os nossos amigos caminhoneiros. Sua foto também pode ser selecionada. Basta enviá-la em alta resolução para jornalismo@revistarotarybrasil.com.br

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Subsídios Globais

Um centro de fisioterapia pioneiro Clube inaugura na Baixada Santista um espaço para cuidar de pacientes hemofílicos Divulgação Unisanta/Rotary Distrito 4420

O Centro Metropolitano de Recuperação Funcional está instalado na Unisanta

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Universidade Santa Cecília (Unisanta), localizada na cidade paulista de Santos, realiza anualmente mais de 40 mil atendimentos de saúde gratuitos. A instituição é referência em diversas especialidades médicas, entre elas, o tratamento de hemofilia e outras doenças da coagulação. No entanto, os pacientes hemofílicos encontravam dificuldades para fazer o tratamento fisioterápico, pois não havia na região um local dedicado a essa área específica. A hemofilia é uma doença genético-hereditária que se caracteriza por desordem no mecanismo de coagulação do sangue e se manifesta quase exclusivamente em homens. Graças a um projeto de Subsídio Global da Fundação Rotária, a Clínica Universitária de Fisioterapia da Unisanta passou a dispor de um espaço pioneiro na Baixada Santista para atender esses pacientes. A iniciativa envolveu, além da própria Fundação, o Rotary Club de Santos-Porto (distrito 4420), o Rotary E-Club of 9920 Francophone, na França, o distrito 5330, dos Estados Unidos, e a empresa Nicom Comércio de Materiais para Construções. Juntos, os parceiros investiram 96 mil dólares (o equivalente a 371.535 reais) na aquisição de modernos equipamentos para instalar na universidade o Centro Metropolitano de Recuperação Funcional. Pacientes hemofílicos costumam sofrer hemorragias articulares. Os aparelhos disponíveis no complexo fisioterápico, criado para atender os nove municípios da Baixada Santista, possuem tecnologia de ponta para obter ação cicatrizante, anti-inflamatória, analgésica, de fortalecimento muscular e de prevenção de deformações. Tudo isso contribuirá para a mobilidade dos pacientes. E beneficiará ainda os alunos estagiários da Faculdade de Fisioterapia, que terão a possibilidade de aprender novas técnicas profissionais.

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Você também pode mudar a vida da sua comunidade com um projeto de Subsídio Global! Saiba como em www.rotary.org

RAIO-X DO PROJETO Responsável: Rotary Club de Santos-Porto, SP (distrito 4420) Beneficiada: Universidade Santa Cecília Valor final: 96 mil dólares (371.535 reais) Parceiros: Rotary E-Club of 9920 Francophone (França); distrito 5330 (Estados Unidos); Nicom Comércio de Materiais para Construção; e Fundação Rotária


Mensagem do curador da fundação rotária

Flexibilizar

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o passado, alguns Rotary Clubs queriam mostrar mais rigorismo que outros num afã de evidenciar sua lealdade ao pensamento da organização. Em nosso formato de visitas oficiais, longas e cheias de conteúdo, Marilene se reunia com as Casas da Amizade para debater serviços à comunidade e planejar uma marcante atuação na Conferência Distrital. Como governador de distrito no período 1985-86, por toda uma tarde eu conferia o crescimento do quadro associativo do clube visitado, a regularidade de suas obrigações e avaliava com a assembleia a possibilidade de se criar mais um clube na área – o que resultou na fundação de dez novos Rotary Clubs, sete Rotaracts e seis Interacts. Durante uma das visitas oficiais em uma cidade mineira, aconteceu algo inusitado: o jantar seria servido em duas mesas paralelas, sendo uma só de mulheres e outra de homens. Questionamos ao presidente do clube se não seria melhor reunir os homens e as mulheres, mas ele, inflexível, resistia, argumentando que aquilo era uma tradição que não poderia ser quebrada. É bem verdade que, naquela época, a mulher ainda não tinha sido admitida como associada do Rotary e aparecia sempre numa paralela, sob o abrigo da Casa da Amizade. Apesar disso, não abrimos mão e fomos direto ao ponto, dizendo que, se ele insistisse naquele “apartheid”, estaria transformando a característica de Família do Rotary, de modo inaceitável, num grupo sem rosto. Agora, temos o Plano de Ação, que aponta flexibilizar, adaptar e expandir nosso alcance como algumas das prioridades do Rotary. Somos uma organização humanitária global que se esforça para construir um mundo melhor por meio de pessoas que se unem e entram em ação, valorizando a diversidade, sem discriminar idade, religião, etnia, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. Com objetivo de flexibilizar os Subsídios Globais neste momento trágico de pandemia, os curadores da Fundação Rotária aprovaram a redução da contrapartida mínima do parceiro internacional de 30% para 15% – e ainda estabeleceram o meio ambiente como nossa sétima área de enfoque. Em consonância com o que foi aprovado no Conselho de Legislação de 2019, em sua reunião de junho deste ano os curadores flexibilizaram e valorizaram o Rotaract com as seguintes decisões: 1 A partir de 1º de julho de 2022, o Rotaract poderá patrocinar projetos de Subsídios Distritais e Subsídios Globais. 2 Os rotaractianos tiveram confirmado seu direito aos reconhecimentos Menção por Serviços Meritórios e Prêmio por Serviços Eminentes. 3 Os curadores mantiveram sua elegibilidade para participar das Bolsas de Estudo, Bolsas Rotary pela Paz e das Equipes de Formação Profissional.

Hipólito Ferreira hipolito@paineira.eng.br

Se antigamente

alguns rigorismos eram entendidos pelos clubes como demonstração de lealdade ao pensamento do Rotary, agora temos um Plano de Ação que aponta a flexibilização como uma de nossas prioridades

A grande notícia veio da Organização Mundial da Saúde, declarando a poliomielite erradicada no continente africano, onde não ocorreu nenhum caso da doença nos últimos três anos. A conquista vale como um prêmio para os rotarianos, que trabalharam incansavelmente por ela ao longo das últimas décadas. Por outro lado, essa novidade é também um convite para que façamos nossa contribuição à iniciativa End Polio Now. O Rotary abre oportunidades para que sejamos sócios nessa missão, e somente aqui ele não vai flexibilizar, pois esse é um compromisso que assumimos com todas as crianças do mundo.

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GIRO GLOBAL

Pessoas em ação pelo mundo Um pouco do que o Rotary vem fazendo em outros países

Estados Unidos O Rotary Club de Yakima Sunrise, em Washington, instalou nove pianos em locais públicos onde qualquer pessoa pode sentar-se e testar as habilidades no teclado. Entre os locais que receberam instrumentos musicais estão pubs, um shopping center e uma cafeteria – mais lugares serão escolhidos em breve. O projeto Piano Pintado também forneceu bolsas de 300 dólares a cada artista que pintou os instrumentos doados. “As pessoas param para ouvir a música ou admirar as obras de arte produzidas”, diz Nathan Hull, presidente 2019-20 do clube. “O estilo musical dos pianistas vai de Mozart a Van Halen, e isso tem sido muito divertido.” Reino Unido Para arrecadar fundos para a campanha End Polio Now, o Rotary Club de Narberth & Whitland está vendendo echarpes que trazem a logomarca do Rotary. O design das peças é de autoria da estudante de moda Mia Hewitson-Jones, em colaboração com o estudante de artes gráficas Sam Stables, ambos da Faculdade Pembrokeshire. As echarpes estão à venda desde o ano passado, após o clube ter obtido licença do Rotary International para o uso da marca. “Em abril deste ano, quase 100 já haviam sido vendidas e outra remessa estava a caminho”, informou o associado John Hughes. A ideia de comercializar os itens partiu de Mary Adams quando eleita presidente do clube, em 2016. Romênia Em meio à pandemia do novo coronavírus, o Rotaract Club de Cluj-Napoca adaptou para suas redes sociais uma campanha de saúde mental que estimula as pessoas a se engajarem em atividades prazerosas, como trabalhos artísticos. “A chamada da campanha foi: ‘Como aproveitar esta época do #fiqueemcasa’”, disse a associada Loana Vultur. Mais de 3.000 pessoas já viram as postagens do clube no Facebook e no Instagram. “Não foi necessário dinheiro”, ela explica. “Nossos recursos foram nossa mente, criatividade e vontade de ajudar. Na Romênia, temos a expressão: ‘Faça o céu com o que você tem em mãos’”.

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Guatemala Mais de 100 guatemaltecas tiveram ajuda financeira do Interact e do Rotary Club de Hillsdale High School, da Califórnia, Estados Unidos, e do grupo beneficiente Namaste Direct. Ao longo dos anos, cerca de 100 interactianos de Hillsdale se juntaram a rotarianos e professores em viagens a Antígua, cidade no planalto central da Guatemala, para conhecer as mulheres contempladas com subsídios obtidos por meio de eventos de arrecadação organizados por estudantes, como gincanas e jantares. “As visitas ao local são uma forma de os estudantes verem na prática como o microcrédito e as oficinas de orientação financeira e mentoria as capacitaram”, explica o fundador e diretor executivo da Namaste Direct, Robert Graham. Como principais razões para o sucesso do projeto, ele cita a política da Namaste de cobrar juros mais baixos, com empréstimos variando entre algumas centenas e 4.000 dólares, a adesão às metodologias de consultoria e o envolvimento do Rotary. “Muitas mulheres têm lojas de conveniência, enquanto outras compram roupas e artigos domésticos a granel para revenda”, informa Graham. Guatemaltecas com outras ocupações, como venda de nozes, criação de frangos para abate e confecção de chocolates, também foram beneficiadas. Índia Nos primeiros 20 anos do Rotary Club de Vapi, seus associados supervisionaram a fundação de uma escola, um hospital e uma faculdade. “Nosso clube criou uma cidade inteira em que vale a pena residir”, declara Ketan Patel. No início de 2011, buscando uma forma de homenagear Kalyan Banerjee, o integrante mais famoso do clube, que em julho daquele ano assumiria a presidência do Rotary International, os rotarianos abraçaram um projeto para oferecer diálise à população, uma iniciativa que se mantém até hoje. Cerca de 3.800 pacientes renais já receberam mais de 32 mil atendimentos. “Todo o tratamento é gratuito”, diz Patel. O custo das diálises é coberto pelas contribuições voluntárias de rotarianos e de pessoas da comunidade, bem como pela captação de recursos efetuada pelo clube. (Por Brad Webber, para a edição deste mês da The Rotarian) Rotary Brasil

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depoimento

Precursores de uma luta

O médico Paulino Kotaka relembra sua parceria com Albert Sabin

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le ainda guarda bem na memória o dia 31 de dezembro de 1979. O médico brasileiro Paulino Iwane Kotaka estava hospedado em uma casa em Guaratuba, no litoral do Paraná, para passar o Réveillon com a família quando, de repente, uma viatura da Polícia Militar estacionou em frente. Kotaka teve que ir com os oficiais. Mas ele não cometera qualquer irregularidade, pelo contrário. Ele estava sendo convocado às pressas a Curitiba pelo então secretário estadual da Saúde por uma causa nobre. Após uma reunião rápida, o médico seguiu diretamente para União da Vitória, onde se iniciaria uma batalha histórica. Ali, naquela cidade no extremo sul do interior do Paraná, Kotaka, como mestrado em saúde pública, se deparou com muitas crianças internadas por conta de uma paralisia grave. O diagnóstico veio categórico: elas estavam sendo acometidas e morrendo pela forma bulbar da poliomielite – quando o poliovírus invade e destrói os nervos da região bulbar do tronco cerebral, fazendo com que os pacientes apresentem dificuldades potencialmente fatais para deglutir, falar e respirar. O doutor Kotaka seria, porém, a pessoa certa no local certo. Responsável pela Divisão Técnica da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, ele reunia experiência de outros surtos epidêmicos no Estado, como o de meningite meningocócica anos antes, e iria coordenar a resposta a uma das eclosões mais severas da pólio no país. Foi neste momento que o professor Kotaka teria, como ele próprio define, a satisfação de trabalhar diretamente com o cientista Albert Sabin – mundialmente famoso por ter desenvolvido a vacina oral contra a pólio na década de 1950. Sabin já vinha colaborando com o Ministério da Saúde e se deslocou rapidamente para Curitiba para atuar naquele quadro emergencial. “O nosso trabalho consistia em elevar rapidamente uma parede imune para controlar a epidemia, justamente porque, para cada caso da poliomielite, apareciam posteriormente

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Biblioteca Virtual em Saúde/Fiocruz

Rio de Janeiro, 1980: aguardando a vez na primeira edição do Dia Nacional de Vacinação contra a Pólio

outros, mais distantes, sem aparente relação, o que fazia prever que a doença estivesse espalhada por uma área muito maior”, contou o médico. “A orientação do professor Albert Sabin foi de executar a vacinação em um dia só em todo o Estado do Paraná. E assim planejamos a campanha e desenvolvemos uma ampla divulgação para preparar a comunidade”, explicou. A experiência no sul do país foi tão bem-sucedida que inspiraria o Ministério da Saúde a criar os Dias Nacionais de Vacinação ainda em 1980. O depoimento de Kotaka foi um dos pontos altos de uma reunião por videoconferência de quatro clubes da capital paranaense (distrito 4730), realizada em junho. Na oportunidade, o médico também enalteceu o trabalho do Rotary, avaliado por ele como fundamental na erradicação da doença no Brasil e em quase todo o mundo. Outra fala emocionante foi a de Jean Cordeiro, engenheiro agrônomo que sobreviveu à pólio – ele foi infectado em 1973, com sete meses de vida. A reunião conjunta teve a participação de 92 rotarianos, entre eles o diretor 2017-19 do Rotary International Paulo Augusto Zanardi, associado ao Rotary Club de Curitiba-Cidade Industrial.


