Sua empresa está preparada para o Covid-19?

A crise é séria e vai muito além de termos que trabalhar home office. O impacto na economia é real. Será que estamos preparados?

A pandemia do Covid-19 é apenas uma gripe para os mais jovens, mas, pelo que ocorreu na China, na Itália e em outros países, há risco real de que o rápido contágio provoque sobrecarga e colapso do sistema de saúde dos países atingidos. Diversos veículos têm usado o gráfico abaixo para ilustrar o impacto das medidas de contenção em relação à capacidade do sistema de saúde.

Os governos têm buscado minimizar os impactos no sistema de saúde com medidas de controle da transmissão do vírus. Ainda que não se saiba o exato impacto na economia, há o temor de que essas medidas possam provocar recessão.

As ações de contenção têm desestimulado aglomerações, restringido horários de circulação e determinado quarentenas a viajantes, bem como a cidades e regiões. As empresas têm principalmente estimulado o home office para evitar a transmissão da doença.

Alguns têm negligenciado o impacto da crise de saúde na economia, mas há evidências que nos preocupam. Quase 40% de queda do IBOVESPA desde janeiro (veja o gráfico abaixo) é um indício de que o mercado está antecipando um cenário de forte crise.

Se tomarmos por base a greve dos caminhoneiros, que paralisou parte de nossa economia por 10 dias, e que teve impacto de 1,2 pontos percentuais no PIB, a preocupação aumenta. Quanto tempo ficaremos paralisados agora? - Como referência, o norte da Itália, com um dos melhores sistemas de saúde da Europa, ficará um mês inteiro de quarentena.

Há previsões que a crise de saúde durará de quatro a seis meses.

Neste artigo do Nexo, discute-se como a crise econômica poderá se desdobrar a partir das medidas de contenção.

Primeiro impacto: viagem, turismo e serviços em geral (escolas, bares, restaurantes, cinemas, teatros e etc.). O home office e a redução de circulação de pessoas desestimulará também o comércio e o consumo das famílias. Além disso, a conjuntura econômica desfavorável aumenta a incerteza e desconfiança do empresário, que reduzirá investimentos.

Com o aumento de casos e imposição de quarentenas haverá significativa redução da atividade industrial e logística, a exemplo de China e Itália, onde a mão de obra ficou impedida de trabalhar. Com isso, aumenta-se os riscos de desabastecimento, aumento o custo de matéria prima e podendo gerar até paralisação de cadeias produtivas inteiras.

Toda essa redução da atividade econômica poderá gerar demissões e falências, aumentando a pressão de redução do consumo e levando o país a um ciclo recessivo.

Estímulos do governo na economia e o controle da disseminação da pandemia devem reduzir os efeitos desta crise, mas não sabemos ao certo o quando e o quanto.

O país precisa se mexer. Nossas empresas também.

Aqui, já revisamos o nosso planejamento e estamos trabalhando ininterruptamente para repensar a empresa em um cenário de crise.

É preciso repensar produtos, serviços, modelos de negócio e toda a nossa estratégia diante desse cenário.

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