Resenha: Light of Revelations – Guilherme Costa

Reprodução da capa do álbum (© Guilherme Costa)

Após acumular experiência lecionando e tocando na cena local de Belo Horizonte (MG), além do lançamento do EP The King’s Last Speech (2017), o guitarrista Guilherme Costa viu em 2019 a oportunidade de realizar sua estreia solo, com um disco cheio denominado Light of Revelations.

A ideia do álbum era refletir os diversos estados de espírito que vivenciamos ao longo da vida, ou até ao longo de um único dia, se você for ansioso e intenso como este que vos escreve.

E assim, o trabalho traz composições diversas, em sua maioria instrumentais, refletindo essas atmosferas distintas. As três peças com vocais são a abertura “Fight Against Myself”, um heavy/grunge relativamente lento; a balada hard rock “Rising Star”, inspirada pelo pobre cãozinho cruelmente morto em frente a uma unidade da rede de supermercados Carrefour em Osasco (SP); e a faixa-título, um ponto alto com muita influência de Yngwie Malmsteem, metal neoclássico em geral e power metal.

Quem empresta sua voz nas três é o experiente Gus Monsanto, que assina também a impecável produção da obra. Em “Rising Star”, temos ainda a participação de Jefferson Gonçalves, para formar um dueto.

Mas a maior parte do CD são instrumentais mesmo, mantendo a lógica da alternância de climas. No time das pesadas, temos “Bloody Wars”, inspirada por videogames dos anos 1990 e que brinca na tênue linha que separa o hard rock do heavy metal; “The Sound of Hope”, um hard rock básico; e “Homeland”, outro destaque absoluto, no qual o metal colide com as sanfonas e as flautas do baião.

O lado mais calmo vem na forma do jazz fusion “Inside My Mind”, a mais sofisticada do álbum (talvez empatada com “Homeland”); e a acústica “An Invitation to the Soul”.

Como faixas-bônus, Light of Revelations traz o material completo do EP The King’s Last Speech, que no fim acaba sendo o resumo perfeito do próprio disco: “The Beginning of a Journey”, representando o lado calmo; a faixa-título, do time das pesadas; e “Come and Play”, “irmã” de “The Sound of Hope”.

Com esta produção, o Brasil ganha mais um guitarrista promissor, que deixou claro não apenas ter muito potencial, mas também um bom gosto indiscutível no que diz respeito a composições e arranjos, fruto de suas inconfundíveis – e magníficas – influências.

Nota = 4/5.

Abaixo, o lyric video de “Fight Against Myself”:

* O CD Light of Revelations foi enviado ao autor do blog via correio pela assessoria de imprensa do guitarrista e a resenha foi escrita por sugestão da mesma.

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