Mensagem do chair da fundação rotária

Juntos somos capazes de superar

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á um abismo de diferença entre um problema e um desafio. Se uma abelha enfrenta sozinha uma vespa, ela tem um problema. Mas se a abelha luta com a vespa tendo a seu lado um enxame de outras abelhas, então é a vespa que tem um problema. Isso se aplica à natureza e também aos seres humanos. Portanto, quando a situação que enfrento é maior do que os recursos de que disponho, pode ser considerada um problema. No entanto, se os recursos que tenho são maiores do que a situação com que me deparo, então é apenas um desafio. Às vezes, superestimamos nossos problemas e subestimamos nossa capacidade de vencê-los. A pandemia de Covid-19 parecia uma situação que poderia sobrecarregar a Fundação Rotária. Porém, conforme os dias foram passando, não permitimos que isso acontecesse. Em 4 de junho, já havíamos financiado 208 Subsídios para Assistência em Casos de Desastres no valor de 5,2 milhões de dólares e 169 novos Subsídios Globais totalizando 13,8 milhões de dólares – tudo isso em apenas três meses. Alavancamos a generosidade individual de rotarianos com fundos da Fundação Rotária e, em muitos casos, com outros fundos corporativos para tornar os projetos maiores e mais impactantes. Nunca permitimos que a pandemia nos dominasse. De fato, a história mostra que os rotarianos são um tipo peculiar. Somos visionários, um grupo idealista com sonhos de um mundo melhor. Ao mesmo tempo, somos resilientes e capazes de resistir a desafios aos quais outros podem sucumbir. Não ficamos ociosos durante os períodos de bloqueio impostos pela pandemia. Arrecadamos fundos e realizamos projetos, exatamente como o faríamos se não houvesse o isolamento social. Nós nos lembramos de que é o mesmo que sempre fazemos – alcançar as pessoas em perigo –, exceto pela metodologia pela qual o fizemos. Nosso processo de preparação e entrega dos projetos mudou, e também a maneira como comunicamos o que fizemos. A Fundação Rotária tem mais de cem anos e já resistiu a muitas tempestades – algumas moderadas e outras devastadoras para o mundo. Graças à força, sacrifício e compaixão dos rotarianos e ao nível ao qual eles mesmos se expandiram, acredito que a Fundação continuará enfrentando os desafios futuros com esperança e inspiração renovadas. Nossa Fundação emergirá dessa pandemia muito mais forte e resiliente desde que você continue confiando e acreditando nela.

K. R. Ravindran

Nossa Fundação

emergirá dessa pandemia muito mais forte e resiliente desde que você continue confiando e acreditando nela

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agenda iStockphoto

O grande encontro online Em setembro, o Instituto Rotary do Brasil nos aguarda em formato virtual e gratuito

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ste ano, pela primeira vez, o maior encontro nacional do Rotary será realizado virtualmente. É o que diz o comunicado do Comitê de Promoção do 43º Instituto Rotary do Brasil, respondendo à necessidade de distanciamento social imposta pela pandemia do novo coronavírus. O evento será gratuito e ocorrerá nos dias 11 e 12 de setembro. Os Seminários de Desenvolvimento do Rotary, Desenvolvimento do Quadro Associativo, Fundação Rotária e de Imagem Pública e o encontro nacional do movimento de Rotaract se darão de 4 a 6 de setembro. Os Seminários de Treinamento de Governadores Eleitos e Indicados, por sua vez, tiveram espaço de 28 a 30 de agosto. O comitê informa que as inscrições previamente efetuadas para o Instituto deste ano, que levaria os participantes a Salvador, serão automaticamente mantidas para a edição de 2021, quando o evento ocorrerá na capital baiana entre os dias 29 de agosto e 5 de setembro. O comunicado pondera que o formato virtual está em consonância com o que o próprio Rotary International preconiza para o momento. “A própria mecânica de saúde pública, imposta pelas autoridades locais, certamente limitará o número de pessoas a frequentar determinados espaços.

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Onde antes se acomodavam 1.200 pessoas, provavelmente acomodaríamos 400 ou 500 pessoas, dentro das novas regras de distanciamento social”, analisa o informe. “Cremos ser uma decisão que beneficia os rotarianos, os clubes e distritos do Brasil, e coloca nossa instituição acima da crise. É um aprendizado de como conectar gestões e abrir oportunidades para novos formatos de difusão do ideal rotário”, conclui o documento, assinado em conjunto pelo convocador do Instituto, o diretor Mário César de Camargo; pelo diretor 2021-23 Júlio Cesar Silva Santisteban; pelo chairman do Instituto de 2021, Valdomiro Oliveira; e por Paulo Eduardo de Barros Fonseca, chairman do Instituto de 2022, previsto para São Paulo.

Instituto Rotary do Brasil de 2020 Acompanhe as notícias e atualizações do evento pelas páginas da nossa revista nas redes sociais. Acesse: www.facebook.com/revistarotarybrasil www.instagram.com/revistarotarybrasil www.twitter.com/revistarotarybr


novos clubes

Nossa família é forte!

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Número de clubes criados no Brasil durante a pandemia demonstra força do Rotary

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novo coronavírus não impediu que a nossa organização continuasse crescendo. Desde que a Organização Mundial da Saúde decretou estado de pandemia pela Covid-19, em 11 de março, foram criados no Brasil 61 Rotary Clubs, quatro dos quais satélites. Apesar das medidas de distanciamento social, a Família do Rotary mantém-se atuante, recorrendo, para isso, à tecnologia. “Fomos forçados a

Rotary Clubs

Anápolis-Jaiara, GO Araguaína-Capim Dourado, TO Bagé-Charrua, RS Betim-Vianópolis, MG Bom Jesus da Lapa, BA Braúna-Ybirá Una, SP Buenópolis, MG Cáceres-Rio Paraguai, MT Campos Belos-Nova Geração, GO Campo Grande-Cidade dos Ipês, MS Catuípe-Águas Minerais, RS Chapada dos Guimarães, MT Cuiabá-Distrito do Sucuri, MT Denise, MT Espinosa, MG Foz do Iguaçu-Conexão, PR Foz do Iguaçu-Itaipu Trinacional, PR Goiânia-Flamboyant, GO Guarda-Mor, MG Ibirité-Terra Firme, MG Ijuí-Conexão, RS

nos conectar de maneiras que nunca poderíamos imaginar, colocando à prova nossa capacidade de adaptação”, disse o presidente 2019-20 do Rotary International, Mark Maloney, em sua mensagem de junho. É o que também nos conta Maria Lúcia Mendroni, presidente do Rotary Club de São Paulo-Moema India, SP (distrito 4563), recém-fundado com 22 associados: “Pelo WhatsApp, resolvi conhecer melhor as pessoas do bairro que

estavam envolvidas em projetos e, assim, traçar o perfil de quem seria um rotariano nato para ser convidado”. Ela lembra que chegou a ter um momento de desânimo, mas logo constatou que estava no caminho certo. “Uma luz brilhou quando resolvi fazer a nossa primeira reunião virtual. Em junho, fundamos um clube maravilhoso, com pessoas que só têm a agregar para um Rotary forte e eficaz.” As nossas boas-vindas às novas unidades brasileiras do Rotary.

Independência, RS Itamarati de Minas, MG Itiquira, MT João Pessoa-Cidade Verde, PB João Pessoa-Tambiá, PB Lajeado-Universitário, RS Lambari d’Oeste, MT Livramento-Martin Fierro, RS Londrina-Paradesporto, PR Montes Claros-Tereza de Calcutá, MG Natal-Saúde, RN Petrolina-Governador Geraldo Coelho, PE Poconé-Portal do Pantanal, MT Pomerode-Nossa Pequena Alemanha, SC Porto Velho-Madeira Mamoré, RO Poxoréu-Morro da Mesa, MT Ribeirão das Neves-Centro, MG Ribeirão Preto-Alta Mogiana, SP Santa Cruz do Sul-Tipuanas-Santa Cruz do Sul, RS Santa Maria-Locomotiva, RS Santarém-Vitória Régia, PA Santiago-Boqueirão, RS

Santo Amaro-José Silveira, BA Santos-Brás Cubas, SP São Francisco-Opará, MG São José do Rio Preto-017, SP São José do Rio Preto-ECO, SP São Paulo-Anhanguera, SP São Paulo-Brasil Japão, SP São Paulo-Moema India, SP São Paulo-Vizinhança Solidária, SP Sumaré-Novos Tempos, SP Teresina-Morada do Sol, PI Tupã-Kaingangs, SP Uberaba-Santa Rosa, MG Vargem Grande Paulista-Conecta, SP

Satélites

Belo Horizonte-Liberdade-Sertão, MG Garça-Azul-Aliança, SP Marília de Dirceu-Gália, SP Presidente Olegário-Lagoa Grande, MG

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CLUBES INOVADORES

Agentes de mudança Um clube pensado para ser viável a jovens profissionais

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ão é de hoje que os rotarianos de Atlanta, nos Estados Unidos, se dedicam à juventude. Foi pensando no futuro que o Rotaract Club de Atlanta deu origem ao Rotary Club de Atlanta Metro, criado para oferecer uma transição tranquila a jovens profissionais que desejam avançar na organização e em suas carreiras. Com foco em contatos profissionais e mentoria, o clube mantém parcerias com outras organizações filantrópicas para oportunidades de voluntariado, facilitando algumas das responsabilidades organizacionais dos associados. Apesar de atuante como expresidente do Rotaract Club de Atlanta, Alisha Rodriguez presumiu que as demandas de seu trabalho a impediriam de se associar a um Rotary Club. Ela havia ouvido falar que muitos clubes exigem grande comprometimento de tempo e que os novos associados costumam, segundo a jovem, “ser convocados para comissões e sobrecarregados”. David Gordon e Warren Turner, então associados ao Rotary Club de Dunwoody, com longo envolvimento na orientação de rotaractianos, sabiam do que ela falava. Por isso, resolveram convidar Alisha e outros jovens para fundarem um clube. “Alguns vieram do Rotaract e outros eram amigos dos rotaractianos”, conta Warren. “Falamos com ex-rotarianos do nosso clube anterior. Eles acharam esse novo modelo de clube mais flexível e atraente.”

Parcerias Para dar conta do serviço e de seus compromissos, o clube prioriza par-

cerias com voluntários. “Estruturamos oportunidades de voluntariado construindo relacionamentos com outras organizações” em vez de começar projetos do zero, explica Alisha. “A única instituição para a qual incentivamos os associados a doarem é a Fundação Rotária”, diz David. “Apoiamos outras instituições com nosso trabalho físico e intelectual.” O clube contribui com algumas delas em parceria com o Rotaract e com outros Rotary Clubs. Um programa informal de mentoria está em seus primeiros passos, mas David já vê bons resultados. “Acabamos de começar. Estamos combinando as pessoas lenta, mas seguramente”, diz. Segundo Warren, os mais velhos também aprendem com os mais novos. “Os jovens estão muito mais confortáveis com as tecnologias emergentes. Nós provavelmente preferimos e-mail, eles preferem Slack [um software de comunicação de equipes].” Equilíbrio “Tentamos manter o equilíbrio entre associados jovens e os mais velhos”, comenta David. E Warren observa que, por ser um clube pequeno, os grupos fechados, como os que eventualmente surgem em clubes maiores, foram evitados. “Uma armadilha que muitos Rotary Clubs enfrentam é que você tende a se relacionar com o mes-

Associados ao Rotary Club de Atlanta Metro trabalhando como voluntários em uma corrida em prol da Adult Disability Medical Healthcare ROTARY CLUB DE ATLANTA METRO, ESTADOS UNIDOS Ano de fundação: 2019 Número original de associados: 20 Número atual de associados: 31

mo grupo de pessoas”, ele diz. “Aqui, como somos um clube menor, você é forçado a conversar com todo mundo. Trata-se de conversar, de ouvir o que é importante para as pessoas.” O clube se reúne duas vezes por mês, mas pode substituir um encontro regular por uma reunião de companheirismo em local diferente, como um pub com boliche. E costuma organizar eventos sociais em um hotel que, apesar de estar localizado em uma área badalada da cidade, cobra do clube apenas cem dólares pelo espaço. A cada dois meses, é realizada uma reunião com o Rotaract Club de Atlanta. “É um clube menos formal e as pessoas gostam muito dele. É um grupo de amigos e tentamos mantêlo assim”, define David. “Estamos investindo muito tempo em garantir que nossos associados estejam felizes e queiram participar.” (Reportagem de Brad Webber para a edição deste mês da The Rotarian)

Você está em busca de mais ideias de como o seu clube pode se reinventar? Acesse rotary.org/pt/flexibility

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PROJETOS QUE INSPIRAM

O futuro na ponta do lápis de colorir

Concurso internacional recebe desenhos de crianças sobre suas experiências em relação à pandemia

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omo tem sido para as crianças a experiência do confinamento imposto pela pandemia? O que elas esperam para os dias que se seguirão ao fim das restrições trazidas pelo novo coronavírus? O concurso internacional de desenho Sonhando com Meu Futuro estendeu uma folha em branco a crianças de seis e sete anos de idade para que elas pudessem expressar seus conhecimentos e sentimentos a partir das próprias experiências em relação a esse momento vivido pelo mundo. A convite do Rotary e-Club Fusión Latina D4465, do Peru, o Rotary Club do Recife-Leão do Norte, de Pernambuco, no distrito 4500, representou o Brasil na iniciativa. Por meio de Rotary e Rotaract Clubs, o projeto, coordenado pelo rotariano Fernando Barrera Liza, do distrito 4465, reuniu oito países da América do Sul mais a Espanha. O Educandário Analine, localizado na capital pernambucana e referência no ensino infantil, foi o parceiro escolhido pelo clube brasileiro para o projeto. A diretora Adriana Lúcia Ayres aceitou a proposta e a professora Elda Alves da Silva coordenou a participação de dez alunos. Os desenhos que dão cor a esta página expressam os sonhos para o futuro de cinco das crianças recifenses e foram encaminhados para o concurso. Todos os participantes e a escola receberam um certificado internacional.

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SAÚDE MENTAL

Você conhece a síndrome da cabana?

Ela pode nos acometer após longos períodos de isolamento, nos fazendo sentir inseguros fora de nossas casas Lucia Moyses*

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alvez você nunca tenha ouvido falar na síndrome da cabana. Realmente, esse termo, apesar de ter surgido em 1900, não é muito conhecido atualmente. No entanto, você, seu vizinho, sua filha, seu amigo podem estar passando por essa síndrome neste exato momento sem perceber. Como assim? Afinal, o que é a síndrome da cabana? Imagine que a quarentena terminou. Já existe uma vacina para a Covid-19. Não há mais motivos para temer as ruas. No entanto, só de pensar em sair de casa você já começa a ficar apavorado, confuso, tenso, angustiado e pode chegar até a sentir seu coração disparar. Mesmo sem ameaças imediatas, você não se sente mais seguro fora do seu lar. Sua casa é o único lugar que lhe proporciona segurança e proteção. Esse medo, após longos períodos de isolamento, é justamente o que define a síndrome da cabana. O nome foi dado em função dos trabalhadores norte-americanos que se refugiavam em suas cabanas quando o inverno chegava e, depois, tinham receio de voltar à civilização quando o frio terminava. O mesmo já está acontecendo atualmente, devido à quarentena que nos confinou em nossos lares desde março. Hoje, algumas pessoas já estão entrando em desespero com a reabertura de shoppings, lojas e o relaxamento de alguns com relação ao isolamento. Não querem, de modo algum, que a quarentena termine. Obviamente, esse medo pode vir da possibilidade de serem contaminados. Porém, a síndrome da cabana, ainda que não aja como fator principal, desempenha um papel importante na resistência em voltar à vida normal. Antes da quarentena, antes da Covid-19, já havia pessoas que não saíam mais de casa. Trabalhavam em home office, faziam as compras pela internet e passavam períodos muito longos sem colocar os pés na rua. Nosso cérebro se ajusta à nova rotina e o confinamento passa a ser normal e necessário. Mesmo prisioneiros, após um longo período encarcerados, podem sentir medo de voltar à civilização e, muitas vezes, podem cometer crimes tão logo saiam da cadeia, para poderem voltar à vida à qual já estavam acostumados. A mudança nos tira da zona Rotary Brasil AGOSTO de 2020


Ilustrações: iStockphoto

de conforto, ainda que, para muitos, aquela zona de conforto pareça uma opção ruim. Explicando o medo O medo é uma sensação provocada pelo cérebro que auxilia o indivíduo em sua sobrevivência e adaptação. Se não sentíssemos medo de nada, não teríamos como nos defender e provavelmente morreríamos rapidamente. Esse mecanismo de sobrevivência ocorre a partir do Sistema Nervoso Central (SNC). Por exemplo, quando avistamos uma serpente, essa informação é levada ao SNC e passa pelo hipocampo (sede das memórias), que vai conferir se aquela informação já existe. Em seguida, o hipotálamo vai interpretar o que recebeu e relacionar ao perigo. Ao obter essa interpretação, a amígdala (responsável pelas emoções) alerta o organismo na forma de medo. Imagine uma criança que nunca viu uma cobra nem ouviu nada sobre ela. Ao se deparar com a serpente, não sentirá medo e provavelmente será picada. Assim, sentir medo é não só normal como necessário. No entanto, há muito medo. O medo pode ser real, como o medo de um assaltante; o medo pode ser imaginário, ou seja, não há nada acontecendo de fato, mas sentimos medo de alguma coisa que não conseguimos definir; o medo pode ser futuro, como o medo da morte; e o medo pode ser desproporcional ao objeto que o causou. Quando o medo não é específico e dura longos períodos, então ele passa a ser chamado de ansiedade. A ansiedade não tratada e persistente pode levar ao pavor. A síndrome do pânico, por exemplo, e as fobias, quando atrapalham nossa vida, causam muito sofrimento e demandam ajuda profissional. O processo da quarentena Quando a quarentena começou, sentimos muita dificuldade de adaptação. Nossa rotina mudou. Pais que só conviviam com os filhos nos fins de semana de repente se sentiram perdidos e muito estressados. Casais começaram a brigar incessantemente. Chegaram Rotary Brasil

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SAÚDE MENTAL a pensar em divórcio. Viajar? Impossível! Hotéis e passagens aéreas cancelados ou perdidos. Os estudos passaram a ser realizados por computador ou celular. Aplicativos, antes desconhecidos, tornaram-se fundamentais. Muitos sentiram falta dos almoços de domingo na casa dos familiares. Páscoa, aniversários, qualquer atividade festiva precisou ser feita a distância. Abraços e beijos foram proibidos. Pessoas encheram suas casas de produtos não perecíveis com medo de não ter o que comer no futuro. Trabalhar em home office se tornou um desafio. O cachorro late, a criança chora, o prédio ao lado está em construção (e os trabalhadores não entraram em quarentena), o ônibus passa, o calor se torna insuportável e não se pode abrir a janela por causa do barulho. Enfim, um caos. Sem falar nos que têm (ou tinham) negócio próprio. Lojas fecharam, diversos trabalhadores passaram a buscar outras atividades para sobreviver, quem tinha pé-de-meia começou a ver seu dinheiro indo embora, quem não tinha, precisou contar com a ajuda do governo. Mas, de repente, tudo começou a entrar nos eixos. Amigos passaram a fazer reuniões semanais por vídeo. Pais começaram a valorizar mais tempo com os filhos. Descobrimos que podemos achar de tudo pela internet. Ganhamos mais tempo para ler, estudar, refletir. O casal conseguiu se entender e agora não pensa mais em se divorciar. Parentes que raramente se viam passaram a se ver semanalmente em reuniões da família. O pôr do sol ficou mais bonito sem tanta poluição. Psicólogos e coaches se viram com mais atendimentos. A lista de filmes para serem vistos um dia começou a diminuir. Enfim, tudo o que era muito difícil no começo passa a ser o certo, o bom, o confortável. Pelo menos, para grande parte da população. Agora, com a possibilidade de a quarentena terminar, torna-se necessária uma nova adaptação. Começar tudo de novo. Ainda existe o medo do vírus, mas, mesmo que não mais existisse, haveria resistência para voltar à vida anterior. Nosso cérebro passou a entender que somente em casa estamos seguros, protegidos. Fora de casa, estamos na selva, estamos na guerra. São os efeitos da síndrome. Estamos doentes? A síndrome da cabana não é uma doença, é um fenômeno natural diante das circunstâncias. Apesar do nome, não é um transtorno mental, embora possa precisar dos cuidados de um profissional da mesma forma. Quem sofre desse fenômeno pode sentir muita angústia, muita ansiedade, perder a concentração, perder a memória, passar a comer muito e a dormir muito, embora possa acontecer de o indivíduo perder o apetite e o sono, e alguns sintomas físicos também podem se manifestar, como taquicardia, sudorese, tonturas. Os sintomas podem lembrar a síndrome do pânico. A diferença é que esta leva o indivíduo ao isolamento, enquanto na síndrome da cabana acontece o contrário. O isolamento leva o indivíduo ao pânico. Como voltar à vida normal Algumas dicas podem ajudar quem está (ou estará) sofrendo dessa síndrome. 1 Respeite o seu tempo. Não se obrigue, não se cobre, não se culpe. Cada um tem um ritmo diferente e o sentimento é totalmente válido. O importante é não desistir. 2 Estabeleça uma rotina. Por que isso é importante? Porque na rotina você se sente no controle e, se você está no controle, pode controlar os seus pensamentos – e, portanto, pode controlar seu medo.

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Apesar do nome, a síndrome da cabana não é um transtorno mental, embora possa precisar dos cuidados de um profissional

3 Comece aos poucos, devagar, e recompense cada passo, cada progresso. Por exemplo, no primeiro dia, simplesmente abra a porta de sua casa e fique ali, olhando para fora. Avalie como está se sentindo. Se puder, dê alguns passos. Se não, feche a porta e se recompense pela sua coragem. No dia seguinte, tente dar alguns passos para fora. Continue enquanto se sentir confortável. Senão volte. Continue insistindo todos os dias até conseguir ir até a esquina e voltar. Não há problema em retroceder. Não há problema em dar um tempo. Apenas tente. Acredite que você pode. Mas não force. Aumente as recompensas conforme for progredindo. 4 Lembre-se de todas as coisas boas que você tinha e fazia ao sair de casa. Lembre-se de seus familiares, do churrasco na casa dos amigos, do cinema, dos restaurantes, dos parques, da cervejinha gelada no bar, do sol acariciando sua pele, do vento bagunçando seus cabelos, das viagens divertidas. Enfim, comece a condicionar seu cérebro para que ele diminua progressivamente a resposta do medo. 5 Nada disso está adiantando? Então, procure ajuda de um profissional. Você não precisa sofrer sozinho nem mais do que o necessário. A síndrome da cabana, quando longa e não monitorada, pode desencadear um quadro depressivo grave.

A quarentena acabou? Não. Ainda é preciso tomar muito cuidado ao sair de casa e, de preferência, não sair. Mas por que já não nos munirmos de todas as informações necessárias para quando essa hora chegar? Quanto maior o nosso conhecimento, mais protegidos e seguros estaremos, agora ou no futuro. Além disso, se pensarmos bem, a tendência é nos isolarmos cada vez mais, com muitos trabalhando em home office, lojas físicas se transformando em lojas virtuais e sites de relacionamento indicando que hoje os encontros online são cada vez mais comuns e práticos. Enfim, tudo parece caminhar para que a síndrome da cabana se torne um fenômeno menos raro e desconhecido. Portanto, que tal praticarmos desde hoje? Vamos começar desde já a enumerar todas as coisas boas que estão nos esperando lá fora. Vamos escrever todos os dias, mesmo que a informação se repita. Vamos condicionar o nosso cérebro a sentir cada vez mais vontade de sair. Um dia a quarentena acabará. Isso é fato. Então, vamos nos preparar para uma nova vida antiga. *A autora é psicóloga, neuropsicóloga e escritora. Seu mais recente livro, A outra, integra a coleção DeZequilíbrios, na qual cada volume aborda um distúrbio psiquiátrico e explora a mente humana e os relacionamentos pessoais. Rotary Brasil

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Protegendo os mais frágeis em tempos de pandemia Rotarianos estão engajados no projeto que já testou 15 mil pessoas para a Covid-19 nos asilos do país

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Reportagem: Luiz Renato Dantas, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré Arte: Armando Santos com fotos enviadas pelos clubes

uem tinha pouca ideia do que o Rotary é e faz teve a oportunidade de conhecê-lo melhor em junho. Nos dias 21 e 26 daquele mês, dois programas jornalísticos de grande audiência da TV brasileira, o Fantástico e o Jornal Nacional, exibidos pela Rede Globo, deram destaque a iniciativas de combate à Covid-19 lideradas por clubes e distritos do país. Recentemente, essas ações também foram assunto nos portais do G1 e da BBC, na revista semanal Época e em emissoras regionais de rádio e televisão. As reportagens mostraram que, além de doar equipamentos de proteção individual e respiradores a hospitais, distribuir máscaras, produtos de higiene pessoal e alimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade social, o Rotary vem respondendo a uma questão central no Brasil: como proteger da Covid-19 a terceira idade, parcela mais sensível da população, onde se concentram 70% dos casos graves? O nome desse esforço nacional é Corona Zero. Com ele, estamos descobrindo uma realidade surpreendente: em muitas instituições, a taxa de contaminação abarca pelo menos metade dos internos. Em uma delas, em Piracicaba, no Estado de São Paulo, a testagem revelou que 70% dos idosos estavam contaminados. Ao saber dessa informação, a direção do asilo interveio a tempo de impedir uma tragédia e realizou um isolamento inverso: encaminhou os 30% com resposta negativa para um hotel, no qual permaneceram por 14 dias. O surto foi controlado. Iniciado em maio, o Corona Zero atua em um país que tem, segundo a coordenação do projeto, cerca de 3.500 Instituições de Longa Permanência para Idosos (as ILPIs), responsáveis pelo abrigo de 70 mil pessoas. O trabalho de testagem é grande, mas o Rotary já se deparou com desafios maiores. “Nós estamos capilarizados em todas as comunidades brasileiras, então a nossa missão é ajudar no combate à Covid. É fundamental que o Rotary não fique omisso neste momento de pandemia”, ressaltou o diretor Mário César de Camargo em sua fala no Jornal Nacional.

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Rotary Club do Rio de Janeiro-Tijuca em ação na capital fluminense: instituições que abrigam idosos acabam correndo os maiores riscos na luta contra o novo coronavírus Rotary Brasil

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Corona Zero é um desdobramento do programa Hepatite Zero, por meio do qual os Rotary Clubs brasileiros vêm realizando mutirões para detectar pacientes dessa doença silenciosa. A ideia de criar uma rede de testagens contra o novo coronavírus nos lares de idosos surgiu nos primeiros estágios da pandemia no mundo, quando começaram a aparecer na imprensa matérias sobre a tragédia enfrentada por essas instituições em outros países. “Acompanhando os fatos que estouravam na Europa e nos Estados Unidos, vi que lá os residentes e funcionários de asilos eram metade de todas as vítimas da Covid-19”, conta o criador e presidente do Corona Zero, Humberto Silva, também à frente do Hepatite Zero e do Grupo Rotary em Ação que planeja erradicar mundialmente a hepatite C. “Uma desproporção impressionante, se considerarmos que os idosos abrigados nesses lares representam menos de 1% da população.” Como a Covid-19 se manifesta de forma assintomática em boa parte das pessoas, seria necessário testar todos os moradores e funcionários das ILPIs brasileiras para conter os surtos. Um plano que depende de muitos voluntários, logística eficiente e abrangência nacional. Foi aí que Humberto, associado ao Rotary Club de São Paulo-Jardim das Bandeiras-Alto de Pinheiros (distrito 4563), pensou em replicar a parceria dos Rotary Clubs com o Hepatite Zero para combater o novo coronavírus. Vencendo o medo Em Santos, no litoral paulista, as testagens começaram em maio. Assim como os demais clubes que participam do esforço, o Rotary Club de SantosPorto (distrito 4420) obteve os kits de testagem RT-PCR diretamente com a coordenação do Corona Zero, localizada na capital paulista, que também fornece itens de segurança, capacitação e as análises laboratoriais – tudo isso de forma gratuita (veja mais

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detalhes no quadro ao final da reportagem). “Primeiramente, veio a insegurança por ser essa uma ação que necessita de apoio presencial dos rotarianos”, conta Caroline Simões Teixeira, presidente do clube santista em 2019-20 e responsável pela coordenação da testagem em seis asilos da cidade. “Por mais que todos os associados tivessem vontade de ajudar, muitos eram de grupo de risco e não podiam estar presentes. Mesmo utilizando luvas, máscaras, protetores face shield, aventais, todos esses equipamentos de segurança, tínhamos que tomar muito cuidado”, diz Caroline, que também é diretora da área de saúde da Universidade Santa Cecília. Os resultados dos exames revelaram muitos casos positivos. “Sempre esperamos resultados negativos, por incrível que pareça, mas muitas casas tiveram diagnóstico positivo tanto para moradores quanto para funcionários.” Outro clube da cidade, o SantosBoqueirão, mobilizou-se para realizar os exames em quatro instituições, incluindo o Lar Espírita Mensageiros da Luz, que atende crianças e adultos com paralisia cerebral. Ao todo, 350 funcionários e residentes foram testados por equipes treinadas pelo laboratório Fleury, um dos parceiros do Corona Zero, que cobra apenas preço de custo pela análise das amostras e concedeu crédito para pagamento. Apoio semelhante foi obtido junto a outros laboratórios, como Hermes Pardini, Grupo Exame e Dasa. Também no distrito 4420, o Rotary Club de São Paulo-Anchieta aderiu ao projeto. Embora a maioria dos seus associados, com mais de 65 anos, não pudesse colaborar presencialmente com as testagens, os mais novos foram para a linha de frente. “Todos participaram, uns selecionando asilos

Na Baixada Santista, o Rotary Club de Santos-Porto (acima) visitou seis instituições da cidade e o Rotary Club de Santos-Boqueirão (à direita), outras quatro. Na foto abaixo, voluntários do Rotary Club de São Paulo-Anchieta posam com o macacão de segurança fornecido pela coordenação do Corona Zero com os kits de testagem


Desdobramento do programa Hepatite Zero, projeto pretende criar uma rede para monitorar casos nos lares de idosos e prevenir surtos de Covid-19

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CAPA e realizando a parte formal, o cadastro dos pacientes, outros fazendo o curso para aplicar o teste. Essa foi e está sendo uma ação conjunta”, relata a associada Adelaide Maria Priami. Em 17 de junho, o clube testou os 51 funcionários e internos do Residencial Aurora. Nenhum deles apresentou resultado positivo, uma boa notícia que se repetiu quando a equipe retornou depois de duas semanas para nova testagem. Na capital fluminense, o Rotary Club do Rio de Janeiro-Tijuca (distrito 4571) somou-se ao exército do Corona Zero. No dia 9 de julho, o clube levou o projeto a duas instituições da cidade: à unidade de Jacarepaguá do Sodalício da Sacra Família, destinada a idosos, e à Casa Ronald McDonald, no bairro do Maracanã, que atende crianças em tratamento oncológico. Ao todo, 118 pessoas, entre pacientes, internos e funcionários, foram testadas nesta que foi a primeira ação do Corona Zero no Estado. “A realização dos testes foi feita por enfermeiros e pessoas especializadas, pois envolve um trabalho de risco”, enfatiza o governador distrital 1991-92 Bemvindo Augusto Dias, que ajudou a coordenar o projeto ao lado de seu companheiro no clube Joper Padrão, governador distrital 2001-02.

Pessoas testadas: aproximadamente 15 mil entre residentes e funcionários

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Valor investido até o momento no projeto: 3,5 milhões de reais

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*Dados de julho de 2020.

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Instituições visitadas em todo o Brasil: cerca de 250

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O CORONA ZERO EM NÚMEROS*

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de Paula Lima, que em uma live no Zoom explicou como seria o projeto Corona Zero”, conta Gustavo. A partir daí, o atual governador do 4560, Silveira Umbelino Dantas, intermediou o projeto em Carmo do Cajuru junto à coordenação do Corona Zero. Com as parcerias da empresa Líder Interiores, que buscou os testes swab em São Paulo, e da Secretaria Municipal de Saúde de Carmo do Cajuru, responsável por aplicá-los e levar as amostras para a capital paulista, o clube pôde garantir que os testes fossem aplicados a tempo na Vila Vicentina. No total, 70 idosos e 30 funcionários foram testados no asilo, e 20 resultados – 16 internos e quatro colaboradores – deram positivo para Covid-19. A vila foi totalmente isolada. “Colocamos todos os funcionários e residentes em quarentena, obedecendo as regras”, conta o presidente do clube mineiro, que também vem distribuindo cestas básicas e máscaras de proteção à população. Além disso, Gustavo explica que eles têm trabalhado para ampliar o alcance do Corona Zero no distrito. “Estou ajudando diversos clubes na organização de todo

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Outra forma de carinho O Rotary Club de Piumhi, no centrooeste mineiro (distrito 4560) e os rotaractianos da cidade já haviam organizado festividades de Natal com entrega de presentes para os idosos da Casa dos Velhinhos Grijalva Alves Terra, administrada pela Sociedade São Vicente de Paula. Em junho, os rotarianos demonstraram de outra forma o carinho e a preocupação que nutrem pelos moradores do único asilo da cidade. Na companhia de quatro companheiros de clube, o presidente 2019-20 Túlio Alves Ferreira repassou 58 testes RT-PCR à instituição. De maneira voluntária, um médico da cidade aplicou os exames, que foram destinados também aos funcionários da casa. “Sempre fomos parceiros da comu-

nidade nas boas iniciativas. Por meio da aplicação desses testes, queremos promover a saúde e a segurança dos idosos e funcionários dessas importantes instituições”, Túlio explica. Por sinal, o clube está envolvido em outras ações nesta pandemia, o que inclui a distribuição de cestas básicas e refeições prontas a instituições assistenciais e famílias em situação de vulnerabilidade social. No caso do Corona Zero, além de garantir a chegada dos testes ao asilo, o clube de Piumhi se responsabilizou pela coleta dos dados dos idosos e colaboradores, pelo envio da documentação necessária e o transporte das amostras para o laboratório, situado em Belo Horizonte. Felizmente, não houve resultados positivos. Os rotarianos de Piumhi tomaram conhecimento do projeto de testagens por intermédio de um companheiro de outro clube: Gustavo Henrique da Silva, presidente do Rotary Club de Carmo do Cajuru. Ele conta que seu clube foi um dos primeiros a serem beneficiados pela iniciativa junto ao distrito 4560. “Ficamos sabendo por meio do governador [2019-20] Paulo Marcos


Em Minas Gerais, o projeto já chegou a Piumhi (acima) e a Carmo do Cajuru (na outra imagem): clubes têm colaborado mutuamente para expandir a iniciativa na região

Na cidade mineira

de Carmo do Cajuru, asilo foi isolado depois que os testes mostraram um alto número de contaminados Rotary Brasil

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o processo para que os testes possam ser realizados. Para alguns deles, ajudei no transporte de equipamentos de proteção individual, tubos falcon e testes swab.” Propaganda no distrito O Rotary Club de São Paulo-Artur Alvim (distrito 4563) é um parceiro fixo da Associação Beneficente de Amparo ao Idoso Carente – Caminho da Vida, onde sempre realiza eventos de arrecadação. Os rotarianos também já haviam promovido ação social de limpeza e manutenção do asilo. Graças a propagandas realizadas pelo distrito, o clube soube que poderia assistir os idosos por meio do Corona Zero. “Fizemos o levantamento dos internos e funcionários, buscamos os kits e entregamos os materiais para o exame”, conta José Paulo Moraes dos Santos, governador assistente 2019-20 e primeiro secretário do clube naquele ano. Um médico ficou responsável por aplicá-los. No total, 22 idosos e 14 funcionários foram testados. A boa notícia é que não houve nenhum resultado positivo para a doença. Mas o trabalho não foi dado por encerrado. O São Paulo-Artur Alvim, que vem

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Iniciativa mobilizou os associados ao Rotary Club de São Paulo-Artur Alvim (acima) e foi realizada em parceria por rotarianos e rotaractianos na cidade de Americana (na outra página)

se reunindo por videoconferência, desenvolve uma campanha mensal de arrecadação de alimentos, doados todos os finais de semana na região, e tem planos de realizar o Corona Zero em mais asilos. “A zona leste de São Paulo é muito carente”, justifica José Paulo. Na cidade paulista de Americana (distrito 4621), a realização do Corona Zero tem sido um esforço conjunto que reuniu os Rotary Clubs de Americana, Americana-Ação e AmericanaIntegração, além dos Rotaract Clubs de Americana e Americana-Ação. Com essa união de forças, entre os dias 22 e 30 de junho, cerca de 400 pessoas, entre residentes e funcionários de dez ILPIs, puderam ser testadas para Covid-19 – e outras instituições

já foram cadastradas em uma lista de espera para uma possível segunda fase do projeto. A primeira bateria de testagens teve caráter preventivo. Com quase todos os resultados verificados, houve a detecção de casos positivos para a doença em duas das instituições. “Todos os cuidados estão sendo tomados, assim como a Vigilância Sanitária está ciente”, afirma Adriana Terezinha Dantas Moreira de Souza, associada ao Rotary Club de Americana e governadora assistente 2019-20. Os rotarianos envolvidos no trabalho acompanharam todas as testagens. Mas não foi só isso: depois de treinadas pelo laboratório Fleury, a então presidente do Rotary Club de Americana-Ação, Erika Tayra, e as rotaractianas Larissa Kiyanitza e


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CAPA Francielly Helena, todas da área de saúde, foram as responsáveis por realizar a maioria das coletas, apoiadas pelos funcionários das ILPIs. “Foram sete dias intensos”, recorda Adriana. “Em alguns deles, estivemos em duas instituições no mesmo dia, mas as dificuldades que puderam existir foram transpostas pela boa vontade no servir e por saber que estávamos fazendo o bem.” Além da satisfação por terem ajudado quase 400 pessoas a se manterem seguras neste momento de pandemia, houve outro aspecto positivo para os clubes. Na opinião de Adriana, a imagem pública foi alavancada. “A mídia nos procurou para entrevistas, depoimentos, matérias.” Balanço positivo Humberto Silva conta que, diante da urgência de tirar o projeto do papel, em seus primeiros passos o Corona Zero foi custeado com recursos próprios. Recentemente, o projeto firmou acordo com um patrocinador. Ele destaca o apoio que vem recebendo do diretor do Rotary International Mário César de Camargo, do vice-presidente do Corona Zero, Nadir Zacarias, e de Alexandre Ferreira, um dos diretores da iniciativa. Humberto estima que, até meados de julho, o Corona Zero tenha mobilizado algo em torno de 3,5 milhões de reais com as testagens, beneficiando cerca 15 mil pessoas em mais ou menos 250 asilos (a meta é chegar a 2.000 ILPIs). Até concluirmos a apuração desta reportagem, o trabalho havia conquistado a adesão de praticamente todos os 31 distritos do Rotary no Brasil. Apesar do patrocínio, para que a iniciativa sobreviva serão necessárias outras fontes de recursos. “Pedimos a todos os rotarianos que entrem em nosso site e doem qualquer coisa que puderem”, Humberto solicita. “A causa é muito bonita.” Para os rotarianos que estão levando esse trabalho aos lares de idosos do Brasil, o sentimento é de satisfação pelo dever cumprido. “O balanço é positivo para o clube e a sociedade como um todo”, define Caroline Simões, do Rotary Club de Santos-Porto. “Trata-se de um projeto bem diferenciado, em que assistimos pessoas que muitas vezes não têm o auxílio necessário ou não possuem condições de realizar os exames.” Numa pandemia que sacrifica preferencialmente os mais frágeis deste mundo, ninguém pode ser deixado para trás.

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SEU CLUBE E VOCÊ TAMBÉM PODEM PARTICIPAR Como solicitar os kits de testagem Além do site www.coronazero.com.br, você pode entrar em contato com a coordenação do projeto pelo e-mail coronazero@hotmail.com ou pelo telefone 11-3253-4034.

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Com o material para os testes RT-PCR, o Corona Zero fornece equipamentos de segurança aos clubes (como macacão, viseira e luvas), fichas para cada paciente testado e um banner de divulgação. Todo esse material é repassado aos Rotary Clubs de forma gratuita.

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Os kits podem ser retirados na sede do projeto, localizada na capital paulista. Para os clubes mais distantes de São Paulo, há a possibilidade de envio por Sedex ou outras modalidades.

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Na maioria dos casos, as equipes que recolhem as amostras para os exames são fornecidas pelas secretarias municipais de Saúde (os exames são sempre solicitados por um médico responsável). Há ainda a colaboração voluntária de profissionais de saúde parceiros dos clubes. Além disso, os participantes são capacitados remotamente pelo projeto.

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As amostras são analisadas por laboratórios conveniados – também sem custos para os clubes.

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Como ajudar o projeto a ser mantido Acesse o site www.coronazero.com.br e clique no botão Doe já.



opinião

Que a solidariedade empresarial seja perene A importância das parcerias do setor privado com instituições, fundações e organizações da sociedade civil iStockphoto

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Marina Gama e Jeferson Lana*

rises acontecem mesmo com organizações que desenvolvem estratégias para evitá-las. Podem crescer de forma muito rápida e, com isso, prejudicar a rentabilidade da empresa, sua reputação e a credibilidade dos gestores. Esse é o cenário que está sendo vivido atualmente por grande parte das corporações no mundo, se não todas, em razão da crise da Covid-19. Segundo a Organização Mundial do Comércio, há previsão de queda global dessa atividade entre 5 e 30% em 2020, e, apesar de a rentabilidade das empresas estar em risco, muitas têm desenvolvido planos de ação para melhorar sua reputação e auxiliar a sociedade a se recuperar dos impactos da crise. Por exemplo, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial juntou-se a ArcelorMittal, Fiat Chrysler Automóveis, Ford, General Motors, Honda, Jaguar Land Rover, Renault, Scania, Toyota e Vale para realizar manutenção nos respiradores mecânicos que estão sem uso. A Vale disponibilizou sua infraestrutura logística e escritórios na China para adquirir mais de 500 mil testes rápidos para a Covid-19. O setor calçadista também mudou sua estrutura de produção e está fabricando máscaras, calçados especiais e uniformes para atender ao setor de saúde. Essas ações das empresas brasileiras seguem outras tantas ao redor do mundo, como as da Apple ou da Didi Chuxing.

importância para o país – e os stakeholders têm a expectativa crescente de que as empresas devem realizá-las. Segundo o Business Roundtable (organização não governamental com base em Washington, D.C., em que os membros são presidentes das principais corporações dos Estados Unidos), um dos grandes desafios das empresas no século 21 é gerar valor de longo prazo para todos os stakeholders, com ações que almejem prosperidade e sustentabilidade compartilhadas entre negócios e sociedade. Para que as ações sociais e ambientais sejam efetivas, é importante que as empresas reflitam sobre o uso da cadeia de parcerias com instituições, fundações e organizações da sociedade civil. São esses órgãos que têm a expertise em lidar com situações extremas e que conseguem chegar na ponta e atingir os mais necessitados. Por exemplo, o Instituto Votorantim firmou parceria com instituições de saúde e entidades privadas da sociedade civil ao fazer aportes financeiros em projetos sociais para auxiliar na crise da Covid-19. Enquanto o setor privado precisa fazer um esforço do zero para desenvolver, sozinho, essas ações, as organizações sem fins lucrativos já têm a habilidade de lidar com situações complexas. Portanto, utilizando as redes dessas organizações, as empresas conseguirão desenvolver de forma mais eficiente sua atuação em responsabilidade social corporativa.

ATUando em rede As corporações estão trabalhando de forma efetiva nas questões sociais e auxiliando os governos e a sociedade a enfrentar a crise. Essas atividades, entretanto, deveriam perdurar para além da crise, pois ações sociais e ambientais são de extrema

*Os autores são, respectivamente, docente da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas e professor da Universidade do Vale do Itajaí. Análise originalmente publicada na revista GV Executivo de 12 de junho. Fonte: Agência Bori.

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pergunta do mês

Como o Rotary abriu oportunidades para você? Entre tantos bons depoimentos, foi difícil selecionar apenas alguns à indagação que fizemos na edição passada e, também, nos perfis da revista no Facebook e no Instagram. Agradecemos a todos que responderam

“O Rotary é uma filosofia de vida inspirada nos princípios divinos da boa vontade, solidariedade e voluntariedade. Ele me fez repensar criticamente minha vida e gerou a oportunidade de eu realizar um upgrade na maneira de atuar como cidadão do mundo. As experiências vividas, atreladas aos preceitos e normas do Rotary, fizeram-me outro ser e me deram oportunidade de servir. Ser feliz é muito bom, porém tornar os outro felizes é fenomenal. Não tem preço.” Raimundo José da Silva Rodrigues, do Rotary Club de Macapá-Sul, AP (distrito 4720) “Antes de me associar, não sabia o que era o Rotary, nem que era uma instituição tão grande. Entrei procurando voluntariado. Eu era muito tímida e estava numa fase bem ruim da minha vida. Encontrei um clube que me apoiou e me motivou, e reconquistei a autoconfiança. Tive a oportunidade de me desenvolver muito, com isso abri minha própria agência de marketing e consultoria. Sou muito grata: com toda a certeza, o Rotary abre oportunidades e abrirá muitas mais, para mim e para todos!” Gabriela Maria Costa, do Rotaract Club de Joinville, SC (distrito 4652) “Há 20 anos me estabeleci em Bento Gonçalves para iniciar uma nova jornada profissional e pessoal. Com 27 anos de idade, logo fui convidado para participar do Rotary Club de Bento Gonçalves, o que me deixou honrado. Grandes companheiros, profissionais de referência e pessoas de valor, que já atuavam junto à comunidade fazendo a diferença, me encheram de orgulho por me proporcionar a oportunidade de servir ao lado deles. Os bons exemplos me fizeram crescer e perseverar. As oportunidades de atuar e me desenvolver profissional e pessoalmente foram surgindo naturalmente. Já são quase 20 anos de muito trabalho e gratidão a todos os companheiros rotarianos que serviram de exemplo e base para o meu desenvolvimento. Hoje agradeço especialmente à presidente do nosso clube, Raquel Vieira, minha esposa, que me enche de orgulho pela dedicação à frente do nosso clube e estendo o meu muito obrigado a todos os rotarianos.” Carlos Augusto Farina, do Rotary Club de Bento Gonçalves, RS (distrito 4700)

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“O Rotary transformou por completo a minha vida, primeiro como associado fundador de dois clubes de Interact, depois como intercambista, associado fundador de um clube de Rotaract e associado fundador de um clube de Rotary. Ainda estou pagando meu débito com a instituição por todas as oportunidades que me foram abertas de ajudar o próximo, de me desenvolver pessoal e profissionalmente e de transformar vidas, não apenas a minha. Lucas Coelho, do Rotary Club de São Manuel-Paraíso, SP (distrito 4621) “Pelo viés da solidariedade, o Rotary me abriu oportunidades para trabalhar com os refugiados venezuelanos e médicos cubanos. Por meio de aulas de português e cultura brasileira, proporcionei a eles uma melhor e maior interação com a comunidade. Já pelo viés da liderança, o Rotary me conferiu a oportunidade de atuar como governadora distrital, o que me possibilitou conhecer 87 clubes de Rotary, 56 Casas da Amizade, 26 clubes de Rotaract, 32 de Interact, 15 de Rotary Kid e sete Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário. Permitiu-me conhecer muitos projetos e realidades diferentes, experiências incríveis que levarei para a vida toda!” Eliana Melo Machado Moraes, governadora 2019-20 do distrito 4770 e associada ao Rotary Club de Jataí, GO


“O Rotary tem mudado a minha vida desde os meus 14 anos de idade, quando comecei no programa do Interact Club, porque meu pai era rotariano. Foi graças ao Rotary e ao serviço que fiz no Interact que me desenvolvi ao ponto de vencer minha timidez e o medo do público. Aos 17 anos, no período 2013-14, participei do programa de intercâmbio na Índia e vivi um ano cheio de descobertas sobre mim e o mundo. Posso dizer que foi com a ajuda do Rotary, Interact e Rotaract (do qual, nesta gestão, participo como diretor da Comissão da Fundação Rotária) que hoje me sinto realizado, ajudando outras pessoas e, ao mesmo tempo, me desenvolvendo nos âmbitos pessoal e profissional.” Matheus Bach, do Rotaract Club de Joinville, SC (distrito 4652)

“Há quatro anos um ex-aluno me fez um convite para levar meus filhos a uma reunião de um clube de Rotaract em Piracicaba. Eu não conhecia o movimento de Rotaract. Eles foram e em pouco tempo todos estávamos envolvidos. O Rotary nos abriu oportunidades: meus filhos se associaram ao Rotaract Club de Piracicaba e mais tarde fundaram um Rotaract na nossa cidade, Rio das Pedras. Nesta gestão, um será presidente do clube e o outro será representante distrital de Rotaract do distrito 4621. Eu fui adquirindo conhecimento sobre a organização e me associei ao Rotary Club de Rio das Pedras-Centro, que também presidi. Fundei aquele Rotaract Club com meus filhos, reativei um Interact e montei um Rotary Kids. Hoje atuo como secretaria executiva, oficial de intercâmbio e coordenadora de Imagem Pública no meu clube, além de governadora assistente e chair de Interact pela segunda gestão. Viajei e sempre me encontrei com rotarianos do mundo todo. Minha gratidão é eterna pela oportunidade de estar no Rotary e ser voluntária no servir. Tenho tantas histórias... Ah, talvez eu pense em registrá-las um dia.” Valdete Bonassa Padoveze, do Rotary Club de Rio das Pedras-Centro, SP (distrito 4621)

“Sou professora há 32 anos e o Rotary me trouxe a oportunidade de desenvolver projetos para além da minha sala de aula, de ir além da minha comunidade escolar de pais e professores. O Rotary também me ajudou de diversas formas nos projetos que eu desenvolvia na escola. Aceitar o convite para uma organização com muita história e um peso gigante na sociedade foi difícil, pois eu tinha medo de não atender as expectativas do meu clube. Sou rotariana há seis anos, e até hoje estudo os projetos humanitários da organização e tento fazer o máximo para conhecer as necessidades da minha comunidade e da minha cidade. E agora posso contribuir em uma comunidade muito maior. A integração, que antes ocorria em um nicho da sociedade, em uma escola, em uma ou duas turmas de alunos, estendeu-se ao município. Para mim, o Rotary é um estímulo para ser solidária e utilizar minha habilidade para esse fim.” Rosemeri Neves, do Rotary Club de Campo Mourão-Araucária, PR (distrito 4630)

“Primeiramente, o Rotary abriu as portas de uma casa para que eu participasse das reuniões, depois, abriu a minha mente. Quando alguém me chama para cuidar da dor dele, ponho a minha dor no bolso e vou. Agora vivo o Rotary, e sei que é um caminho sem volta. E que caminho!” Gisele Castro, do Rotary Club de Santarém-Vitória Régia, PA (distrito 4720)

A pergunta do próximo Mês QUE LIÇÕES SEU CLUBE ESTÁ TIRANDO DA PANDEMIA? Envie sua resposta

até o dia 10 de agosto para o e-mail

jornalismo@revistarotarybrasil.com.br Selecionaremos algumas delas para publicar na edição de setembro. Seu texto pode ter até 300 caracteres (com os espaços). Não esqueça de mencionar o nome do seu clube! Rotary Brasil

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A Família do Rotary é formada por pessoas em ação e mostrar suas realizações em prol da comunidade, já finalizadas, é o nosso objetivo. Com isso, estamos alinhados à Comunicação Global e às ênfases do Rotary International. Para colaborar, confira as dicas abaixo.

o que é indispensável Envie sua mensagem com as seguintes informações: l Nome completo do seu Rotary Club – ou clube de Rotaract, Interact ou Casa da Amizade –, além do distrito ao qual ele pertence. l Breve relato da iniciativa já concluída, sem esquecer data e local de sua realização. l Nomes dos parceiros do projeto, caso eles existam. l Inclua um número de telefone (com DDD) para qualquer dúvida. sobre as fotos Imagens com qualidade fazem toda a diferença. Por isso, ao tirar uma foto: l Selecione a opção alta resolução da sua câmera. Fotos tremidas ou com pouca luminosidade não serão publicadas. l Também não aproveitamos montagens. l Dê preferência a retratar o projeto ou o seu resultado. l Envie arquivos de imagem sempre como anexo de e-mail. Não cole as fotos no espaço da mensagem ou em página do Word. Prazo de publicação As notícias serão publicadas em ordem de chegada após um prazo mínimo de três meses por conta do volume de colaborações que recebemos diariamente. Confirmação de envio Enviamos mensagem de confirmação a todas as colaborações recebidas. Se você não receber tal mensagem é sinal de que seu e-mail não chegou até nós.

O que publicamos l Ações em prol da comunidade que já tenham sido concluídas. Se o seu clube ou distrito ainda está desenvolvendo o projeto, aguarde a conclusão do mesmo. l Comemoração de aniversário de clube apenas se houver incluída no evento ação em prol da comunidade. l Cerimônia de fundação de clube. l Fotos de marcos rotários se estes foram recentemente inaugurados ou reformados.

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A publicação é gratuita. Basta enviar sua colaboração para jornalismo@revistarotarybrasil.com.br Não recebemos notícias pelo Facebook, Twitter ou Instagram.


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as páginas a seguir, você vai poder conferir o que a Família do Rotary vem fazendo pelo país afora. No Distrito Federal, a Casa da Amizade de Brasília-Lago Sul doou mesas e cadeiras para uma creche.

Consolidação da paz e prevenção de conflitos

Prevenção e tratamento de doenças

Água, saneamento e higiene

Saúde maternoinfantil

Educação básica e alfabetização

Desenvolvimento econômico comunitário Rotary Brasil

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clubes e distritos

Considerados o coração do Rotary, os clubes são formados por pessoas dedicadas aos serviços comunitários e interligadas pelo companheirismo. Os Rotary Clubs estão agrupados geograficamente por distritos.

Preservação da saúde e do meio ambiente

Distrito 4391

Alagoas, Sergipe e Bahia Governador: Luiz Antonio Macedo Cruz

l Em uma de suas ações de combate à pandemia do novo coronavírus, o Rotary Club de Teixeira de Freitas, BA, distribuiu, em feiras livres e filas de bancos, mais de mil máscaras de proteção reutilizáveis para a população. E com o Rotaract e a Casa da Amizade locais, produziu um vídeo institucional para celebrar a Semana do Meio Ambiente, ocorrida de 1ª a 5 de junho. O vídeo, que teve as participações do Programa Arboretum de Conservação e Restauração da Diversidade Florestal e do Ministério Público da Bahia, ganhou destaque na mídia local e pode ser assistido na página da Rotary Brasil no Facebook, neste link: bit.ly/2YMqf2y

Apoio constante aos catadores de material reciclável

Distrito 4420

Parte de São Paulo Governador: Watson Uliana Travassos

l Durante a pandemia, o Rotary Club de SantosPraia, SP, vem reiterando seu apoio à ONG Sem Fronteiras, cujo projeto Reciclar ajuda na promoção da cidadania de catadores de material reciclável. Em 11 de abril, os associados entregaram alimentos e produtos de limpeza e higiene para serem incluídos em cestas básicas que a ONG então preparava para doação. Cerca de um mês depois, o clube, em parceria com o Grupo Ambplus, de assessoria e consultoria ambiental, doou à Sem Fronteiras 111 cestas básicas (foto). E em 30 de maio, fez chegar a trabalhadores da ONG 45 face shields doados pelo Rotary Club de Santos-Porto e pelo Rotary Club Satélite de Santos-Porto como resultado do projeto de ajuda humanitária Hope Shields, que é apoiado pelo distrito e desenvolvido com a parceria de rotarianos voluntários e técnicos de inovação do setor acadêmico.

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Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais www.revistarotarybrasil.com.br/4420 Rotary Club de Santos-Monte Serrat, SP – Os associados se mobilizaram e arrecadaram sabonetes para a Associação de Cortiços do Centro de Santos, que os destinou a pessoas em situação de vulnerabilidade social durante a pandemia de Covid-19.


Distrito 4440

Mato Grosso Governadora: Brígida Maria Fischer

Mais de 2.000 máscaras doadas l Em um trabalho realizado em parceria

com a prefeitura e a Polícia Militar no dia 24 de abril, o Rotary Club de Nova Mutum, MT, distribuiu 500 máscaras e alertou a população para a importância do uso do item de proteção. O clube também doou ao município outras 1.600 máscaras, que foram entregues com cestas básicas para famílias de crianças cadastradas pelo governo.

Distrito 4470

Mato Grosso do Sul e parte de São Paulo e do Paraguai Governador: Edilson Bigatão

Atuando na prevenção

l Para ajudar os moradores a se protegerem do coronavírus, o Rotary

Club de Araçatuba, SP, realizou uma ação no Terminal Rodoviário Urbano Nelson Reis Alves em 22 de maio. Associados informaram à população as medidas necessárias para prevenir o contágio da Covid-19 e distribuíram máscaras confeccionadas pelo clube. Rotary Brasil

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clubes e distritos Distrito 4480

Parte de São Paulo Governadora: Maria de Lourdes Serpa Dalto

Entrega de cobertores

l Representando o Rotary

Club de General Salgado, SP, a associada Gilda Varnier entregou 22 cobertores à Pastoral da Família.

Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais www.revistarotarybrasil.com.br/4480 Rotary Club de Catanduva-14 de Abril, SP – Utilizando uma plataforma da internet e com transmissão da rádio CBN, promoveu o encontro Pensando Catanduva – Como será após a pandemia. Rotary Club de Guaiçara, SP – Distribuiu 800 máscaras no bairro Dom Bosco com o Interact e o Rotaract locais.

Distribuição de alimentos l Contemplado com uma parte do

Distrito 4490

Maranhão, Piauí e Ceará Governador: Renê Ribeiro da Cruz

Subsídio para Assistência em Casos de Desastres da Fundação Rotária concedido ao distrito, o Rotary Club de Parnaíba-Litoral, PI, distribuiu quase 1,5 tonelada de alimentos para famílias da cidade que foram afetadas pelo isolamento social.

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Rotary Brasil AGOSTO de 2020

www.revistarotarybrasil.com.br/4490 Rotary Club de Bom Jesus, PI – Com intuito de levar tranquilidade e conectar as pessoas, vem desenvolvendo lives com temas variados em sua página na rede social Instagram (@rotarybomjesus). Rotary Club de Floriano-Princesa do Sul, PI – Doou cestas básicas para famílias residentes em dois bairros da cidade.


Distrito 4510

Parte de São Paulo Governador: Nestor Silveira do Amarilho

Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais www.revistarotarybrasil.com.br/4510 Rotary Club de Marília, SP – Uniu-se ao Rotary Club de Brasília-Lago Norte, DF (distrito 4530), para doar 460 quilos de biscoitos a quatro instituições de Marília. Rotary Club de Pirapozinho, SP – Doou 56 cestas básicas para as famílias da cidade que foram mais impactadas pela pandemia de Covid-19.

Doação de material de proteção individual

l Com a ajuda de um Subsídio para Assistência em Casos de Desastres, liberado pela Fundação Rotária para os distritos, o Rotary Club de Pompeia, SP, doou nove caixas de luvas de diferentes tamanhos, no valor de 2.610 reais, à Santa Casa de Pompeia. O material será de grande importância aos profissionais do hospital que trabalham na linha de frente no combate ao coronavírus e também nos outros atendimentos diários.

Rotary Club Satélite de GarçaAzul-Aliança, SP – Fundado em junho, tem na sua formação um grupo de nove educadores de Garça. Rotary Club Satélite de Marília de Dirceu-Gália, SP – Também constituído em junho passado, veio reforçar o trabalho do Rotary na cidade de Gália.

Seu clube bem na foto! Vai realizar uma ação de serviço e gostaria de enviá-la para publicação? Não se esqueça de caprichar nas imagens. l Selecione a opção alta resolução da câmera. l Evite fotos posadas, mostre o que aconteceu no projeto. l É fundamental que as imagens tenham foco. l Não crie montagens nem aplique filtros ou logos. l Envie as fotos como anexo de e-mail.

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clubes e distritos Distrito 4521 Parte de Minas Gerais Governador: Fauzi Haddad

Mil máscaras em BH Durante o mês de junho, o Rotary Club de Belo Horizonte, MG, doou 800 máscaras de proteção reutilizáveis aos enfermeiros da Santa Casa de Misericórdia. Outras cem foram entregues à Fraternidade Espírita Camilo Chaves, que as repassou a catadores de papel do bairro Barro Preto. Atuando juntos, o clube e a instituição conversaram com os trabalhadores sobre a importância do uso desse item de segurança. Outras cem máscaras foram doadas a pequenas iniciativas de combate à Covid-19 na capital mineira. l

Distrito 4530

Distrito Federal, Tocantins e parte de Goiás Governadora: Vera Lúcia Ávila

Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais www.revistarotarybrasil.com.br/4521 Rotary Club de Vespasiano, MG – Concluiu a montagem de uma sala no Centro de Referência Especializada de Assistência Social, instituição que atende crianças e jovens em situação de vulnerabilidade. Viabilizado por um Subsídio Distrital, ao qual se somaram recursos do clube e da prefeitura, o espaço será coordenado por psicólogos na condução de oficinas de leitura, desenhos, artes e outras atividades.

Clubes unidos em Brasília

www.revistarotarybrasil.com.br/4530

l Uma ação de combate ao novo coronavírus uniu os Rotary Clubs de Brasília, Brasília-Norte, Sul, Leste, Oeste, Centenário, Aeroporto, Setor de Indústria, International, Península Norte, 5 de Dezembro, Sudoeste, Lago Sul, Lago Norte, 21 de Abril, Cruzeiro e Alvorada. Com recursos de um Subsídio para Assistência em Casos de Desastres aprovado pelo distrito junto à Fundação Rotária, eles doaram 38 mil luvas hospitalares, 500 protetores faciais e 296 óculos de proteção ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal, situado no Hospital de Base.

Rotary Club de GoiâniaAnhanguera, GO – Com recursos próprios, doou 200 cestas básicas a famílias do bairro Residencial JK que vêm enfrentando a pandemia com grande dificuldade. Os alimentos foram entregues pelos rotarianos e por integrantes da associação de moradores.

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Distrito 4540

Parte de São Paulo e de Minas Gerais Governador: José Francisco Rodrigues Filho

Solidariedade em tempos difíceis l O Rotary Club de Ribeirão PretoJardim Paulista, SP, vem desenvolvendo o projeto Quem se Importa?, que fornece quentinhas diariamente a 50 famílias atingidas pelo desemprego durante a pandemia do novo coronavírus. Até meados de junho, a iniciativa já havia doado mais de 2,5 toneladas de refeições. A mobilização dos associados é amparada pela iniciativa privada, que colabora com doações em dinheiro ou fornecendo os alimentos utilizados no preparo das quentinhas.

Doações em Minas Gerais l Com apoio do distrito mineiro, no final de abril o Rotary Club de Oliveira, sua Casa da Amizade e o Interact levaram alimentos e itens de higiene pessoal à Vila Vicentina Joaquim Laranjo Costa, ao Asilo Santo Antônio e à Conferência São Vicente de Paulo.

Distrito 4560

Parte de Minas Gerais Governador: Silveira Umbelino Dantas

Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais www.revistarotarybrasil.com.br/4560 Rotary Club de Carmo da Mata, MG – Doou cestas básicas para o Comitê da Esperança da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, que as repassou a famílias cuja situação de vulnerabilidade social foi agravada nos últimos meses. Rotary Club de Piumhi, MG – Também ajudando a comunidade a vencer a Covid-19, participa do esforço local para a distribuição de refeições prontas a mais de 120 famílias. A iniciativa é custeada pela Secretaria Municipal de Assistência Social. Numa outra parceria, com o Núcleo Espírita Caminho da Luz, o clube dou cestas básicas à Associação de Amparo aos Portadores de Câncer de Piumhi e Região Arildo Gonçalves. Rotary Brasil

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clubes e distritos Distrito 4563

Parte de São Paulo Governador: José Antonio Figueiredo Antiório Filho

Subsídio para hospital

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l Com o apoio de um Subsídio Distrital da Fundação Rotária, os Rotary Clubs de São Paulo-Artur Alvim, Itaquera, São Mateus, São Miguel Paulista, Sapopemba-Vila Industrial e Vila Carrão, SP, doaram kits de equipamento de proteção individual ao Hospital Municipal Tide Setubal.

Distrito 4571 Parte do Rio de Janeiro e de São Paulo

Governadora: Kassima Timoni Góes Campanha

Parceria em prol de instiuições

Rotary Club de São José dos Campos-Sul, SP, fechou uma parceria permanente com o grupo GPA, empresa brasileira de comércio varejista, para angariar alimentos e produtos de higiene para doação a entidades cadastradas pelo clube. No dia 24 de junho, os associados estiveram na unidade atacadista Assaí de São José dos Campos para buscar e entregar ao Asilo Santo Antônio das Carmelitas 850 quilos de produtos devidamente higienizados. lO

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Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais www.revistarotarybrasil.com.br/4563 Rotary Club de Embu, SP – Com recursos de um Subsídio Distrital, doou equipamentos de proteção individual e kits de higiene à Casa do Caminho. O clube também entregou máscaras aos idosos da Casa de Repouso Iolanda Toledo.


Distrito 4621

Parte de São Paulo Governador: Sérgio Adriano Lelli

Projeto Toucas do Bem

l No dia 28 de maio, os associados ao Rotary Club de Sorocaba-Novos Tempos, SP, entregaram 70 toucas de lã para os idosos do Lar São Vicente de Paulo, localizado em Sorocaba.

Distrito 4640

Parte do Paraná Governador: Edison de Castro Pagnozzi

Campanha Mãos Amigas

l Em parceria com a Associação dos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia do Paraná, o Conselho Regional de Técnicos em Radiologia do Paraná, Supermercados Ítalo e Igreja Recomeçar, o Rotary Club de Foz do Iguaçu-Costa Oeste, PR, distribuiu 1,3 tonelada de alimentos para as instituições que estão passando por dificuldades devido à pandemia de Covid-19. Foram elas: ACDD, Albergue Foz do Iguaçu, Assentamento Bubas e Casa da Esperança em Cristo.

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clubes e distritos Distrito 4652

Parte de Santa Catarina Governador: Adriano Zanotto

Pão do Rotary para a população l Em Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina, às sextas-feiras, 60 pães caseiros são entregues a famílias da região, bem como a um grupo de apoio a artistas de rua e a um grupo de escoteiros de Camboriú, também com vistas à doação. A iniciativa é resultado do projeto Pão do Rotary, do Rotary Club de Balneário Camboriú, que está promovendo a venda de pães caseiros (para cada um vendido, dois são doados) – o responsável pela produção é o chef Max Specht. O clube também participa de distribuição de cestas básicas nas duas cidades.

Hospital recebe equipamento de gasometria

Distrito 4660

Parte do Rio Grande do Sul Governador: Rui Faccin

l O Rotary Club de Panambi, RS, entregou um cheque de 49.900 reais à Sociedade Hospital Panambi para a aquisição de um EBG Analyser de gasometria. O equipamento permite a avaliação e gestão de pacientes internados com síndromes respiratórias e acometidos pela Covid-19. No momento da entrega, em 30 de março, estiveram presentes os seguintes rotarianos: o então presidente do clube, Lázaro de Moura Schuman, Angelin Adams e o médico Airton Getelina. Pelo hospital, estiveram os diretores Vilmar Scheer e o médico João Carlos da Silveira.

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Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais www.revistarotarybrasil.com.br/4652 Rotary Club de Schroeder, SC – Entregou 300 quilos de alimentos não perecíveis, além de produtos de limpeza e higiene pessoal, ao Centro de Referência de Assistência Social do município.


Distrito 4670

Parte do Rio Grande do Sul Governador: Miguel Barbosa Dias

l Com a campanha Um Quilo de Amor, o Rotary Club de Canoas-Empreendedor, RS, vem fazendo o seu trabalho de combate à fome na cidade. Em menos de um mês, a ação ultrapassou a meta inicial de obter 1 tonelada de alimentos, tendo, até maio, arrecadado 3,4 toneladas. Esse total, segundo o clube, corresponde a 261 cestas de alimentos, que beneficiarão 1.040 pessoas.

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Arrecadando alimentos para a população de Canoas

Distrito 4680

Parte do Rio Grande do Sul Governador: Pedro Avelino Sadoski Trindade

Ryla inova ao se inspirar em jogos de RPG l O Rotary Club de Pelotas-Centenário, RS, inovou ao realizar o seu primeiro Prêmio Rotário de Liderança Juvenil (Ryla) em versão digital. Ocorrido em 25 e 26 de maio, o encontro foi um sucesso ao recorrer à dinâmica dos jogos de RPG, em que os participantes definem e controlam um personagem e alcançam a vitória completando missões inseridas em um enredo central. O clube adotou o conceito de RPG por considerá-lo um ótimo instrumento, em tempos de distanciamento social pela pandemia, para o exercício do espírito de equipe e de liderança, capaz de estimular também um olhar crítico para o contexto geral.

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clubes e distritos

Distrito 4710

Parte do Paraná Governador: Ricardo Slomski

Distribuição de máscaras e plantio de árvores l No fim de abril, os associados ao Rotary

Club de Ivaiporã-Integração, PR (distrito 4710), distribuíram máscaras em pontos estratégicos da cidade, como agências bancárias, supermercados e farmácias. O clube também plantou mudas de árvores em uma propriedade rural, em comemoração à Semana Nacional do Meio Ambiente.

Materiais para combate à Covid-19 l Com o apoio de um Subsídio Distrital da Fundação Rotária, o Rotary Club de Correia Pinto, SC, entregou em 16 de junho luvas, máscaras, toucas, álcool em gel, sabonete líquido e desinfetante para o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, e para as Unidades Básicas de Saúde dos bairros Centro, Florestal, Nossa Senhora Aparecida e São João.

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Rotary Brasil AGOSTO de 2020

Distrito 4740

Parte do Paraná e de Santa Catarina Governador: Fernando Júnior Ambrósio

Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais www.revistarotarybrasil.com.br/4740 Rotary Club de São Carlos, SC – Em parceria com a Rotoplat, doou 20 protetores faciais à Apae local. O clube também entregou cerca de 650 quilos de alimentos para famílias da cidade, fruto de uma arrecadação realizada pelo distrito em parceria com a Fundação Banco do Brasil.


Distrito 4751

Espírito Santo e parte do Rio de Janeiro Governador: Adauto Ferreira Lemos Filho

Proteção para os profissionais de saúde

l Em junho, o distrito realizou a sexta etapa de entrega de

equipamentos de proteção individual (EPIs) destinados aos profissionais de saúde e adquiridos por meio de um Subsídio para Assistência em Casos de Desastres. Foram contemplados com protetores faciais, óculos de proteção, luvas e toucas descartáveis os municípios de Araruama, Búzios, Cabo Frio e São Pedro da Aldeia, localizados na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. No mesmo mês, a então governadora do distrito, Leila Ribeiro Alves, efetuou mais uma entrega de EPIs em quatro hospitais da cidade fluminense de Campos dos Goytacazes.

Distrito 4760

Parte de Minas Gerais Governador: Rogério Candiotto Ballesteros

Campanha de fabricação de máscaras

l Uma campanha realizada em junho pelo Rotary Club de Paracatu, MG, possibilitou a fabricação de 30 mil máscaras, distribuídas entre instituições beneficentes e a população urbana e rural da cidade. A iniciativa teve como parceiros a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados de Paracatu, prefeitura e um grupo de costureiras voluntárias, e contou ainda com doações de pessoas físicas, empresas privadas e produtores rurais.

Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais www.revistarotarybrasil.com.br/4751 Rotary Club de Niterói, RJ – Doou 54 cestas básicas para ajudar famílias atingidas pela pandemia no bairro do Fonseca. Rotary Brasil

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clubes e distritos Em ação para cuidar da comunidade Distrito 4770

Parte de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso Governadora: Fabiana Silva Franco

l Com recursos obtidos no evento

1º Boteco do Rotary, os associados ao Rotary Club de Chapadão do Céu, GO, inauguraram seu Banco Ortopédico com a aquisição de muletas e cadeiras de rodas e de banho. Em outras oportunidades, o clube doou testes de hepatite e de PSA, plantou mudas de árvores e promoveu palestras socioeducativas. E neste período de pandemia, doou máscaras de proteção e cestas básicas.

Distrito 4780

Parte do Rio Grande do Sul Governador: José Moacir Trindade Almança

Projeto Sala das Margaridas l O Rotary

Club de Bagé-Pampa, RS, em parceria com a Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento, implantou projeto de apoio às mulheres que passam por situação de violência. A ideia é que tanto as vítimas quanto seus filhos possam ser acolhidos em um ambiente humanizado, garantindo a privacidade no momento do registro da ocorrência policial, entre outros encaminhamentos que estão previstos na Lei Maria da Penha. A iniciativa visa beneficiar a comunidade em tempos de isolamento social, já que no período o índice de violência contra a mulher aumentou significativamente.

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Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais www.revistarotarybrasil.com.br/4780 Rotary Club de Caçapava do Sul-Maria Augusta, RS – Confeccionou e distribuiu cerca de 150 máscaras para a população.


rotaract Clubes de prestação de serviços humanitários com foco na juventude. Neles, os rotaractianos podem participar de projetos voluntários, conhecer pessoas e fazer amizades, encontrar oportunidades de desenvolvimento profissional e integrar uma rede internacional de jovens.

Projetos Delivery Feliz e Internacionalizando 4470 l O Rotaract

Club de Penápolis, SP (distrito 4470), em parceria com o aplicativo Delivery Much e o apoio da rede Big Mart, entregou mais de uma tonelada de alimentos para instituições sociais da cidade, que ficarão responsáveis pela distribuição às famílias em situação de vulnerabilidade devido à pandemia da Covid-19. Durante os seis dias de campanha, a iniciativa converteu um real de cada pedido realizado no aplicativo para a compra de cestas básicas. O clube também criou, em parceria com o Interact Club de Bela Vista, o Internacionalizando 4470, com objetivo de aproximar culturas e divulgar o programa de Intercâmbio de Jovens do Rotary. Por meio de uma página no Instagram(@internacionalizando4470), a iniciativa aborda todo o processo de participação no programa, desde a prova de classificação, a viagem, as famílias anfitriãs e experiências e histórias dos intercambistas em outros países.

Juntos por uma causa l Diante das dificuldades da população por conta

da pandemia, os jovens do Rotaract Club de Cascavel-Paz, PR (distrito 4640), iniciaram uma campanha de arrecadação online denominada Juntos somos mais fortes, que angariou 2.675 reais. Metade do valor foi destinado ao Hospital Uopeccan de Cascavel, para a realização de testes rápidos da Covid-19, e a outra parte foi para a compra de cestas básicas e materiais de limpeza e higiene, entregues para as famílias abrangidas pela Cooperativa dos Trabalhadores Catadores de Material Reciclável.

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ROTARACT

Agosto: mês das primeiras novidades na Rotaract Brasil Gabriela Dolce Krech*

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chegada deste mês trouxe diversas novidades aos rotaractianos brasileiros. Há quem pense que o trabalho do ano 2020-21 da MDIO Rotaract Brasil se iniciou somente no primeiro dia de julho. Mas estão enganados: o trabalho começa muitos meses antes. E os frutos já estão aqui!

Ajudando quem precisa Em 31 de maio, o Rotaract Club de Rio Grande-São Pedro, RS (distrito 4680), com os Rotary Clubs de Rio Grande e Rio GrandeCassino, promoveu a ação Proteja-se e ajude quem precisa!, que consistiu na troca de um quilo de alimento não perecível por três máscaras de proteção. Foram arrecadados cerca de 250 quilos de alimentos, posteriormente entregues para as instituições Casa do Menor, Centro Social São João Calábria e Lar Maria Carmem.

serviço de Atendimento ao Rotaractiano A premissa, aqui, é simples: mesmo com todos os treinamentos disponíveis, muitos associados acabam tendo dúvidas, das mais simples às mais complexas. E, para que eles obtenham respostas rápidas, vindas diretamente dos diretores dos departamentos em questão, foi criado o SAR – Serviço de Atendimento ao Rotaractiano.

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Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais www.revistarotarybrasil.com.br/clubes-em-acao Com a ajuda de parceiros, empresas e Rotary Clubs da região, os Rotaract Clubs da cidade de Joinville, SC (distrito 4652), arrecadaram quase 5.000 reais para auxiliar dois lares de idosos. Também realizaram projeto de reconhecimento aos profissionais de saúde da cidade. Rotaract Club de Porciúncula, RJ (distrito 4751) – Em parceria com o Interact e o Rotary Club locais, entregou 34 cestas básicas para famílias dos bairros de Porciúncula e Purilândia.

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Rotary Brasil AGOSTO de 2020

Bem-vindo ao podcast da Rotaract Brasil Com o crescimento de 67% no número de consumidores em um ano, os podcasts são a mídia da vez. E, por isso, a MDIO Rotaract Brasil decidiu criar seu próprio programa quinzenal. Segundo o rotaractiano André Vaz, um dos responsáveis pelo projeto, a MDIO trabalhará “(...) esse formato para discutir – como uma junção de pequenas entrevistas interativas (...) – nosso cotidiano na instituição, boas práticas e temáticas que abranjam problemáticas contemporâneas”. Fique atento às redes da MDIO Rotaract Brasil para acompanhar esse lançamento que vai dar o que falar. Novas mídias: IGTV Outra mídia que vem crescendo no Brasil é, sem dúvida, o IGTV. E vemos nessa plataforma a oportunidade de impactar ainda mais rotaractianos. Assim, serão lançados vídeos mensais, com diversas dicas a serem utilizadas durante toda a gestão – e, certamente, para as próximas. Série de vídeos sobre oratória Mais uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional para toda a Família do Rotary, os vídeos sobre oratória serão lançados semanalmente, tanto no canal do YouTube quanto no IGTV oficial da MDIO, com dicas de como aprimorar essa habilidade, além de orientações para os participantes do Concurso Nacional de Oratória. Quer ficar por dentro de todas as novidades da MDIO Rotaract Brasil com exclusividade? Então siga nosso Instagram oficial, o @RotaractBrasil, e acompanhe nossas matérias aqui na Rotary Brasil. Nos vemos mês que vem! * A autora é redatora da MDIO Rotaract Brasil e associada ao Rotaract Club de São Paulo-Aeroporto, SP (distrito 4420).

Fique por dentro das novidades em nossa página no Facebook.com/RotaractBrasilOficial


interact Programa para jovens de 12 a 18 anos que querem se conectar com pessoas da sua idade, se divertir e ajudar suas comunidades. Os Interact Clubs são patrocinados por Rotary Clubs locais, cujos associados atuam como mentores para seus integrantes na implementação de projetos de serviço e no desenvolvimento das suas habilidades de liderança.

Alegria de fazer o bem l Os integrantes

do Interact Club de Rio do Sul, SC (distrito 4652), realizaram no dia 18 de junho o projeto Doe Amor, com o qual arrecadaram roupas, toucas, luvas, lenços, cachecóis e bijuterias para doar ao Centro Oncológico do Hospital Regional. Com essa ação, o clube teve como objetivo levar um pouco de amor e apoio para todos os pacientes.

Juntos contra a Covid-19 l O distrito 4660 (Rio Grande do Sul) criou o projeto Juntos contra a Covid-19. Os clubes de Interact inscritos receberam 1.000 reais para ajudar suas comunidades, tendo 18 cidades sido beneficiadas com as mais diversas doações: cestas básicas, materiais de higiene, equipamentos hospitalares, máscaras e roupas para proteção.

Veja em detalhes no site e compartilhe nas redes sociais www.revistarotarybrasil.com.br/clubes-em-acao Interact Club de Itapetim, PE (distrito 4500) – Com integrantes de outros clubes do distrito, reuniu materiais de apoio e textos sobre o programa de Interact que podem ser acessados pelas redes sociais. Rotary Brasil

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casas da amizade Formadas por cônjuges de rotarianos e rotarianas, apóiam os projetos comunitários desenvolvidos pelos Rotary Clubs e realizam ações próprias.

Trabalhando pelo bem-estar das crianças

l A Casa da Amizade de Brasília-Lago Sul, DF (distrito 4530), doou seis mesas e 34 cadeiras escolares para a Creche São Francisco, localizada na Cidade Estrutural. A instituição recebe o apoio contínuo da Casa da Amizade e do Rotary Club local, com fornecimento mensal de alimentos, entre outras iniciativas.

Cuidados com o meio ambiente

l Com o apoio do Rotary Club local, a Casa da Amizade de Panambi, RS (distrito 4660), está desenvolvendo o projeto O Planeta é a Nossa Casa, cujo objetivo é alertar a comunidade sobre a necessidade de reduzir o consumo de sacolas plásticas, incentivando o uso das bolsas retornáveis como forma de preservação ambiental. O lançamento ocorreu no ano passado com a distribuição gratuita das cem primeiras sacolas, que são confeccionadas em material reciclado a partir de garrafas PET. Para cada sacola produzida, três garrafas deixam de ser descartadas na natureza. A iniciativa tem a parceria de estabelecimentos comerciais que reconhecem a importância do desenvolvimento sustentável em suas três dimensões: econômica, social e ambiental.

Espalhe sua ação pela web! Enviando uma colaboração, o projeto do seu clube também pode ser divulgado em nosso site e nos perfis da revista nas redes sociais, alcançando milhares de pessoas.

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TECsocial

Com apoio do Rotary, pesquisadores projetam aparelho para descontaminar máscaras

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m projeto de pesquisadores do Instituto de Física da Universidade de Brasília, que conta com o apoio do Rotary e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, desenvolveu um aparelho para descontaminar máscaras N95, proteção que vem sendo usada por profissionais de saúde no combate à pandemia de Covid-19. O ministro Marcos Pontes, que visitou o projeto, informou que o ministério investiu 50 mil reais e o distrito 4530 contribuiu com uma doação de 80 mil reais à iniciativa.

Divulgação USP

Politécnica da USP produz primeiro respirador pulmonar nacional l

O Inspire, primeiro respirador pulmonar produzido nacionalmente, foi desenvolvido por pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e será utilizado no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da instituição. O custo unitário é estimado pela USP entre 5.000 e 10 mil reais, muito abaixo do valor médio de 87 mil reais investido por Estados e municípios na compra de respiradores importados. A universidade agora cumpre as exigências finais da Anvisa para a produção e distribuição dos aparelhos em grande escala.

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Secretaria dE Saúde do Ceará desenvolve sistema de inteligência artificial para diagnóstico da Covid-19 A Secretaria de Saúde do Ceará apresentou um sistema de inteligência artificial – idealizado pelo cientista da computação Francisco Nauber Gois e realizado em parceria com outros três pesquisadores da Universidade de Fortaleza e da Universidade de Lisboa – que auxilia no diagnóstico de Covid-19 em pacientes com suspeita da doença. A pesquisa analisou cerca de 150 radiografias feitas em pacientes saudáveis, com pneumonia ou diagnosticados com Covid-19. As análises possibilitaram a criação de um modelo que identifica os pacientes infectados pelo coronavírus. O sistema pode ser usado para a triagem em hospitais e clínicas, ajudando o profissional de saúde e alertando sobre o risco de infecção.

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ACONTECEU

Uma ponte para a década de 1980 Xanadu é um daqueles filmes extravagantes que ganharam ares de cult com o tempo. Explorando a moda que unia discoteca e patins, o musical norte-americano era estrelado por Olivia Newton-John e Gene Kelly (em sua última aparição nos cinemas dançando), e foi lançado em agosto de 1980. Recebeu algumas críticas duras e acolhimento morno por parte do público, mas se sobressaiu pela trilha sonora, que teve cinco hits instantâneos. Além dos patins, o filme usou e abusou de raios e halos coloridos em neon e cenários futuristas, e hoje Xanadu é visto como uma ponte que ligava a década de 1970 à próxima.

l Em agosto de 1980, a nossa revista trazia o artigo Devemos vender o Rotary?, publicado originalmente no Rotary Club de Luanda, Angola. “O Rotary não pode ser tratado como mera mercadoria para ser ‘vendida’ de porta em porta, de loja em loja, de escritório em escritório”, prevenia o autor. “Ao empregarmos o termo ‘vender’, queremos dar a essa palavra o significado honesto e justo que, em nosso entender, é o único que um rotariano deve compreender. Neste caso, ‘vender’ Rotary significa explicar aquilo que ele representa para a comunidade, como um todo, e para o homem que deverá pertencer ao Rotary Club local em particular.” “Infelizmente, quantas vezes perdemos um bom candidato para sócio simplesmente porque a explicação sobre o Rotary foi deficiente ou incompleta.” l A edição também registrava a visita do papa João Paulo 2º ao Brasil, ocorrida de 30 de junho a 11 de julho de 1980. Em 12 dias, o pontífice percorreu 13 cidades brasileiras. l O governador distrital 1960-61 Almyr Moraes Correia discorria sobre a importância dos Serviços Internacionais do Rotary para a causa da paz: “Neste ano, o presidente [1979-80 do Rotary International, James] Bomar instituiu com grande êxito as Conferências da Boa Vontade. Uma se realizou na República de Maurício e congregou os clubes da África. Outra, em Montevidéu, juntou na mesma mesa os rotarianos do Cone Sul e da Bacia do Prata, onde argentinos e chilenos descobriram melhores meios de convivência, como bons vizinhos. As comissões interpaíses estão se desenvolvendo e o nosso distrito tem participado com sucesso de relações com Portugal e Itália. No próximo ano, vamos ter a oportunidade de congregar o mundo rotário em São Paulo, onde se realizará a Convenção Internacional de 1981”.

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RELAX

COME CONOSCO!

O empregado da fazenda vai entregar leite na casa do patrão na hora do almoço e acaba convidado para comer com a família. Muito tímido, o rapaz recusa a oferta, mas o patrão insiste: – Que é isso, senta aqui e vem comer conosco! – Vou não, patrão, muito obrigado... – responde, todo sem jeito. – Come conosco, está uma delícia! – Ah, então tá bom: vou experimentar um conosquinho!

iStockphoto

“ENTRE ASPAS”

“ Eu nunca vejo o que já foi feito. Eu somente vejo o que ainda falta para ser feito.”

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– Marie Curie,

cientista e física polonesa naturalizada francesa, primeira mulher a ser laureada com um Prêmio Nobel e, até hoje, a única mulher a tê-lo recebido duas vezes (1867-1934)

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Conversa rápida

Bruno Silveira

“Procuro desenvolver alternativas que

despertem nas pessoas sua parcela de responsabilidade perante o meio ambiente, a sustentabilidade e o bem-estar coletivo”

— José Alcino Alano

Boas ideias para o mundo Nuno Virgílio Neto

A

alegria de criar coisas novas acompanha José Alcino Alano desde a juventude. Formado em eletromecânica, hoje aposentado, esse catarinense morador de Tubarão deu forma a muitos utensílios e ferramentas ao longo dos seus 69 anos de vida. Um deles, o aquecedor solar de água confeccionado com materiais recicláveis, ganhou um prêmio da revista Superinteressante e acabou implantado em diversas partes do país. Meses atrás, depois de se comover com a falta de respiradores nos hospitais durante a pandemia de Covid-19, José Alcino desenvolveu um equipamento alternativo de baixo custo que já recebeu avaliações positivas de médicos e segue em fase de testes. Apesar disso, ele não se considera um inventor. “Sou apenas um cidadão que, dentro das minhas limitações, procura encontrar soluções para problemas do cotidiano.” José Alcino acredita que sua maneira de pensar se harmoniza com a dos rotarianos. Associado honorário ao Rotary Club de Tubarão-Cidade Azul (distrito 4652), ele tem no clube um parceiro para difundir suas ideias que beneficiam as pessoas e o planeta. Aliás, suas invenções são liberadas para uso público. Para fazer contato com ele e solicitar os manuais e esquemas de montagem, escreva para solucoessustentaveis@globo.com.

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ROTARY BRASIL: De que maneira surgiu a ideia do respirador e quanto tempo o senhor levou para desenvolvê-lo? n JOSÉ ALCINO ALANO: Diante da possível falta de respiradores durante a pandemia e do seu alto custo, resolvi desenvolver uma alternativa intermediária baseada no Ambu [um reanimador manual composto por balão e máscara facial]. O objetivo era atender casos com menor gravidade a um custo financeiro que gira em torno de 1.000 reais e assim reservar os equipamentos mais completos para os casos de maior gravidade. Por uma questão de incapacidade técnica e limitações da minha parte, seria insano nivelar esse simples equipamento aos das UTIs, mas espero que os dez dias dispensados para desenvolvê-lo sejam compensados com o bem-estar de alguns pacientes. Muitas das suas invenções compartilham uma característica: a preocupação com o meio ambiente. Como sua criatividade foi despertada para esse foco? n Eu e Lizete, minha esposa, nascemos na década de 1950, quando praticamente todas as embalagens eram retornáveis. Tem sido bastante triste e preocupante conviver com o descaso de grande parte da população, das empresas e do setor público quanto ao correto descarte das embalagens. Elas facilitam nossa vida? Sim, mas não podemos nos comportar como se fôssemos a última geração do planeta, aceitando passivamente o consumo de produtos cujo peso e volume das embalagens, em alguns casos, supe-

ram o conteúdo. Procuro desenvolver alternativas que despertem nas pessoas sua parcela de responsabilidade perante o meio ambiente, a sustentabilidade e o bem-estar coletivo. Quais são os maiores desafios de um inventor brasileiro? n Não me considero um inventor, e por isso talvez não seja a pessoa indicada para opinar. Mas, na minha modesta opinião, considero um grave erro ter como objetivo inicial o foco financeiro. Primeiramente, exponha o produto ao segmento ao qual ele se destina e, dependendo do interesse e da aceitação, o retorno virá naturalmente. Além disso, em muitos casos a solução está nas parcerias. Melhor dividir sua criação do que vê-la estagnada pelo egoísmo. Seus inventos não têm objetivo comercial, o senhor sempre os disponibiliza para uso gratuito. Por quê? n Há outros motivos, mas dois são os principais. O primeiro deles: apesar das dificuldades que enfrentamos ao longo da vida, Lizete e eu somos muito gratos a Deus por nossa família, fruto dos nossos 49 anos de casados. Acreditamos que ações práticas são a nossa maneira de agradecer por isso. Além disso, quando ajudamos o meio ambiente a ser defendido na prática, e assim contamos com parcerias empenhadas no mesmo objetivo, isso desperta o espírito do voluntariado nas pessoas. Pode ser utopia, mas continuamos a acreditar num mundo melhor, menos egocêntrico e mais participativo.




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